terça-feira, 25 de julho de 2017

MUNDO

Brasileiros dizem que foram 

mantidos como 'escravos' por 

igreja dos EUA

Investigação da AP revela que a igreja Word of Faith Fellowship, na Carolina do Norte, usou congregações no Brasil como fornecedoras de jovens que eram forçados a trabalhar por baixa ou nenhuma remuneração

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Imagem de arquivo mostra Andre Oliveira em Spindale, nos EUA, onde disse que foi obrigado a trabalhar 15 horas por dia sem salário (Foto: AP Photo/Mitch Weiss)    


Quando Andre Oliveira respondeu a um chamado para deixar sua congregação vinculada à Word of Faith Fellowship (Associação Palavra da Fé) no Brasil e mudar para a igreja mãe na Carolina do Norte (EUA), teve seu passaporte e dinheiro confiscados pelos líderes da igreja – para proteção, disseram.
Então com 18 anos e preso em um país estrangeiro, ele disse que foi forçado a trabalhar 15 horas por dia, geralmente sem remuneração, primeiro limpando casas para a igreja evangélica secretamente e depois trabalhando nas propriedades dos ministros sêniores. Ele conta que qualquer desvio nas regras os colocava sob a ira dos líderes da igreja, com punições variando de espancamentos a humilhações no púlpito.
"Eles nos traficaram para cá. Eles sabiam o que estavam fazendo. Eles precisavam de mão de obra, e nós éramos mão de obra barata – bom, mão de obra gratuita”, diz Oliveira.
Uma investigação da Associated Press revela que a Word of Faith Fellowship usou seus dois ramos da igreja na maior nação da América Latina como sifão de um fluxo contínuo de jovens trabalhadores, que tinham vistos de turistas ou estudantes, para a sua propriedade de 35 acres na zona rural de Spindale.
Segundo as leis dos EUA, os visitantes com visto de turista são proibidos de realizar um trabalho pelo qual as pessoas normalmente seriam remuneradas. As pessoas com visto de estudantes têm permissão para alguns trabalhos, em circunstâncias que não correspondem às que aconteciam na Word of Faith Fellowship, conforme a AP descobriu.
Em pelo menos uma ocasião, os membros antigos alertaram as autoridades. Em 2014, três ex-congregantes disseram a uma procuradora assistente dos EUA que os brasileiros estavam sendo forçados a trabalhar sem remuneração, de acordo com um registro obtido pela AP.
"E eles espancaram os brasileiros?", perguntou Jill Rose, agora procuradora dos EUA em Charlote. 


"Não há dúvidas", respondeu um dos congregantes antigos. Os ministros "na maioria das vezes traziam eles para cá para trabalho gratuito", disse outro.
Embora Rose pudesse ser ouvida prometendo investigação, os membros antigos disseram que ela nunca respondeu quando eles repetidamente tentavam contato nos meses que antecediam à reunião.
Rose se recusou a falar do assunto com a AP, citando uma investigação em andamento.
Oliveira, que abandonou a igreja no ano passado, é um dos 16 membros antigos brasileiros que contaram à AP que foram forçados a trabalhar, frequentemente sem remuneração, e foram agredidos física ou verbalmente. A AP também analisou uma série de relatórios policiais e queixas formais apresentadas no Brasil sobre as condições adversas da igreja.

'Éramos descartáveis'

"Eles nos mantinham como escravos", disse Oliveira, pausando às vezes para secar as lágrimas. "Nós éramos descartáveis. Não significávamos nada para eles. Nada. Como podem fazer aquilo com pessoas – declarar seu amor a elas e depois bater nelas em nome de Deus?"
Os brasileiros frequentemente falavam pouco inglês quando chegavam e muitos tiveram seus passaportes apreendidos.
Membros antigos contaram que muitos homens trabalharam no setor de construção; muitas mulheres trabalharam como babás e na escola K-12 da igreja. Uma ex-congregante do Brasil disse à AP que ela tinha apenas 12 anos quando teve que trabalhar pela primeira vez.
Embora os agentes da imigração nos dois países disseram ser impossível calcular o volume do fluxo de humanos, pelo menos várias centenas de jovens brasileiros migraram para a Carolina do Norte nas últimas duas décadas, com base nas entrevistas com os membros antigos.

Anos de abuso

As revelações de trabalho forçado são as mais recentes de uma investigação em andamento da AP que expõe anos de abuso na Word of Faith Fellowship. Com base em entrevistas exclusivas com 43 membros antigos, documentos e registros secretos, a AP divulgou em fevereiro que os congregantes eram regularmente golpeados, surrados e sufocados para que fossem "purificados" dos pecados ao derrotarem os demônios. 

