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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

MUNDO

Papa questiona fé de cristãos que 

consultam horóscopos e 

cartomantes

Pope Francis waves to devotees inside the popemobile at the Fatima Sanctuary in Leiria, Portugal, 12 May 2017. Pope Francis will preside over the commemoration of the centenary of the 'apparitions' of Our Lady to the three Shepherds in Cova da Iria in 1917 and will be present at the Shrine of Fatima on 13 May. Photo: Pedro Fiuza ( Photo by Pedro Fi�za/NurPhoto via Getty Images)
© NurPhoto via Getty Images Pope Francis waves to devotees inside the popemobile at the Fatima Sanctuary in Leiria, Portugal, 12 May 2017. Pope Francis will preside over the commemoration of the centenary of the 'apparitions' of Our Lady…




O papa Francisco afirmou neste domingo (13) que a fé não é uma fuga dos problemas, mas, sim, o que dá sentido à vida. Para Francisco, cristãos que consultam "cartomantes e horóscopos" não tem "fé tão forte".
Durante a Oração do Ângelus no Vaticano, o pontífice disse que, quando os fiéis não se "apegam à palavra do Senhor e, para ter mais segurança, consultam horóscopos e cartomantes, a pessoa começa a chegar ao fundo".
"Apenas a fé dá a segurança da presença de Jesus, que nos impulsiona a superar as tempestades existenciais. É a certeza de segurar uma mão que nos ajuda com as dificuldades, apontando o caminho, mesmo quando está escuro", acrescentou o papa.
Francisco ressaltou que o Evangelho de hoje, que recorda o episódio de Jesus a caminhar sobre as águas, tem "um rico simbolismo" e faz refletir sobre a fé, pessoalmente e em comunidade, porque o barco dos apóstolos "é a vida de cada um, mas também da Igreja". E acrescentou: "este episódio é uma imagem da maravilhosa realidade da Igreja de todos os tempos: um barco ao longo da travessia também enfrenta ventos contrários e tempestades que ameaçam dominá-la".
Na Praça de São Pedro, o pontífice afirmou que o que salva a Igreja é a "coragem e as qualidades dos seus homens sendo que a fé em Cristo e a sua palavra são garantias contra o naufrágio".
O papa Francisco afirmou neste domingo (13) que a fé não é uma fuga dos problemas, mas, sim, o que dá sentido à vida. Para Francisco, cristãos que consultam "cartomantes e horóscopos" não têm "fé tão forte".
Durante a Oração do Ângelus no Vaticano, o pontífice disse que, quando os fiéis não se "apegam à palavra do Senhor e, para ter mais segurança, consultam horóscopos e cartomantes, a pessoa começa a chegar ao fundo".
"Apenas a fé dá a segurança da presença de Jesus, que nos impulsiona a superar as tempestades existenciais. É a certeza de segurar uma mão que nos ajuda com as dificuldades, apontando o caminho, mesmo quando está escuro", acrescentou o papa.
Francisco ressaltou que o Evangelho de hoje, que recorda o episódio de Jesus a caminhar sobre as águas, tem "um rico simbolismo" e faz refletir sobre a fé, pessoalmente e em comunidade, porque o barco dos apóstolos "é a vida de cada um, mas também da Igreja". E acrescentou: "este episódio é uma imagem da maravilhosa realidade da Igreja de todos os tempos: um barco ao longo da travessia também enfrenta ventos contrários e tempestades que ameaçam dominá-la".
Na Praça de São Pedro, o pontífice afirmou que o que salva a Igreja é a "coragem e as qualidades dos seus homens sendo que a fé em Cristo e a sua palavra são garantias contra o naufrágio".

ANSA

domingo, 6 de agosto de 2017

MUNDO

Ataque à igreja católica na 

Nigéria deixa dezenas de mortos

Nigéria sofre com ataques terroristas do Boko Haram – Foto: arquivo AP

Nigéria sofre com ataques terroristas do Boko Haram – Foto: arquivo AP
 
 
Jornais locais falam de 20 e 50 assassinatos no local
 
 
Um ataque de homens armados à igreja católica St. Philips, em Ozubulu, cidade no estado de Anambra, no sul da Nigéria, deixou dezenas de mortos neste domingo (6), informam os jornais locais.

