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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Caminhão com placas de Brasília é apreendido em MS lotado de maconha

TRÁFICO  
Entorpecente estava escondido em fundo falso da carroceria do veículo.

Fundo falso da carroceria do caminhão lotada de tabletes de maconha — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Um caminhão com placas de Brasília (DF) foi apreendido lotado de maconha na madrugada desta quinta-feira (10), em Caarapó, a 264 quilômetros de Campo Grande. O motorista não foi localizado.
A apreensão é resultado de investigação de policiais civis de Eldorado, que procuravam pelo veículo desde a tarde de quarta-feira (9). A suspeita é de que o condutor do caminhão seja do município.
No momento da apreensão, a porta do caminhão estava aberta e a chave na ignição. "Provavelmente alguém iria buscar", disse o delegado de Eldorado, Pablo Ricardo Campos dos Reis.
Conforme o delegado, o veículo foi levado para Eldorado, lá a carroceria foi aberta, sendo encontrados em fundo falso diversos tabletes de maconha.
Até a publicação desta reportagem a droga estava sendo pesada.

G1 MS, Nadyenka Castro

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Polícia do DF faz operação contra tráfico de drogas na Esplanada

DF

Investigação aponta que traficantes vendiam principalmente cocaína para servidores públicos e pessoas de alta renda que trabalham na Esplanada


Os edifícios da Esplanada dos Ministérios foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer

Os edifícios da Esplanada dos Ministérios foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer (Evaristo SA/AFP/VEJA)

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta terça-feira (6), por intermédio da 5ª DP, a Operação Delivery, ação que ocorre após um ano de investigação que apura o tráfico de drogas na região Central de Brasília. Foram cumpridos diversos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em várias regiões do Distrito Federal.

Em nota, a Polícia Civil informou que os traficantes vendiam drogas, principalmente cocaína, para servidores públicos e pessoas de alta renda que trabalham na Esplanada dos Ministérios. A entrega de drogas era realizada, inclusive, em órgãos públicos Federais e do Distrito Federal.

Nesta primeira fase da operação, além do cumprimento de mandados, foram apreendidas porções de droga e dinheiro.
FONTE: VEJA.COM

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

DF

Polícia prende médico que recebia comissão para negociar drogas entre traficantes

 

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O delegado Leonardo de Castro da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil do DF (Foto: Elielton Lopes/G1)

 

 

Um médico foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal na tarde da última terça-feira (15) suspeito de associação com tráfico de drogas. O cumprimento do mandado de prisão preventiva foi no consultório dele, que fica em um shopping do Octogonal. De acordo com a Polícia Civil, ele recebia comissões por intermediar a venda de drogas entre traficantes do DF e de Goiânia, em Goiás.
O médico atuava como endocrinologista, mas, de acordo com o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) Leonardo de Castro, não tinha especialização na área. Ele também é formado em farmácia e mantinha consultórios em Brasília e na capital goiana. Há suspeita de que ele intermediava o tráfico há pelo menos cinco meses.
“Depois que o mandato de prisão foi expedido, ele sumiu. Não atendia mais no consultório de Brasília. Finalmente conseguimos marcar a consulta e efetuar a prisão”.
O médico levava uma vida confortável em Brasília. Morava em Águas Claras, andava em diferentes carros de luxo e ostentava “mulheres e baladas” nas redes sociais, de acordo com a polícia. O médico não envolvia os pacientes nos atos ilícitos. Se condenado, pode ficar de três a dez anos preso por associação ao tráfico.
A polícia prendeu o suspeito após marcar uma consulta na clínica dele, na Asa Norte. Ele ficou nervoso durante a abordagem e negou os crimes. Os agentes marcaram uma consulta, que custou R$ 600, e se passaram por clientes. O mandado de prisão contra ele havia sido expedido em julho.
Durante a investigação, a polícia descobriu que, em uma das transações, ele recebeu comissão de R$ 3 mil por “negociar” 1 kg de cocaína. À polícia, ele disse que era “apenas usuário de drogas” e que o envolvimento com os traficantes era apenas de amizade.
A polícia chegou ao médico após deflagrar a “Operação Finish”, que apreendeu 75 kg de maconha em maio deste ano. Três traficantes do DF e dois do GO foram presos na operação. O médico tinha associação com dois deles. A investigação contra o médico durou cerca de três meses. 