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Imagem de arquivo mostra Jane Whaley, fundadora da Word of Faith Fellowship no Brasil, com várias crianças na igreja de Spindale, na Carolina do Norte (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)

A igreja raramente sofreu sanções desde a fundação, em 1979, pela líder da seita, Jane Whaley, uma antiga professora de matemática, e seu marido, Sam. Outra reportagem anterior da AP descreve como os líderes da igreja ordenaram que os congregantes mentissem às autoridades que investigavam relatos de abuso.
A AP fez tentativas repetidas para obter comentários desta história dos líderes da igreja nos dois países, mas eles não responderam.
Sob a liderança de Jane Whaley, Word of Faith Fellowship cresceu de um punhado de seguidores para cerca de 750 congregantes na Carolina do Norte e um total de quase 2 mil membros nas suas igrejas no Brasil e em Gana e suas afiliações na Suécia, Escócia e outros países.
Os membros de todo o mundo visitam a propriedade de Spindale, mas o Brasil é a maior fonte de trabalho estrangeiro, e Whaley e seus principais delegados visitam os postos avançados brasileiros várias vezes ao ano, segundo descobriu a AP.

'Violação'

Thiago Silva fala à agência AP em entrevista em sua casa em Marlborough, nos EUA (Foto: AP Photo/Rodrique Ngowi)
Thiago Silva fala à agência AP em entrevista em sua casa em Marlborough, nos EUA (Foto: AP Photo/Rodrique Ngowi)
 
O membro antigo Thiago Silva disse que estava entusiasmado quando embarcou em um avião na cidade brasileira de Belo Horizonte para voar para o seminário de jovens da Word of Faith na Carolina do Norte em 2001. Ele tinha 18 anos e esperava usar seu visto de turista para conhecer novas pessoas e visitar os EUA.
Ele disse que aprendeu rápido que "não haveria felicidade".
"Os brasileiros vêm para cá para trabalhar. Estou dizendo, é isso", disse Silva. Ele chamou o tratamento de "uma violação aos direitos humanos".
Silva, agora com 34 anos, declarou estar entre um grupo de brasileiros que trabalha ao lado de americanos – os locais eram pagos, os brasileiros não eram, ele conta.
Silva e outros também disseram que Whaley tinha total controle da vida dos congregantes nos dois continentes, ordenando o básico da vida diária, como onde eles morariam e quando poderiam comer – e até mesmo forçando alguns a se casarem com americanos para que pudessem permanecer no país.
A falta de liberdade era generalizada, eles disseram: Silva, por exemplo, disse que ele poderia telefonar para seus pais dos EUA apenas se alguém que falasse português monitorasse a ligação.
"Não há livre arbítrio", ele disse. "Existe o arbítrio da Jane".

Peregrinação

Durante duas décadas, a Word of Faith Fellowship absorveu duas igrejas no Brasil, Ministério Verbo Vivo, na cidade São Joaquim de Bicas, e Ministério Evangélico Comunidade Rhema, em Franco da Rocha.
Igreja do grupo Word of Faith Fellowship em São Joaquim de Bicas, no Brasil (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
Igreja do grupo Word of Faith Fellowship em São Joaquim de Bicas, no Brasil (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
   
 
Durante suas visitas frequentes, Whaley contava aos membros brasileiros do seu rebanho que eles poderiam melhorar suas vidas e suas relações com Deus com uma peregrinação à igreja mãe, disseram vários dos entrevistados. A marca de adoração dos brasileiros era inferior, como ela frequentemente diria.
Além de estarem comprometidos com um nível mais alto da igreja, alguns dizem que eles também eram atraídos pela chance de frequentar a faculdade, aprender inglês e conhecer um pouco dos EUA. Outros dizem que sentiram que simplesmente não tinham escolha.
Durante todo o tempo, as regras rígidas instauradas em Spindale foram impostas no Brasil, o que levou a queixas à polícia revisadas pela AP e uma audiência legislativa em 2009. Mas a Word of Faith nunca enfrentou qualquer censura oficial – muitas das alegações perduram pela palavra de ex-membros contra a igreja – e o fluxo de humanos continuava a fluir, mesmo que os pais brasileiros dissessem que estavam sendo completamente isolados dos seus filhos na Carolina do Norte.

Gritos e empurrões

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Ana Albuquerque, de 25 anos, viajou 11 vezes à igreja Word of Faith Fellowship, na Carolina do Norte (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
 Ana Albuquerque viajou do Brasil para Spindale 11 vezes durante mais de uma década, começando aos 5 anos com seus pais. Durante este tempo, ela disse que testemunhou tantos gritos e empurrões para "expulsar demônios" que começou a achar o comportamento normal.  

