Balanço mostrou redução de acidentes e mortes, em relação a 2017; mas os embriagados mais que dobraram
Uma boa notícia até certo ponto. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de acidentes, de mortes e de feridos caiu na Operação Ano novo 2018-2019.
Entretanto, milhares de motoristas precisam, ainda, percorrer um longo caminho: o da conscientização. Se de um lado a notícia é boa, do outro nem tanto. De acordo com os dados apresentados pela PRF, dentro do balanço da “Operação Ano Novo – Operação Rodovida”, milhares de motoristas foram flagrados dirigindo sob o efeito de álcool e outros milhares abusando da velocidade.
Em 2017, os agentes flagraram 640 motoristas embriagados nas rodovias federais. Neste ano, foram 1.327, ou seja, 107% a mais. A falta do cinto de segurança também teve aumento significativo: em 2017, foram 2.133 pessoas que não fizeram uso; e, em 2018, saltou para 5.301 pessoas, 23% superior.
E a ultrapassagens irregulares, responsáveis por xx% das mortes em colisões frontais, teve também aumento nesta Operação Ano Novo: em 2017, foram 4.492; e, em 2018, 5.176, o que representa acréscimo de 59%.
Se de um lado, a PRF intensifica a fiscalização, de outro os motoristas reduzem a responsabilidade. Neste ano, a corporação colocou efetivo de 30% superior ao feriado do ano passado. Mesmo assim, ainda há muito a ser melhorado.
Fiscalização ostensiva contribuiu para a redução dos acidentes e mortes nas estradas federais neste feriado de Ano Novo. Foto: Divulgação
Balanço
A Operação Ano Novo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) – com atuação em todos os estados do Brasil – terminou nesta terça-feira (01). A ação, que teve início na sexta feira (28), registrou diminuição no número de acidentes graves e aumento nas autuações relacionadas às condutas que mais geram morte no trânsito, como são os casos do embriaguez ao volante e ultrapassagens indevidas. Houve maior apreensão de drogas, munições e armas.
Mantendo uma tendência registrada nos últimos anos, a PRF tem conseguido reduzir o número de acidentes e vítimas; em destaque nos períodos de grandes feriados. A Operação Ano Novo manteve esta tendência.
O total de acidentes, comparando ao mesmo período do ano passado registrou uma queda de 30%. Os números foram de 1.264 para 880. A reboque veio o decréscimo na quantidade de vítimas.
O total de feridos variou de 1.310 para 1.201, o que representa uma queda de 8%. Mas o fato que mais traz satisfação no cenário de resultados foi a queda no número de óbitos neste feriado. Não é cabido comemorar, no entanto, considerando que um dos lemas da PRF é preservar vidas, este é um dado relevante.
‘Pés de chumbo’: PRF flagrou mais de 165 mil motoristas acima do limite de velocidade nas estradas federais. Foto: PRF/Divulgação
Na mesma operação do ano passado 87 pessoas perderam suas vidas em acidentes nas rodovias federais brasileiras. Já neste ano o total de mortos foi de 70; o que representa 20 % menos.
No período de cinco dias de operação, a PRF registrou um aumento no total de flagrantes de infrações consideradas muito graves. O mau comportamento dos condutores foi percebido pelo efetivo da PRF, que acabou registrando os números abaixo.
Infração
Total em 2017
Total em 2018
Ultrapassagens irregulares
4.492
7.156 (+59%)
Não uso de cinto de segurança
2.133
5.301 (+149%)
Não uso da cadeirinha
371
1.038 (+180%)
Embriaguez ao volante
640
1.327 (+107%)
Não uso do capacete
329
856 (+160%)
Combate ao crime – No enfrentamento à criminalidade também houve aumento em relação às principais condutas. A PRF apreendeu mais drogas, armas e munições. O total de veículos roubados recuperados também aumentou. Além disso, mais pessoas foram detidas. Acompanhe os números abaixo.
Total em 2017
Total em 2018
Maconha
737 quilos
900 quilos (+22%)
Cocaína
3,1 quilos
26,7 quilos (+760%)
Armas
14
21 (+44%)
Munições
162
234 (+50%)
Veículos roubados
37
51 (+38%)
Pessoas detidas
341
576 (+69%)
O esforço da PRF para incrementar as ações de policiamento e fiscalização teve foco na prevenção e redução da gravidade dos acidentes de trânsito e no aumento da percepção de segurança nas rodovias federais.