Segundo a polícia, as drogas – maconha e cocaína –, que vinham de Goiânia, era comercializada principalmente na Asa Norte. O médico, em geral, não fazia o transporte da droga. Havia uma pessoa que trazia as “encomendas”. De acordo com as investigações, ele só fez a entrega de drogas uma vez, depois que chegou de Goiânia, até a casa do traficante. 

G1 DF

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BRASIL

Chefe do tráfico do Jacarezinho é preso em mansão em Goiás

Chefe do tráfico de drogas no Jacarezinho foi preso em mansão em GoiásDivulgação

Rio - O chefe do tráfico de drogas do Jacarezinho foi preso em uma mansão de luxo, na tarde deste domingo, em Luziânia, em Goiás. Conhecido como Roger do Jacarezinho, Nilson Roger da Silva de Freitas estava foragido desde 2010 e é apontado como um dos principais articulares de ataques a PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Roger era conhecido também como o "fantasma" da facção Comando Vermelho. O Portal dos Procurados oferecia uma recompensa de R$ 2 mil por quem desse informações sobre o chefe do tráfico.
Ele foi preso por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), 39ª DP (Pavuna) e da Polícia Civil do Distrito Federal no mesmo dia em que o policial civil Bruno Guimarães Buhler foi sepultado.
Bruno foi baleado no pescoço durante em um confronto com traficantes no Jacarezinho, na tarde de sexta-feira. O inspetor da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) chegou a ser socorrido para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu. 
Roger do Jacarezinho estava foragido desde 2010Divulgação
O agente era considerado um dos maiores atiradores de elite da Polícia Civil. Ele foi enterrado, neste domingo, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.
Já na noite deste sábado, outro agente da Core foi baleado. Marcelo Antônio Ventura Golpini foi atingido em tiroteio no Jacarezinho e levado também para o Hospital Geral de Bonsucesso. O estado de saúde dele era estável.
Terror no Jacarezinho
Os moradores da comunidade têm vivido dias de terror. Neste fim de semana, houve pelo menos 12 horas de tiroteio na favela. Através das redes sociais, vários relatos assustadores e vídeos mostrando o intenso tiroteio impressionam. Em imagens, diversas pessoas se escondem em muros na entrada da comunidade enquanto esperam o momento do cessar fogo e finalmente conseguirem ir para casa. Em outros, moradores se escondem durante o tiroteio.

O DIA

sábado, 12 de agosto de 2017

SEGURANÇA



Assassinos de servidora queriam trocar objetos roubados por drogas



A materialidade levantada pelos investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) sobre o latrocínio da 408 Norte não deixa dúvidas a respeito da autoria do crime. Ao Metrópoles, o delegado-chefe Laércio Rosseto garantiu que a dupla presa em menos de 24 horas após a morte da servidora Maria Vanessa Veiga Esteves, 55 anos, é a responsável pelo latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o policial, os dois queriam trocar os objetos roubados por drogas.
Daniel Ferreira/Metrópoles
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
A dupla levou a bolsa de Maria Vanessa, que foi jogada em um contêiner após a repercussão do assassinato. Novas apurações também estão sendo feitas para identificar se os suspeitos são responsáveis por outros crimes na região. “Temos algumas ocorrências de roubo e furto em aberto. Vamos investigar a autoria de cada uma delas. Descobrimos que eles (os presos) costumavam furtar e assaltar na região. Boa parte do que eles levavam, trocavam por drogas”, explicou Rosseto. Quem reconhecer os criminosos, pode ligar para o 197.
O delegado revelou que as investigações não caminham para um crime premeditado, pois imagens feitas por câmeras de segurança mostram os autores circulando em blocos da Asa Norte no dia do crime, possivelmente à procura de vítimas. “É revoltante por que mataram essa mulher. Ele disse ‘hoje estou a fim de matar alguém’”, contou Rossetto logo depois de apreender e ouvir o adolescente. Segundo o policial, a vítima entregou a bolsa aos ladrões, mas se recusava a passar a chave do carro. Por isso, teria sido esfaqueada.
Apesar do desfecho apontar como um crime de latrocínio, a Polícia Civil solicitou informações a respeito de Glauber Barbosa da Costa, dono do apartamento onde os assassinos foram presos, à Universidade de Brasília (UnB) e ao Ministério da Cultura. Glauber é estudante de pós-graduação da faculdade e já trabalhou no MinC, onde foi aposentado por invalidez em 2015. Tanto a instituição quanto o órgão federal também faziam parte da rotina de Maria Vanessa. Ela estudava na UnB e era analista no ministério. A quitinete era conhecida por ser ponto de encontro de usuários de crack.
METRÓPOLES