A ação teria acontecido pouco antes das 6h (horário local) enquanto estava sendo celebrada uma missa. De acordo com o jornal “Nigeria Newspaper”, o grupo primeiro assassinou um “homem rico e conhecido entre a população” e depois abriu fogo contra os fiéis que estavam na celebração.

A emissora “Channels TV” informa que há ao menos 20 mortos enquanto o “Daily Post” diz que ao menos 50 pessoas faleceram.

Ninguém reivindicou a ação, mas o grupo terrorista Boko Haram tem forte atuação no país.

O chefe da polícia do estado de Anambroa, Garba Baba Umar, confirmou o atentado, mas informou que não se sabe ainda quem cometeu o crime. Já o governador Willie Obiano está indo ao lugar do ataque para prestar apoio aos sobreviventes.

Da AnsaFlash





 

 

 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

SOLIDARIEDADE


Assembleia de Deus de 

Belém incentiva doação 

de leite materno



Resultado de imagem para CAMPANHA DE DOAÇÃO DE LEITE MATERNO ASSEMBLEIA DE DEUS

Assembleia de Deus de Belém incentiva doação de leite materno FOTO: Reprodução Internet

A igreja Assembleia de Deus de Belém do Pará está conscientizando as mulheres da cidade sobre a importância do ato de doar leite materno. Na maternidade Santa Casa de Misericórdia, mais de 30% dos bebês nascem prematuros, e as mamães não conseguem amamentá-los, dai vem à necessidade das doações voluntárias.
Atualmente, são dois postos de atendimento, mas até o final de 2017, a coordenação da campanha espera ter mais 68 postos de coleta para atender todos os bairros de Belém.
A campanha da igreja se originou com uma experiência marcante do pastor Eléry Bogo, coordenador da campanha Missão Mais Puro Leite. “Tudo começou há cinco anos, quando minha primeira esposa morreu e eu fiquei com um bebê pra amamentar sem saber como”.
 
A igreja Assembleia de Deus de Belém do Pará está conscientizando as mulheres da cidade sobre a importância do ato de doar leite materno. Na maternidade Santa Casa de Misericórdia, mais de 30% dos bebês nascem prematuros, e as mamães não conseguem amamentá-los, dai vem à necessidade das doações voluntárias.
Com o tempo Bogo observou que existiam outras crianças com necessidades até maiores que de sua filha. “Foi assim que levamos essa campanha pra além da minha casa, para nossa comunidade e igreja”, explicou o pastor.

A organização do projeto ressalta que doar leite não é prejudicial às doadoras e nem aos seus filhos. “Cada vez que ela estimula a produção de leite, mais ela produz”, esclarece Jaqueline Bogo, coordenadora da campanha.No projeto Missão Mais Puro Leite, os agentes do Corpo de Bombeiros que fazem as coletas auxiliam em todo o processo. “A coordenadora responsável cadastra as interessadas. A gente vem aqui, verifica os cadastros, deixa os kits de coleta e em uma semana a gente pega a coleta e leva pra Santa Casa”, comenta a Cabo dos Bombeiros Carlena Figueiredo.

Para quem deseja ajudar

Pelo menos 160 bebês precisam de leite, mas a Santa Casa só consegue suprir 50% da demanda. O número de doações ainda é baixo.O leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê até o sexto mês de vida. Mas nem todos os recém-nascidos têm essa chance. “A necessidade se dá pela incidência de prematuros, que são 35%. Além disso tem os bebês que nascem com as doenças, fenda, palatina, lábio leporino. Todos eles não conseguem fazer a sucção do leite na mãe então precisam de doação“, revela Rosangela Monteiro, presidente da Santa Casa.

