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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O grupo Transportes, sofreu alta de 0,77% de acordo com IPCA-15

ECONOMIA

Prévia da inflação oficial sobe e fecha 2023 com inflação de 4,72%, acima das projeções

No grupo Transportes, o preço da passagem aérea subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês  Foto: Reprodução Gizmodo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,40% em dezembro, informou nesta quinta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 4,72%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (4,84%), mas também acima dos 4,59% esperados por economistas, segundo pesquisa Reuters.

Com o maior impacto vindo do grupo Transportes, que sofreu alta de 0,77% mesmo com a queda dos preços dos combustíveis, sob pressão das passagens aéreas, que dispararam 9,02%.

Veja abaixo a variação dos grupos em dezembro


Alimentação e bebidas: 0,54%;

Habitação: 0,48%;

Artigos de residência: -0,15%;

Vestuário: 0,03%;

Transportes: 0,77%;

Saúde e cuidados pessoais: 0,14%;

Despesas pessoais: 0,56%;

Educação: 0,05%;

Comunicação: -0,46%.

Fonte: Terra



quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Sessão Solene celebra OS 51 anos da Ceasa DF

 BRASÍLIA


Foto: Reprodução/TV Câmara Legislativa

Nesta quarta-feira (22), a Câmara Legislativa realizou celebrou os 51 anos das Empresas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal - CEASA/DF. A iniciativa foi da deputada Jaqueline Silva (MDB), que destacou o grande potencial da região que gera 1500 empregos diretos e 4000 indiretos.

“No meu mandato, senti a necessidade de auxiliar e estamos trabalhando em um projeto de Lei que vai ajudar a reduzir a cobrança do IPTU. Nós deputados ainda não podemos colocar emendas aqui, mas queremos destravar isso para melhorar teto, elétrica e gerar mais acessibilidade ao local.”

A parlamentar enfatizou que vivenciou parte importante de sua vida no CEASA, quando era proprietária de um "sacolão".“É uma grande oportunidade estar comemorando os 51 anos da CEASA. Não tem como vir aqui e não me emocionar pois grande parte da minha vida foi aqui, com o trabalho dos produtores da região e dos empresários deste local.”

O presidente do CEASA, Bruno Sena, afirmou que é preciso fazer o local crescer, pois o DF conta com uma das melhores CEASAs do Brasil, abastecendo parte de Goiás e até Bahia. Sena enfatizou a necessidade de criação do centro de produção avançado para dar mais oportunidades aos produtores que precisam comercializar.

“O produtor já enfrenta sérias dificuldades no dia a dia no trabalho do campo. É a falta de chuva, queda de energia, pragas e o preço do insumo que subiu. Mas quando vence tudo isso, vem a maior barreira que é a comercialização porque é onde todo o esforço de dias e anos podem esvair pela falta de lugar para venda. Nós precisamos valorizar este local.”

Presente à cerimônia, a vice-governadora, Celina Leão, parabenizou as pessoas que produzem e comercializam alimentos, pois são fundamentais para a economia do DF. 

“Muitos não sabem quanto um alimento precisa de uma mulher e homem do campo para labutar e chegar na nossa mesa e o quanto esse alimento precisa de um centro de distribuição organizado, com trabalhadores dignos de respeito, para chegar às nossas mesas.”
 

Avanços 

Já o secretário de Agricultura do DF, Rafael Buen, salientou os avanços da empresa. “Levantamos todos os problemas daqui, como o financeiro que em 2023 houve déficit de 2 bilhões de reais, porém o mais grave era a autoestima que não havia aqui. Trabalhamos em prol da CEASA com vários eventos e assim arrumaremos tudo pois tem vidas aqui.”

“Atendo produtores que querem produzir alimentos melhores e estamos falando de uma empresa que é responsável pela alimentação de quase 5 milhões de pessoas no DF e entorno. Nossos produtores merecem sim uma solenidade pois a população às vezes não dá valor.”, afirmou o presidente da EMATER, Cleison Duval

 

Desperdício de alimento

José Aparecido da Costa, presidente da Fecomércio, reforçou a importância da CEASA para o DF. Para ele, a empresa é o coração pulsante de Brasília. 

