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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

MPF abre uma nova investigação contra Jair Bolsonaro

BRASIL

Ex-presidente é alvo por declarações contra mulheres petistas. 

FOTO REPRODUÇÃO PORTAL GOV.BR


Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal abriu inquérito contra Jair Bolsonaro para apurar “prática de violência política de gênero” e “violações de direitos humanos fundamentais” contra mulheres.

A investigação se refere a falas do ex-presidente em março deste ano, quando ele publicou vídeo nas redes sociais dizendo que apoiadoras do PT eram “feias” e “incomíveis”.

“Você pode ver, não tem mulher bonita petista. Só tem feia. Às vezes, acontece, quando estou no aeroporto, alguém me xinga. Mulher, né? Olho para a cara dela: ‘nossa, mãe… Incomível’”, disse Bolsonaro.

O inquérito terá duração de um ano e vai apurar possíveis violações de direitos humanos de natureza cível, decorrentes de declarações discriminatórias e misóginas, com eventual dano moral coletivo e social.

O caso foi encaminhado ao MPF após denúncia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Diligências serão realizadas para definir as medidas a serem adotadas.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília há quase duas semanas, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, após descumprir determinações da Corte.



FONTE: CLÁUDIO DANTAS 


terça-feira, 5 de agosto de 2025

Dólar fecha estável às vésperas do "tarifaço" de Trump contra o Brasil

CÂMBIO

Ata do Copom ressaltou que antecipa uma manutenção da taxa por período bastante prolongado
FOTO: REPRODUÇÃO  UOL 



O dólar à vista fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, refletindo uma sessão de baixa volatilidade tanto no mercado nacional quanto no cenário externo, conforme os investidores continuaram monitorando o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, com a ata do Banco Central também no radar.

“A moeda alternou entre ganhos e perdas ao longo do dia, influenciada pela combinação de fatores externos e internos: no exterior, indicadores mistos e declarações de autoridades do Federal Reserve reforçaram expectativas de corte de juros em setembro, enquanto, no cenário doméstico, a ata do Copom reafirmou a manutenção da Selic em nível elevado por período prolongado”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 0,02%, a R$5,50565.

Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a R$5,542 na venda.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,505
  • Venda: R$ 5,505

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,549
  • Venda: R$ 5,729

O que aconteceu com dólar hoje?

O dólar à vista avançava ante o real, recuperando parte das fortes perdas acumuladas nas duas sessões anteriores e conforme os investidores avaliavam o panorama das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos depois da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.


As atenções do mercado nacional continuam voltadas para o impasse comercial entre Brasil e EUA, um dia antes da entrada em vigor da tarifa de 50% do presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, em decisão que excluiu da taxa punitiva uma série de exportações.


O governo brasileiro continua buscando uma negociação para que mais produtos sejam isentos da tarifa mais alta, mas sem sucesso até o momento. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a afirmar que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, demonstrou interesse em marcar uma reunião. 

Tornando a situação mais incerta, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro por considerar que houve reincidência do descumprimento de medidas cautelares impostas contra ele. Quando anunciou a tarifa sobre produtos do Brasil em julho, Trump vinculou a decisão justamente ao tratamento que Bolsonaro vinha recebendo em seu julgamento pelo STF. A prisão do ex-presidente, portanto, gerava receios no mercado de uma reação de Washington.


INFOMONEY

Economia brasileira deve sentir impacto do tarifaço de 50%

MUNDO

O impacto relativamente baixo sobre a economia brasileira dá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais liberdade para manter sua posição firme diante de Trump


Redes Sociais


Os produtos brasileiros em breve estarão sujeitos a uma das tarifas mais altas já impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas isso não deve desestabilizar a economia do país, graças às amplas exceções à taxação e ao fortalecimento das relações comerciais com a China, segundo economistas e autoridades. 

O impacto relativamente baixo sobre a economia brasileira dá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais liberdade para manter sua posição firme diante de Trump — algo raro entre líderes ocidentais — após chamá-lo de “imperador” global indesejado e comparar suas ameaças tarifárias a uma forma de chantagem. Lula afirmou estar aberto a negociar um acordo comercial, mas rejeitou as críticas de Trump sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma ameaça à soberania brasileira e à independência do Judiciário.

 O Supremo Tribunal Federal está julgando o ex-presidente por suposta conspiração para reverter o resultado das eleições de 2022, quando ele perdeu para Lula.

Essas tensões, que ganharam força com a prisão domiciliar de Bolsonaro decretada na segunda-feira, provavelmente tornarão as negociações entre Washington e Brasília difíceis e prolongadas, mesmo que os efeitos sobre a economia brasileira pareçam limitados.

