Mostrando postagens com marcador Embrapa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Embrapa. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO

Embrapa Uva e Vinho é alvo da operação da PF
Resultado de imagem para Embrapa Uva e Vinho é alvo da operação da PF

Existem indícios de obras superfaturadas e fraude na compra de uvas  Foto:Polícia Federal /Divulgação


Um desvio de recursos públicos com prejuízo à Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União nesta última  quarta-feira (2/8), a ação cumpre nove mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva nas cidades de Bento Gonçalves, Farroupilha, Esteio e Vacaria. Batizada de Operação Liber Pater, o nome da operação faz alusão ao deus romano da viticultura, cultuado antes mesmo do deus Baco, ligado ao vinho. 

Os crimes investigados são fraude à licitação, formação de quadrilha, peculato e falsidade ideológica. Além da apuração no âmbito criminal, o MPF de Bento Gonçalves conduz inquérito civil para a apuração de crimes de improbidade administrativa por parte dos empregados públicos envolvidos. De acordo com as investigações, existem indícios de fraude em licitações para aquisição de matéria-prima e compra de uvas. Alguns fornecedores, inclusive, podem ter vinculo com dois funcionários da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves. Cinco obras também são apontadas pela CGU como superfaturadas. O prejuízo pode alcançar R$ 700 mil.
“A impressão é de que houve um problema que é recorrente no Brasil, a confusão entre público e privado. Pessoas físicas utilizando-se do orçamento de um órgão público para se beneficiar indevidamente”, declarou Eduardo Dalmolin Bollis, delegado da Polícia Federal responsável por conduzir as investigações, ao jornal O Pioneiro. De acordo com a publicação, ainda serão verificadas três vinícolas, duas em Bento e uma em Vacaria. Duas delas têm como proprietários integrantes da diretoria da Embrapa, enquanto a outra é de um produtor com contratos antigos com a empresa de assistência técnica. “Há pessoas da Embrapa que poderiam, na verdade, estar utilizando laranjas (produtores). Ou seja, poderiam estar comprando uvas delas mesmas. Nos elementos documentais encontramos indicativos de que há questões, pelo menos, a serem esclarecidas nessas aquisições”, anunciou Bollis. 
A Embrapa declarou que foi informada sobre a operação. Por meio de nota, a empresa afirmou que os dirigentes estão "acompanhando o desenvolvimento da operação e dando amplo acesso e apoio às investigações".

Revista Amanhã


segunda-feira, 17 de julho de 2017

BRASIL

A nova fronteira de desenvolvimento rentável e 
sustentável do Brasil

Imagem relacionada
Os vetos ao uso dos recursos na Amazônia costumam ter interesses confessáveis – a proteção da biodiversidade – e não confessáveis. E isso prejudica todo o país. Foto: reprodução


Augusto César Barreto Rocha é doutor em Engenharia de Transportes, empresário, professor do Doutorado em Biotecnologia da UFAM Todos os brasileiros entendem que a Amazônia faz parte de um patrimônio importante e com potencial econômico, devendo ser preservado para as gerações futuras. A unanimidade começa a reduzir quando se fala em aproveitamento econômico, trazendo oportunidades do futuro para o presente, pois há uma sensação ampla de que não é possível usar os recursos da natureza sem a destruição da floresta, o que é uma ignorância compreensível para o grande público, mas não aceitável no meio de especialistas em desenvolvimento.[ x ]Os vetos ao uso dos recursos na Amazônia costumam ter interesses confessáveis – a proteção da biodiversidade – e não confessáveis. Isso precisa ficar claro para todos, porque há aqui um interesse nacional e que, em princípio, deve ser um interesse de toda a sociedade. 

Não será unânime, pois temos que contar com ambientalistas sectários que gostam de condicionadores de ar e computadores.A criação da economia da Zona Franca de Manaus estava também vinculada a um interesse geopolítico, assegurando a presença brasileira na região, com atividade econômica não-predatória. Precisamos agora dar o próximo passo com o uso dos recursos da biodiversidade da região, sob o manto da sustentabilidade, com respeito às sociedades envolvidas e também com retorno econômico. 
Dissociar qualquer destes elementos vai contra o interesse maior do país.Somos um país pouco competitivo, inserido em uma crise sem precedentes, o que torna oportuno este momento para a criação de uma nova frente de desenvolvimento, contrapondo o pessimismo dominante e os modelos mentais atuais para a geração de riqueza. Há uma grande oportunidade de criar uma nova fronteira para o desenvolvimento do Brasil, seguindo os padrões da sustentabilidade e de compliance corporativo, tão importante neste momento histórico.
O conceito estratégico que propomos é a criação de cinco áreas de desenvolvimento e que cada uma destas áreas deve ser desdobrada em mais cinco áreas, perfazendo 25 subáreas voltadas para o desenvolvimento de produtos da região, que sejam vendáveis no mercado local e global. Só o lucro poderá levar a sustentação econômica de um projeto de tal envergadura, atraindo investidores e capital de risco, movimentando o dínamo da geração de riqueza.Alguns números para inspirar: o Amazonas, maior estado do país, possui 155 milhões de hectares. A indústria vinícola francesa possui 861 mil hectares, o que representaria cerca de 0,55% da área do estado do Amazonas. Há no acervo do INPA inúmeros produtos da natureza amazônica que possuem impacto econômico compatível. Para chegar a estes produtos é necessário investimento em pesquisa básica e pesquisa aplicada, ao longo de alguns anos, fomentando toda a sua cadeia produtiva.

A Castanha é reconhecida como a maior fonte natural de selênio. Pesquisas da Embrapa, USP, e de diversas instituições estrangeiras, associam o consumo diário de uma castanha ao combate de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer, obesidade e Mal de Alzheimer. Sequer conseguimos equacionar, satisfatoriamente o método de teste adotado pelo regulamento europeu que diz respeito ao controle da aflatoxina, um fungo cancerígeno. Nos anos 1960 éramos praticamente os únicos exportadores e nos últimos anos, tanto a Bolívia, quanto o Peru passaram a exportar muito mais que o Brasil. Nosso maior inimigo é interno, por isso precisamos resolver entre nós como usar de maneira responsável os recursos naturais da região. Será que faremos com a castanha e o açaí o mesmo que fizemos com a borracha?Já começamos a desperdiçar novas oportunidades: hoje o maior produtor mundial do tambaqui é a China. Propomos construir uma nova história em cinco arranjos produtivos. Fica o convite para os investidores de capital de risco: venham para a Amazônia – a nova fronteira de desenvolvimento – rentável e sustentável do Brasil.

Fonte: InfoMoney