“Temos uma parceria muito grande com o SESC, no programa mesa Brasil, para aproveitar 100% dos alimentos e nós já distribuímos mais de 250 mil toneladas de alimentos. A importância da CEASA é grande e não pode ser fechada, pois acredito que há muito mais de 4000 empregos diretos.”

Para Fauzi Nacfur, Presidente do DER, a torcida é para que a perda de produtos seja minimizada cada vez mais. “Parabenizo a CEASA e proponho a secretaria de turismo para ter visitas guiadas às crianças para mostrar de onde sai nossos alimentos. Tudo isso tem uma história, trabalho e suor que todos deveriam conhecer e valorizar.”

Também estiveram presentes na solenidade Roney Nemer, Presidente do IBRAM, Sueli Souza, representando o secretário de Estado DF. Ao fim do evento, foram entregues moções de louvor à homenageados.

Joás Benjamin (Estagiário) - Agência CLDF

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Saiba quanto o Brasil precisa para destravar infraestrutura

 ECONOMIA 

Foto: Reprodução



O economista argentino Luis Alberto Andrés, do Banco Mundial, diz que o Brasil necessita investir 3,7% do PIB por ano até 2030, apostar em energia renovável e decidir modelo de desenvolvimento para 2050

O Brasil precisa aportar R$ 3,8 trilhões de investimentos em infraestrutura até 2030, o equivalente a mais de dois PACs (Programa de Aceleração do Crescimento), para cobrir o déficit de gastos para o setor na última década e melhorar o planejamento estratégico dos projetos. Além disso, é necessário investir mais em ferrovias e ampliar o debate do uso de energias renováveis para impulsionar o setor de infraestrutura no país. 

E, o mais importante, definir o modelo de país que o Brasil pretende construir a longo prazo. As sugestões são do economista argentino Luis Alberto Andrés, Coordenador de Operações em infraestrutura para o Brasil do Banco Mundial. Andrés coordenou o relatório “Avaliação da Infraestrutura no Brasil”, preparado pelo banco, que teve a participação dos consultores Crystal Fenwick e Dan Biller e de um grande número de economistas e especialistas. 

“Nosso estudo mostra que o efeito multiplicador sobre a economia do Brasil proveniente do investimento público em infraestrutura é pelo menos duas vezes maior que no consumo público”, diz Andrés, em entrevista ao NeoFeed. Isso significa que, se o governo tem 1 dólar para investir e tiver dúvida onde colocar esse dinheiro, a opção por projetos de infraestrutura traz um retorno em dobro. “Uma rodovia nova gera potenciais em termos de exportação, de produtividade, de agricultura, enfim, de ganhos maiores para a economia no longo prazo do que o Bolsa Família, por exemplo, com forte impacto no curtíssimo prazo”, acrescenta.


O relatório não é novo - foi divulgado em junho do ano passado -, mas os problemas só cresceram desde então. O documento traz um retrato preciso e assustador do déficit de infraestrutura do país. De acordo com o estudo, o Brasil reduziu de tal forma os investimentos anuais em infraestrutura ao longo do século 21 que, para retomá-lo ao ritmo ideal, o país teria de investir no setor US$ 778 bilhões até 2030 - o equivalente a R$ 3,835 trilhões ou 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano.

 O relatório mostra ainda que as empresas brasileiras perdem cerca de US$ 22 bilhões (1,27% do PIB) a cada ano por conta de interrupções relacionadas principalmente a falhas na infraestrutura de transporte (55%) ou energia (44%). O estudo ganhou importância por ter sido concluído no final do governo Bolsonaro, quando os investimentos em infraestrutura atingiram o mínimo histórico, com aportes públicos e privados de apenas 1,6% do PIB em transporte, eletricidade, água e saneamento e telecomunicações combinados. “Trata-se de uma proporção muito inferior ao pico do investimento mais recente, de 2,34% do PIB em 2013, e bem abaixo da década de 1980, quando os níveis foram em média de 5,0% do PIB”, afirma Andrés, De acordo com o economista, o anúncio do novo PAC , feito no mês passado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, com orçamento público e privado de R$ 1,7 trilhão, foi válido por dar atenção aos gargalos de infraestrutura apontados pelo relatório. “No contexto em que o Brasil precisa dobrar investimentos em infraestrutura, é importante que, além de dinheiro público, os projetos atraiam a iniciativa privada”, adverte Andrés.