Nas suas últimas três viagens, ela ingressou em um grupo de duas dezenas com outros adolescentes brasileiros que permaneciam até seis meses com vistos de turistas. "Eles chegavam e diziam: 'Você vai conhecer os Estados Unidos da América. Você vai para todos os shoppings'", ela conta. "Mas quando você chega lá, tudo é controlado."
Albuquerque, agora com 25 anos, disse que trabalhou em período integral sem remuneração – como auxiliar de professor na escola durante o dia e babá de crianças de congregantes à noite.
O julgamento aconteceu durante sua última viagem, quando tinha 16 anos. Albuquerque contou que Whaley e outro ministro a espancavam repetidamente com um pedaço de madeira enquanto gritavam que ela estava "suja" e possuída pelo demônio.
"Ore para isso sair de você!", Albuquerque se lembrou de ser exortada durante uma sessão que durou 40 minutos.
Durante as últimas duas semanas em Spindale, Albuquerque disse que aguentou dias de isolamento forçado, leitura da Bíblia, ameaças de ser internada em hospital psiquiátrico e que foi proibida por Whaley de ligar para os pais. Finalmente, permitiram que ela voltasse ao Brasil, onde deixou a igreja.

Vistos de turista e estudante

A investigação da AP documentou abusos repetidos dos vistos de turista e estudante obtidos por membros brasileiros da igreja.
Os brasileiros muitas vezes chegavam primeiro na Carolina do Norte com vistos de turista por seis meses para exercerem funções na igreja, às vezes 20 ou 30 por vez. Alguns brasileiros sairiam após poucas semanas, outros permaneceriam pelo prazo inteiro.
Talvez para burlar as regras contra o emprego, os líderes da igreja às vezes encaminhavam para projetos de trabalho forçado como "trabalho voluntário", de acordo com os brasileiros entrevistados nos dois países. 

Esse trabalho incluía derrubar paredes e instalar drywall em apartamentos de propriedade e alugados por um ministro sênior da igreja e membros da família, eles dizem. 

Ross Eisenbrey, do Instituto de Política Econômica, de Washington, D.C., acha que o tanque se concentra nos problemas trabalhistas, disse que as propriedades alugadas são "empreendimentos com fins lucrativos para os quais os imigrantes não poderiam ser voluntários" segundo a Lei de Normas de Trabalho Justo.
Alguns dos entrevistados disseram que eram atraídos para os EUA em parte por promessas de conseguir fazer faculdade, mas não conseguiam estudar ou ir às aulas devido aos horários da punição com trabalho. 
Os congregantes antigos dizem que mais brasileiros vieram com vistos de turista, e várias centenas de adolescentes permaneceram por longos períodos.  

Fonte: AP




MUNDO

Trump afirma que Assad não 

ficará  impune por seus crimes 

'terríveis'



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O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, durante entrevista coletiva na Casa Branca, em Washington, na terça (25) (Foto: AP Photo/Alex Brandon)       
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta terça-feira (25) o presidente sírio, Bashar al Assad, de ter cometido "crimes terríveis" contra a humanidade e prometeu impedir que seu regime volte a realizar ataques com armas químicas. 

"Não sou um fã de Assad. Acho que o que ele fez por esse país e pela humanidade é horrível", disse Trump em uma coletiva junto com o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri. "Não sou alguém que vai ficar à margem e permitir que ele fique impune depois do que tentou fazer e do que fez em várias ocasiões".
Trump lembrou que no início de abril havia ordenado um ataque contra uma base militar síria em represália por um ataque com armas químicas atribuído ao regime de Damasco. Esse ataque químico contra a localidade síria de Khan Sheikhun em 4 de abril deixou 87 mortos, entre eles muitas crianças. O regime sírio, apoiado por sua aliada Rússia, desmentiu ser o responsável pelo ataque.
No que se refere a Assad, o presidente republicano denunciou mais uma vez seu predecessor, Barack Obama, que acusou de ter "fixado uma linha vermelha na arena", em alusão ao compromisso assumido em 2013 pelo presidente democrata de intervir contra Damasco em caso de uso de armas químicas pelo regime.
Uma promessa de ataques militares sobre a qual Obama recuou no último momento, em agosto de 2013.
"Se o presidente Obama tivesse cruzado essa linha e feito o que deveria ter sido feito, acho que não teríamos Rússia nem teríamos Irã" intervindo na Síria, destacou o atual ocupante da Casa Branca.
O governo Obama foi criticado por ter se retirado progressivamente do terreno diplomático e militar na Síria a partir de 2015, abrindo espaço para Moscou e Teerã, aliados de Damasco.
Ao lado do primeiro-ministro libanês, Trump criticou o movimento Hezbollah, que disse ser "uma ameaça para o Estado libanês, ao povo libanês e à toda região". 

