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terça-feira, 13 de julho de 2021

"Estamos perfeitamente alinhados", afirma Bolsonaro após crise

 BRASIL

Presidente da República se encontrou com Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira (12) em Brasília

FOTO: REPRODUÇÃO PORTAL BR7


Após encontro com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (12) que os Poderes estão “perfeitamente alinhados” e que tem problema apenas com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Até falei para ele, como hoje de manhã no cercadinho, que uma das minhas atividades da manhã é rezar o pai nosso, em que no final fala que é para perdoar as nossas ofensas e os ofendidos. Então foi basicamente essa a conversa. Estamos perfeitamente alinhados. Respeitosos para com a Constituição. E cada um se policiar dentro do seu poder no tocante aos limites. E nós, do Poder Executivo, não pretendemos sair desses limites”, afirmou Bolsonaro.

Na semana passada, o atual inquilino do Palácio do Planalto voltou a falar sobre fraude no processo eleitoralameaçou as eleições de 2022 e criticou Barroso. O presidente do TSE é contra o voto impresso, sistema que é defendido por Bolsonaro e é analisado atualmente por uma comissão na Câmara dos Deputados.

As declarações de Bolsonaro dos últimos dias geraram reações de outros Poderes. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não admitirá atentado a sua independência, e o TSE publicou uma nota lembrando que tentativa de impedir eleição configura crime de responsabilidade.

Para arrefecer os ânimos, Bolsonaro se reuniu com o presidente do STF nesta segunda, disse que respeita os limites constitucionais e que seu único problema é com Barroso. Na ocasião, o presidente defendeu novamente o voto impresso e relatou que o ministro Paulo Guedes, da Economia, afirmou que possui R$ 2 bilhões em caixa para comprar máquinas de impressão do voto para a eleição do ano que vem.

Bolsonaro comentou, ainda, o ofício, feito pelo TSE, para que apresente provas em relação as suas falas de que houve fraude na eleição de 2014, quando a petista Dilma Rousseff ganhou do tucano Aécio Neves. Na época, o mineiro contestou o resultado, mas depois reconheceu a vitória de sua adversária.

“O TSE fez um pedido para eu apresentar a provas, e assinei agora há pouco pedindo um prazo maior, até para essa pessoa né, que tem coragem agora, saber dos riscos, e apresentar essas provas, que ele me apresentou há seis meses. Especialista. Mas vai vir a resposta”, disse Bolsonaro.



FONTE: R7

terça-feira, 9 de abril de 2019

Temporal no Rio de Janeiro deixa ao menos três mortos

BRASIL
 Volume de chuva é superior ao registrado nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram; Prefeitura suspendeu as aulas nesta terça em toda a rede municipal e pediu que população se desloque somente em casos de extrema necessidade
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Um temporal que atinge o Rio de Janeiro desde o início da noite desta segunda-feira, 8, alagou ruas, derrubou árvores e destruiu carros em vários bairros. A Polícia Militar confirmou que uma pessoa morreu na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul da cidade. Segundo relatos, um homem que estava na garupa de uma moto acabou derrubado pela correnteza e foi arrastado pela água. Quando o alagamento na via diminuiu, o corpo foi encontrado preso embaixo de um carro. No Morro da Babilônia, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro em um soterramento e informou que duas mulheres adultas morreram. As equipes continuam no local em busca de outras possíveis vítimas.
Chuva provoca alagamento no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8).
Chuva provoca alagamento no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8).Foto: ARIEL SUBIRÁ/FUTURA PRESS

A força da água causou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste. Desta vez, a parte que caiu fica próxima ao bairro de São Conrado. O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Desde que foi inaugurada, em 2016, a estrutura já sofreu quatro desabamentos.

O mais grave deles ocorreu logo após a inauguração, quando uma ressaca no mar derrubou uma parte da pista, matando duas pessoas.A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 e às 20h55 passou para o estágio de crise — o mais grave de três níveis de risco, segundo a escala usada pela Prefeitura. Segundo a administração, em quatro horas choveu mais do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando a chuva causou a morte de seis pessoas.
Até as 23h, a Defesa Civil havia acionado 39 sirenes em 20 comunidades. Bombeiros recorreram a botes para retirar alunos de uma escola na Gávea.A Prefeitura informou que em razão das chuvas estão canceladas as aulas da rede municipal nesta terça e pede que população se desloque somente em casos de extrema necessidade.