 Gargalo dos transportes Andrés chama atenção para dois pontos explorados pelo relatório do Banco Mundial. Um deles diz respeito aos estudos mostrando o gargalo dos transportes. De acordo com o documento, 53% do total de investimentos necessários em infraestrutura no Brasil precisariam ser feitos apenas nesse setor. Dentro dessa verba, porém, 43% seriam destinados para manutenção e substituição de ativos existentes, o que mostra a depreciação desses ativos. Para o economista, o gargalo do setor de transportes expõe o desafio da descarbonização da economia. Neste sentido, um país continental como o Brasil deveria privilegiar outros modais além do rodoviário, sendo que apenas 12% das estradas do Brasil são pavimentadas. “Num contexto de longas distâncias, o tráfego de caminhões é menos eficiente do ponto de vista ambiental e também econômico, em termos de custo de frete”, afirma Andrés, que aponta o debate equivocado sobre os danos ambientais da Ferrogrão, projeto de ferrovia incluído no PAC que vai cortar a Amazônia. 

“Os números são claros: construir uma ferrovia reduz o potencial de desmatamento que ocorreria na construção de uma rodovia, sem contar que, embora uma ferrovia custe mais no curto prazo, os números são mais atrativos no longo prazo.” PPPs e energia renovável Outro ponto do relatório lembrado por Andrés que poderia ser utilizado pelo PAC é sobre as formas de atrair mais investimentos da iniciativa privada para o setor. Embora considere razoável o percentual de investimento privado em infraestrutura - “saímos de zero, nos anos 1990, para 1% do PIB atualmente” -, o economista lembra que boa parte dos contratos de parcerias público-privadas (PPPs) está localizada em estados ricos, e não no Nordeste ou na região amazônica.

 “Não se trata de falta de interesse do setor privado, mas de falta de capacidade dos governos estaduais em desenhar contratos que possam ser atrativos para o investimento privado”, diz Andrés, sugerindo que os governo estaduais invistam em capacitação técnica do funcionalismo para esse fim.

 Outra forma de incentivar a presença privada na infraestrutura é alterando os contratos de PPPs, limitados a cinco anos. “Se o governo ampliar os contratos para dez anos, por exemplo, altera a equação econômica para o investimento do setor privado”, sugere. Para Andrés, a transição energética em curso deveria virar prioridade nos projetos de infraestrutura no Brasil. Segundo ele, o país tem ótimo potencial de energia renovável, mas não investe com o nível de intensidade necessário para ser utilizado em larga escala pela indústria. 

O desenvolvimento de um hub de produção de hidrogênio verde no Complexo do Pecém, no Ceará, é um exemplo. “O projeto de hidrogênio verde é do Ceará ou do país? Há espaço para ganhos de estados e prefeituras de melhorar não só as fontes de geração de energia como de reduzir as despesas de governos locais”, afirma. Para o economista do Banco Mundial, a questão da transição energética deve engatar uma discussão mais abrangente, sobre o modelo de país que o Brasil almeja. 

“É aí que vejo condições de melhorar as discussões de planejamento em infraestrutura para o país”, afirma Andrés. “É preciso estabelecer o modelo de país que o Brasil pretende construir não para o curto prazo ou para o ciclo de quatro anos de um governo, mas para 2030, 2040 e 2050.”


fonte: NEOFEED

domingo, 30 de julho de 2023

Consulta do 3º lote da restituição: Veja aqui quem recebe

IMPOSTO DE RENDA
FOTO: REPRODUÇÃO UOL

A espera está chegando ao fim para aproximadamente 5,6 milhões de contribuintes que aguardam a restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2023. 

A Receita Federal já deu início à consulta do terceiro lote, que representa um montante significativo de R$ 7,5 bilhões a ser restituído aos brasileiros. A data prevista para o pagamento é amanhã (31). 

Como verificar a restituição Para conferir se está incluso no terceiro lote de restituição, basta acessar a página da Receita Federal na internet (www.gov.br/receitafederal) e seguir alguns passos simples:

  1. Acesse a seção "Meu Imposto de Renda";
  2. Clique em "Consultar a Restituição";
  3. Verifique se a sua restituição já está disponível.