Fonte: AFP

BRASIL

Força Nacional vai reforçar 

combate ao desmatamento no Pará


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Força Nacional vai reforçar combate ao desmatamento e comércio ilegal de madeira em Novo Progresso, no Pará Foto:Mário Vilela/Funai


Um grupo de 100 agentes da Força Nacional seguiu hoje (25), de Brasília para Novo Progresso (PA), para apoiar equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate à devastação de florestas e o comércio ilegal de madeira na região, no âmbito da Operação Onda Verde. Os agentes ficarão na região por tempo ainda não definido. 
Na ações, os homens da Força Nacional irão usar equipamentos como GPS. Foram enviados também camionetes e micro-ônibus. A Polícia Federal e a Polícia Federal Rodoviária também irão atuar na operação.

O reforço na segurança ocorre após um ataque a 16 veículos do Ibama, que estavam sendo transportados por caminhões-cegonhas, no início deste mês. Em junho do ano passado, um sargento da operação foi assassinado em uma tocaia.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pela Força Nacional, o envio do grupo de agentes não se trata de “nenhuma intervenção”. E informou à Agência Brasil que os profissionais irão fortalecer a “fiscalização e repressão ao desmatamento e comércio ilegal e qualquer outro crime relacionado”.
De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, após o ataque às viaturas, serrarias locais foram bloqueadas. Ele informou que o bloqueio será interrompido. “É um bloqueio de ordem pública, para garantir a ação do órgão na fiscalização. O cenário é complexo. Agora, com a Força Nacional, vamos atrás da grilagem, dentro das unidades de conservação, atrás do roubo de madeira de terras indígenas. Essa guerra vai até a próxima chuva. Chove, eles diminuem, a gente volta”, afirmou. O Sistema de Alerta de Desmatamento, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), revelou que, em junho, o Pará acumulou 38% do total da área desmatada da Amazônia Legal, liderando a lista.
A região é marcada há anos por conflitos entre produtores rurais, indígenas e ambientalistas.  A tensão aumentou no mês passado, quando produtores rurais protestaram contra veto do presidente Michel Temer à Medida Provisória 756/16. O texto reduzia a área de proteção da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, que fica no município de Novo Progresso. Na ocasião, Temer argumentou que, diante da “contrariedade do interesse público e inconstitucionalidade” decidiu por não sancionar a medida. Agora, a mesma matéria tramita na Câmara dos Deputados, sob a forma do Projeto de Lei 8107/17.
A Flona abrange 1,3 milhões de hectares. Cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial. Criada em 2006, a unidade de conservação está enquadrada no grupo de Unidades de Uso Sustentável e onde predominam espécies nativas, além de representar 0,31% do bioma amazônico.
Divergências
Contrário ao veto de Temer, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon Menezes, entende que o governo deve reconhecer a complexidade da questão e ser o mediador. “Nós estamos perdendo mais de 70% de área preservada. Eles querem botar pressão sobre a sociedade, à força, com a Força Nacional. Ele [o governo] desapropria sem indenizar. Não está preocupado com as pessoas que estão lá“, disse.
“O PL [projeto de lei] não atende às nossas necessidades e a sociedade vai continuar reagindo. Nós temos a lei que regulamenta a conservação, e essa lei não foi respeitada, desde a sua criação. Esse PL vem contrariar o que a lei já existente está dizendo”, argumenta.
Em nota, o ICMBio informou que a MP foi “completamente desfigurada pelo Congresso”, mas que as circunstâncias que provocaram sua proposição ainda requerem atenção, “ainda mais em um contexto do agravamento dos conflitos”. “A opção do governo de apresentação deste Projeto de Lei não é uma medida isolada. Faz parte de um conjunto de ações já em desenvolvimento que buscam estancar o desmatamento na região, diminuir os conflitos e promover o uso sustentável dos recursos florestais”, informou o orgão. 
O Índice de Progresso Social (IPS), criado pela organização internacional Social Progress Imperative, aponta que a prática do desmatamento pode não resultar em melhorias econômicas para a cidade. No relatório mais recente, de 2014, a cidade de Novo Progresso ocupa o 640º lugar e a renda per capita anual de 2010 era de R$ 7.900, ocupando a 51ª posição dentre 772 municípios, com base em 43 indicadores.

Fonte: Agência Brasil


BRASIL

Prefeito de Tucuruí é baleado e 

morre em atentado no Pará

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Foto: Reprodução Site brasil247




O prefeito de Tucuruí, Jones William (PMDB-PA), foi morto em um atentado na tarde desta terça-feira (25). Segundo testemunhas, ele estava na estrada que liga a cidade ao aeroporto, vistoriando uma operação tapa-buraco, quando dois homens em uma moto o abordaram e o acertaram com vários tiros.

Enfermeiro de 42 anos, Jones William foi eleito prefeito em 2016 com 31.268 votos - 53,50% dos votos válidos. Investigado pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa, Jones era suspeito de direcionar contratos e licitações para um empresário local. O processo tramita em sigilo.