FONTE: ESTADÃO

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Correios fecham 41 agências em todo o país

BRASIL
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FOTO: REPRODUÇÃO CAUSA OPERÁRIA

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos encerrou nesta terça-feira (16) as atividades em 41 agências de 15 estados do Brasil. Entre as cidades que tiveram agências fechadas estão Floriano, no Piauí e Timon, no Maranhão.De acordo com os Correios, as unidades que fecharam as portas estavam em imóveis alugados e não geravam lucros. De acordo com a Agência Brasil, a empresa informou que os funcionários que trabalham nesses locais serão realocados.Veja lista de agências fechadas:

Agências dos Correios fechadas
AC MANOA - Manaus (AM)
AC EDUCANDOS- Manaus (AM)
AC PETRÓPOLIS - Manaus (AM)
AC BAIXA DOS SAPATEIROS - Salvador (BA)
AC MALHADO - Ilhéus (BA)
AC PITUBA - Salvador (BA)
AC AEROP DEP LUIS ED MAGALHÃES - Salvador (BA)
AC JK - Jaraguá (GO)
AC PADRE CÍCERO - Juazeiro do Norte (CE)
AC SÃO JOÃO - Cariacica (ES)
AC BAIRRO BAUXITA - Ouro Preto (MG)
AC PARQUE DAS EMAS - Mineiros (GO)
AC ALAMEDA - Juiz de Fora (MG)
AC VIA SHOPPING BARREIRO - Belo Horizonte (MG)
AC BAIRRO BELVEDERE - Belo Horizonte (MG)
AC BAIRRO SANTA LÚCIA - Belo Horizonte (MG)
AC 14 DE JULHO - Campo Grande (MS)
AC BAIRRO INDUSTRIAL - Contagem (MG)
AC DR LUND - Lagoa Santa (MG)
AC MARQUÊS DE SAPUCAÍ - Nova Lima (MG)
AC COQUEIRO - Ananindeua (PA)
AC CAIAPO - Paranaíba (MS)
AC AEROPORTO MARECHAL RONDON - Várzea Grande (MT)
AC XINGU - Altamira (PA)
AC CIDADE MODELO - Castanhal (PA)
AC ARAGUAIA -Redenção (PA)
AC SAIRÉ - Santarém (PA)
AC PARQUE UNIÃO - Timon (PI)
AC IRAPUÃ - Floriano (PI)
AC DIAS DA ROCHA - Rio de Janeiro (RJ)
AC TANQUE- Rio de Janeiro (RJ)
AC UFRR - Boa Vista (RR)
AC CAMOBI - Santa Maria (RS)
AC CENTRO ADMINISTRATIVO - Porto Alegre (RS)
AC GALERIA SHOPPING - Campinas (SP)
AC CAVOA - São Paulo (SP)
AC ENGENHEIRO GOULART - São Paulo (SP)
AC MOEMA - São Paulo (SP)
AC VILA RÉ - São Paulo (SP)
AC DOMINGOS DE MORAIS - São Paulo (SP)
AC NOVA SUMARÉ - Sumaré (SP)
FONTE: GP1

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO

Em crise, universidades federais dizem só ter condição de funcionar até setembro


Para tentar minimizar os efeitos do contingenciamento de verbas da União, instituições de ensino estão renegociando contratos com fornecedores

Divulgação/UFRGS
Dimensões da crise: reitoria da UFRGS estima deficit de R$ 40 milhões até o fim deste ano

O cenário de crise financeira que atinge o País também afetado o funcionamento das universidades federais. Com a redução nos recursos enviados pela União, as instituições têm de apelar para medidas como renegociação de contratos, redução nos cardápios em restaurantes universitários. Mesmo assim, entretanto, falta verba para manutenção e para o pagamento de contas.



