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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

BRASIL

Funaro: “Temer e Cunha tramavam diariamente a queda de Dilma”
 Doleiro deu declaração durante delação premiada


“Michel Temer e Eduardo Cunha tramavam diariamente a saída da presidente Dilma Rousseff”, a afirmação foi feita pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro de políticos do PMDB, durante delação premiada.
A informação dada pelo doleiro está em um dos anexos da delação, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da acusação, Funaro relatou também detalhes da relação com a cúpula do partido e nomeou “operadores” de Temer em supostos esquemas de corrupção.
Segundo Funaro, enquanto Temer atuava no núcleo político do chamado “quadrilhão” do PMDB viabilizando interesses de empresas que subornavam o grupo para terem preferências em licitações, Cunha arrecadava propinas.
Delação do doleiro já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal
Delação do doleiro já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Funaro comentou que a relação entre o presidente e Eduardo Cunha era bastante volátil, e dependia muito do “momento político” em que o partido atravessava.
“Na época do impeachment de Dilma Rousseff, eles confabulavam diariamente, tramando a aprovação do processo e, consequentemente, a nomeação de Temer como presidente”, disse o doleiro em trecho da delação.
O Palácio do Planalto não comentou as acusações de Funaro. Já a defesa de Eduardo Cunha afirmou que, enquanto o sigilo da delação não for levantado, não irá se comentar.


Jornal do Brasil




 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Política

Janot denuncia políticos do PMDB do Senado por organização criminosa

PGR aponta que atuais e ex-senadores receberam R$ 864,5 milhões em propina paga por fornecedores da Petrobras. Denunciados negam irregularidades.
 
Janot denuncia políticos do PMDB do Senado por organização criminosa
Janot denuncia políticos do PMDB do Senado por organização criminosa
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (8) denúncia contra políticos do PMDB do Senado.
Foram denunciados os senadores Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO), além do ex-senador e ex-presidente José Sarney. Também foi denunciado o ex-senador pelo PSDB e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
De acordo com as investigações, os sete políticos receberam R$ 864,5 milhões em propina paga por fornecedores da Petrobras e sua subsidiária Transpetro (veja mais abaixo nesta reportagem).
A acusação aponta crime de organização criminosa, cuja pena varia entre 3 a 8 anos de prisão, além de multa.
Para a PGR, há indícios de que o grupo mantinha controle sobre as diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras, além da Transpetro, para angariar propinas de fornecedores da estatal.
Além da pena de prisão, Janot quer que os atuais senadores percam seus mandatos e que todos paguem R$ 200 milhões, metade como devolução de desvios e outra metade como indenização por danos morais. O restante do valor desviado poderá ser cobrado em outros processos, segundo a PGR. 

O que dizem os denunciados

Em nota, o senador Romero Jucá afirmou que "acredita na seriedade do STF ao analisar as denúncias apresentadas pelo PGR" e que "espera, contudo, celeridade nas investigações."
Também em nota, o senador Renan Calheiros informou que "para criar uma cortina de fumaça tentando desviar o assunto e encobrir seus malfeitos, o procurador-geral começa a disparar mais denúncias defeituosas."
"Essa é mais uma tentativa de vincular-me aos desvios criminosos da Petrobras, me denunciando várias vezes pela mesma acusação. Ocorre que eu nunca mantive qualquer relação com os operadores citados e o procurador já sabe disso", afirmou Calheiros.
O senador Jader Barbalho disse que a denúncia "é uma cortina de fumaça lançada por Janot, nos seus últimos dias de PGR, para confundir a opinião pública, depois que ele beneficiou a J&F com imunidade processual, inexistente na legislação."
Barbalho diz ainda que "Janot já está na história como o procurador responsável pela Operação Tabajara da PGR, na qual seu braço direito, Marcello Miller, era o agente duplo que prestava assessoria aos maiores assaltantes dos cofres públicos: os irmãos Batista."
O senador Valdir Raupp afirmou em nota que "como nos demais casos em que foi, injustamente, acusado irá demonstrar sua inocência perante esta nova situação por não ter indicado nenhum dirigente para diretorias da Petrobras e da Transpetro."
"É de se estranhar e causar espanto que a denúncia feita no apagar das luzes da atual gestão da Procuradoria Geral da República, tenha como base delações feitas por pessoas que não conheço e nunca tive qualquer relação pessoal ou política", afirmou o senador.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Romero Jucá, Edison Lobão e José Sarney, afirmou que recebe a denúncia "com perplexidade". Para ele, Janot demonstra que é contra políticos e partidos.
"Se fazem parte de um partido político que deu apoio a um governo que Janot é frontalmente contrário, essas pessoas poderão ser denunciadas sem nenhuma base legal. Esperamos que o Supremo Tribunal Federal não receba essa denúncia", afirmou.
Especificamente sobre Sarney, Kakay disse ainda que o ex-presidente não fazia parte das discussões sobre indicações técnicas para cargos. "José Sarney sequer deveria estar nessa linha, porque não participou sequer dessas indicações", disse.
O PMDB também divulgou nota em que afirma que a denúncia "é mais uma tentativa de envolvimento do PMDB e carece de provas por parte do Ministério Público."
"Tais denúncias são fundamentadas apenas em delações - como veio a público recentemente - direcionadas e pouco confiáveis. O PMDB confia que o Supremo Tribunal Federal arquivará tais denúncias."
O G1 não havia conseguido contato com o ex-senador Sérgio Machado até a última atualização desta reportagem.