domingo, 6 de agosto de 2017

BRASIL



PRF e PF apreendem mais de 300 kg de crack em rodovia do Paraná

Carga estava escondida em compartimentos ocultos de um caminhão tanque


Está é a maior apreensão de crack realizada este ano em todo o Brasil (Foto: PRF)

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) apreenderam 320,6 quilos de crack na madrugada deste domingo (6) em Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba.
A droga estava escondida em fundos falsos de um caminhão-tanque. Dois suspeitos foram presos em flagrante e devem responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
De acordo com a PRF, esta é a maior apreensão de crack realizada este ano em todo o território nacional. A segunda maior ocorreu no último dia 13 de junho, em Céu Azul, também no Paraná, quando policiais descobriram 51 quilos da droga dentro do painel de um automóvel.
A ocorrência deste fim de semana teve início ainda na manhã de sábado (4), por volta das 9 horas, quando o motorista de um automóvel Audi A3 foi abordado pela PRF, em frente à Unidade Operacional São Luiz do Purunã, na BR-277.
O homem de 38 anos demonstrou nervosismo durante a abordagem policial. Ele chegou a dizer que transportava pistolas dentro do veículo. Mas, após várias horas de verificação minuciosa, nenhuma arma foi encontrada.
Ele disse então que outro veículo, uma carreta, faria o mesmo trajeto, supostamente trazendo armas do Paraguai.
A equipe da PRF solicitou apoio da PF. Em ronda pelos postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais ao longo da BR-277, os agentes localizaram, já na noite de sábado, uma carreta suspeita, estacionada na frente de um hotel, na região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
O motorista desta carreta, um homem de 41 anos, disse que recebeu o caminhão e o semirreboque em um posto de combustível de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, "de um homem de Audi preto". Os tabletes de crack foram localizados ocultos nas paredes do semirreboque. Nenhuma arma foi encontrada.
O motorista do caminhão acabou por reconhecer o condutor do carro como o homem que o havia contratado para fazer o transporte da carga ilícita.
O crack teria sido adquirido em Campo Grande (MS) e seria levado até Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
O crime de tráfico de drogas tem pena prevista de cinco a 15 anos de prisão. E o de associação para o tráfico, três a 10 anos.
Os agentes da PRF e da PF encaminharam a droga e os dois presos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Os veículos utilizados pela dupla permaneceram no posto da PRF, à disposição da Justiça.