Os efeitos da crise são tão graves que, de acordo com o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Emmanuel Tourinho, os valores de custeio previstos para este ano para as universidades não são suficientes nem mesmo para as despesas regulares com energia, vigilância, limpeza, bolsas para os alunos de baixa renda e serviços de manutenção das instalações.
Tourinho afirma que não há recursos nem para concluir as obras já iniciadas. Nas universidades mais antigas, há problemas de infraestrutura por causa da falta de manutenção. Já as instituições novas estão funcionando em prédios alugados. Isso porque não têm verba para finalizar os serviços nas instalações próprias.
“Não será possível manter as instituições funcionando adequadamente se esse quadro não for rapidamente alterado. Os valores liberados até agora só garantem o funcionamento das instituições até setembro”, diz o presidente da Andifes.
Tourinho, que além de presidir a associação também é reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), afirma que é “imprescindível” a recomposição imediata dos orçamentos das universidades federais. “Estamos falando de um patrimônio dos mais valiosos para a sociedade brasileira e que está sendo colocado em risco. O prejuízo no longo prazo será incalculável”, alerta.
Para tentar amenizar os problemas, o MEC (Ministério da Educação) anunciou na semana passada um aumento em cinco pontos percentuais no limite de empenho para custeio e investimento de universidades e institutos federais. A medida fez com que o limite de custeio – utilizado para a manutenção das instituições de ensino – passasse de 70% de 75%. O limite de capital, usado para a aquisição de equipamentos e para a realização de investimentos, foi elevado de 40% para 45%.
O presidente da associação adverte que, mesmo com a liberação, a situação das instituição não muda em relação à capacidade de honrar com os compromissos financeiros até o mês de setembro. “Para 2018, o quadro é também preocupante. Não temos ainda a previsão de recursos para investimento, nem a correção dos recursos de custeio”, diz Tourinho.
UnB
A UnB (Universidade de Brasília) estima que, neste ano, o deficit orçamentário será de R$ 105,6 milhões. Segundo Denise Imbroisi, decana de Planejamento e Orçamento da instituição, a universidade tem recursos para operar somente até o mês que vem e conta com uma suplementação de crédito do governo para se manter até o fim do ano.
Denise afirma que o objetivo da UnB é manter o funcionamento de maneira adequada. “Temos recursos orçamentários para sobreviver até o fim de agosto, início de setembro”, acrescenta.
A universidade vem renegociando contratos desde o ano passado com prestadores de serviços para tentar viabilizar a redução nas despesas. No restaurante universitário, uma revisão contratual possibilitou a queda de 15% no valor gasto. A diminuição foi possível por causa do corte de alguns itens do café da manhã, como suco, iogurte e chá. No almoço, foi feita uma adequação da proteína oferecida. Para isso, foram incluídas carnes como costela, rabo de boi, linguiça e hambúrguer nos cardápios.
A direção da universidade solicitou ao MEC que elevasse o teto de receita própria que pode ser arrecadada por meio de aluguéis ou projetos de professores. A UnB também pediu ao ministério que autorize a utilização do superavit de anos anteriores – os valores foram para o Tesouro.
UFRGS
A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) projeta que, até o fim do ano, o deficit será de R$ 40 milhões. O reitor da instituição, Rui Vicente Oppermann, afirma que a prioridade da administração é conseguir arcar com o pagamento dos terceirizados. “Hoje temos uma tomada de decisão que é quase aquela de Sofia – onde é que vou fazer cortes? Nos últimos anos temos feito racionalização de serviços para diminuir a despesa com terceirizados, mas já chegamos a um limite”, afirma.
