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domingo, 28 de janeiro de 2018

Defesa de Lula reforça que recibos de aluguéis de apartamento são reais

JUSTIÇA

Defesa diz ainda que quebra do sigilo de Glaucos da Costamarques mostra movimentação financeira compatível com recebimento de aluguéis.

Edição do dia 27/01/2018
27/01/2018 21h55 - Atualizado em 27/01/2018 21h55

Defesa de Lula reforça que recibos de aluguéis de apartamento são reais

Defesa diz ainda que quebra do sigilo de Glaucos da Costamarques mostra movimentação financeira compatível com recebimento de aluguéis.











FOTO: REPRODUÇÃO JORNAL NACIONAL

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou as alegações finais no processo sobre os recibos de aluguel do apartamento vizinho ao dele, na Grande São Paulo. Os advogados dizem que os recibos de aluguel do imóvel são autênticos, ao contrário do que tem sustentado o Ministério Público.

Esse caso não tem relação com o processo do triplex, em que o ex-presidente Lula foi condenado, esta semana, em segunda instância, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região também aumentaram a pena de Lula, de nove anos e meio de prisão, que tenho sido dada em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, para 12 anos e um mês.
O Ministério Público Federal afirma que o ex-presidente Lula recebeu o apartamento vizinho ao dele, em São Bernardo do Campo, como propina da Odebrecht e que o contrato de locação do imóvel, entre a ex-primeira-dama dona Marisa Letícia e o empresário Glaucos da Costamarques, foi forjado.
Os procuradores também dizem que os 31 recibos apresentados pela defesa de Lula são “ideologicamente falsos” e que não provam o pagamento ou a quitação do aluguel.
De acordo com o Ministério Público Federal, alguns desses recibos foram impressos no mesmo lugar e assinados no mesmo dia. A Lava Jato afirma, ainda, que não houve movimentação nas contas bancárias dos envolvidos que indiquem pagamento de aluguel até 2015.
Nas alegações finais, os advogados de Lula declaram que os recibos são autênticos e provam a quitação dos aluguéis e que um perito, contratado pela defesa, comprovou a autenticidade desses documentos.
Os advogados afirmam ainda que a quebra do sigilo bancário do dono do apartamento, o empresário Glaucos da Costamarques, evidencia movimentação financeira compatível com o recebimento de aluguéis.
A defesa de Lula alega que os procuradores deixaram de analisar diversos depósitos em dinheiro efetuados nas contas de Glaucos da Costamarques.
Por fim, os advogados afirmam que a tese do Ministério Público não encontra qualquer amparo nas provas produzidas nos autos e pedem que a acusação envolvendo os recibos seja julgada improcedente.
Na sexta-feira (27), a defesa de Glaucos da Costamarques também apresentou as alegações finais, afirmando que o empresário adquiriu o imóvel com recursos próprios, a pedido de José Carlos Bumlai, com quem mantinha estreita amizade e confiança.
O pecuarista José Carlos Bumlai é primo de Glaucos e amigo de Lula. Bumlai já foi condenado na Lava Jato, em outro processo, a nove anos e dez meses de prisão por gestão fraudulenta e corrupção passiva. Ele chegou a ser preso, recorreu ao Supremo, e está em liberdade.
No documento, a defesa de Glaucos diz que ele sempre afirmou não ter recebido os aluguéis do ex-presidente ou de sua esposa e que só declarou os valores à Receita Federal porque foi orientado por José Carlos Bumlai.
Ainda de acordo com os advogados, os recibos serviam apenas para amparar as declarações de Imposto de Renda do casal presidencial. Nas alegações, a defesa também pede que o processo sobre os recibos seja julgado improcedente.
O juiz Sérgio Moro precisa, agora, se manifestar sobre o caso. Vai decidir se os recibos são autênticos, como afirma a defesa de Lula, ou se são ideologicamente falsos, como sustenta o Ministério Público.
A decisão do juiz Sérgio Moro vai ser levada em conta no processo que investiga se Lula recebeu como propina da Odebrecht o apartamento de São Bernardo do Campo e também um terreno em São Paulo, para a nova sede para o Instituto Lula. A obra não saiu do papel.
Esse é o segundo processo de Lula na Justiça Federal do Paraná e não tem relação com o caso do triplex no Guarujá, em que o ex-presidente foi condenado em segunda instância, esta semana, pelo TRF4, em Porto Alegre, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa do empresário José Carlos Bumlai não quis se manifestar.

FONTE: JORNAL NACIONAL