RIC MAIS

quinta-feira, 20 de julho de 2017

MUNDO

USUÁRIOS ESGOTAM MACONHA DE FARMÁCIAS DE MONTEVIDÉU EM PRIMEIRO DIA DE VENDAS







Usuários cadastrados para comprar maconha para uso recreativo esgotaram os estoques das quatro farmácias de Montevidéu registradas no Instituto de Regulamento e Controle de Cannabis do Uruguai (Ircca) nesta quarta-feira (19), o primeiro dia de vendas da substância nesses estabelecimentos.
As quatro drogarias da capital uruguaia confirmaram à Agência EFE que venderam toda a maconha que tinham. Em algumas delas, o produto acabou apenas algumas horas depois de as lojas serem abertas.
As farmácias amanheceram com longas filas formadas por pessoas que queriam comprar as duas variedades que o governo do Uruguai colocou no mercado, chamadas de Alfa I e Beta I.
Ainda que os dois tipos tenham algumas diferenças de composição, a porcentagem de psicoatividade de ambos é de 2%. As embalagens, de cinco gramas de cannabis cada, incluem uma série de recomendações e indicações para os usuários.
A aquisição em farmácias é uma das três formas para comprar maconha previstas na lei aprovada em dezembro de 2013 no Uruguai, no governo do ex-presidente José Mujica. Os uruguaios também podem cultivar a planta ou comprá-la em clubes de cultivo.
Fontes de um dos estabelecimentos não souberam informar quando os estoques de maconha serão repostos.
As informações são da Agência Brasil

sexta-feira, 14 de julho de 2017

HOMICÍDIOS



Cidades latino-americanas lideram taxas de homicídios no mundo



Desigualdade social, urbanização não planejada, políticas antidrogas falhas, impunidade, disponibilidade de armas e cultura machista. Esses são alguns dos fatores que contribuem para que cidades latino-americanas liderem ranking mundial de homicídios, segundo especialistas.
A América Latina e o Caribe concentram apenas 8% da população global, mas respondem por mais de 33% dos homicídios do mundo, de acordo com o Observatório de Homicídios, do Instituto Igarapé. Quatorze dos 20 países com as maiores taxas de assassinato globalmente estão localizados na região. Leia a reportagem completa.
Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva
Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva

Desigualdade social, urbanização não planejada, políticas antidrogas falhas, impunidade, disponibilidade de armas e cultura machista. Esses são alguns dos fatores que contribuem para que cidades latino-americanas liderem ranking mundial de homicídios, segundo especialistas.
Em 2015, ocorreram estimados 468 mil homicídios no mundo, sendo que a região das Américas concentrou as maiores taxas globalmente, de 32,9 para cada 100 mil habitantes, apontou relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Honduras tem o maior índice da região, com 85,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes, seguida por El Salvador (63,2), Venezuela (51,7), Colômbia (48,8) e Belize (37,2). O Brasil aparece em nono lugar, 30,5 homicídios para cada 100 mil habitantes. Como comparação, Canadá e Estados Unidos têm índices muito inferiores, de 1,8 e 5,3, respectivamente.
A América Latina e o Caribe concentram apenas 8% da população global, mas respondem por mais de 33% dos homicídios do mundo, de acordo com o Observatório de Homicídios, do Instituto Igarapé. Quatorze dos 20 países com as maiores taxas de homicídio do mundo estão localizados na região.
“O homicídio na América Latina não é monocausal. Não ocorre em função de um só fator de risco”, disse ao Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) o especialista em segurança e desenvolvimento e um dos fundadores do Instituto Igarapé, Robert Muggah.
“No entanto, alguns fatores se destacam (…). A América Latina tem altas taxas de desigualdade. As cidades são extremamente desiguais, e há forte associação entre desigualdade e violência”, completou.
Em maio, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) mostrou que o ritmo de declínio da desigualdade nos países latino-americanos desacelerou entre 2012 e 2015, enquanto os níveis atuais permanecem muito altos para alcançar o desenvolvimento sustentável.
O coeficiente de Gini para os rendimentos pessoais em 2015 mostrou um valor médio de 0,469 para 17 países da região (0 representa ausência de desigualdade e 1 desigualdade máxima), um nível considerado elevado quando comparado a outras regiões do mundo.
Para o sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), questões estruturais como pobreza e desigualdade contribuem para a violência, mas há exceções.
No caso da América Latina, existem países de baixa renda como a Bolívia, por exemplo, que registram altas desigualdades e baixas taxas de homicídio (13,6 a cada 100 mil habitantes, segundo o relatório da OMS).
É nesse ponto que outros fatores passam a fazer diferença. Muggah, do Igarapé, cita o processo de urbanização rápido e desordenado de grandes cidades latino-americanas. “Há altos índices de ‘periferização’, informalidades, favelas. Isso cria uma desorganização social que reproduz violência. Quando há crescimento estável, há menos taxas de violência”, declarou.
Outros fatores comuns a países da região é a violência perpetuada pelo Estado. Segundo Muggah, por conta de longos períodos de ditadura militar, as forças policiais são treinadas para reprimir fortemente, enquanto ao mesmo tempo há altos índices de impunidade.
“Quando os crimes ocorrem, raramente são resolvidos. (…) O custo do crime é muito baixo. Quando há esses níveis de impunidade, o que acontece é que socialmente se criam normas que legitimam a violência.”
Ignacio Cano, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foto: Juan Manuel Herrera/OAS
Ignacio Cano, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foto: Juan Manuel Herrera/OAS