Sem recursos, a universidade está deixando de lado neste momento despesas compulsórias, como contas de luz, água e referentes à comunicação. “Contamos com a compreensão dos prestadores desses serviços públicos para que possamos fazer a rolagem dessa dívida sem maiores consequências.” Na lista de corte, o item seguinte são os serviços relacionados aos serviços de reformas e manutenção, que são fundamentais já que se trata de um campus extenso e com prédios antigos.
Oppermann diz esperar que não exista necessidade de redução em serviços como segurança, limpeza e fornecimento de alimentos. “Estamos confiando em um mínimo de sensibilidade do governo na liberação de recursos para que a gente possa chegar com pelo menos 90% do custeio liberado até o fim do ano”, admite.
UFRJ
A situação orçamentária é considerada crítica pela direção da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Para este ano, o orçamento é 6,7% menor do que no ano passado. O reitor da UFRJ, Roberto Leher, destaca que, no ano passado, muitas contas foram pagas somente até o mês de setembro, o que deslocou para o orçamento de 2017 o pagamento das despesas não pagas.
Nos últimos três anos, o quadro de pessoal terceirizado foi reduzido pela metade, e contratos com permissionários foram revisados. A universidade lançou uma campanha com a meta de reduzir em 25% as despesas com energia elétrica.
A UFRJ diz que, desde 2014, a falta de recursos afeta gravemente o funcionamento da universidade. “Nos últimos anos, a UFRJ vem sofrendo cortes crescentes, significativos e rigorosos, em seu orçamento, os quais comprometem sua capacidade de funcionamento e suas possibilidades de oferecer o melhor acolhimento aos alunos que chegam à universidade pelas novas vagas geradas no processo de expansão e pelas cotas criadas para democratizar o acesso e a garantia das ações afirmativas”, diz a universidade, em nota.
UFMG
Segundo Jaime Ramírez, reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a universidade só tem recurso para as despesas cotidianas, como insumos e mão de obra terceirizada, até o mês que vem. Ele afirma que, se o governo federal mantiver a liberação de recursos no patamar de 85% do previsto, a UFMG e “todas as outras federais” vão enfrentar uma situação financeira grave até o fim do ano.
Mesmo diante da gravidade do quadro, Ramírez garante que a universidade não irá suspender as atividades, ainda que, para isso, seja necessário atrasar o pagamento de fornecedores. Ele assegura que não haverá redução no pagamento de bolsas e benefícios de assistência estudantil, pois recursos de custeio têm sido utilizados para complementar o pagamento dos benefícios.
A UFMG informa que sua administração está trabalhando para que o governo federal libere R$ 25,98 milhões de recursos de custeio, o que corresponde a 15% do orçamento da universidade para 2017. O orçamento de custeio da UFMG em 2017 é de R$ 173,2 milhões, cerca de 10% inferior ao de 2016.
Outro lado
O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirma que a meta da pasta é liberar 100% dos valores para custeio até o fim do ano. “Estamos no meio do exercício, e as liberações ocorrerão gradualmente, ao longo dos próximos meses, até dezembro. Então, posso tranquilizar as universidades federais de que os recursos serão liberados”, disse. De acordo com o MEC, neste ano já foram liberados R$ 4,8 bilhões para limite de empenho das universidades federais.
O limite de empenho previsto inicialmente para as universidades federais para este ano é 85% do valor previsto para despesas de custeio e de 60% para despesas de capital. “No entanto, o MEC está trabalhando para aumentar esse limite, assim como fez no ano passado, quando, mesmo após o contingenciamento feito pelo governo anterior, conseguiu liberar 100% de custeio para as universidades”, diz o ministério.
Mendonça Filho acrescenta que, além da crise, os problemas financeiros enfrentados pelas universidades muitas vezes decorrem de má gestão. “Em muitas situações de universidades federais há divergência e desequilíbrio do ponto de vista de capacidade gerencial. Algumas universidades não enfrentam problemas e dificuldades, porque elas são competentes, capazes e qualificam melhor suas gestões”, disse, lembrando que não compete ao MEC liberar a administração de recursos nas universidades federais.