Diferentemente de México e Canadá, que destinam cerca de três quartos de suas exportações aos Estados Unidos, o país norte-americano compra apenas 12% das exportações brasileiras. Em comparação, as exportações do Brasil para a China dobraram na última década, representando agora 28% do total de embarques do país.


INFOMONEY

Após prisão de Bolsonaro, presidente Trump manda recado ao STF

 MUNDO

O governo de Donald Trump mandou recado ao STF após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro



Crédito imagem: Le Monde Diplomatique



O governo de Donald Trump mandou recado ao STF após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, o Bureau para Assuntos do Hemisfério Ocidental afirmou que os Estados Unidos “condenam” a ordem de Moraes e “responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas”.

Na prática, Trump antecipa que ministros do Supremo que votarem por validar a prisão de Bolsonaro serão punidos na mesma linha de Moraes, que foi alvo da Lei Magnitsky.


Metrópoles

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Alexandre de Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

 POLÍTICA 

Foto: Costa Oeste


O ministro Alexandre de Moraes acaba de mandar prender Jair Bolsonaro. O ministro do STF também mandou a Polícia Federal recolher o aparelho de celular usado pelo ex-presidente para participar remotamente dos atos bolsonaristas ocorridos no fim de semana, com forte crítica ao Supremo. “Diante do exposto, em face do reiterado descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente, decreto a prisão domiciliar de Jair Messias Bolsonaro, a ser cumprida, integralmente, em seu endereço residencial”, diz a ordem de Moraes.


VEJA 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Decreto reforça parcerias comerciais entre Brasil e EUA

POLÍTICA

Iniciativa tem por objetivo facilitar o comércio e investimento


                                    Reprodução / Agência Brasil


O presidente Jair Bolsonaro editou hoje (9) um decreto pelo qual entram em vigor regras comerciais e de transparência de um acordo entre Brasil e Estados Unidos assinado em 19 de outubro de 2020.

“Trata-se de pacote comercial ambicioso e moderno, que visa à promoção dos fluxos bilaterais de comércio e investimento”, informou o Ministério da Economia. Na avaliação da pasta, ao modernizar as regras de intercâmbio comercial, o protocolo, quando colocado em prática, atenderá reivindicações do setor privado dos dois países.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República explica que a iniciativa tem, entre seus objetivos, “reforçar a parceria econômica; facilitar o comércio, investimento e boas práticas regulatórias; garantir procedimentos aduaneiros eficientes; e assegurar previsibilidade para importadores e exportadores”.


O protocolo ao qual o decreto se refere apresenta cinco artigos. Em seu primeiro anexo, outros 21 artigos tratam da facilitação do comércio e da administração aduaneira. O Anexo 2 contém 19 artigos que tratam da regulamentação de “boas práticas”; e o terceiro anexo apresenta sete artigos que abordam práticas de anticorrupção, conforme apurou a Agência Brasil.

“O anexo sobre facilitação de comércio é o texto mais avançado negociado nessa área pelo Brasil, indo além, em diversos aspectos, do Acordo sobre Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial do Comércio (OMC). O anexo a respeito de boas práticas regulatórias representa o primeiro acordo com cláusulas vinculantes já adotado pelo Brasil. O anexo anticorrupção reitera, bilateralmente, obrigações legislativas a que os dois países se comprometeram no âmbito multilateral”, detalha o Ministério da Economia.

A Secretaria-Geral acrescenta que, além de regular e detalhar procedimentos administrativos, o acordo vai facilitar comércio e investimento, bem como garantir procedimentos aduaneiros eficientes e transparentes, visando a redução de custos e assegurar previsibilidade para importadores e exportadores.

Também terá, como efeito, estímulos à cooperação na área de facilitação de comércio e de aplicação da legislação aduaneira, minimizando formalidades e promovendo medidas contra a corrupção.

Por fim, dará “transparência ao público e aos agentes econômicos de todas as dimensões e em todos os setores”, complementa a secretaria.


FONTE: CONEXÃO POLÍTICA

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Jair Bolsonaro toma hidroxicloroquina em vídeo e diz: ‘Está dando certo’

BRASIL
Mesmo admitindo que o medicamento não tem eficácia comprovada, o chefe do Planalto foi às redes sociais e disse que está bem
Jair Bolsonaro toma hidroxicloroquina em vídeo e diz: 'Está dando ...
Presidente Jair Bolsonaro Facebook/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em vídeo divulgado nas redes sociais no começo da noite desta terça-feira, 7, que o tratamento contra o coronavírus “está dando certo” e tomou um comprimido de hidroxicloroquina.Mesmo admitindo que o medicamento não tem eficácia comprovada, o chefe do Planalto disse que está bem: “Estou tomando aqui a terceira dose de hidroxicloroquina. Estou me sentindo muito bem. Estava mais ou menos no domingo, mal na segunda-feira… Mas hoje, terça, estou muito melhor do que sábado. Então… Com toda certeza está dando certo”.