Aumento dos homicídios no Brasil

De acordo com o Mapa da Violência 2016, o Brasil teve 42,2 mil homicídios por arma de fogo em 2014, uma alta de quase 600% frente a 1980. Mesmo considerando o avanço populacional no período, que segundo o relatório foi de 65%, trata-se de um aumento alarmante.
A evolução não foi uniforme ao longo dos anos. A partir do pico de 36,1 mil mortes registrado em 2003, esse número caiu para cerca de 34 mil entre 2004 e 2007, baixa atribuída ao Estatuto e à Campanha do Desarmamento, iniciados em 2004.
A partir de 2008, no entanto, os números voltaram a subir para 36 mil mortes anuais, crescimento que se acelerou principalmente depois de 2012. Segundo o Mapa da Violência, as políticas de desarmamento sofreram interrupções ao longo dos últimos anos e não foram complementadas com outras estratégias e reformas necessárias para reverter esse cenário.
O Mapa da Violência mostrou ainda que o perfil das vítimas é majoritariamente jovem. Do total de pessoas assassinadas por arma de fogo em 2014, mais de 25 mil tinham entre 15 e 29 anos, um aumento de quase 700% frente aos anos 1980.
O relatório também apontou fortes desigualdades raciais no país. Sem distinção por faixa etária, de 2003 a 2014, os homicídios por arma de fogo tiveram queda de 27,1% entre a população branca, enquanto aumentaram 9,9% entre a população negra no mesmo período.
Estimativas citadas pelo Mapa da Violência dão conta de que do total de assassinatos, apenas entre 5% e 8% são devidamente apurados.

Acesso a armas

O fácil acesso a armas é indicado pelos especialistas como uma das causas para as altas taxas de homicídio no país e em outros países da América Latina. Apesar de não haver dados oficiais, estimativas do Mapa da Violência dão conta de um total de 15,2 milhões de armas em poder da população brasileira, sendo 6,8 milhões registradas e 8,5 milhões não registradas. Do total não registrado, 3,8 milhões estariam nas mãos de criminosos.
Ignácio Cano, da UERJ, lembra que a maior parte dos homicídios é cometida com armas curtas, e afirma ser um mito a teoria de que tais armas cheguem ao país pelo tráfico internacional. Segundo ele, a maior parte das armas em circulação é fabricada no Brasil.
“Não é a disponibilidade de armas apenas. É a incapacidade de ter regulações básicas. Temos muitas armas ilegais. Em outras partes do mundo, há tantas armas, e não ocorre isso”, disse Muggah, do Igarapé, sobre os países latino-americanos.
Para ele, as políticas antidrogas proibicionistas e repressivas adotadas pelos Estados da região têm impulsionado a violência. “Quando há políticas que sancionam o uso de violência para combater cartéis, você tem confrontação violenta”, declarou. “O que precisamos fazer não é ir atrás das drogas, mas dos grupos criminosos. Indo atrás das drogas, o que fazemos é aumentar o lucro dos produtores”.