* Com informações da Agência Brasil


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BRASIL

Cidade de fronteira vê população dobrar com chegada de venezuelanos



Pequena Pacaraima foi de 12,5 mil habitantes para cerca de 25 mil nas últimas semanas

Cidade de fronteira vê população dobrar com chegada de venezuelanos© Stringer .
A grave crise vivenciada pela Venezuela vem causando o êxodo de milhares de cidadãos do país às nações vizinhas. O Brasil entre elas. Em Roraima, a pequena Pacaraima, de 12,5 mil habitantes, estima estar com a população dobrada em função da chegada de venezuelanos que fogem da repressão política, fome e falta de perspectivas no país de origem.
De acordo com o G1, ainda não há dados confiáveis que mostrem o perfil dos migrantes. Acredita-se, porém, que a maioria seja composta por jovens com idade entre 20 e 25 anos, estudantes e solteiros, embora também sejam vistas inúmeras famílias, profissionais liberais e agricultores. No momento, a maior parte vive de bicos e doações.
No posto de saúde da cidade, 80% dos pacientes são venezuelanos sofrendo com doenças como leishmaniose, malária, dengue e tuberculose. O prefeito Juliano Torquato disse à publicação que o governo Roraima deveria decretar estado de emergência no município com vistas a alguma ajuda do governo federal.
“Nós tínhamos a esperança de vir uma ajuda o mais rápido possível. E infelizmente é o que não está acontecendo. Então nós vamos mudar um pouco agora os nossos planejamentos aí, nossas ideias, nossa equipe de gestão do município e procurar resolver pra não acontecer coisas piores mais pra frente”, disse.
NOTÍCIAS AO MINUTO

domingo, 6 de agosto de 2017

BRASIL

Crise multiplica mendigos e até 

executivos viram sem-teto no Rio 

de Janeiro

Sem-teto dorme na rua no Rio de Janeiro Mauro Pimentel/ AFP



Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas, mas há um ano e meio mora nas ruas do Rio de Janeiro, junto a milhares de vítimas da crise da Cidade Maravilhosa.Mendonça perdeu seu emprego em 2015. 

Conseguiu se manter com suas economias por algum tempo, mas ficou sem dinheiro para pagar o aluguel.Hoje, aos 58 anos, ele dorme em um banco em frente ao aeroporto Santos Dumont, deixa alguns pertences em uma agência bancária da qual é cliente, faz sua higiene em banheiros públicos e sobrevive da comida distribuída por ONGs."É uma situação terrível para mim, mas não tenho outra alternativa", diz este ex-executivo, magro, divorciado e sem filhos, natural de Itajaí (Santa Catarina), enquanto analisa ofertas de trabalho em seu computador graças ao Wi-Fi do aeroporto.Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas e hoje vive nas ruas do Rio
No final de 2016, a prefeitura do Rio registrava 14.279 pessoas em situação de rua, o triplo que em 2013.Setenta deles têm nível superior, como Mendonça, que se formou em administração de empresas em São Paulo e trabalhou para a subsidiária de uma multinacional.Sua situação reflete a gravidade de uma recessão que deixou 13,5 milhões de desempregados, assim como a realidade de uma cidade que há apenas um ano inaugurava com pompa os Jogos Olímpicos.

Mendonça fala da dificuldade de procurar e de conseguir ajuda em um momento como esse. Como muitos, ele não contou sua situação a quase ninguém."Quando você está em uma situação assim, ninguém quer estar perto de você", comenta.

Apesar de tudo, ele acredita que isso é algo passageiro e se esforça para não deixar a peteca cair.Durante o dia, faz exercícios físicos, lê em cafés e livrarias, escreve em seu perfil no Facebook - onde aparece de terno e gravata - e vai a entrevistas de trabalho, nas quais concorre com centenas de candidatos mais jovens que ele.

À noite, coloca roupas simples e um boné para passar despercebido, enquanto se cobre, deitado no banco, perto das câmeras de segurança do aeroporto.
"Eu procuro ficar isolado, até para não perder o foco da minha subsistência, porque se eu me juntar com outras pessoas posso conviver com coisas que não quero, como drogas ou sujeira", afirma.

Funcionários sem pagamento

Embora a maioria dos cariocas estejam acostumados a desviar o olhar, os turistas que passeiam por Copacabana e Ipanema se surpreendem com a quantidade de pessoas sem-teto que encontram pelas esquinas - um cartão postal muito diferente do anunciado nos guias de viagem.
No centro histórico, perto dos Arcos da Lapa, a cada noite grupos de até 20 pessoas ocupam ruas inteiras, e dezenas dormem sobre papelões, enrolados em mantas.