De acordo com pessoas que estavam no local, o prefeito teria sido atingido com tiros no peito e na cabeça. Levado para o Hospital Regional, chegou a ser encaminhado para o centro cirúrgico, mas não resistiu. A prefeitura ainda não divulgou informações sobre o enterro. Uma equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil foi deslocada de Belém para dar apoio nas investigações do caso.

Outros casos
Este foi o segundo caso de prefeito assassinado na região sudeste do Pará em dois meses. No dia 16 de maio Diego Kolling (PSD), prefeito da cidade de Breu Branco, que fica a 38 km de Tucuruí, foi morto enquanto andava de bicicleta na companhia de amigos em um trecho da rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia do Pará.

Em janeiro de 2016 o prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva (PR), o "Russo", foi morto a tiros enquanto estava dentro de um velório no centro da cidade, que fica a 98 km de Tucuruí. Ele tinha 62 anos e ocupava o cargo desde 2013.

Fonte: brasil247

 

BRASIL

Polícia Federal faz operação 

contra pedofilia em 14 estados




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Mandados estão sendo cumpridos em mais de 50 cidades de 14 estados brasileiros (Foto: Divulgação/PF)



A Polícia Federal (PF) cumpre a segunda fase da Operação Glasnost, que investiga exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet, na manhã desta terça-feira (25). A ação cumpriu mandados em 51 cidades de 14 estados brasileiros. De acordo com a polícia, 30 pessoas foram presas, sendo 27 em flagrante.

Foram expedidos três mandados de prisão preventiva, 71 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

As preventivas foram cumpridas em Paranapanema e Guarujá, em São Paulo, e em Santarém, no Pará.

Segundo a PF, a investigação teve como base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de encontro” de pedófilos do mundo todo.

Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

A PF disse ainda que as investigações resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.

Os presos permanecerão à disposição da Justica nas respectivas unidades da PF que cumpriram os mandados.

Primeira fase



A primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2013. À época, foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Também foram identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas, com idades entre 5 e 9 anos. 

Fonte: G1

MUNDO

Pedófilos britânicos que 

estupraram e urinaram em vítimas 

são condenados


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Defesa de Turner disse que o "tribunal não poderia ‘ignorar’ o fato de ambas as meninas terem consentido" Reprodução/Merseyside Police   
Dois pedófilos britânicos foram julgados e condenados, nesta semana, por drogarem e abusarem sexualmente de menores de idade. Traficantes de droga na cidade de Liverpool, na Inglaterra, Myles Bell e Jamie Turner levavam suas vítimas a hotéis, onde filmavam cenas de abuso e estupro coletivo.

Segundo o portal “Mirror”, os dois pedófilos gravaram uma das vítimas, na época com 14 anos, e outra garota de 16 anos sendo estupradas por vários homens ao mesmo tempo. Eles abusaram das meninas de maneira desprotegida, sendo que um deles ainda urinou no corpo da vítima mais nova.Os dois foram considerados culpados por crimes de atividade sexual com crianças e por envolver um menor de idade em atos sexuais. Turner admitiu ter feito vídeos indecentes das meninas; a polícia, porém, somente conseguiu encontrar imagens da menina mais velha até agora.O juiz Anil Murray afirmou, na sentença, que tem certeza de que os dois criminosos fizeram imagens de ambas as vítimas , muito embora o material ainda não tenha sido encontrado completo. “Este é um caso de exploração sexual de menores. O comportamento dos envolvidos foi inapropriado e frio. Os dois usaram suas vítimas como se fossem brinquedos sexuais. Usaram e abusaram delas, não se preocupando sobre seus sentimentos e seu bem-estar”, disse.Leia também: Cristão mata filha adolescente após descobrir namoro com muçulmano em IsraelA corte também ouviu Bell, que na época tinha entre 19 e 20 anos, assim como Turner, que tinha entre 21 e 22. Em sua defesa, foi afirmado que ele “sofre de problemas cardíacos e que se casou no ano passado, esperando seu quarto filho”.
A corte também ouviu Bell, traficante que na época dos crimes de abuso tinha entre 19 e 20 anos
Reprodução/Merseyside PoliceA corte também ouviu Bell, traficante que na época dos crimes de abuso tinha entre 19 e 20 anos    

 Já o advogado de Turner admitiu que o caso “envolve características ‘desagradáveis’, mas que o tribunal não poderia ‘ignorar’ o fato de ambas as meninas terem consentido”. A isso, o juiz respondeu que “não houve envolvimento amoroso entre as vítimas e os acusados”.O advogado de acusação, Andrew Ford, por sua vez, defendeu que as “ meninas suportaram um longo período em que foram exploradas sexualmente pelos réus”. De acordo com ele, o primeiro contato com as vítimas foi realizado por redes sociais.