Para intensificar o enfrentamento à criminalidade no período da operação, o órgão distribuiu 9.101 policiais de forma estratégica em todo país. Foram fiscalizadas 147.903 pessoas e 157.348 veículos; foram realizados 56.181 testes de etilômetro (bafômetro); 167.880 veículos acima da velocidade máxima permitida foram flagrados; as ações de educação para o trânsito alcançaram 16.616 pessoas.
Irresponsabilidade: Aumento de motoristas flagrados sob o efeito de álcool ao voltante foi 107%.
A Operação Ano Novo está inserida no calendário da Operação Rodovida, que teve início na segunda quinzena do mês de dezembro, e seguirá até o dia 10 de março de 2019, abrangendo Natal, Ano Novo e Carnaval.
A Operação Rodovida visa atingir os objetivos estabelecidos no Programa da Organização das Nações Unidas – ONU, Década Mundial de Segurança Viária 2011/2020, cuja meta prioritária é reduzir em 50% o número de mortos e de feridos em decorrência de acidentes de trânsito, recepcionado pelo governo brasileiro em maio de 2011, por intermédio do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida.
Excesso de velocidade é a principal causa de acidentes graves registrados nas rodovias no Distrito Federal e no resto do país
FOTO:DETRAN-DF DIVULGAÇÃO
Em entrevista ao programa Revista Brasildesta terça-feira (13), o chefe da Área Operacional 2 da Polícia Rodoviária Federal no Distrito Federal, que engloba as BRs 060 e 070, inspetor Clayton Campos dos Santos Oliveira, admitiu que a velocidade tem sido a principal causa de acidentes graves no Brasil. Segundo ele, a Operação Carnaval começou na sexta-feira (9) com radares fixos e móveis e, só no domingo (11), motoristas foram flagrados dirigindo a mais de 163 km/h e foram registradas mais de duas mil infrações deste tipo.
Ele afirma que a legislação é completa, mas falta ao motorista – principalmente de um carro mais potente e luxuoso - a consciência de que não deve beber e dirigir, e que a velocidade pode causar lesões a ele e a outras pessoas, principalmente motociclistas, pedestres, ciclistas e usuários de carros com menos itens de segurança, que por isso também estão mais sujeitos ao risco de morte.
Clayton lembrou que dirigir acima da velocidade é uma infração gravíssima: além de pagar multa de R$ 880,41, o motorista fica com o direito de dirigir suspenso.
Nos três primeiros dias de carnaval, o Detran e a Polícia Militar do Distrito Federal flagraram mais de 260 motoristas dirigindo embriagados ou após terem consumido bebidas alcoólicas; apenas cinco foram presos.
Funaro: “Temer e Cunha tramavam diariamente a queda de Dilma”
Doleiro deu declaração durante delação premiada
“Michel Temer e Eduardo Cunha tramavam diariamente a saída
da presidente Dilma Rousseff”, a afirmação foi feita pelo doleiro Lúcio Funaro,
apontado como operador financeiro de políticos do PMDB, durante delação
premiada.
A informação dada pelo doleiro está em um dos anexos da
delação, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da acusação,
Funaro relatou também detalhes da relação com a cúpula do partido e nomeou “operadores”
de Temer em supostos esquemas de corrupção.
Segundo Funaro, enquanto Temer atuava no núcleo político do
chamado “quadrilhão” do PMDB viabilizando interesses de empresas que subornavam
o grupo para terem preferências em licitações, Cunha arrecadava propinas. Delação do doleiro já foi homologada pelo Supremo Tribunal FederalDe acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Funaro comentou
que a relação entre o presidente e Eduardo Cunha era bastante volátil, e
dependia muito do “momento político” em que o partido atravessava.
“Na época do impeachment de Dilma Rousseff, eles
confabulavam diariamente, tramando a aprovação do processo e, consequentemente,
a nomeação de Temer como presidente”, disse o doleiro em trecho da delação.
O Palácio do Planalto não comentou as acusações de Funaro. Já
a defesa de Eduardo Cunha afirmou que, enquanto o sigilo da delação não for
levantado, não irá se comentar.