R$ 864,5 milhões em propina

As investigações apontaram que os sete políticos receberam R$ 864,5 milhões em propina, com prejuízo de R$ 5,5 bilhões para a Petrobras e R$ 113 milhões para a Transpetro, subsidiária da estatal na comercialização de gás.
A denúncia diz que o grupo obteve cargos na Petrobras e na Transpetro em troca do apoio dado ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).
As vantagens indevidas seriam cobradas por diretores indicados pelo partido, que se mantinham no cargo graças ao apoio dos políticos.
"Os agentes políticos, plenamente conscientes das práticas indevidas que ocorriam na Petrobras, tanto patrocinavam a nomeação e manutenção dos diretores e dos demais agentes públicos no cargo, quanto não interferiam nem fiscalizavam devidamente o cartel e irregularidades subjacentes", diz a denúncia.

Outras denúncias

Na semana passada, uma denúncia semelhante foi apresentada contra políticos do PT, incluindo os ex-presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, este apontado como líder da organização criminosa.
Os políticos do PP já foram denunciados pelo mesmo crime e a PGR ainda prepara denúncia contra membros do PMDB da Câmara, entre os quais o presidente Michel Temer.
"Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas", diz a denúncia.
Com a denúncia em mãos, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, deverá notificar os acusados a apresentarem uma defesa prévia.
Depois, levará o caso para análise da Segunda Turma do STF, que decidirá se eles viram ou não réus pelo crime. Compõem o colegiado, além de Fachin, os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

G1
 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

POLÍTICA


Blairo pagou R$ 4 mi por apoio do 

PMDB a apadrinhado político, diz 

delator
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2017/08/blairo-maggi-adriano-machado-reuters.jpg
Foto: Reprodução

O ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa confessou, em delação premiada, ter intermediado repasse de R$ 4 milhões, a pedido de Blairo Maggi e do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes ao deputado federal Carlos Bezerra, em 2008, com o fim de comprar apoio do PMDB nas eleições municipais. À época, segundo Barbosa, o partido teria declarado apoio ao adversário do aliado de Blairo.As revelações do ex-governador foram classificadas de "monstruosa delação" pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última sexta-feira, 25, autorizou abertura de inquérito contra um grupo de políticos de Mato Grosso, entre eles Blairo Maggi, a quem a Procuradoria atribui o papel de "liderança" de organização criminosa que se instalou na administração pública estadual.Segundo o delator, em 2008, "antes da campanha para a prefeitura de Cuiabá", o então governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, e o candidato a prefeito Mauro Mendes o teriam procurado para pedir que "intercedesse" pelo apoio do PMDB.Silval diz ter se reunido com "Carlos Bezerra, que hoje é deputado federal, pedindo para que o PMDB apoiasse Mauro Mendes, tendo Carlos Bezerra dito que apoiaria somente se Blairo e Mauro Mendes entregassem R$ 4 milhões de reais para o PMDB".O ex-governador do Mato Grosso afirma ter ouvido de Blairo que "arrumaria tal montante".O delator narra ainda que o então Secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes foi designado a conseguir os valores para pagar Bezerra e que apresentou ao chefe da pasta o operador financeiro Júnior Mendonça, que teria conseguido R$ 3,3 milhões - "parte em cheque, parte em dinheiro".Silval alega ainda que o operador não tinha os outros R$ 700 mil e relatou ter procurado os empresários "Tergivan e Fernando Garuchi, que eram sócios de uma factoring em Cuiabá" e pedido o montante prometendo também "pagar logo em seguida".O empréstimo teria sido concedido, mas, em 2009, após as eleições, segundo o ex-governador, "tal dívida não havia sido quitada pelo governo perante Junior Mendonça", que fazia cobranças.O delator explica que o secretário da Fazenda Eder Moraes "iria pagar Junior Mendonça através de um pagamento de um precatório da empresa Hidrapar, sendo que a pessoa responsável pela empresa em efetuar o retorno seria Alex Tocantins e seu irmão, sendo Alex a pessoa que combinou com Eder o retorno".DefesasEm nota à imprensa, Blairo Maggi afirmou: "Deixo claro, desde já, que causa estranheza e indignação que acordos de colaboração unilaterais coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão cargos na administração pública. Mesmo assim, diante dos questionamentos, vimos a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja 'mudanças de versões' em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. Qualquer afirmação contrária a isso é mentirosa, leviana e criminosa.

2. Também não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato. Por não ter ocorrido isto, Silva Barbosa mentiu ao afirmar que fiz tais pagamentos em dinheiro ao Eder Moraes.

3. Repudio ainda a afirmação de que comandei ou organizei esquemas criminosos em Mato Grosso. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas.

4. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional.5. Por fim, entendo ser lamentável os ataques à minha reputação, mas recebo com tranquilidade a notícia da abertura de inquérito, pois será o momento oportuno para apresentação de defesa e, assim, restabelecer a verdade, pois definitivamente acredito na Justiça."A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado federal Carlos Bezerra, mas não obteve retorno. O ex-prefeito Mauro Mendes e o ex-secretário Eder Moraes não foram localizados.


ESTADÃO CONTEÚDO



quarta-feira, 2 de agosto de 2017

POLÍTICA

PMDB quer reduzir infiéis e pede ajuda até ao presidente do Senado

 

Depois de ler seu parecer pelo aceitamento da denúncia contra Temer, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi provocado por um colega de partido e em resposta disse: "Eu só não te dou um soco agora, porque você é um merda."
O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), ainda fecha as contas dentro da bancada do partido, a sigla do presidente Michel Temer. Ontem, na saída do jantar na residência do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), onde Temer ficou por meia hora, Baleia calculava que a bancada teria de seis a oito dissidentes. Até mesmo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi acionado nos bastidores para conversar com o deputado Vitor Valim (PMDB-CE), que estava reticente.

Há ainda problemas regionais na Paraíba, por conta de disputas com o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A meta era restringir o número de infiéis aos casos irreversíveis, notadamente os casos dos deputados Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Sergio Zveiter (PMDB-RJ), autor do parecer a favor da denuncia contra Temer, que foi rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 13 de julho.

O deputado José Fogaça (PMDB-RS) estava tendendo a votar com Temer. Já o deputado Celso Pansera confirmou ao GLOBO que votará a favor da denúncia.

O Globo

terça-feira, 25 de julho de 2017

BRASIL

Prefeito de Tucuruí é baleado e 

morre em atentado no Pará

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Foto: Reprodução Site brasil247




O prefeito de Tucuruí, Jones William (PMDB-PA), foi morto em um atentado na tarde desta terça-feira (25). Segundo testemunhas, ele estava na estrada que liga a cidade ao aeroporto, vistoriando uma operação tapa-buraco, quando dois homens em uma moto o abordaram e o acertaram com vários tiros.

Enfermeiro de 42 anos, Jones William foi eleito prefeito em 2016 com 31.268 votos - 53,50% dos votos válidos. Investigado pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa, Jones era suspeito de direcionar contratos e licitações para um empresário local. O processo tramita em sigilo.

De acordo com pessoas que estavam no local, o prefeito teria sido atingido com tiros no peito e na cabeça. Levado para o Hospital Regional, chegou a ser encaminhado para o centro cirúrgico, mas não resistiu. A prefeitura ainda não divulgou informações sobre o enterro. Uma equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil foi deslocada de Belém para dar apoio nas investigações do caso.

Outros casos
Este foi o segundo caso de prefeito assassinado na região sudeste do Pará em dois meses. No dia 16 de maio Diego Kolling (PSD), prefeito da cidade de Breu Branco, que fica a 38 km de Tucuruí, foi morto enquanto andava de bicicleta na companhia de amigos em um trecho da rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia do Pará.

Em janeiro de 2016 o prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva (PR), o "Russo", foi morto a tiros enquanto estava dentro de um velório no centro da cidade, que fica a 98 km de Tucuruí. Ele tinha 62 anos e ocupava o cargo desde 2013.

Fonte: brasil247

 

segunda-feira, 17 de julho de 2017

GOVERNO

Com denúncia, Michel Temer 
recebe 82 deputados

Presidente Michel Temer (PMDB) intensificou corpo a corpo
Presidente Michel Temer (PMDB) intensificou corpo a corpoBeto Barata/13.07.2017/PR

Desde que a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva contra Michel Temer chegou à Câmara dos Deputados, o presidente intensificou o corpo a corpo com parlamentares e fez do Palácio do Planalto uma extensão do Congresso.

Levantamento feito pelo Estado mostra que, desde 29 de junho até este domingo (16), 82 deputados e 16 senadores foram recebidos pelo peemedebista.

Os números representam 15% dos 513 deputados e 20% dos 81 senadores. A preferência por agendas com parlamentares fica ainda mais evidente se comparado aos encontros oficiais de um período anterior similar em número de dias.

Entre o dia 1º e 18 de junho, por exemplo, o presidente teve reunião com 31 deputados e dez senadores. Mesmo com o surgimento da crise, após a delação dos empresários da JBS vir à tona, Temer recebeu menos deputados do que nas últimas semanas.

No dia mais intenso, 4 de julho, o peemedebista chegou às 8 horas ao Planalto e deixou o gabinete presidencial somente depois das 22h30, após receber 30 deputados. Às vésperas da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na quinta-feira passada, Temer recebeu um total de 49 deputados, 27 na terça-feira e 22 na quarta-feira.

Dos 40 parlamentares que votaram a favor de Temer na CCJ, o presidente esteve com mais da metade deles: 26. Somente o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do relatório contra a aceitação da denúncia, esteve quatro vezes no Planalto nesse período. Anteontem, o tucano almoçou com o presidente no Palácio do Jaburu.

A chamada tropa de choque do governo também marcou presença constante no Planalto. O líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), esteve 11 vezes no palácio; os três deputados líderes do governo - Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE) e Lelo Coimbra (PMDB-ES) - também lideram a lista dos mais assíduos. Completam essa relação Carlos Marun (PMDB-MS), Beto Mansur (PRB-SP) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), que ontem esteve com o presidente no Jaburu.

O levantamento foi feito apenas com base nos encontros registrados nas agendas oficiais, mas o número pode ser maior. Esse grupo de deputados mais próximos a Temer costuma ir e vir do Planalto diversas vezes durante o dia, sem que os encontros sejam registrados. Também não foram contabilizados, por exemplo, a quantidade de deputados que foram recebidos em duas reuniões, uma com a bancada de Mato Grosso (8 deputados) e outra com a do Maranhão (18 deputados), pois a agenda de Temer não discriminava quem esteve presente.

'Boa relação'

O líder do PMDB na Câmara minimizou a quantidade de deputados recebidos por Temer nas últimas semanas. "Ele sempre teve uma agenda muito aberta para os parlamentares. Mas isso é importante, os deputados sempre pedem reuniões, é importante que o presidente atenda", afirmou Baleia Rossi.

Vice-líder do governo, Beto Mansur também disse que Temer sempre teve uma boa relação com o Congresso e vai continuar recebendo os deputados nas próximas semanas. Segundo ele, não é à toa que presidentes como Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff, que mantinham uma relação distante dos parlamentares, sofreram impeachment. "Presidente com boa relação com o Parlamento não cai", disse.

Segundo o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), Temer mantém a capacidade de diálogo como uma característica. Ele afirmou que os deputados foram chamados para que o presidente pudesse explicar a sua versão dos fatos sobre a denúncia que pesa contra ele por corrupção passiva. O PP foi o primeiro partido a fechar questão contra o prosseguimento da investigação.

Questionamento

A oposição, no entanto, tem feito críticas à mobilização de Temer para tentar derrubar a denúncia. Além da agenda intensa, destacam que o governo está usando dinheiro público, com a liberação de emendas e de recursos para obras, para convencer os deputados a votar com ele.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que vai entrar hoje com um pedido para que a Procuradoria-Geral da República investigue o caso. "Queremos impedir que Temer continue usando dinheiro público para obstruir a Justiça e permanecer impune com a ajuda do Congresso", afirmou.


Fonte:Estadão Conteúdo