Ford ainda afirmou que foram encontrados quatro vídeos em que a vítima de 16 anos estaria sendo estuprada por vários homens que, ao mesmo tempo, cheiravam cocaína. A garota de 14 anos, por sua vez, afirmou que foi abusada e humilhada pelos dois pedófilos, e que ambos chegaram a urinar nela. O juiz sentenciou os dois a 12 anos de prisão. 

Último Segundo

MUNDO

Reino Unido banirá carro a diesel 

e a gasolina em 2040, diz jornal




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Táxi em rua na região central de Londres; Reino Unido quer banir carro a diesel e gasolina em 2040 Foto: Andrew Cowie - 23.out.12/AFP       
O governo do Reino Unido deve anunciar nesta quarta-feira (26) que vai proibir as vendas de carros movidos a gasolina e a diesel a partir de 2040, segundo publicou nesta terça-feira (25) o jornal britânico "The Times".A decisão, se confirmada, vai na linha da revelada pelo ministro do Meio Ambiente da França, Nicolas Hulot, que no início do mês também afirmou esperar banir os carros a combustão no país em 2040.Segundo o "Times", a venda de veículos híbridos, que funcionam com um motor elétrico combinado a um a combustão, também será proibida em território britânico.O governo tem sido alvo de pressão para tomar medidas de redução da poluição do ar.O anúncio desta quarta deve incluir, segundo o também britânico "Daily Mail", a autorização para que autoridades locais imponham taxas para circulação de carros a diesel nas vias mais poluídas a partir de 2020.Também neste mês, a Volvo anunciou que a partir de 2019 só vai produzir carros puramente elétricos ou híbridos.

Fonte: Reuters

SAÚDE



EQUIPES DO ESTADO E DE GOIÂNIA DISCUTEM ESTRATÉGIAS DO GOIÁS CONTRA O AEDES PARA SEGUNDO SEMESTRE

No dia 01º de agosto, as equipes realizam uma reunião operacional e as mobilizações começam a partir de 15 de agosto. 
Equipes do Estado e de Goiânia discutem estratégias do Goiás contra o Aedes para segundo semestre


SAÚDE



O ministro da Saúde, Ricardo Barros, cumpre, nesta terça-feira (25), agenda na cidade de Goiás (GO), onde participa da cerimônia de imposição da Ordem do Mérito Anhanguera. Na ocasião, o ministro e outras autoridades, serão homenageados pelos relevantes serviços prestados ao estado de Goiás.
Cerimônia de imposição da Ordem do Mérito Anhanguera
Data: 25 de julho (terça-feira)
Horário: 10h
Local: Largo do Mercado Municipal – Travessa do Mercado, Cidade de Goiás (GO)
Assessor em viagem 
Regina Xeyla – 61 99105.5366

Assessoria de imprensa do Ministério da Saúde

SAÚDE




Em cerimônia na Cidade de Goiás (GO), o ministro Ricardo Barros e outras autoridades foram homenageados pelos relevantes serviços prestados ao estado de Goiás
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, recebeu nesta terça-feira (25) a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera na cidade de Goiás (GO). A Comenda Grand Cruz é uma homenagem, oferecida pelo Governo de Goiás, às autoridades pelos relevantes serviços prestados ao estado. A solenidade aconteceu durante as comemorações dos 290 anos da cidade de Goiás (GO), a primeira capital do Estado.
“O estado de Goiás e os municípios têm uma parceria muito positiva com o Ministério da Saúde para qualificar e ampliar o atendimento ao povo de Goiás. São muitas iniciativas e recursos investidos e que foram revertidos, integralmente, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou o ministro, lembrando que esta parceria vai permitir a oferta de mais saúde e mais qualidade de serviços para o povo de Goiás.
Em um ano da gestão do ministro Ricardo Barros, o estado de Goiás foi contemplado com R$ 171,7 milhões para custeio de serviços e emendas parlamentares para aquisição de equipamentos, rede de atenção psicossocial, estratégia Rede Cegonha, SAMU, custeio da Atenção básica e da média e alta complexidade, entre outros.
Essas medidas são resultado da eficiência na economia de R$ 3,5 bilhões, obtida em um ano da atual gestão. Essa economia possibilitou ao Ministério da Saúde ofertar, em todo o país, mais 5.959 serviços, habilitar 126 UPAs - que funcionavam sem custeio federal -, doar 340 ambulâncias para renovação de frota do SAMU 192 e aumentar a oferta de medicamentos em todo Brasil.
No início deste mês, o ministro Ricardo Barros anunciou que o estado de Goiás foi contemplado com o valor de R$ 46 milhões do Ministério da Saúde. Os recursos serão usados para obras e aquisição de equipamentos e materiais permanentes para unidades hospitalares dos municípios de Águas Lindas e Uruaçu e para construção do hospital Palmeira de Goiás.
Por Carolina Valadares, da Agência SaúdeAtendimento à imprensa
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351