Cultura machista

Outro fator que contribui para o recrudescimento da violência nos países latino-americanos é a cultura machista, de acordo com Muggah. Segundo o Mapa da Violência de 2015, o Brasil tem uma taxa de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres, ocupando a quinta posição em um ranking de 83 nações.
Nos países da América Latina e do Caribe, ao menos 12 mulheres são vítimas de feminicídio todos os dias, segundo a CEPAL, que citou uma série de riscos — como violência, pobreza e trabalho precário — aos quais as mulheres da região estão mais suscetíveis do que os homens.
“A cultura machista sanciona a violência baseada em gênero. Passa a ser aceitável homens baterem em mulher. Isso está mudando, mas ainda temos essas altas taxas de violência contra as mulheres na região”, disse Muggah.
Robert Muggah, do Instituto Igarapé. Foto: Divulgação
Robert Muggah, do Instituto Igarapé. Foto: Divulgação

Campanha Instinto de Vida

Diante de uma realidade regional estarrecedora, mais de 30 organizações da sociedade civil latino-americana lançaram este ano a Campanha Instinto de Vida, cujo objetivo é impulsionar medidas para reduzir pela metade a violência letal na região em 10 anos.
A campanha — que no Brasil tem como membros Instituto Igarapé, Instituto Sou da Paz, Nossas e Observatório de Favelas, e como associados Anistia Internacional Brasil, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Visão Mundial e Instituto Fidedigna — também tem o objetivo de promover compromissos claros dos governos locais com o tema.
“É uma campanha que junta duas estratégias: mobilização, ou seja, mobilizar cidadãos para provocarem pressão; e incidência política, aproximar-se de autoridades para fornecer apoio técnico necessário para adoção de políticas públicas baseadas em evidências”, explicou Dandara Tinoco, especialista em comunicação do Instituto Igarapé e coordenadora da iniciativa, lançada no Brasil em maio.
Um relatório preliminar com propostas de políticas públicas para a redução dos homicídios nos países latino-americanos já foi publicado pela campanha.
Entre as sugestões, estão medidas de mediação de conflitos, prevenção à reincidência, programas de intervenção urbana, regulação de armas e munições e estratégias de redução do impacto do mercado de drogas.
Outras propostas incluem fortalecer a capacidade do sistema de justiça para esclarecer os homicídios e da polícia, de forma a melhorar sua relação com as comunidades. O relatório também lembra a importância das políticas sociais inovadoras que promovam o crescimento e a inclusão dos mais pobres e o desenvolvimento equitativo.
Segundo Dandara, as organizações promovem reuniões periódicas para entender quais são as semelhanças e as diferenças do cenário de violência nos países latino-americanos.
“Entendemos que os que decidem vão customizar as propostas em suas políticas de acordo com cada país. (…) É fundamental que tenhamos organizações que atuem em cada um desses países, para que possam fazer essas adaptações”, completou.
“O próximo passo é conversar com esses diferentes representantes para mostrar o quão importante é adotar essas políticas públicas”, disse ela. “Temos a perspectiva de que autoridades assinem os compromissos públicos, assim como valores da campanha”, concluiu.


Fonte: ONU



quinta-feira, 13 de julho de 2017

CIDADES


TRÊS SÃO PRESOS E MENOR 

APREENDIDO COM 130KG DE 

MACONHA TRAZIDOS DO 

PARAGUAI





Foto: Divulgação/PM

Três homens suspeitos de tráfico de drogas — entre eles um paraguaio — foram presos na noite desta quarta-feira (12), no setor Rosa dos Ventos, em Aparecida de Goiânia. No grupo, também havia um menor de 16 anos, que foi apreendido

Segundo a Polícia Militar (PM), eles transportavam 130 quilos de maconha em uma caminhonete com placa do Paraguai. O veículo era adaptado para o transporte de entorpecentes e tinha queixa de roubo. A droga, ainda conforme a PM, era trazida do Paraguai por Peralta Carneiro Marcelo, de 19 anos. Junto com ele estavam Nilton Cesar Santiago, de 43 anos, e Lucialdo Fernandes da Silva, de 35.
O material apreendido e os suspeitos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, em Goiânia.