Além da consulta básica, é possível realizar uma verificação mais detalhada da situação da declaração, identificando possíveis pendências. Por meio do acesso ao extrato de processamento disponível no e-CAC, o contribuinte pode conferir se há informações equivocadas ou irregularidades. Veja aqui o passo a passo.

Data de pagamento

O pagamento das restituições referentes a esse terceiro lote será efetuado nesta segunda-feira, 31 de julho. O valor será creditado diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte no momento da declaração.

Reagendamento de recebimento

Se, por algum motivo, o crédito da restituição não for realizado, o contribuinte não precisa se preocupar. Ele possui a facilidade de reagendar o recebimento dos valores pelo Portal BB (https://www.bb.com.br/irpf) ou entrar em contato com a Central de Relacionamento BB pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

41,15 milhões de declarações enviadas

Neste ano, a Receita Federal recebeu um total de 41,15 milhões de declarações. De acordo com dados fornecidos pelo órgão, 60% dos contribuintes que enviaram suas declarações têm direito a receber a restituição.

Quem receberá no 3º lote

O terceiro lote de restituição beneficiará os seguintes grupos:

  • Idosos acima de 80 anos: 16.536;
  • Contribuintes entre 60 e 79 anos: 95.047;
  • Contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave: 9.740;
  • Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério: 30.700;
  • Contribuintes que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber via Pix: 3.879.049;
  • Contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 23 de março: 1.600.964.

Calendário completo de pagamento das restituições


Confira as datas previstas para os próximos lotes de restituição:

  • 1º lote: 31 de maio (4.129.925 contribuintes; já pago);
  • 2º lote: 30 de junho (5.138.476 contribuintes; já pago);
  • 3º lote: 31 de julho (amanhã);
  • 4º lote: 31 de agosto;
  • 5º lote: 29 de setembro.

Critérios de prioridade para receber a restituição

Os critérios de prioridade para receber a restituição são os seguintes:

  • Idosos acima de 80 anos;
  • Idosos com idade igual ou superior a 60 anos;
  • Contribuintes com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave;
  • Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
  • Quem utilizou a declaração pré-preenchida e/ou optou por receber a restituição por Pix;
  • Demais contribuintes.
FONTE: UOL, em São Paulo

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Petrobras indica possíveis mudanças em política de preços

 BRASIL


Foto: Reprodução O Popular


A petroleira estatal Petrobras indicou em um comunicado possíveis mudanças nesta semana na política de preços para a gasolina e o diesel.

"A companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis", disse uma nota divulgada no domingo (14).

As mudanças devem ser discutidas nesta terça-feira (16) pela Diretoria Executiva da companhia.

A empresa estatal de capital aberto afirmou estar comprometida em manter o mercado informado com transparência sobre atos considerados relevantes em relação aos preços.

O presidente da empresa, o ex-senador do PT Jean Paul Prates, afirmou em uma entrevista que em breve os consumidores devem pagar menos pelos combustíveis.

"Será um novo modelo, sem deixar de lucrar, mas a Petrobras será sempre a melhor opção de preço", disse Prates.

"A gente vai fazer [mudanças] com parcimônia e tranquilidade porque não vamos nos desgarrar do preço internacional como uma Venezuela e vender o diesel ao preço que quiser", acrescentou. 

Fonte: Terra

China emite sinal de alerta: mundo está em desaceleração; será que o Brasil escapa?

 MUNDO

Foto:Reprodução BBC 

Vem da China o sinal de alerta de que a economia global está em desaceleração. Os indicadores econômicos chineses sobre a balança comercial mostraram perda de tração das exportações em abril, lançando luz sobre um cenário sombrio no restante do mundo. 

Mas não foi só a demanda externa por produtos chineses que desacelerou. As importações do país asiático frustraram as expectativas de recuperação e caíram ao nível mais baixo em 12 meses. Ou seja, o consumo doméstico também está fraco.

Aliás, essa percepção foi reforçada pelos dados de inflação. Enquanto o índice de preços ao consumidor chinês (CPI) subiu ao ritmo mais lento em mais de dois anos no mês passado, a deflação na porta das fábricas (PPI) se aprofundou.  

