Mostrando postagens com marcador #PROTESTO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #PROTESTO. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Macron é recebido com protesto de produtores em feira agrícola na França

 MUNDO

Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


O presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversam com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional Feira de Agricultura, em Paris — Foto: Ludovic Marin/Pool via REUTERS


O presidente francês, Emmanuel Macron, foi recebido com protesto em uma feira agrícola em Paris, neste sábado (24). Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


Além de Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversaram com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional do Salon de l'Agriculture.

Os manifestantes enfrentaram a segurança feita por dezenas de policiais. Os agricultores gritaram e vaiaram, pedindo a renúncia do presidente francês e usando palavrões dirigidos a ele. Ao menos uma pessoa foi presa, segundo a agência Reuters.

 Macron teve um encontro com líderes sindicais de agricultores franceses durante o café da manhã, e deveria caminhar pelas vielas da feira depois. “Estou dizendo isso para todos os agricultores: vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas destruindo barracas, vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas ao tornar a feira impossível e, de certa forma, assustando as famílias para que não compareçam”, disse.

O presidente francês disse que fará uma reunião com representantes dos sindicatos de agricultores e outras partes interessadas dentro de três semanas, e cancelou um debate que pretendia realizar na feira com agricultores e processadores de alimentos.

A abertura do evento foi atrasada em mais de uma hora. A feira agrícola de Paris atrai cerca de 600 mil visitantes durante nove dias.

Aviso foi dado

Agricultores foram às ruas de Paris na sexta-feira (23) para alertar Emmanuel Macron de que ele deveria esperar uma "dura recepção" na abertura da feira agrícola. Em mais um protesto da categoria, dezenas de tratores entraram na capital francesa buzinando.

Um trator carregava uma placa com os dizeres: "Macron, você está plantando as sementes para uma tempestade -- cuidado com o que você colherá".

Os agricultores franceses haviam suspendido os protestos — que incluíam o bloqueio de rodovias e o despejo de esterco em frente a prédios públicos —, depois que o primeiro-ministro Gabriel Attal prometeu novas medidas no valor de 400 milhões de euros.

O caso não é isolado, já que agricultores têm protestado em toda a Europa por renda maior, menos burocracia e denunciando a concorrência desleal de produtos ucranianos baratos, devido à ajuda pelo esforço de guerra na Ucrânia.


Polônia, Espanha e República Tcheca também registraram manifestações. Partidos de extrema-direita, para os quais os agricultores representam um eleitorado crescente, são os principais beneficiários, pensando nas eleições de junho para o Parlamento Europeu.


* Com informações a agência Reuters

segunda-feira, 16 de março de 2020

Na Paulista e DF, apoiadores de Bolsonaro atacam Congresso e STF e chamam coronavírus de 'mentira'

POLÍTICA

Adriano Machado/Reuters
Presidente Jair Bolsonaro em protesto no Palácio do Planalto em Brasília
 Simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em ato na avenida Paulista neste domingo (15) desafiaram a pandemia de coronavírus e se concentraram em frente à sede da Fiesp (federação das indústria). Grande parte dos manifestantes é de idosos, grupo de risco da doença. Parte do público usa máscaras.
A manifestação ocorre apesar de Bolsonaro ter sugerido adiamento dos atos e apesar de os grupos de direita em São Paulo terem desmobilizado a organização - apenas o Movimento Direita Conservadora levou caminhão de som à Paulista.
O clima de conflagração e de convocação permaneceu, o que acabou levando pessoas à Paulista. O próprio Bolsonaro participou do ato em Brasília e estimulou as manifestações pelo país neste domingo.
O tom da manifestação na Paulista é de protesto contra o Congresso e o Judiciário. Cartazes pedem intervenção militar e AI-5. Do caminhão de som, o grito "intervenção" foi puxado.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do STF, Dias Toffoli, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foram alvos. Houve gritos pedindo a prisão deles.
O coronavírus foi chamado de "mentira" por líderes que discursaram no caminhão de som. Eles insinuavam que a doença foi usada como desculpa por Doria e pelas autoridades para cancelar a manifestação e questionaram por que o Carnaval não foi cancelado --no Carnaval a pandemia não estava declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
No caminhão, o coronavírus era chamado de "comunavírus". O MDC lançou máscaras com a bandeira do Brasil para os manifestantes.
A princípio, a Prefeitura de São Paulo havia determinado que a avenida Paulista não fosse fechada para pedestres como ocorre todo domingo. A ideia era evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus.
A Polícia Militar, no entanto, fechou a via por volta de meio-dia, quando os manifestantes começaram a se concentrar na Fiesp.
O MDC, responsável pelo caminhão de som, estacionou o veículo na alameda Pamplona na esquina com a Paulista e passou a pressionar a PM para liberar a entrada do caminhão na avenida.
As pessoas endossaram a pressão e chegaram a cercar policiais, mas líderes do MDC colocaram panos quentes: "pessoal, vamos aplaudir a PM, eles estão apenas cumprindo ordens".
Um líder chegou a dizer no caminhão que estava realizando "um ato de desobediência civil pacífica".
Nos arredores da Paulista, a concentração de policiais militares era alta, semelhante ao efetivo visto em dias de manifestações previamente acordadas com o poder público.
No caminhão do Movimento Direita Conservadora, na esquina da Paulista, um líder pediu espaço no veículo para que a equipe da Record pudesse subir. "A Record está com a gente ou não está?", gritou, recebendo aplausos do público.

FolhaPress