SAÚDE




Parceria com a Associação Saúde Criança, recém-firmada, possibilita que famílias de pacientes pediátricos recebam avaliação em domicílio e auxílio por dois anos
Depois de ampliar as cirurgias e as consultas ambulatoriais pediátricas, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, começa a expandir o tratamento para a casa de crianças e adolescentes assistidos pela instituição. A parceria recém-firmada com a Associação Saúde Criança está propiciando que as famílias desses pacientes recebam a primeira avaliação em domicílio e sejam beneficiadas com melhorias para a casa e inclusive alimentação. O público alvo são as famílias em vulnerabilidade social.
Esse serviço qualifica ainda mais o atendimento do INC, que somente no ano passado aumentou em 24% as cirurgias e em 10% as consultas ambulatoriais de crianças e adolescentes – em 2016, o número consultas desse público chegou a 7.457, já o número de cirurgias foi de 271. São em média 2,5 mil ecocardiogramas e 450 cateterismos por ano de crianças e de adultos congênitos (como são chamados os pacientes que têm a doença desde pequenos).
A cada mês, cinco novas famílias passarão a participar do trabalho conjunto da Associação Saúde Criança com o INC. As crianças que participam das ações da associação, na maioria das vezes, têm doenças crônicas ou muito graves que levam a internações. Por isso, a melhoria das condições de vida ao seu redor, inclusive de infraestrutura e moradia, são importantes para que o pequeno paciente cresça sem precisar recorrer tanto aos serviços hospitalares.
“A gente pré-seleciona as famílias de pacientes que mais têm déficit social, e a maioria delas tem. A associação avalia as condições de vida e até a residência dessas crianças e adolescentes, os reinserem no meio social”, esclarece a coordenadora de Planejamento do INC, Flavia Motta. “Eles têm uma casa onde muitas vezes é preciso fazer melhorias e a associação realiza, dá dão alimentação, fornece medicação e passagens quando a família não pode pagar. Todo mês, faz o controle para saber se a criança está vindo ao INC. É um grande apoio”.
ACOMPANHAMENTO – Cada família indicada pelo INC à Saúde Criança passa a ser acompanhada por uma equipe de assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e advogados, entre outros especialistas. No período de dois anos contínuos desse trabalho, ocorrem orientações e ações com cada membro da família para que possam superar a situação de vulnerabilidade da criança ou adolescente e de seus parentes.
O INC procura, com a parceria, ajudar a recuperar e reestruturar famílias de baixa renda que não tenham condições de arcar com as despesas do tratamento como, por exemplo, medicamentos, passagem/transporte para ir às consultas e exames. O instituto dispõe para crianças e adolescentes de 20 leitos no 4º andar de seu prédio, no bairro de Laranjeiras – a área passa atualmente por reparos e melhorias para a internação. Há no CTI mais 11 leitos. Em parceria com uma ONG norueguesa, o INC já oferece desde junho aos pacientes infantis atividades lúdicas com palhaços. Há também a contação de histórias.
A média de atendimentos ambulatoriais pediátricos do INC foi ampliada depois da inauguração de um novo ambulatório, no final de 2015, com decoração toda em motivos infantis criada pelo grafiteiro Wark, da comunidade da Rocinha. Ele ganhou as tintas e passou duas semanas no instituto preparando o local para acolhimento humanizado das crianças.
Segundo o coordenador da Pediatria do INC, Luiz Carlos Simões, a qualificação do atendimento ambulatorial é de extrema importância inclusive para descartar suspeitas de doenças cardíacas e não apenas para tratar as crianças doentes. "Quando há uma suspeita de doença desse tipo, toda a família de certa forma adoece junto", observa ele. Por esse motivo, é inevitável a preocupação com o contexto familiar e social dos pacientes pediátricos. Todos os dias, há 12 novas consultas de crianças e adolescentes com suspeita de doenças cardíacas encaminhadas ao INC via sistemas de regulação municipal e estadual do Rio de Janeiro.
A associação trabalha de forma multidisciplinar integrando as áreas de: saúde, educação, moradia, cidadania e renda, possibilitando a inclusão social da família. São oferecidos ainda cursos profissionalizantes aos pais, como: de cabeleireiro, culinária e costura para que possam prover o próprio sustento e ganhar autonomia. Para a melhoria da infraestrutura de moradias que eventualmente não apresentem as condições necessárias para uma criança com doença grave, é realizada uma visita domiciliar para avaliar as condições de cada moradia.
Na rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, a Associação Saúde Criança já desenvolveu parceria também com o Hospital Federal da Lagoa.
Por Géssica Trindade, da Ascom MS/RJ
Atendimento à imprensa 
(21) 3985-7475 / 7444

