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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Ministro Fux pede transferência da Primeira para a Segunda Turma do STF


BRASIL

Movimento ocorre após discussões internas e pode tirar o ministro das próximas fases do julgamento da trama golpista

Foto: Andressa Anholete/STF



O ministro Luiz Fux pediu à Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) para ser transferido da Primeira Turma para a Segunda Turma da Corte. O pedido foi formalizado nesta terça-feira (21) e, se aprovado, pode retirar Fux das próximas etapas do julgamento dos réus da trama golpista de 2022, conduzido justamente pela Primeira Turma.
A transferência está prevista no artigo 19 do Regimento Interno do Supremo, que permite a mudança entre colegiados, desde que haja vaga disponível e o pedido parta do ministro mais antigo do grupo, condição que Fux preenche.

A decisão final cabe ao presidente do STF, Edson Fachin, que deve analisar o pedido nos próximos dias.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Moraes reabre investigação contra Bolsonaro sobre suposta interferência na PF

 POLÍTICA

Retomada de inquérito atende pedido da PGR; investigação estava paralisada desde maio

IMAGEM REPRODUÇÃO UOL



O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), acolheu o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta quinta-feira (16) e mandou a PF (Polícia Federal) fazer investigações complementares sobre a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na corporação.

No pedido feito ao ministro, Gonet solicita ao ministro que a PF esclareça possíveis relações entre a investigação do inquérito com outras petições que tramitam no Supremo, como da suposta estrutura paralela montada na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e no GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes manda a PF fazer as investigações complementares e que as envie para a PGR. Após isso, o procurador-geral deverá apresentar uma manifestação no prazo de 15 dias.

A investigação estava paralisada desde que a PF apresentou uma manifestação a favor de arquivamento para a PGR. Em maio, Moraes pediu manifestação do Ministério Público Federal.

Investigação

A investigação foi aberta após o ex-ministro da Justiça e agora senador Sergio Moro (União-PR) falar publicamente que via com preocupação a troca de comando da PF pelo então presidente, em 2020.

Em maio deste ano, Moraes pediu para a Procuradoria se manifestar sobre a investigação em relação ao relatório da PF e um eventual arquivamento do inquérito.

"Não obstante a apresentação de relatório conclusivo pela Autoridade Policial e de requerimento de arquivamento pelo parquet [PGR], a análise dos autos indica a necessidade de realização de diligências complementares, para possibilitar um juízo adicional e mais abrangente sobre os fatos investigados", argumenta o procurador-geral no pedido.


CNN



quarta-feira, 8 de julho de 2020

Jair Bolsonaro toma hidroxicloroquina em vídeo e diz: ‘Está dando certo’

BRASIL
Mesmo admitindo que o medicamento não tem eficácia comprovada, o chefe do Planalto foi às redes sociais e disse que está bem
Jair Bolsonaro toma hidroxicloroquina em vídeo e diz: 'Está dando ...
Presidente Jair Bolsonaro Facebook/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em vídeo divulgado nas redes sociais no começo da noite desta terça-feira, 7, que o tratamento contra o coronavírus “está dando certo” e tomou um comprimido de hidroxicloroquina.Mesmo admitindo que o medicamento não tem eficácia comprovada, o chefe do Planalto disse que está bem: “Estou tomando aqui a terceira dose de hidroxicloroquina. Estou me sentindo muito bem. Estava mais ou menos no domingo, mal na segunda-feira… Mas hoje, terça, estou muito melhor do que sábado. Então… Com toda certeza está dando certo”.


”Sabemos que hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus, sabemos que nenhum tem a sua eficácia cientificamente comprovada, mas mais uma pessoa que está dando certo”, completou, fazendo uma referência a si próprio logo após tomar um copo de água para engolir o medicamento. “Eu confio na hidroxicloroquina, e você?”, perguntou.

Bolsonaro confirmou que o teste que fez para saber se havia contraído a Covid-19 deu positivo. O presidente relatou ter tido febre de 38 graus e dores no corpo. Ele também disse que fez uma radiografia e que o pulmão “estava limpo”. Jair Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco.