”Sabemos que hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus, sabemos que nenhum tem a sua eficácia cientificamente comprovada, mas mais uma pessoa que está dando certo”, completou, fazendo uma referência a si próprio logo após tomar um copo de água para engolir o medicamento. “Eu confio na hidroxicloroquina, e você?”, perguntou.

Bolsonaro confirmou que o teste que fez para saber se havia contraído a Covid-19 deu positivo. O presidente relatou ter tido febre de 38 graus e dores no corpo. Ele também disse que fez uma radiografia e que o pulmão “estava limpo”. Jair Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco.

FONTE: VEJA

segunda-feira, 16 de março de 2020

Na Paulista e DF, apoiadores de Bolsonaro atacam Congresso e STF e chamam coronavírus de 'mentira'

POLÍTICA

Adriano Machado/Reuters
Presidente Jair Bolsonaro em protesto no Palácio do Planalto em Brasília
 Simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em ato na avenida Paulista neste domingo (15) desafiaram a pandemia de coronavírus e se concentraram em frente à sede da Fiesp (federação das indústria). Grande parte dos manifestantes é de idosos, grupo de risco da doença. Parte do público usa máscaras.
A manifestação ocorre apesar de Bolsonaro ter sugerido adiamento dos atos e apesar de os grupos de direita em São Paulo terem desmobilizado a organização - apenas o Movimento Direita Conservadora levou caminhão de som à Paulista.
O clima de conflagração e de convocação permaneceu, o que acabou levando pessoas à Paulista. O próprio Bolsonaro participou do ato em Brasília e estimulou as manifestações pelo país neste domingo.
O tom da manifestação na Paulista é de protesto contra o Congresso e o Judiciário. Cartazes pedem intervenção militar e AI-5. Do caminhão de som, o grito "intervenção" foi puxado.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do STF, Dias Toffoli, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foram alvos. Houve gritos pedindo a prisão deles.
O coronavírus foi chamado de "mentira" por líderes que discursaram no caminhão de som. Eles insinuavam que a doença foi usada como desculpa por Doria e pelas autoridades para cancelar a manifestação e questionaram por que o Carnaval não foi cancelado --no Carnaval a pandemia não estava declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
No caminhão, o coronavírus era chamado de "comunavírus". O MDC lançou máscaras com a bandeira do Brasil para os manifestantes.
A princípio, a Prefeitura de São Paulo havia determinado que a avenida Paulista não fosse fechada para pedestres como ocorre todo domingo. A ideia era evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus.
A Polícia Militar, no entanto, fechou a via por volta de meio-dia, quando os manifestantes começaram a se concentrar na Fiesp.
O MDC, responsável pelo caminhão de som, estacionou o veículo na alameda Pamplona na esquina com a Paulista e passou a pressionar a PM para liberar a entrada do caminhão na avenida.
As pessoas endossaram a pressão e chegaram a cercar policiais, mas líderes do MDC colocaram panos quentes: "pessoal, vamos aplaudir a PM, eles estão apenas cumprindo ordens".
Um líder chegou a dizer no caminhão que estava realizando "um ato de desobediência civil pacífica".
Nos arredores da Paulista, a concentração de policiais militares era alta, semelhante ao efetivo visto em dias de manifestações previamente acordadas com o poder público.
No caminhão do Movimento Direita Conservadora, na esquina da Paulista, um líder pediu espaço no veículo para que a equipe da Record pudesse subir. "A Record está com a gente ou não está?", gritou, recebendo aplausos do público.

FolhaPress

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais

POLÍTICA
Resultado de imagem para Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais
© Fátima Meira/Estadão Conteúdo 

Com vetos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou a Lei 13.853 de 2019, que altera a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A norma flexibiliza alguns pontos do texto e cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Entre os pontos vetados, estavam a previsão de punição a empresas que desrespeitarem a LGPD e a possibilidade de revisão, por um humano, de decisões tomadas por máquinas.


A redação consolidada da LGPD define quais são os direitos das pessoas em relação aos seus dados, quem pode tratar essas informações e sob quais condições. Ela estabelece condições diferenciadas para entes públicos e privados. Além disso, restabeleceu a estrutura institucional para a área, com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, incluindo suas prerrogativas e poderes de fiscalização, e o Conselho Nacional de Proteção de Dados.