Essa sequência de dados ruins mostrou sinais crescentes de desaceleração econômica – e não apenas na China. De um lado, o fraco aumento dos preços ao consumidor reforça os sinais vindos dos dados comerciais, sugerindo que o consumo dos chineses segue baixo. 

De outro, a queda do índice de preços ao produtor destaca a perda de tração nas fábricas – e, portanto, da demanda no mundo. “Dadas as perspectivas negativas para o exterior, as exportações vão cair ainda mais até chegar ao fundo do poço”, prevê a Capital Economics.

Ainda que tendências divergentes entre os setores industrial e de serviços na China tenham surgido desde o fim da Covid Zero, a queda nos preços das commodities, em especial do minério de ferro, aumenta a incerteza sobre a força da recuperação econômica interna.

E o Brasil?

Aliás, esse desempenho dos preços das commodities envia uma mensagem subliminar interessante sobre o sentimento no mercado de ações. “Como se sabe, o Ibovespa (IBOV) é um péssimo indicativo da economia brasileira – e do humor sobre o Brasil – devido ao peso das commodities no índice”, lembra o diretor-executivo de um banco estrangeiro.

Porém, os mesmos motivos que assustam os mercados lá fora, animam os investidores por aqui. Isso porque a inflação mais fraca – inclusive nos Estados Unidos – não afasta o temor de uma recessão, em meio à crise dos bancos regionais e ao impasse do teto dadívida. Já por aqui, a desaceleração do IPCA deixa a taxa Selic em 13,75% com os dias contados.

“E isso é extremamente importante entender”, emenda o profissional citado acima, em anonimato. Para ele, o Brasil está se desvinculando da deterioração econômica global. “Então, na minha opinião, ao contrário dos EUA (e dos países desenvolvidos em geral), a situação do país é bastante sólida”, emenda.

Até por isso, o desempenho da bolsa brasileiradescolou-se do exterior nos últimos dias, chegando na última sexta-feira (12) com uma valorização próxima a 6% em cinco pregões. O movimento foi acompanhado da “virada de mão” dos investidores estrangeiros.

Depois de iniciarem maio sacando mais de R$ 2 bilhões da  B3 os gringos injetaram recursos por quatro dias seguidos, reduzindo o déficit de capital externo no mês para menos de R$ 1 bilhão. “Isso vem confirmando a teoria otimista de que o Brasil é a boa história do mundo”, conclui o profissional.

Fonte: Money Times

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Caixa anuncia suspensão definitiva de empréstimo consignado ao Auxílio Brasil

ECONOMIA
Linha de crédito havia sido suspensa pelo banco em 12 de janeiro para revisão. Para contratos já assinados, nada muda em relação ao pagamento das parcelas.
FOTO: Google imagens







Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão definitiva da concessão de empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, programa que voltará a ser chamado de Bolsa Família.
Novas contratações já haviam sido suspensas pelo banco em janeiro para revisão de critérios. Os estudos foram concluídos e "o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio".

"Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)", destacou o banco em comunicado à imprensa. 
Se o benefício for cancelado, o empréstimo não será cancelado. Ou seja, mesmo se deixar de receber o Auxílio Brasil, o beneficiário precisa se organizar para pagar todos os meses o empréstimo até o final do prazo do contrato.
No empréstimo consignado, o desconto é feito direto na fonte. Ou seja, durante o prazo contratado, a parcela é descontada diretamente do valor mensal do benefício.
No ato da contratação, as instituições financeiras devem informar ao beneficiário as seguintes condições:

  • Valor total contratado com e sem juros;
  • Taxa efetiva mensal e anual de juros;
  • Valor, quantidade e periodicidade das prestações;
  • Soma do total a pagar ao final do empréstimo;
  • Data do início e fim do desconto;
  • Valor líquido do benefício restante após a contratação