Operação da PF mira Robinson Faria, governador do Rio Grande do Norte
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria - Jorge William / Agência O Globo
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira em imóveis do governador Robinson Faria (PSD) e na Governadoria do Estado. A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal e Justiça (STJ) e está relacionada a supostos crimes cometidos desde 2006. Ao todo, participaram da operação 70 agentes e 11 mandados, sendo nove de busca e apreensão e dois de prisão temporária, foram expedidos.
Os alvos dos mandados de prisão temporária (válida por cinco dias) são Magaly Cristina da Silva, servidora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, e Adelson Freitas dos Reis, assessor técnico aposentado, também da Assembleia.
A Assembleia Legislativa esteve envolvida na Operação Damas de Espadas, deflagrada em 20 de agosto de 2015, para coibir o uso de funcionário fantasmas para desvio de recursos públicos. A Polícia Federal não confirmou a relação da "Anteros" com a esta operação.
A Operação Damas de Espadas descortinou um esquema fraudulento formado por servidores da ALRN. Segundo o Ministério Público, entre os anos de 2006 e 2011, foram desviados cerca de R$ 5,5 milhões dos cofres da casa por meio de inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento, com a verba sendo repassada para os beneficiários do esquema criminoso.
Magaly foi citada na denúncia do Ministério Público Estadual à época, como “servidora da Assembléia Legislativa desde o ano de 1987, tendo sido convidada para ocupar umcargo pelo Deputado Robinson Faria; que até então a depoente ocupava o cargo de secretária nas empresas do Seu Osmundo, pai de Robinson; que foi lotada em diversos setores da AL (Recursos Humanos, Presidência); que atualmente é Coordenadora do Projeto Assembléia Cidadã (...)".
A defesa do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) protocolou na segunda-feira na Justiça petição em que contesta relato do executivo da J&F sobre discussão a respeito de pagamento de propina durante jantar na casa do dono da JBS, Joesley Batista.
A defesa de Faria contesta a versão e incluiu na petição trecho de áudio de Whatsapp enviado pela mulher de Joesley Batista, Ticiana Villas Boas, a Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos e mulher do parlamentar, no dia 1º de julho. As duas foram colegas de trabalho no "SBT" e estavam presentes no jantar citado.
Na mensagem de voz, obtida pela GloboNews, Ticiana diz achar "um absurdo isso tudo que está acontecendo":
"Aquele jantar, imagina só, não tem nada a ver do que falaram, foi um jantar normal, eu não vi nada de dinheiro, de nada que beirasse ser ilícito. Se você for chamada para depor ou tiver qualquer tipo de implicação para você, eu sou sua testemunha de defesa e vou deixar claramente que é um absurdo", afirmou Ticiana na mensagem.Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, Ticiana Villas Boas confirmou o envio da mensagem, mas dá a entender que o contexto é diferente do mencionado pelos advogados de Fábio Faria:
"Como revela o áudio, nem ela nem Patrícia, durante o período em que estiveram juntas no jantar em sua casa, presenciaram qualquer conversa com conteúdo ilícito. Em vários momentos do encontro, os casais se dividiram em grupos de homens e mulheres, e Ticiana imaginou que Patrícia, assim como ela, não sabia que nas conversas entre os maridos eles trataram de propina", diz a nota.
OUTRO LADO
"O governador Robinson Faria nega veementemente a prática de qualquer irregularidade durante seu mandato de deputado estadual, encerrado em 2010 e reforça que sempre esteve à disposição para prestar qualquer esclarecimento. Apesar de não concordar com a diligência realizada nesta data, tem profundo respeito pela justiça e confia no rápido restabelecimento da verdade. Até o momento a defesa não teve acesso aos autos", disse o advogado José Luis Oliveira Lima, por nota.
Empresas investigadas na Lava-Jato são alvo de nova operação da PF
Policia Federal - Geraldo Bubniak / Agência O Globo
SÃO PAULO - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira a Operação "Hammer-on" para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As empresas que integravam o esquema movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões oriundos de diversas atividades ilícitas entre 2012 e 2016.
As investigações identificaram a existência de uma organização criminosa constituída de cinco núcleos interdependentes que atuavam em atividades que iam do contrabando ao tráfico de drogas. No esquema, os integrantes usavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber dinheiro de pessoas físicas e jurídicas interessadas em mercadorias, drogas e cigarros. Os produtos vinham do exterior, principalmente do Paraguai.
