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domingo, 3 de setembro de 2017

POLÍTICA

TCU vê sobrepreço de até 70% em obras da Petrobrás

 

 
  Foto: ANDRE DUSEK | ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA - A análise de provas da Operação Lava Jato tem feito o Tribunal de Contas da União (TCU) rever a apuração de prejuízos em obras da Petrobrás. A corte refez os cálculos de superfaturamento, com base em documentos obtidos em quebras de sigilo de empreiteiras investigadas, e já descobriu desvios até 70% maiores do que os constatados em auditorias antigas.
A reavaliação foi feita em três contratos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e um do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). As perdas ao erário até agora apontadas nesses casos, em valores atualizados, somam R$ 3,7 bilhões.
O TCU recebeu da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, do juiz Sérgio Moro, notas fiscais emitidas por fornecedores de materiais usados pelas empreiteiras nas obras da Petrobrás. Os documentos mostraram o custo real de equipamentos específicos da indústria de petróleo, os chamados “itens tagueados”, que antes não constavam dos sistemas oficiais de pesquisa de preços consultados pelo tribunal. Ao comparar os valores praticados no mercado com os previstos nos contratos, revelou-se um rombo maior.

A corte está refazendo as contas de pelo menos mais nove contratos de Abreu e Lima, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e também da Usina de Angra 3, gerida pela Eletronuclear.
O entendimento dos ministros é de que, se o dano ao erário apurado superar o que já foi devolvido pelas empreiteiras em acordos de leniência firmados com o Ministério Público Federal ou o governo, cabe cobrá-lo integralmente.
Maior diferença. O novo pente-fino do TCU indicou superfaturamento 70% maior do que o já conhecido na construção da Central de Desenvolvimento de Plantas de Utilidades (CDPU), uma das estruturas mais importantes do Comperj. As perdas saltaram de R$ 295 milhões para R$ 505 milhões, conforme relatório sigiloso, obtido pelo Estado – em valores atualizados em outubro do ano passado, chegam a R$ 686 milhões.
O contrato foi firmado pela estatal com um consórcio integrado pela Odebrecht e a UTC Engenharia. A fiscalização mostrou que, a cada R$ 10 pagos às contratadas, R$ 4 eram “gordura”. A auditoria relatou também que o consórcio foi contratado indevidamente por meio de inexigibilidade e dispensa de licitação.
“Essa contratação ocorreu por meio de pagamento de propinas a gestores da Petrobrás e apresentação à Diretoria Executiva de ‘emergência fabricada’, com premissas falhas e justificativas insubsistentes”, diz trecho do relatório de auditores sobre o caso, com base em delações premiadas que relataram o esquema de corrupção na companhia.
Auditores do TCU propõem bloquear os bens de seis pessoas, entre elas executivos da estatal e das empreiteiras, e de sete empresas dos grupos integrantes dos consórcios, incluindo UTC e Odebrecht, para resguardar o ressarcimento dos prejuízos. A decisão sobre o caso será do plenário do TCU. O relator do processo, Bruno Dantas, ainda não concluiu seu voto a respeito.
Em Abreu e Lima, a reavaliação apontou um prejuízo 32% maior na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) e de 15% na Unidade de Hidrotratamento de Diesel (UHDT). Essas obras foram tocadas conjuntamente por Odebrecht e OAS, a partir de 2009. As notas fiscais, de 2009, permitiram achar um sobrepreço de R$ 1,36 bilhão nos dois empreendimentos, ante R$ 1 bilhão antes de os documentos serem conhecidos. Corrigido ao ano passado, o valor desviado chega a R$ 2,1 bilhões.
DECISÕES
Em uma decisão já tomada, o tribunal mandou bloquear bens dos responsáveis pelos prejuízos por um ano e abriu prazo para que eles apresentem defesa. Se, ao fim do processo, a corte não aceitar os argumentos, cabe condená-los a devolver os recursos.
Em caso que envolveu perdas na compra da Refinaria de Pasadena, por exemplo, o tribunal determinou, na quarta-feira passada, que o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli e o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró restituam R$ 250 milhões aos cofres da companhia.
Também houve atualização de auditoria nas obras de implementação das “tubovias”, o complexo de 60 mil toneladas de dutos de Abreu e Lima, empreendido pela Queiroz Galvão, em consórcio com a Iesa. O sobrepreço inicial, de R$ 605 milhões, passou para R$ 689 milhões após os dados da Lava Jato chegarem aos auditores, cifra que, corrigida, já bate em R$ 1 bilhão.
Processo para cobrar os valores dos responsáveis pela obra, entre eles os ex-presidentes das duas empreiteiras, está em curso. “Tal qual exposto pela unidade técnica, as empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás compunham um grupo de empresas que agiam em cartel para fraudar as licitações no âmbito da Petrobrás, maximizando indevidamente os seus lucros por meio de restrição da competitividade do certame e corrupção de agentes da estatal”, escreveu o relator do caso no TCU, Benjamin Zymler, ao justificar as medidas.


 ESTADÃO CONTEÚDO





terça-feira, 8 de agosto de 2017

POLÍTICA


MPF oferece mais duas denúncias contra ex-governador Sérgio Cabral


© Foto: Geraldo Bubniak/Agência O Globo


O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu duas novas denúncias contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Ele já responde a 12 processos na Justiça Federal.
As denúncias desta semana são um desdobramento da Operação Ponto Final, que investigou corrupção no sistema de transporte público do Rio de Janeiro, envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor).
Cabral está preso desde o fim do ano passado, devido a investigações da Operação Lava Jato. É acusado de receber propina por obras durante a sua gestão à frente do governo do estado, entre 2007 e 2014.
Agência Brasil

sexta-feira, 28 de julho de 2017

POLÍTICA

Preso pela Lava Jato, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras chega a Curitiba

Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) (Foto: Sergio Moraes/Reuters/Arquivo)
Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) (Foto: Sergio Moraes/Reuters/Arquivo
O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine chegou à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, pouco antes das 14h desta quinta-feira (27). Ele foi preso nesta manhã, na deflagração da 42ª fase da Operação Lava Jato.
Suspeito de receber R$ 3 milhões da Odebrecht, Bendine foi detido na casa da filha, em Sorocaba (SP). Esta nova etapa da Lava Jato foi batizada de Cobra.
Bendine tinha uma passagem de ida para Portugal. A viagem estava marcada para esta sexta-feira (28), descobriu o Ministério Público Federal (MPF) após quebra do sigilo telefônico do suspeito.
"É importante destacar que o MPF encontrou apenas a passagem de ida, não significa que não havia a passagem de volta", afirmou Athayde Ribeiro Costa, procurador da República, em entrevista à imprensa em Curitiba.
O procurador afirmou que vários fatores justificaram a prisão temporária de Bendine. Entre eles, está o fato de haver indícios de cometimento de crimes após a deflagração da Lava Jato e também o fato de Bendine ter nacionalidade italiana. "Todos esses fatos foram levados em conta. [...] É concreto o risco à ordem pública", disse Costa.
O MPF afirma que, quando comandava o Banco do Brasil, Bendine pediu R$ 17 milhões à Odebrecht para rolar uma dívida da empresa com a instituição, mas não recebeu o valor. Na véspera de assumir a Petrobras, teria pedido mais R$ 3 milhões para não prejudicar os contratos da estatal com a empreiteira, segundo delação de ex-executivos. O valor foi pago em 2015. 

Braço direito de Dilma

Em 2015, Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. Ele havia deixado o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, Bendine já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.
Segundo as investigações, Bendine usava o nome de Dilma em negociações, mas a polícia não encontrou nenhum indício de envolvimento da ex-presidente nesse esquema.

Outras prisões

Outras duas pessoas foram presas temporariamente nesta nova fase da Lava Jato.
Segundo o procurador, também há evidências de que os outros dois alvos dessa operação tentaram apagar provas e obstruir a Justiça. Um deles, André Gustavo Vieira da Silva, foi detido em um aeroporto no Recife. Ele viajaria para Brasília.
Foi preso ainda o irmão dele, Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior. Os dois são sócios em uma agência de publicidade, chamada Arcos, e são apontados como operadores da propina.



 

 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

POLÍTICA

JBS dará anexos sobre esquema de corrupção

A delação da JBS prevê que novos anexos sejam entregues em 120 dias a partir da assinatura
A delação da JBS prevê que novos anexos sejam entregues em 120 dias a partir da assinaturaFoto: Zanone fraissal/folhapress
A defesa dos delatores da JBS vai entregar, em setembro, à Procuradoria-Geral da República, cerca de 20 novos anexos que complementarão o acordo de colaboração premiada assinado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e diretores do grupo. Os anexos são detalhamentos das histórias de corrupção contadas pelos executivos da empresa, que foram divididas em 14 temas.

Em cada tema há vários investigados. Os cerca de 20 novos anexos serão juntados a outros 44 que foram entregues aos procuradores no início do acordo de delação. 

Joesley Batista ficará responsável pela metade das cerca de duas dezenas de novos anexos. Ele promete relatar, entre outras coisas, o caminho da propina que diz ter pago a cada um dos 1.829 políticos de 28 partidos cujos nomes aparecem na lista da JBS recebendo mais de R$ 600 milhões de forma ilícita.

O empresário vai relatar o motivo das doações ilegais, como elas teriam sido pagas e as contrapartidas em relação a esses pagamentos. O irmão mais velho de Joesley, 
Wesley Batista, pretende fazer um relato sobre o suposto suborno de pelo menos 200 funcionários do Ministério da Agricultura, que fiscalizavam as empresas do grupo.

A JBS está fazendo um pente-fino em seus departamentos para colher histórias e provas de pagamentos ilegais a funcionários. Wesley vai falar que essa não era uma prática exclusiva da JBS, mas sim um caso de corrupção sistêmica. Segundo ele, todas as empresas do setor tinham que pagar os fiscais. 

A primeira leva de 44 anexos foi produzida pelos dois donos da JBS e cinco executivos da companhia. Além dos irmãos Batista, participam da elaboração o diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, e o diretor jurídico do grupo, Francisco de Assis. Cada um deles prepara quatro anexos.

Francisco de Assis vai relatar casos envolvendo o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, o empresário Victor Sandri, que fazia a intermediação da empresa com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e sobre a empresa offshore Blessed, que fica na Suíça. Assis vai fazer novos anexos sobre Cunha e Funaro para se adiantar a uma possível delações dos dois.

Fonte: Folhapress

POLÍTICA

Morre Marco Aurélio Garcia, pilar da política externa de Lula e do PT

Assessor especial das presidências petistas, de 76 anos, teve infarto fulminante nesta quinta


O ex-assessor da Presidência brasileiro, Marco Aurélio Garcia.
O ex-assessor da Presidência brasileiro, Marco Aurélio Garcia. AGÊNCIA BRASIL

segunda-feira, 17 de julho de 2017

LAVA JATO

Moro libera R$ 500 mil para alvo 

da Lava Jato cuidar da saúde

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O juiz federal Sérgio Moro liberou R$ 500 mil ao executivo Ildefonso Colares Filho, ligado à Queiroz Galvão, para tratamento de saúde. O empreiteiro, réu em duas ações penais na Operação Lava Jato e com bens bloqueados, deverá apresentar os comprovantes das despesas à Justiça.
Para cuidar da saúde
A decisão de Moro foi tomada na sexta-feira, 7. No início de junho, o executivo informou ao juiz que em 17 de fevereiro deste ano foi submetido à cirurgia ‘para retirada de carcinoma hepatocelular’.
A Moro, o empresário relatou que está fazendo sessões de radioterapia e tomando ‘diversos medicamentos’ e apresentou uma tabela com despesas médicas que somaram R$ 391.352,90 em 2016.
A defesa do executivo havia pedido a liberação de 30% de R$ 17,1 milhões, valor total bloqueado (R$ 7.511,80 em dois bancos, R$ 17.170.762,67 em Letra de Crédito de Agronegócio – LCA no Banco do Brasil e R$ 4,60 em conta-corrente de outro banco).
O procurador Januário Paludo, da força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato, sugeriu ao empresário que usasse o Sistema Único de Saúde (SUS) e defendeu liberação de 5% da Letra de Crédito do Agronegócio- R$ 850 mil -, com a condição de ‘apresentação de bem imóvel de valor equivalente ou superior, livre e desembaraçado, para constituição de garantia real’.
Em sua decisão, Moro anotou que ‘não é viável a liberação de valores expressivos a acusado que responde a duas ações penais, com arbitramento de valores expressivos a título de danos mínimos a serem reparados, sem a oferta de bem em garantia’.
“Diante da situação excepcional apresentada, defiro a liberação de R$ 500 mil que é valor superior as suas despesas médicas do último ano. Os valores poderão ser gastos exclusivamente em despesas médicas. Caso mais dinheiro seja necessário no futuro, poderei ampliar o valor. Como a liberação parcial e há numerário muito superior bloqueado, reputo desnecessário o oferecimento de garantias”, determinou.
O juiz da Lava Jato mandou a secretaria da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, abrir uma conta vinculada aos autos.
“Oficie-se ao Banco do Brasil, solicitando o resgate parcial de R$ 500 mil da letra de crédito de agronegócio de Ildefonso Colares Filho e a transferência do valor para a conta judicial. Caso não seja possível o resgate parcial, todo o valor deverá ser resgatado. Quinhentos mil reais poderão ser resgatados pela Defesa do acusado mediante apresentação, progressiva, de comprovantes de despesas”, ordenou.
“Para tanto, além do comprovante de despesas, deverá indicar conta do acusado para a qual o numerário será transferidos. Apresentados esses comprovantes e indicada a conta, fica desde logo a Secretaria autorizada a proceder a transferência do montante correspondente da conta judicial para a conta de livre movimentação.”

Fonte: Estadão Conteúdo

quinta-feira, 13 de julho de 2017

POLÍTICA BRASIL


Lula é condenado a nove anos e 

meio de cadeia




Entretanto ele não começa a cumprir a pena ainda. A defesa de Lula ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde um grupo de desembargadores vai decidir se mantém a sentença ou se o absolve.
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Foto: Reprodução



O juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença, anunciada nesta quarta-feira, é a decisão derradeira de Moro no processo em que o petista foi acusado pela força-tarefa da Lava-Jato de receber propina da OAS, uma das empreiteiras do chamado clube do bilhão, que se refestelou nos últimos anos com contratos bilionários na Petrobras. Entre as vantagens recebidas por Lula, segundo a acusação, está um apartamento tríplex no balneário do Guarujá, em São Paulo. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por corrupção.

Pouco menos de dez meses se passaram entre a acusação formal feita pelos procuradores da Lava-Jato e a sentença do juiz Moro. Ao acusar Lula, a força-tarefa apontou o ex-presidente como “chefe” do esquema de corrupção montado na Petrobras e o acusou de participar, em parceria com a OAS, do desvio de mais de R$ 87 milhões dos cofres da estatal. “Após assumir o cargo de presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais”, escreveram os procuradores. “Lula era o maestro dessa grande orquestra”, chegou a dizer, na ocasião, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol.

De acordo com a denúncia, Lula recebeu R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas pagas pela OAS. A maior parcela, R$ 1,1 milhão, corresponde ao valor estimado do tríplex, cujas obras foram concluídas pela empreiteira. Os procuradores sustentaram ainda que companhia gastou R$ 926 mil para reformar o apartamento e outros R$ 350 mil para instalar móveis planejados na unidade, sempre seguindo projeto aprovado pela família Lula. A acusação inclui R$ 1,3 milhão que a OAS desembolsou para pagar uma empresa contratada para armazenar bens que o petista levou para São Paulo após deixar a Presidência da República. Desde o início da investigação que deu origem à sentença agora proferida por Moro, Lula sempre negou ter recebido vantagens da OAS. O ex-presidente ainda é réu em outros quatro processos.