A imagem impressiona, mas não tanto quanto as histórias por trás de cada morador de rua.
A maioria é de negros de origem pobre, e muitos são viciados em drogas, com problemas psicológicos ou familiares; há também vendedores ambulantes e funcionários públicos aposentados, como Gilson Alves.Alves, de 69 anos, trabalhou durante 35 anos como técnico em radiologia em hospitais públicos do Rio. Mas devido aos atrasos no pagamento da sua aposentadoria, teve que vender seus pertences e sair do apartamento alugado.

Alves nunca teve uma vida fácil. 
Aos cinco anos, perdeu uma perna quando foi atropelado por um bonde. Há dois meses, foi para a rua com uma sacola e, depois de lhe roubarem tudo, foi resgatado pelos serviços da prefeitura e levado a um dos 64 albergues municipais, com capacidade para 2.200 pessoas.
"Me sinto muito triste, humilhado com esta situação, machucado por ter prestado tantos anos de serviço na área de saúde (...) e não ter conseguido construir nada por culpa de um governo", diz.

Ele divide quarto em um albergue da Ilha do Governador com seis pessoas idosas, entre elas Jorge da Cunha, um operário com problemas respiratórios, de 63 anos, que perdeu seu trabalho há dois anos.
O lado mais fraco

"A situação é crítica", reconhece em declarações a secretária de Assistência Social do Rio, Teresa Bergher.Muitos brasileiros chegaram ao Rio procurando emprego durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas hoje o estado está com os cofres vazios, vítima da queda do preço do petróleo e atingido por uma corrupção endêmica.O ex-governador Sérgio Cabral (2007-2014) foi condenado a mais de 14 anos de prisão, acusado de desviar milhões de reais. Uma parte da quantia recuperada permitiu, em março, pagar os décimos terceiros atrasados de cerca de 150.000 funcionários públicos aposentados.

"O crescimento acelerado de pessoas em situação de rua no Rio se deve principalmente à crise econômica e também à falta de políticas públicas para o setor", afirma a defensora pública Carla Beatriz Nunes.Diante deste vazio, redes de voluntários de igrejas e ONGs oferecem atenção social, servem cafés da manhã e algumas organizam até aulas de ioga para os sem-teto."Quem paga pela crise é quem tem menos condições financeiras, menos estudos", afirma Robson, um operário da construção desempregado, de 43 anos, cujo rosto sujo faz com que seus brilhantes olhos azuis sobressaiam ainda mais.

UOL 

sábado, 5 de agosto de 2017

MERCADO

Perspectiva de trabalho formal piora no comércio


235 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria no segundo trimestre

Milhares de pessoas vão às ruas do Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) - comércio - Rio de Janeiro - comércio no Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil)
O vendedor ambulante Wilson dos Reis, de 54 anos, sente falta da época em que tinha uma vida estável e confortável, atuando como inspetor de qualidade. O salário médio de R$ 8 mil mensais foi suficiente para investir na educação dos filhos, um rapaz que está prestes a concluir a faculdade de Educação Física e uma estudante de Direito. O conforto da família naufragou poucos anos depois, com a falência da empresa, atingida pela crise econômica. A última vez que conseguiu registro em carteira foi há dois meses, mas a experiência não durou mais que 20 dias.
Hoje, ele leva duas horas para cortar a cidade até uma rua movimentada do centro do Rio, onde se esforça para garantir o sustento vendendo meias coloridas sortidas. "Está muito difícil viver sem carteira assinada. Perdi muito. Mas vamos ver se melhora com meus filhos se formando. O mais velho já trabalha numa academia, me ajuda um pouco. A mais nova agora conseguiu um estágio", afirmou Reis. O comércio fechou 83 mil postos de trabalho com carteira assinada no segundo trimestre deste ano. Ao mesmo tempo, 235 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito a pedido do Estadão/Broadcast, com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Dados da Sondagem do Comércio, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostram que não há perspectiva de recuperação na geração de vagas formais.
"Esse trabalhador por conta própria com certeza é gente que perdeu o emprego e vai virar ambulante, vai vender salgadinho. O cara que faz a empanada e vai vender na praia aparece na pesquisa como trabalhador do comércio", explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Há poucos sinais de recuperação porque a perspectiva para o emprego futuro no comércio voltou a se deteriorar na sondagem da FGV. O saldo entre as empresas que previam contratar e demitir ficou negativo pelo segundo mês, saindo de -1,5% em junho para -1,7% em julho, conforme cálculo obtido pelo Estadão/Broadcast. O resultado significa que há mais empresas prevendo demissão do que prevendo novas contratações.
O movimento coincide com a crise política desencadeada pelo delação de Joesley Batista, um dos sócios da JBS. Até então, o saldo para o emprego previsto vinha em trajetória de melhora desde dezembro de 2016.
"A piora pelo segundo mês consecutivo tem capacidade para afetar um pouco a recuperação que estava ocorrendo, com as empresas mais cautelosas para contratar e os consumidores mais cautelosos para comprar", avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Segundo a Sondagem do Comércio de julho, há mais empresários no varejo ampliado - que inclui veículos e material de construção - prevendo manter como está o contingente de empregados, mas 12,7% esperavam diminuir, enquanto 11,1% estimavam fazer novas contratações. "O comércio só vai melhorar se tiver melhora no mercado de trabalho", disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O comércio responde por quase um quinto dos postos de trabalho do país, o equivalente a 17,412 milhões de postos entre os 90,236 milhões de empregos existentes no fim de junho, de acordo com a Pnad Contínua.No primeiro semestre, o comércio extinguiu 125 mil postos formais, calculou Bentes, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. Mas a CNC está otimista quanto à recuperação do setor até o fim do ano, o que pode render 140 mil novas vagas.