Ao todo, cerca de 300 policiais federais e 45 auditores da Receita cumpriram 153 ordens judiciais, expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, em cinco estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina. De acordo com balanço divulgado pela PF no final da tarde de ontem, dos 153 mandados judiciais, não foram cumpridos apenas nove conduções coercitivas e três mandados de busca e apreensão. Dezenove pessoas foram presas por suspeita de participação no esquema.
Além disso, foram apreendidos 12 veículos de luxo e dinheiro (reais e moedas estrangeiras) equivalente a cerca de R$ 900 mil. Houve ainda três prisões em flagrante dois por posse de arma de fogo e um por manter material pornográfico infantil.
VÍNCULOS COM LAVA JATO
Em entrevista à Globo News, o delegado Jackson Cerqueira Filho, coordenador da operação Hammer-on, disse que algumas empresas suspeitas de integrarem o sistema também são investigadas pela Lava-Jato.
— Durante as investigações constatamos que parte do dinheiro foi transferido para empresas que também são investigadas na Operação Lava-Jato e usada no pagamento de propina — afirmou.
Em coletiva na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, nesta manhã, Cerqueira Filho classificou o esquema como "complexo". Ele detalhou que o dinheiro era transferido sem registro na Receita Federal para outros países, passando diretamente por casas de câmbio por intermédio de doleiros.
A transferência usava o sistema internacional de compensação paralelo, conhecido como operações dólar-cabo, ou ordens de pagamento internacionais emitidas por instituições financeiras brasileiras com base em contratos de câmbio fraudulentos.
— A organização criminosa precisa contar com a participação de importadoras contábeis, porque elas simulam importações. E essa simulação é o que justifica o contrato de câmbio com a corretora — explicou.
As transações financeiras para fora do país atraíram a atenção dos fiscais da Receita, que iniciaram as investigações em 2015.
— Pessoas físicas e jurídicas do Brasil inteiro estavam mandando dinheiro para poços de combustível de Curitiba e empresas fantasmas em Foz do Iguaçu. Eram empresas que nem tinham autorização para importar mercadorias — observou o auditor fiscal da Receita Federal, Silvio José Henkemeier.
Para desmantelar o esquema, a força-tarefa da operação solicitou a quebra de sigilo de 1.382 contas bancárias vinculadas a cerca de 100 mil CPFs. Um aplicativo da Receita também ajudou os investigadores a analisarem os extratos bancários. Os suspeitos de envolvimento atuavam em diversas frentes, segundo Henkemeier: a operação identificou empresários do ramo alimentício, contrabandistas, traficantes, ex-funcionários de casas de câmbio e doleiros.
— Trata-se de grupo de pessoas que se especializou em fazer o dinheiro de criminosos brasileiros chegar para criminosos do Paraguai — resumiu Cerqueira Filho.
Existem indícios de obras superfaturadas e fraude na compra de uvas Foto:Polícia Federal /Divulgação
Um desvio de recursos públicos com prejuízo à Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União nesta última quarta-feira (2/8), a ação cumpre nove mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva nas cidades de Bento Gonçalves, Farroupilha, Esteio e Vacaria. Batizada de Operação Liber Pater, o nome da operação faz alusão ao deus romano da viticultura, cultuado antes mesmo do deus Baco, ligado ao vinho.
Os crimes investigados são fraude à licitação, formação de quadrilha, peculato e falsidade ideológica. Além da apuração no âmbito criminal, o MPF de Bento Gonçalves conduz inquérito civil para a apuração de crimes de improbidade administrativa por parte dos empregados públicos envolvidos. De acordo com as investigações, existem indícios de fraude em licitações para aquisição de matéria-prima e compra de uvas. Alguns fornecedores, inclusive, podem ter vinculo com dois funcionários da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves. Cinco obras também são apontadas pela CGU como superfaturadas. O prejuízo pode alcançar R$ 700 mil.