FONTE: VEJA

segunda-feira, 16 de março de 2020

Na Paulista e DF, apoiadores de Bolsonaro atacam Congresso e STF e chamam coronavírus de 'mentira'

POLÍTICA

Adriano Machado/Reuters
Presidente Jair Bolsonaro em protesto no Palácio do Planalto em Brasília
 Simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em ato na avenida Paulista neste domingo (15) desafiaram a pandemia de coronavírus e se concentraram em frente à sede da Fiesp (federação das indústria). Grande parte dos manifestantes é de idosos, grupo de risco da doença. Parte do público usa máscaras.
A manifestação ocorre apesar de Bolsonaro ter sugerido adiamento dos atos e apesar de os grupos de direita em São Paulo terem desmobilizado a organização - apenas o Movimento Direita Conservadora levou caminhão de som à Paulista.
O clima de conflagração e de convocação permaneceu, o que acabou levando pessoas à Paulista. O próprio Bolsonaro participou do ato em Brasília e estimulou as manifestações pelo país neste domingo.
O tom da manifestação na Paulista é de protesto contra o Congresso e o Judiciário. Cartazes pedem intervenção militar e AI-5. Do caminhão de som, o grito "intervenção" foi puxado.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do STF, Dias Toffoli, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foram alvos. Houve gritos pedindo a prisão deles.
O coronavírus foi chamado de "mentira" por líderes que discursaram no caminhão de som. Eles insinuavam que a doença foi usada como desculpa por Doria e pelas autoridades para cancelar a manifestação e questionaram por que o Carnaval não foi cancelado --no Carnaval a pandemia não estava declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
No caminhão, o coronavírus era chamado de "comunavírus". O MDC lançou máscaras com a bandeira do Brasil para os manifestantes.
A princípio, a Prefeitura de São Paulo havia determinado que a avenida Paulista não fosse fechada para pedestres como ocorre todo domingo. A ideia era evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus.
A Polícia Militar, no entanto, fechou a via por volta de meio-dia, quando os manifestantes começaram a se concentrar na Fiesp.
O MDC, responsável pelo caminhão de som, estacionou o veículo na alameda Pamplona na esquina com a Paulista e passou a pressionar a PM para liberar a entrada do caminhão na avenida.
As pessoas endossaram a pressão e chegaram a cercar policiais, mas líderes do MDC colocaram panos quentes: "pessoal, vamos aplaudir a PM, eles estão apenas cumprindo ordens".
Um líder chegou a dizer no caminhão que estava realizando "um ato de desobediência civil pacífica".
Nos arredores da Paulista, a concentração de policiais militares era alta, semelhante ao efetivo visto em dias de manifestações previamente acordadas com o poder público.
No caminhão do Movimento Direita Conservadora, na esquina da Paulista, um líder pediu espaço no veículo para que a equipe da Record pudesse subir. "A Record está com a gente ou não está?", gritou, recebendo aplausos do público.

FolhaPress

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais

POLÍTICA
Resultado de imagem para Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais
© Fátima Meira/Estadão Conteúdo 

Com vetos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou a Lei 13.853 de 2019, que altera a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A norma flexibiliza alguns pontos do texto e cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Entre os pontos vetados, estavam a previsão de punição a empresas que desrespeitarem a LGPD e a possibilidade de revisão, por um humano, de decisões tomadas por máquinas.


A redação consolidada da LGPD define quais são os direitos das pessoas em relação aos seus dados, quem pode tratar essas informações e sob quais condições. Ela estabelece condições diferenciadas para entes públicos e privados. Além disso, restabeleceu a estrutura institucional para a área, com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, incluindo suas prerrogativas e poderes de fiscalização, e o Conselho Nacional de Proteção de Dados.