Época Negócios

quinta-feira, 27 de julho de 2017

ECONOMIA

Estoque de crédito da economia cai 0,9% no 1º semestre, informa BC

http://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/1712824.jpeg
Notas de real; estoque de crédito da economia cai 0,9% no 1º semestre

Com a crise econômica, o estoque de crédito da economia, ou seja, tudo o que está emprestado, caiu 0,9% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira (27).A projeção do Banco Central é de uma alta desse estoque de 1% em 2017 —ou seja, a tendência é que esse crescimento aconteça na segunda metade do ano."Essa redução está de acordo com o nível de atividade econômica", afirmou Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central. "O segundo semestre será melhor do que o primeiro. Os dados de junho já mostram um cenário favorável a essa tendência", completou.

 

FOLHA DE S. PAULO

quarta-feira, 19 de julho de 2017

JUSTIÇA

Justiça mantém prisão de 

Eduardo Cunha e Henrique 

Eduardo Alves

O ex-presidente da Câmara dos Deputados está preso há dez meses em Curitiba
O ex-presidente da Câmara dos Deputados está preso há dez meses em Curitiba Foto: Wilson Dias
A Segunda Instância da Justiça Federal em Brasília decidiu nesta terça-feira (18) manter a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A pedido dos advogados de defesa, a liberdade foi julgada pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal (TRF-1), sediado na capital federal.
Cunha está preso há 10 meses na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em função das investigações dos procuradores da Operação Lava Jato. O caso julgado nesta terça-feira envolveu outro mandado de prisão contra Cunha, emitido pelo juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília.
No processo criminal que tramita em Brasília, Cunha é acusado de receber propina em troca de influência a favor de empresas que buscavam liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), vinculado à Caixa Econômica Federal.
Durante o julgamento, a defesa de Cunha alegou que não há motivos para que o ex-deputado continue preso. De acordo com os advogados, não há provas que liguem Cunha aos desvios na Caixa.
Henrique Eduardo Alves também tem pedido de liberdade negado
A Justiça Federal em Brasília também manteve a prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. Ele foi preso no mês passado pela Polícia Federal (PF) em Natal (RN). A ordem de prisão foi decretada pelo juiz federal Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília.
A decisão foi motivada por um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do ex-ministro. No julgamento, por 2 votos a 1, os desembargadores da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) mantiveram a decisão da primeira instância.
Alves é suspeito de participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas, em Natal, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. As fraudes somariam R$ 77 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
O ex-ministro também é investigado por suspeita de ocultar R$ 20 milhões em contas no exterior. Os recursos seriam provenientes da atuação de um grupo liderado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria atuado em fraudes nas vice-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal.
Agência Brasil