  • A oferta de crédito consignado por meio do Auxílio Brasil foi criticada por especialistas e entidades por ser danosa à população de baixa renda porque os recursos do programa costumam ser utilizados para gastos básicos de sobrevivência.
  • Fazer um empréstimo consignado ligado ao Auxílio Brasil pode valer a pena para quem tem alguma necessidade urgente e inadiável – mas não para pagar as contas do dia a dia ou para fazer compras desnecessárias. Isso porque o crédito pode comprometer a renda disponível do beneficiário por um longo prazo. Assim, pode faltar dinheiro por vários meses para fazer gastos essenciais, como alimentação. Para o Idec, a taxa máxima de juros estabelecida pelo governo, de 3,5% ao mês, é abusiva. “Isso porque ela é bem maior do que a praticada atualmente para outros tipos de empréstimo consignado, como os para aposentados, pensionistas e servidores públicos”, diz a entidade. O instituto chegou a identificar mais de 2 mil reclamações de consumidores logo no início da liberação do empréstimo.

Fonte: G1

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Novas regras do Pix passam a valer a partir de hoje

 BRASIL

Limite de transação deixa de existir e horário noturno é flexibilizado

FOTO: REPRODUÇÃO TECNOBLOG



Sistema de transferências instantâneas em vigor desde novembro de 2020, o Pix entra em 2023 com novas regras. A partir de hoje (2), o limite individual por transação deixa de existir, o horário noturno passará a ser personalizado e os valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco aumentarão.

As mudanças haviam sido anunciadas pelo Banco Central (BC) no início de dezembro. Segundo a autoridade monetária, as novas regras oferecerão mais segurança e flexibilidade ao mecanismo de pagamento, que bateu recorde de 104,1 milhões de transações por dia com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro, em 20 de dezembro.

Segundo o BC, a sugestão para abolir o limite por operação foi feita em setembro pelo Fórum Pix, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne as instituições participantes do Pix. Segundo o grupo, o valor máximo por transação era pouco efetivo porque o usuário pode fazer diversas operações pelo valor do limite, desde que respeite a quantia fixada para o período diurno ou noturno.

Confira as mudanças

Fim do limite por transação
•   A partir de hoje, o Pix deixa de ter um limite individual por transação, passando a valer apenas os limites diários por período (diurno ou noturno). Dessa forma, o cliente poderá transferir de uma vez todo o limite do período ou fazê-lo em diversas vezes. As regras para o cliente personalizar os limites do Pix não mudaram. As instituições financeiras terão de 24 a 48 horas para acatar a ampliação dos limites e deverão aceitar imediatamente os pedidos de redução.

Flexibilização do limite noturno
•   Até agora, o período noturno, em que os limites de transferência são mais baixos, começavam às 20h e iam até as 6h do dia seguinte. Com a mudança, o correntista pode escolher se o período noturno começará às 22h, terminando às 6h.

Pix Saque e Troco
•   Aumento dos valores disponíveis nas modalidades. Até agora, era possível sacar ou receber como troco R$ 500 via Pix durante o dia e R$ 100 à noite. As quantias passaram para R$ 3 mil no período diurno e R$ 1 mil no período noturno.

Transferências a empresas
•   BC retirou limite para transferências a contas de pessoas jurídicas pelo Pix. Caberá a cada instituição financeira determinar o valor máximo.

Compras
•   Os limites das operações Pix com finalidade de compra passarão a ser iguais aos da Transferência Eletrônica Disponível (TED). Antes, eram atrelados aos limites dos cartões de débito.

Aposentadorias e pensões
•   Tesouro Nacional poderá pagar aposentadorias, pensões e salários ao funcionalismo por meio de conta-salário associada ao Pix. Até agora, o PagTesouro, sistema da Secretaria do Tesouro Nacional que permite pagamentos pelo Pix, estava disponível apenas para  receber taxas e multas, substituindo a Guia de Recolhimento à União (GRU).

Correspondentes bancários
•   O BC facilitará o recebimento de recursos por correspondentes bancários por meio do Pix. Cada correspondente bancário poderá ter uma conta em seu nome para movimentação de valores relativos à prestação de serviços, desde que usada apenas para receber recursos.

Todas essas regras valem a partir de hoje (2). Na instrução normativa editada em dezembro, o BC estabeleceu que, a partir de 3 de julho de 2023, as instituições financeiras estarão obrigadas a oferecer, no aplicativo associado ao Pix, uma funcionalidade para o cliente gerir os limites e personalizar o início do horário noturno. A maioria das instituições já oferece o recurso aos usuários, de forma facultativa.


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília