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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Marconi Perillo é preso pela PF na operação que apura pagamento de R$ 12 milhões em propina pela Odebrecht

POLÍTICA
Ex-governador de Goiás é investigado na Operação Cash Delivery por suposto repasse de R$ 10 milhões da Odebrecht; juiz decretou prisão do tucano para 'garantia da ordem pública'



Marconi Perillo. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi preso na tarde desta quarta-feira, 10, pela Polícia Federal. O tucano é investigado na operação Cash Delivery e já havia sido alvo de busca e apreensão na sexta-feira, 28.
Em 28 de setembro, Perillo foi alvo de busca e apreensão. Jayme Rincón, ex-tesoureiro de Perillo e coordenador da campanha ao governo do Estado de José Eliton (PSDB) – aliado do tucano e que busca a reeleição -, foi preso pela PF na ocasião.
Perillo foi preso ao chegar na superintendência da PF, em Goiânia, para prestar depoimento sobre as acusações de delatores da Odebrecht Fernando Reis e Alexandre Barradas. Em suas delações, eles citaram repasses de R$ 10 milhões a Perillo – R$ 2 milhões na eleição de 2010 e R$ 8 milhões em 2014.
A informação sobre a prisão foi confirmada pela assessoria de Perillo e pelo seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. De acordo com o advogado, “não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento.”
“Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados”, disse Kakay.
No dia da deflagração da Cash Delivery, o Ministério Público Federal, por meio de nota, informou que o tucano não havia sido alvo de mandado de prisão porque era candidato ao Senado e legislação eleitoral proíbe detenção na semana anterior ao pleito.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE PERILLO
A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região já concedeu duas liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de duas ilustres desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham contemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos . KAKAY

ESTADÃO/Fabio Serapião/BRASÍLIA

domingo, 28 de janeiro de 2018

Defesa de Lula reforça que recibos de aluguéis de apartamento são reais

JUSTIÇA

Defesa diz ainda que quebra do sigilo de Glaucos da Costamarques mostra movimentação financeira compatível com recebimento de aluguéis.

Edição do dia 27/01/2018
27/01/2018 21h55 - Atualizado em 27/01/2018 21h55

Defesa de Lula reforça que recibos de aluguéis de apartamento são reais

Defesa diz ainda que quebra do sigilo de Glaucos da Costamarques mostra movimentação financeira compatível com recebimento de aluguéis.











FOTO: REPRODUÇÃO JORNAL NACIONAL

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou as alegações finais no processo sobre os recibos de aluguel do apartamento vizinho ao dele, na Grande São Paulo. Os advogados dizem que os recibos de aluguel do imóvel são autênticos, ao contrário do que tem sustentado o Ministério Público.

Esse caso não tem relação com o processo do triplex, em que o ex-presidente Lula foi condenado, esta semana, em segunda instância, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região também aumentaram a pena de Lula, de nove anos e meio de prisão, que tenho sido dada em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, para 12 anos e um mês.
O Ministério Público Federal afirma que o ex-presidente Lula recebeu o apartamento vizinho ao dele, em São Bernardo do Campo, como propina da Odebrecht e que o contrato de locação do imóvel, entre a ex-primeira-dama dona Marisa Letícia e o empresário Glaucos da Costamarques, foi forjado.
Os procuradores também dizem que os 31 recibos apresentados pela defesa de Lula são “ideologicamente falsos” e que não provam o pagamento ou a quitação do aluguel.
De acordo com o Ministério Público Federal, alguns desses recibos foram impressos no mesmo lugar e assinados no mesmo dia. A Lava Jato afirma, ainda, que não houve movimentação nas contas bancárias dos envolvidos que indiquem pagamento de aluguel até 2015.
Nas alegações finais, os advogados de Lula declaram que os recibos são autênticos e provam a quitação dos aluguéis e que um perito, contratado pela defesa, comprovou a autenticidade desses documentos.
Os advogados afirmam ainda que a quebra do sigilo bancário do dono do apartamento, o empresário Glaucos da Costamarques, evidencia movimentação financeira compatível com o recebimento de aluguéis.
A defesa de Lula alega que os procuradores deixaram de analisar diversos depósitos em dinheiro efetuados nas contas de Glaucos da Costamarques.
Por fim, os advogados afirmam que a tese do Ministério Público não encontra qualquer amparo nas provas produzidas nos autos e pedem que a acusação envolvendo os recibos seja julgada improcedente.
Na sexta-feira (27), a defesa de Glaucos da Costamarques também apresentou as alegações finais, afirmando que o empresário adquiriu o imóvel com recursos próprios, a pedido de José Carlos Bumlai, com quem mantinha estreita amizade e confiança.
O pecuarista José Carlos Bumlai é primo de Glaucos e amigo de Lula. Bumlai já foi condenado na Lava Jato, em outro processo, a nove anos e dez meses de prisão por gestão fraudulenta e corrupção passiva. Ele chegou a ser preso, recorreu ao Supremo, e está em liberdade.
No documento, a defesa de Glaucos diz que ele sempre afirmou não ter recebido os aluguéis do ex-presidente ou de sua esposa e que só declarou os valores à Receita Federal porque foi orientado por José Carlos Bumlai.
Ainda de acordo com os advogados, os recibos serviam apenas para amparar as declarações de Imposto de Renda do casal presidencial. Nas alegações, a defesa também pede que o processo sobre os recibos seja julgado improcedente.
O juiz Sérgio Moro precisa, agora, se manifestar sobre o caso. Vai decidir se os recibos são autênticos, como afirma a defesa de Lula, ou se são ideologicamente falsos, como sustenta o Ministério Público.
A decisão do juiz Sérgio Moro vai ser levada em conta no processo que investiga se Lula recebeu como propina da Odebrecht o apartamento de São Bernardo do Campo e também um terreno em São Paulo, para a nova sede para o Instituto Lula. A obra não saiu do papel.
Esse é o segundo processo de Lula na Justiça Federal do Paraná e não tem relação com o caso do triplex no Guarujá, em que o ex-presidente foi condenado em segunda instância, esta semana, pelo TRF4, em Porto Alegre, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa do empresário José Carlos Bumlai não quis se manifestar.

FONTE: JORNAL NACIONAL

domingo, 7 de janeiro de 2018

ECONOMIA

Política do BNDES é alvo de críticas


Resultado de imagem para BNDES
FOTO: REPRODUÇÃO 

A política de promover as exportações de serviços de engenharia com crédito público é prática de muitos países, afirmam especialistas. Ainda assim a estratégia do BNDES é alvo de críticas. "A Odebrecht monopolizou os financiamentos do BNDES. Essa é a anomalia", diz Mathias Alencastro, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) especializado nas relações Brasil-África. Segundo ele, o foco em Angola seguiu uma estratégia comercial da Odebrecht. O consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior no governo Lula, considera os atrasos como risco inerente ao sistema internacional de financiamento. São poucos os casos de inadimplência, diz, destacando que os países tendem a retomar os pagamentos, sob pena de ficarem sem crédito externo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Agência Estado

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PODER



MORO MANDA INVESTIGAR E-MAIL QUE PEDIU R$ 700 MIL POR HABEAS A BENDINE



O juiz federal Sérgio Moro mandou nesta segunda-feira, 7, a Polícia Federal abrir um inquérito para investigar a autoria de um e-mail enviado a Amanda Bendine, filha do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine. A decisão atende a pedido dos advogados Pierpaolo Cruz Bottini e Cláudia Vara San Juan Araujo, que defendem o executivo. A defesa relatou ao magistrado que a mensagem foi recebida por Amanda no dia 2 de julho, e pedia um depósito de R$ 700 mil para pagar uma decisão em habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Intimem-se Ministério Público Federal e autoridade policial, com urgência e por telefone, acerca da petição, devendo a autoridade policial providenciar a instauração de inquérito para apurar os fatos”, ordenou Moro.
Bendine foi preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobras é suspeito de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht.
O e-mail foi enviado à filha de Bendine às 17h50 do dia 2 pelo remetente aldemirbendine63@bol.com.br.
“Filha é o pai. um agente está me ajudando neste e-mail. estou bem avisa a sua mãe e a Andressa.Tenho um contato no RJ que tem uma conexão com o STF.. para garantir o habeas corpus domiciliar. eu já tinha combinado o valor com eles.fale com a Silvana fazer um Ted para o banco do Brasil agência 1257-2 conta 3933_0 nome Alexandre Inácio, valor 700 mil reais quando for a hora falo com o bottini… para pedir o habeas….amo vocês..”, diz a mensagem.
Os advogados Pierpaolo Cruz Bottini e Cláudia Vara San Juan Araujo, que defendem Bendine, sugeriram a Moro que quebre o sigilo do remetente e também da conta corrente indicada para depósito, a fim de que possa ser identificada a sua titularidade.
“Trata-se de e-mail recebido no final do dia de ontem por Amanda Bendine, filha do peticionário, na qual pessoa que se faz passar por Aldemir Bendine, hoje custodiado na carceragem da Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, solicita a realização de depósito na ordem de R$ 700 mil, na conta de terceiro desconhecido para suposto pagamento de decisão em habeas corpus a ser impetrado perante o STF”, relatou a defesa a Moro.
As informações são do Estadão

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

POLÍTICA

Moro transfere Bendine e separa ex-presidente da Petrobras de seu delator

Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do BB
Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do BB Alan Marques - 14.out.2015/ Folhapress

O juiz Sergio Moro ordenou nesta sexta-feira (4) a transferência de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Bendine está detido na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense, e sua defesa pediu que o magistrado reconsidere a decisão.Moro, que é responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, atendeu a pedido da Polícia Federal para que Bendine não fosse mantido na mesma prisão de delatores que contribuíram para as investigações."Na mesma estrutura de carceragem estão custodiados vários presos da Operação Lava Jato que, por razões de segurança ou por serem réus colaboradores, foram mantidos nesta unidade, dentre eles um colaborador que contribuiu efetivamente para as investigações desta última fase", disse o delegado Igor Romário de Paula em ofício enviado ao juiz. "A necessidade de manter a separação de presos na situação acima mencionada tem limitado demasiadamente as alternativas de adequação segura dos presos."No mesmo ofício, o delegado também pediu que André Gustavo da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior continuem detidos na carceragem da PF, "considerando que ainda estão sendo ouvidos para fins de esclarecimentos de fatos relacionados ao material apreendido na operação policial". Moro também acatou esta solicitação.Bendine pede liberdadeBendine pediu também nesta sexta a revogação de sua prisão preventiva ao TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Os advogados Pierpaolo Cruz Bottinni, Igor Sant'ana Tamasauskas e Cláudia Vara San Juan Araújo sustentam que "nada há que justifique esse cerceamento da liberdade"."O paciente é primário, de bons antecedentes e não há qualquer indicativo concreto --além da mais lacônica suspeita levantada pela Autoridade Coatora-- que irá interferir na colheita da prova", afirmam os defensores.A defesa sustenta que as anotações de Bendine sobre encontros com executivos da Odebrecht, apreendidas pela Polícia Federal, se referiam a "naturais encontros e reuniões entre ele e os principais executivos de tais instituições". "Não há nada de incriminador nos papéis manuscritos além de números que representavam as demandas das empresas, em sua maior parte não atendidas, como a seguir demonstrado".Os advogados ainda afirmam que o executivo está ilegalmente privado de sua liberdade. "Vale destacar, inclusive, que as medidas cautelares decretadas em seu desfavor já foram efetivadas pela Polícia Federal, sem qualquer intervenção ou resistência do peticionário, já tendo sido colhidas, consequentemente, todas as provas possíveis e necessárias à elucidação dos fatos, inclusive seu interrogatório".Delações levaram a operaçãoBendine, André Gustavo e Antônio Carlos cumprem prisão preventiva por ordem de Moro. Eles foram detidos no dia 27 na 42ª fase da Operação Lava Jato, batizada como Operação Cobra. No dia da prisão, o advogado de Bendine, Pierpaolo Bottini, disse que a prisão temporária era "desnecessária". "Desde o início das investigações, Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a regularidade de suas atividades. A cautelar é desnecessária. É arbitrário prender para depoimento alguém que manifestou sua disposição de colaborar com a Justiça desde o início", afirmou Bottini ao UOL.
As investigações da PF apontam que Bendine e pessoas ligadas a ele teriam solicitado vantagem indevida, em razão dos cargos exercidos, para que a Odebrecht não viesse a ser prejudicada em futuras contratações da Petrobras. Em troca, o grupo empresarial teria efetuado o pagamento de ao menos R$ 3 milhões, em espécie. Ainda de acordo com a PF, os pagamentos só foram interrompidos depois da prisão de Marcelo Odebrecht, em junho de 2015.Bendine esteve à frente do Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando deixou o banco para assumir a presidência da Petrobras. O executivo renunciou ao cargo de presidente-executivo da Petrobras em carta enviada ao Conselho de Administração em maio de 2016.Segundo o MPF-PR (Ministério Público Federal), há evidências indicando que um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões foi feito por Aldemir Bendine na época em que era presidente do Banco do Brasil para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar o financiamento.Além disso, há provas apontando que, na véspera de assumir a presidência da Petrobras, Bendine voltou a solicitar propina a executivos da Odebrecht para que a empresa não fosse prejudicada em contratos com a petroleira. Delatores indicam que, desta vez, a Odebrecht aceitou pagar a propina de R$ 3 milhões. O valor foi repassado em três entregas em espécie, no valor de R$ 1 milhão cada uma, em São Paulo. Esses pagamentos foram realizados em 2015.Segundo o MPF, um operador financeiro "de fachada" foi usado para dar legalidade à operação. As delações decorrentes da Operação Lava Jato foram o ponto de partida das investigações da força-tarefa contra Bendine.

*Com informações do Estadão Conteúdo