O texto sancionado derrubou as punições que poderiam ser aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados caso um ente responsável pelo tratamento de dados violasse o disposto na Lei. Entre elas, estavam previstas a interrupção parcial do funcionamento do banco de dados (por seis meses, prorrogável por igual período) e a proibição parcial e total de atividades relacionados ao tratamento de dados. Outro item excluído previa a aplicação de parte das punições pela Autoridade também a órgãos públicos.
O advogado Rafael Maciel, especialista em direito digital, afirma que as penalidades eram “absolutamente pertinentes”, tanto que já eram previstas no Marco Civil para provedores de conexão e aplicações da internet. “Para esses, vale ressaltar, que tais sanções (ainda que similares e não com mesmo texto), continuarão aplicáveis pelo Marco Civil da Internet (MCI). Agora, para os demais agentes de tratamento de dados pessoais que não se qualificam como provedores ‘digitais’ previstos no MCI, tais sanções deixarão de ser aplicáveis. O que é ruim nisso? Haver casos em que um agente é multado constantemente, mas nunca se dispõe a se adequar porque não haverá punição maior”, avalia.
Na mensagem de veto, o governo afirmou que as sanções gera insegurança aos responsáveis por essas informações, “bem como impossibilita a utilização e tratamento de bancos de dados essenciais a diversas atividades privadas, a exemplo das aproveitadas pelas instituições financeiras, podendo acarretar prejuízo à estabilidade do sistema financeiro nacional, bem como a entes públicos, com potencial de afetar a continuidade de serviços públicos.”
Outro veto também atingiu regras para a revisão de decisões automatizadas, como aquelas sobre a retirada de conteúdos das redes sociais ou análise de crédito online. O texto aprovado pelo Congresso conferiu direito ao cidadão de solicitar essa revisão, acrescendo que este procedimento só poderia ser feito por uma pessoa. O veto excluiu essa obrigação.
Em sua mensagem de veto, Bolsonaro disse que a proposta de obrigar a revisão por um humano “contraria o interesse público” e que a exigência “inviabilizará os modelos atuais de planos de negócios de muitas empresas, notadamente das startups, bem como impacta na análise de risco de crédito e de novos modelos de negócios de instituições financeiras, gerando efeito negativo na oferta de crédito aos consumidores”
Bolsonaro também vetou uma garantia a quem faz solicitações via Lei de Acesso à Informação. O texto protegia essas pessoas, impedindo o compartilhamento “na esfera do Poder Público e com pessoas jurídicas de direito privado”. O objetivo do dispositivo era impedir que um cidadão fosse retaliado ao fazer questionamentos ou tivesse receio de uma medida deste tipo, o que poderia desincentivar essa prática de transparência.
O Palácio do Planalto justificou a medida sob alegação de que a prática é “medida recorrente e essencial para o regular exercício de diversas atividades e políticas públicas” e citou como exemplo a o banco de dados da Previdência Social e do Cadastro Nacional de Informações Sociais, que são alimentados a partir do compartilhamento de diversas bases de dados de outros órgãos públicos.
Para o professor do Instituto de Direito Público (IDP) Danilo Doneda – especialistas que participou do processo de elaboração da Lei -, os vetos foram bastante “significativos” e retiram capacidade de fiscalização da Autoridade. “A LGPD já é bastante fraca em relação a sanções. O limite de multa é pequeno e grandes empresas que usam dados pessoais vão ignorar a Lei se a sanção maior for a multa e o órgão não tiver sanções como bloqueio e suspensão, vetadas”, avalia.
Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Paulo Galindo, os vetos a essas possibilidades foi importante para dar segurança jurídica ao setor. “Eram sanções intrusivas e não acrescentam mutio às sanções plasmadas na lei, pois só acrescentam grau de insegurança jurídica e empresas poderiam se sentir fragilizadas por conta disso”, avalia. Segundo Galindo, o governo terminou por acatar boa parte dos vetos defendidos pela entidade, que congrega o setor das empresas de tecnologia da informação.
Se por um lado o setor econômico da área de TI comemorou, entidades da sociedade civil criticaram os vetos. Na avaliação da Coalizão Direitos na Rede, grupo que reúne diversas organizações de defesa de direitos dos usuários, os dispositivos retirados enfraquecem a lei, retiram direitos e abrem espaço para o abuso no tratamento dos dados por firmas.
“Os vetos são muito graves e representam um retrocesso nas discussões travadas no Congresso Nacional. No fim das contas prevaleceu o interesse econômico em detrimento da defesa dos direitos dos cidadãos. As discussões e os posicionamentos em audiência pública foram completamente ignorados pelo governo. E a LGPD perdeu uma grande parte da garantia de direitos que tinha originalmente”, afirmou a presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (I.P. Rec), Raquel Saraiva, entidade que compõe a rede.

FONTE: VEJA.COM