Com informações do G1

terça-feira, 25 de julho de 2017

MUNDO

Brasileiros dizem que foram 

mantidos como 'escravos' por 

igreja dos EUA

Investigação da AP revela que a igreja Word of Faith Fellowship, na Carolina do Norte, usou congregações no Brasil como fornecedoras de jovens que eram forçados a trabalhar por baixa ou nenhuma remuneração

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Imagem de arquivo mostra Andre Oliveira em Spindale, nos EUA, onde disse que foi obrigado a trabalhar 15 horas por dia sem salário (Foto: AP Photo/Mitch Weiss)    


Quando Andre Oliveira respondeu a um chamado para deixar sua congregação vinculada à Word of Faith Fellowship (Associação Palavra da Fé) no Brasil e mudar para a igreja mãe na Carolina do Norte (EUA), teve seu passaporte e dinheiro confiscados pelos líderes da igreja – para proteção, disseram.
Então com 18 anos e preso em um país estrangeiro, ele disse que foi forçado a trabalhar 15 horas por dia, geralmente sem remuneração, primeiro limpando casas para a igreja evangélica secretamente e depois trabalhando nas propriedades dos ministros sêniores. Ele conta que qualquer desvio nas regras os colocava sob a ira dos líderes da igreja, com punições variando de espancamentos a humilhações no púlpito.
"Eles nos traficaram para cá. Eles sabiam o que estavam fazendo. Eles precisavam de mão de obra, e nós éramos mão de obra barata – bom, mão de obra gratuita”, diz Oliveira.
Uma investigação da Associated Press revela que a Word of Faith Fellowship usou seus dois ramos da igreja na maior nação da América Latina como sifão de um fluxo contínuo de jovens trabalhadores, que tinham vistos de turistas ou estudantes, para a sua propriedade de 35 acres na zona rural de Spindale.
Segundo as leis dos EUA, os visitantes com visto de turista são proibidos de realizar um trabalho pelo qual as pessoas normalmente seriam remuneradas. As pessoas com visto de estudantes têm permissão para alguns trabalhos, em circunstâncias que não correspondem às que aconteciam na Word of Faith Fellowship, conforme a AP descobriu.
Em pelo menos uma ocasião, os membros antigos alertaram as autoridades. Em 2014, três ex-congregantes disseram a uma procuradora assistente dos EUA que os brasileiros estavam sendo forçados a trabalhar sem remuneração, de acordo com um registro obtido pela AP.
"E eles espancaram os brasileiros?", perguntou Jill Rose, agora procuradora dos EUA em Charlote. 


"Não há dúvidas", respondeu um dos congregantes antigos. Os ministros "na maioria das vezes traziam eles para cá para trabalho gratuito", disse outro.
Embora Rose pudesse ser ouvida prometendo investigação, os membros antigos disseram que ela nunca respondeu quando eles repetidamente tentavam contato nos meses que antecediam à reunião.
Rose se recusou a falar do assunto com a AP, citando uma investigação em andamento.
Oliveira, que abandonou a igreja no ano passado, é um dos 16 membros antigos brasileiros que contaram à AP que foram forçados a trabalhar, frequentemente sem remuneração, e foram agredidos física ou verbalmente. A AP também analisou uma série de relatórios policiais e queixas formais apresentadas no Brasil sobre as condições adversas da igreja.

'Éramos descartáveis'

"Eles nos mantinham como escravos", disse Oliveira, pausando às vezes para secar as lágrimas. "Nós éramos descartáveis. Não significávamos nada para eles. Nada. Como podem fazer aquilo com pessoas – declarar seu amor a elas e depois bater nelas em nome de Deus?"
Os brasileiros frequentemente falavam pouco inglês quando chegavam e muitos tiveram seus passaportes apreendidos.
Membros antigos contaram que muitos homens trabalharam no setor de construção; muitas mulheres trabalharam como babás e na escola K-12 da igreja. Uma ex-congregante do Brasil disse à AP que ela tinha apenas 12 anos quando teve que trabalhar pela primeira vez.
Embora os agentes da imigração nos dois países disseram ser impossível calcular o volume do fluxo de humanos, pelo menos várias centenas de jovens brasileiros migraram para a Carolina do Norte nas últimas duas décadas, com base nas entrevistas com os membros antigos.