“A impressão é de que houve um problema que é recorrente no Brasil, a confusão entre público e privado. Pessoas físicas utilizando-se do orçamento de um órgão público para se beneficiar indevidamente”, declarou Eduardo Dalmolin Bollis, delegado da Polícia Federal responsável por conduzir as investigações, ao jornal O Pioneiro. De acordo com a publicação, ainda serão verificadas três vinícolas, duas em Bento e uma em Vacaria. Duas delas têm como proprietários integrantes da diretoria da Embrapa, enquanto a outra é de um produtor com contratos antigos com a empresa de assistência técnica. “Há pessoas da Embrapa que poderiam, na verdade, estar utilizando laranjas (produtores). Ou seja, poderiam estar comprando uvas delas mesmas. Nos elementos documentais encontramos indicativos de que há questões, pelo menos, a serem esclarecidas nessas aquisições”, anunciou Bollis.
A Embrapa declarou que foi informada sobre a operação. Por meio de nota, a empresa afirmou que os dirigentes estão "acompanhando o desenvolvimento da operação e dando amplo acesso e apoio às investigações".
Centro de Recuperação
Penitenciário do Pará I (CRPPI), no Complexo Penitenciário de Santa
Izabel do Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O Comando Militar do Norte realiza, nesta quinta-feira (27), uma
minuciosa inspeção nos pavilhões 4 e 5 do Centro de Recuperação
Penitenciário do Pará I (CRPP I), no município de Santa Izabel do Pará,
nordeste do estado. A operação conjunta no Pará envolve a Polícia
Militar do Pará, Polícia Civil e Superintendência do Sistema
Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). O objetivo da Operação é a
apreensão de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros
materiais ilícitos ou proibidos, para diminuir a tensão entre os
detentos e reduzir as fragilidades do sistema prisional brasileiro.
A “Operação Varredura” vem sendo realizada em vários estados, no
contexto do decreto presidencial janeiro de 2017, que autoriza o emprego
das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem no sistema
penitenciário brasileiro. A operação segue o protocolo já aplicado em
intervenções similares realizadas em outros estados. Uma das premissas é
de que as tropas do Exército não tenham contato com os presos. Para
isso, a entrada da tropa é antecedida pela ação da PM e de agentes
prisionais, que retiram os detentos dos ambientes onde será feita a
inspeção e os mantêm sob vigilância até a saída do Exército com o
material apreendido.
No CRPP I, a contenção dos cerca de 500 presos dos pavilhões 4 e 5 será
feita por policiais do Comando de Missões Especiais, que farão a
primeira incursão, para abrir eclusas e celas, com apoio de agentes da
Susipe na revista individual. Os detentos serão levados para o solário,
onde permanecerão até o término da varredura executada pelas tropas do
Exército. Para essa inspeção, os militares usarão os mesmos recursos
utilizados em operações feitas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, como
detectores de metais, scanners e cães farejadores.
A expectativa da Susipe é que a Operação Varredura transcorra com
tranquilidade. Qualquer objeto apreendido será entregue ao Sistema
Integrado de Segurança Púbica do Pará ao final da operação.
Auditor da Receita e empresário são presos na Operação Zelotes, em SP
Os dois se tornaram réus na segunda-feira (24/7) quando a Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal
A reportagem não localizou
representantes da Pagnozzi & Associados Consultoria Empresarial,
além de Walcris Rosito, Eduardo Cerqueira Leite e Valmir Sandri.
O Itaú Unibanco, em nota,
"esclarece que não é parte do processo e não teve acesso à
decisão mencionada. O Itaú reafirma que, em 2006, adquiriu as
operações do BankBoston no Brasil, sendo que o contrato de
aquisição não abrangeu a transferência dos processos tributários
do BankBoston, que continuaram sob inteira responsabilidade do
vendedor, o Bank of America. O Itaú não tem e não teve qualquer
ingerência na condução de tais processos nem tampouco qualquer
benefício das respectivas decisões. O Itaú esclarece, ainda, que
nenhum dos denunciados foi funcionário ou diretor desta
instituição."
O advogado de José Ricardo
da Silva, Marlus Arns, disse que a defesa só vai de pronunciar
depois de intimada da decisão.
O advogado de Paulo Cortez,
Ivan Morais, disse que não há elementos para justificar uma
denúncia criminal contra seu cliente. Ele afirmou que acredita na
inocência do ex-conselheiro do Carf e que os fatos serão
esclarecidos durante a "instrução probatória".