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Parceria com a Associação Saúde Criança, recém-firmada, possibilita que famílias de pacientes pediátricos recebam avaliação em domicílio e auxílio por dois anos
Depois de ampliar as cirurgias e as consultas ambulatoriais pediátricas, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, começa a expandir o tratamento para a casa de crianças e adolescentes assistidos pela instituição. A parceria recém-firmada com a Associação Saúde Criança está propiciando que as famílias desses pacientes recebam a primeira avaliação em domicílio e sejam beneficiadas com melhorias para a casa e inclusive alimentação. O público alvo são as famílias em vulnerabilidade social.
Esse serviço qualifica ainda mais o atendimento do INC, que somente no ano passado aumentou em 24% as cirurgias e em 10% as consultas ambulatoriais de crianças e adolescentes – em 2016, o número consultas desse público chegou a 7.457, já o número de cirurgias foi de 271. São em média 2,5 mil ecocardiogramas e 450 cateterismos por ano de crianças e de adultos congênitos (como são chamados os pacientes que têm a doença desde pequenos).
A cada mês, cinco novas famílias passarão a participar do trabalho conjunto da Associação Saúde Criança com o INC. As crianças que participam das ações da associação, na maioria das vezes, têm doenças crônicas ou muito graves que levam a internações. Por isso, a melhoria das condições de vida ao seu redor, inclusive de infraestrutura e moradia, são importantes para que o pequeno paciente cresça sem precisar recorrer tanto aos serviços hospitalares.
“A gente pré-seleciona as famílias de pacientes que mais têm déficit social, e a maioria delas tem. A associação avalia as condições de vida e até a residência dessas crianças e adolescentes, os reinserem no meio social”, esclarece a coordenadora de Planejamento do INC, Flavia Motta. “Eles têm uma casa onde muitas vezes é preciso fazer melhorias e a associação realiza, dá dão alimentação, fornece medicação e passagens quando a família não pode pagar. Todo mês, faz o controle para saber se a criança está vindo ao INC. É um grande apoio”.
ACOMPANHAMENTO – Cada família indicada pelo INC à Saúde Criança passa a ser acompanhada por uma equipe de assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e advogados, entre outros especialistas. No período de dois anos contínuos desse trabalho, ocorrem orientações e ações com cada membro da família para que possam superar a situação de vulnerabilidade da criança ou adolescente e de seus parentes.
O INC procura, com a parceria, ajudar a recuperar e reestruturar famílias de baixa renda que não tenham condições de arcar com as despesas do tratamento como, por exemplo, medicamentos, passagem/transporte para ir às consultas e exames. O instituto dispõe para crianças e adolescentes de 20 leitos no 4º andar de seu prédio, no bairro de Laranjeiras – a área passa atualmente por reparos e melhorias para a internação. Há no CTI mais 11 leitos. Em parceria com uma ONG norueguesa, o INC já oferece desde junho aos pacientes infantis atividades lúdicas com palhaços. Há também a contação de histórias.
A média de atendimentos ambulatoriais pediátricos do INC foi ampliada depois da inauguração de um novo ambulatório, no final de 2015, com decoração toda em motivos infantis criada pelo grafiteiro Wark, da comunidade da Rocinha. Ele ganhou as tintas e passou duas semanas no instituto preparando o local para acolhimento humanizado das crianças.
Segundo o coordenador da Pediatria do INC, Luiz Carlos Simões, a qualificação do atendimento ambulatorial é de extrema importância inclusive para descartar suspeitas de doenças cardíacas e não apenas para tratar as crianças doentes. "Quando há uma suspeita de doença desse tipo, toda a família de certa forma adoece junto", observa ele. Por esse motivo, é inevitável a preocupação com o contexto familiar e social dos pacientes pediátricos. Todos os dias, há 12 novas consultas de crianças e adolescentes com suspeita de doenças cardíacas encaminhadas ao INC via sistemas de regulação municipal e estadual do Rio de Janeiro.
A associação trabalha de forma multidisciplinar integrando as áreas de: saúde, educação, moradia, cidadania e renda, possibilitando a inclusão social da família. São oferecidos ainda cursos profissionalizantes aos pais, como: de cabeleireiro, culinária e costura para que possam prover o próprio sustento e ganhar autonomia. Para a melhoria da infraestrutura de moradias que eventualmente não apresentem as condições necessárias para uma criança com doença grave, é realizada uma visita domiciliar para avaliar as condições de cada moradia.
Na rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, a Associação Saúde Criança já desenvolveu parceria também com o Hospital Federal da Lagoa.
Por Géssica Trindade, da Ascom MS/RJ
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