Anos de abuso

As revelações de trabalho forçado são as mais recentes de uma investigação em andamento da AP que expõe anos de abuso na Word of Faith Fellowship. Com base em entrevistas exclusivas com 43 membros antigos, documentos e registros secretos, a AP divulgou em fevereiro que os congregantes eram regularmente golpeados, surrados e sufocados para que fossem "purificados" dos pecados ao derrotarem os demônios. 

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Imagem de arquivo mostra Jane Whaley, fundadora da Word of Faith Fellowship no Brasil, com várias crianças na igreja de Spindale, na Carolina do Norte (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)

A igreja raramente sofreu sanções desde a fundação, em 1979, pela líder da seita, Jane Whaley, uma antiga professora de matemática, e seu marido, Sam. Outra reportagem anterior da AP descreve como os líderes da igreja ordenaram que os congregantes mentissem às autoridades que investigavam relatos de abuso.
A AP fez tentativas repetidas para obter comentários desta história dos líderes da igreja nos dois países, mas eles não responderam.
Sob a liderança de Jane Whaley, Word of Faith Fellowship cresceu de um punhado de seguidores para cerca de 750 congregantes na Carolina do Norte e um total de quase 2 mil membros nas suas igrejas no Brasil e em Gana e suas afiliações na Suécia, Escócia e outros países.
Os membros de todo o mundo visitam a propriedade de Spindale, mas o Brasil é a maior fonte de trabalho estrangeiro, e Whaley e seus principais delegados visitam os postos avançados brasileiros várias vezes ao ano, segundo descobriu a AP.

'Violação'

Thiago Silva fala à agência AP em entrevista em sua casa em Marlborough, nos EUA (Foto: AP Photo/Rodrique Ngowi)
Thiago Silva fala à agência AP em entrevista em sua casa em Marlborough, nos EUA (Foto: AP Photo/Rodrique Ngowi)
 
O membro antigo Thiago Silva disse que estava entusiasmado quando embarcou em um avião na cidade brasileira de Belo Horizonte para voar para o seminário de jovens da Word of Faith na Carolina do Norte em 2001. Ele tinha 18 anos e esperava usar seu visto de turista para conhecer novas pessoas e visitar os EUA.
Ele disse que aprendeu rápido que "não haveria felicidade".
"Os brasileiros vêm para cá para trabalhar. Estou dizendo, é isso", disse Silva. Ele chamou o tratamento de "uma violação aos direitos humanos".
Silva, agora com 34 anos, declarou estar entre um grupo de brasileiros que trabalha ao lado de americanos – os locais eram pagos, os brasileiros não eram, ele conta.
Silva e outros também disseram que Whaley tinha total controle da vida dos congregantes nos dois continentes, ordenando o básico da vida diária, como onde eles morariam e quando poderiam comer – e até mesmo forçando alguns a se casarem com americanos para que pudessem permanecer no país.
A falta de liberdade era generalizada, eles disseram: Silva, por exemplo, disse que ele poderia telefonar para seus pais dos EUA apenas se alguém que falasse português monitorasse a ligação.
"Não há livre arbítrio", ele disse. "Existe o arbítrio da Jane".

Peregrinação

Durante duas décadas, a Word of Faith Fellowship absorveu duas igrejas no Brasil, Ministério Verbo Vivo, na cidade São Joaquim de Bicas, e Ministério Evangélico Comunidade Rhema, em Franco da Rocha.
Igreja do grupo Word of Faith Fellowship em São Joaquim de Bicas, no Brasil (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
Igreja do grupo Word of Faith Fellowship em São Joaquim de Bicas, no Brasil (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
   