O texto sancionado derrubou as punições que poderiam ser aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados caso um ente responsável pelo tratamento de dados violasse o disposto na Lei. Entre elas, estavam previstas a interrupção parcial do funcionamento do banco de dados (por seis meses, prorrogável por igual período) e a proibição parcial e total de atividades relacionados ao tratamento de dados. Outro item excluído previa a aplicação de parte das punições pela Autoridade também a órgãos públicos.
O advogado Rafael Maciel, especialista em direito digital, afirma que as penalidades eram “absolutamente pertinentes”, tanto que já eram previstas no Marco Civil para provedores de conexão e aplicações da internet. “Para esses, vale ressaltar, que tais sanções (ainda que similares e não com mesmo texto), continuarão aplicáveis pelo Marco Civil da Internet (MCI). Agora, para os demais agentes de tratamento de dados pessoais que não se qualificam como provedores ‘digitais’ previstos no MCI, tais sanções deixarão de ser aplicáveis. O que é ruim nisso? Haver casos em que um agente é multado constantemente, mas nunca se dispõe a se adequar porque não haverá punição maior”, avalia.
Na mensagem de veto, o governo afirmou que as sanções gera insegurança aos responsáveis por essas informações, “bem como impossibilita a utilização e tratamento de bancos de dados essenciais a diversas atividades privadas, a exemplo das aproveitadas pelas instituições financeiras, podendo acarretar prejuízo à estabilidade do sistema financeiro nacional, bem como a entes públicos, com potencial de afetar a continuidade de serviços públicos.”
Outro veto também atingiu regras para a revisão de decisões automatizadas, como aquelas sobre a retirada de conteúdos das redes sociais ou análise de crédito online. O texto aprovado pelo Congresso conferiu direito ao cidadão de solicitar essa revisão, acrescendo que este procedimento só poderia ser feito por uma pessoa. O veto excluiu essa obrigação.
Em sua mensagem de veto, Bolsonaro disse que a proposta de obrigar a revisão por um humano “contraria o interesse público” e que a exigência “inviabilizará os modelos atuais de planos de negócios de muitas empresas, notadamente das startups, bem como impacta na análise de risco de crédito e de novos modelos de negócios de instituições financeiras, gerando efeito negativo na oferta de crédito aos consumidores”
Bolsonaro também vetou uma garantia a quem faz solicitações via Lei de Acesso à Informação. O texto protegia essas pessoas, impedindo o compartilhamento “na esfera do Poder Público e com pessoas jurídicas de direito privado”. O objetivo do dispositivo era impedir que um cidadão fosse retaliado ao fazer questionamentos ou tivesse receio de uma medida deste tipo, o que poderia desincentivar essa prática de transparência.
O Palácio do Planalto justificou a medida sob alegação de que a prática é “medida recorrente e essencial para o regular exercício de diversas atividades e políticas públicas” e citou como exemplo a o banco de dados da Previdência Social e do Cadastro Nacional de Informações Sociais, que são alimentados a partir do compartilhamento de diversas bases de dados de outros órgãos públicos.
Para o professor do Instituto de Direito Público (IDP) Danilo Doneda – especialistas que participou do processo de elaboração da Lei -, os vetos foram bastante “significativos” e retiram capacidade de fiscalização da Autoridade. “A LGPD já é bastante fraca em relação a sanções. O limite de multa é pequeno e grandes empresas que usam dados pessoais vão ignorar a Lei se a sanção maior for a multa e o órgão não tiver sanções como bloqueio e suspensão, vetadas”, avalia.
Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Paulo Galindo, os vetos a essas possibilidades foi importante para dar segurança jurídica ao setor. “Eram sanções intrusivas e não acrescentam mutio às sanções plasmadas na lei, pois só acrescentam grau de insegurança jurídica e empresas poderiam se sentir fragilizadas por conta disso”, avalia. Segundo Galindo, o governo terminou por acatar boa parte dos vetos defendidos pela entidade, que congrega o setor das empresas de tecnologia da informação.
Se por um lado o setor econômico da área de TI comemorou, entidades da sociedade civil criticaram os vetos. Na avaliação da Coalizão Direitos na Rede, grupo que reúne diversas organizações de defesa de direitos dos usuários, os dispositivos retirados enfraquecem a lei, retiram direitos e abrem espaço para o abuso no tratamento dos dados por firmas.
“Os vetos são muito graves e representam um retrocesso nas discussões travadas no Congresso Nacional. No fim das contas prevaleceu o interesse econômico em detrimento da defesa dos direitos dos cidadãos. As discussões e os posicionamentos em audiência pública foram completamente ignorados pelo governo. E a LGPD perdeu uma grande parte da garantia de direitos que tinha originalmente”, afirmou a presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (I.P. Rec), Raquel Saraiva, entidade que compõe a rede.

FONTE: VEJA.COM