No Estadão: Lula é condenado por Moro a 9 anos e seis meses de prisão

Aos 71 anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, é a primeira do ex-presidente na Operação Lava Jato.
“Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a nove anos e seis meses de reclusão, que reputo definitivas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, condenou Moro.
“Absolvo Luiz Inácio Lula da Silva e José Adelmário Pinheiro Filho das imputações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial, por falta de prova suficiente da materialidade.”
É a primeira condenação de Lula na Lava Jato. O ex-presidente responde como réu em outro processo aberto por Moro e ainda um na Justiça Federal, no Distrito Federal. 
Leia a íntegra no site do Estadão

No G1: Lula fica inelegível após condenação no caso triplex? Entenda

Com essa condenação, o ex-presidente fica inelegível, ou seja, impedido de se candidatar à Presidência ou a outro cargo em 2018?
A Lei da Ficha Limpa impede a candidatura de condenados por uma decisão colegiada, ou seja, por mais de um julgador. Lula foi condenado em primeira instância por apenas um magistrado, o juiz Sergio Moro. Por isso, ainda não está inelegível.
E a defesa ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde um grupo de desembargadores vai decidir se mantém a sentença ou se o absolve. O nome dessa decisão colegiada é acórdão.
Pedro Horta, especialista em direito eleitoral do Dorta & Horta Advogados, explica que a Lei da Ficha Limpa barra apenas candidatos com condenação em segunda instância. “Se ele tiver uma condenação em primeira instância, só pelo juiz Moro, ele pode ser candidato”, afirma.
Leia a íntegra no site do G1

Nota oficial do PT: Condenação de Lula representa ataque à democracia


A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa um ataque à democracia e à Constituição Federal. Embora seja uma decisão de primeira instância, trata-se de medida equivocada, arbitrária e absolutamente ilegal, conduzida por um juiz parcial, que presta contas aos meios de comunicação e àqueles que não aceitam a trajetória de sucesso de Lula na presidência.
A sentença está baseada exclusivamente em delações premiadas negociadas ao longo de meses com criminosos confessos, e simplesmente validam as convicções contidas na acusação de procuradores do Ministério Público Federal, sem que houvesse a apresentação de provas que justifiquem a condenação nos termos expressos pelas leis brasileiras.
Lula não está acima da lei, tampouco abaixo dela. O que ocorre é um processo de perseguição que se constitui em uma aberração constitucional; um caso típico de lawfare, em que se utilizam recursos jurídicos indevidos como fim de perseguição política. Em seu caso, busca-se imputar-lhe crimes com base em teorias respaldadas apenas pela palavra de condenados, incapazes de comprovar suas afirmações por meio de documentos ou de transferências bancárias.
A condenação de Lula é mais um capítulo da farsa capitaneada pelo consórcio golpista que assumiu o País para suprimir direitos sociais e trabalhistas, ampliar o tempo para as pessoas se aposentarem, cortar gastos essenciais em Saúde e Educação e, principalmente, vender empresas estatais importantes como a Petrobras, a Infraero, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.
Curiosamente, a sentença saiu um dia depois da votação de medidas que retiraram direitos dos trabalhadores, e agora serão esquecidas.
O PT vai manter sua defesa intransigente a Lula, por acreditar em sua absoluta inocência. Lula é uma liderança reconhecida no mundo pelos avanços promovidos à frente da Presidência. Hoje, mais do que nunca, nos solidarizamos com Lula, e com seus filhos e netos. Além disso, reforçamos nosso pesar pela morte de sua mulher Marisa Letícia Lula da Silva. Sabemos que haverá Justiça nas outras instâncias do julgamento e que toda a verdade virá à tona. A história será a principal testemunha de sua absolvição e de sua grandeza.
Partido dos Trabalhadores



Fonte: Veja+Estadão+G1