 
Durante suas visitas frequentes, Whaley contava aos membros brasileiros do seu rebanho que eles poderiam melhorar suas vidas e suas relações com Deus com uma peregrinação à igreja mãe, disseram vários dos entrevistados. A marca de adoração dos brasileiros era inferior, como ela frequentemente diria.
Além de estarem comprometidos com um nível mais alto da igreja, alguns dizem que eles também eram atraídos pela chance de frequentar a faculdade, aprender inglês e conhecer um pouco dos EUA. Outros dizem que sentiram que simplesmente não tinham escolha.
Durante todo o tempo, as regras rígidas instauradas em Spindale foram impostas no Brasil, o que levou a queixas à polícia revisadas pela AP e uma audiência legislativa em 2009. Mas a Word of Faith nunca enfrentou qualquer censura oficial – muitas das alegações perduram pela palavra de ex-membros contra a igreja – e o fluxo de humanos continuava a fluir, mesmo que os pais brasileiros dissessem que estavam sendo completamente isolados dos seus filhos na Carolina do Norte.

Gritos e empurrões

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Ana Albuquerque, de 25 anos, viajou 11 vezes à igreja Word of Faith Fellowship, na Carolina do Norte (Foto: AP Foto/Silvia Izquierdo)
 Ana Albuquerque viajou do Brasil para Spindale 11 vezes durante mais de uma década, começando aos 5 anos com seus pais. Durante este tempo, ela disse que testemunhou tantos gritos e empurrões para "expulsar demônios" que começou a achar o comportamento normal.  

Nas suas últimas três viagens, ela ingressou em um grupo de duas dezenas com outros adolescentes brasileiros que permaneciam até seis meses com vistos de turistas. "Eles chegavam e diziam: 'Você vai conhecer os Estados Unidos da América. Você vai para todos os shoppings'", ela conta. "Mas quando você chega lá, tudo é controlado."
Albuquerque, agora com 25 anos, disse que trabalhou em período integral sem remuneração – como auxiliar de professor na escola durante o dia e babá de crianças de congregantes à noite.
O julgamento aconteceu durante sua última viagem, quando tinha 16 anos. Albuquerque contou que Whaley e outro ministro a espancavam repetidamente com um pedaço de madeira enquanto gritavam que ela estava "suja" e possuída pelo demônio.
"Ore para isso sair de você!", Albuquerque se lembrou de ser exortada durante uma sessão que durou 40 minutos.
Durante as últimas duas semanas em Spindale, Albuquerque disse que aguentou dias de isolamento forçado, leitura da Bíblia, ameaças de ser internada em hospital psiquiátrico e que foi proibida por Whaley de ligar para os pais. Finalmente, permitiram que ela voltasse ao Brasil, onde deixou a igreja.

Vistos de turista e estudante

A investigação da AP documentou abusos repetidos dos vistos de turista e estudante obtidos por membros brasileiros da igreja.
Os brasileiros muitas vezes chegavam primeiro na Carolina do Norte com vistos de turista por seis meses para exercerem funções na igreja, às vezes 20 ou 30 por vez. Alguns brasileiros sairiam após poucas semanas, outros permaneceriam pelo prazo inteiro.
Talvez para burlar as regras contra o emprego, os líderes da igreja às vezes encaminhavam para projetos de trabalho forçado como "trabalho voluntário", de acordo com os brasileiros entrevistados nos dois países. 

Esse trabalho incluía derrubar paredes e instalar drywall em apartamentos de propriedade e alugados por um ministro sênior da igreja e membros da família, eles dizem. 

Ross Eisenbrey, do Instituto de Política Econômica, de Washington, D.C., acha que o tanque se concentra nos problemas trabalhistas, disse que as propriedades alugadas são "empreendimentos com fins lucrativos para os quais os imigrantes não poderiam ser voluntários" segundo a Lei de Normas de Trabalho Justo.
Alguns dos entrevistados disseram que eram atraídos para os EUA em parte por promessas de conseguir fazer faculdade, mas não conseguiam estudar ou ir às aulas devido aos horários da punição com trabalho. 
Os congregantes antigos dizem que mais brasileiros vieram com vistos de turista, e várias centenas de adolescentes permaneceram por longos períodos.  

Fonte: AP