quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Quem são e o que dizem os bolsonaristas do Senado contrários à intervenção de Lula?

 POLÍTICO

Oito parlamentares se posicionaram contra o decreto do presidente; veja


Votação no Senado Federal aprovando o decreto de Lula sobre a intervenção no DF aconteceu na manhã desta terça (10). Ao todo, oito senadores votaram contra. (Foto: Getty Images)

Oito senadores votaram, nesta terça-feira (10), contra a intervenção no Distrito Federal decretada pelo presidente Lula (PT) em função dos ataques realizados às sedes dos Três Poderes no último domingo (8).

Os parlamentares são dos partidos Podemos, PSDB, PL e PP e um deles é Flávio Bolsonaro, filho ‘01’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quem votou contra a intervenção federal no DF:

  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

  • Carlos Portinho (PL-RJ)

  • Eduardo Girão (Podemos-CE)

  • Carlos Viana (PL-MG)

  • Luis Carlos Heinze (PP-RS)

  • Zequinha Marinho (PL-PA)

  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)

  • Plinio Valério (PSDB-AM)

O decreto tem força de lei a partir da assinatura do presidente, mas ainda assim precisa da aprovação do Congresso em caráter de urgência. Ontem à noite, a Câmara dos Deputados aprovou a medida, o que fez com que a votação seguisse para o Senado. Participaram da votação 73 dos 81 senadores.

Quais foram os principais motivos?

 A maioria dos senadores contrários ao decreto criticou:

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Quem são e o que dizem os bolsonaristas do Senado contrários à intervenção?

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O senador manifestou desconforto com o nomeado por Lula para o cargo de interventor e disse que não está descartada a hipótese de haver infiltrados nos atos de vandalismo realizados no DF.

“O interventor, que é um jornalista, portanto não entende absolutamente nada de segurança pública [...] Não sei se essa pessoa, ao identificar pessoas que estariam infiltradas e teriam vínculos com partido à esquerda, vai ter isenção suficiente para promover a justiça que nós queremos”.

Carlos Portinho (PL-RJ)

Em discurso, Portinho criticou o fato da área dos Três Poderes estar desguarnecida e disse que “não fará como os colegas do PT” ao apontar de quem é a culpa.

"Se houve omissão, foi uma omissão generalizada. Um próprio colega nosso, em seu tuíte disse que já era sabido. Se já era sabido, o que fizeram as forças nacionais, o que fez o governo? Vocês são governo agora!”, exclamou. “A situação está normalizada. Por mais 15 dias, não vejo a necessidade de se manter um decreto de intervenção federal”.

Eduardo Girão (Podemos-CE)

Girão descreveu a situação no Brasil como uma “verdadeira caçada implacável a opositores” e defendeu que o Senado deve tomar ações para ouvir a “insatisfação da população”, em referência aos manifestantes que não aceitam o resultado das urnas.

“Vejo que o interventor é um jornalista, com todo respeito a sua história, mas qual a capacidade que tem para enfrentar uma situação dessa que já está controlada, inclusive? Eu não vejo efetividade com relação a esse decreto porque a gente tem que avaliar a própria responsabilidade do governo federal”.

Carlos Viana (PL-MG)

O senador disse que “nenhuma tragédia tem apenas uma causa” e que existe hoje um “discurso de hipocrisia contra um determinado lado”. Segundo ele, não é a primeira vez que atos de vandalismo acontecem no DF.

“Prender as pessoas que estavam nos ônibus, nas portas dos quartéis e tratá-las todas como culpadas, isso não é democracia. Eu proponho que façamos uma reflexão sobre todas as causas que levaram a essa tragédia, especialmente a nossa falta de representação popular e melhoremos a nossa imagem diante dos brasileiros com equilíbrio entre os Poderes”, concluiu, em crítica ao ministro Alexandre de Moraes.

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Assim como os demais colegas, Heinze critica a atuação de “ministros do STF” e destaca a insatisfação dos brasileiros e de parte dos senadores com a Casa.

“Eu não estou satisfeito e o povo brasileiro não está satisfeito”, apontou. “Não concordo com o que foi feito, mas quando o MST invadiu em 2013 o Congresso e depredaram, eu vi declarações do ministro Flavio Dino que aquilo eram movimentos democráticos, agora são terroristas. São dois pesos e duas medidas”.

Zequinha Marinho (PL-PA)

O parlamentar relembra que a situação aconteceu em outros momentos no Brasil, mas nunca foi tratada como “terrorismo”.

“Quem são os culpados, é só o governo do DF? Com certeza não. Se a ABIN se manifestou 48h antes, todo mundo já sabia, o governo sabia, o gabinete de segurança sabia, os ministros sabiam, assim como o governo do DF sabia. Por que só um tem que ficar suspenso do mandato e tem que haver intervenção federal? Vamos ter que dividir essa culpa com todos”.

Plinio Valério (PSDB-AM)

Nas redes sociais, o senador afirmou que votou contra a intervenção por ser “inconstitucional”, apesar da medida estar prevista na Constituição.

“E colocaram como interventor pessoa sem nenhuma experiência em segurança. Abomino os atos de violência, mas sou contra perseguição de inocentes que estão sem água e comida”.

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

Também nas redes sociais, Valentim afirmou que há “estados em situação pior de desordem pública, como o Rio Grande do Norte” e que merecem mais a intervenção do que o DF.

“Aqui sim deveria [ter] uma atenção especial do Governo Federal para combater a criminalidade, que assola nosso estado, atrapalha o turismo, desvaloriza os imóveis, desvaloriza bairros, que tiram empregos e vidas. Isso sim deveria ter uma intervenção, porque o governo é totalmente inoperante”, afirmou.


FONTE: YAHOO NOTÍCIAS



Entidades internacionais de advocacia repudiam ataques em Brasília

UNIÃO DE CLASSE

Obras e esculturas históricas foram destruídas em ato antidemocrático bolsonarista no domingo (8) Reprodução/Twitter

Os episódios de invasão e depredação dos prédios dos três poderes em Brasília por bolsonaristas apoiadores de um golpe levaram entidades internacionais de advocacia a manifestar repúdio pelos atos criminosos. Até esta quarta-feira (11/1), ao menos três associações tinham divulgado notas a respeito do ocorrido.

A Federação dos Advogados da Língua Portuguesa, com sede em Lisboa, e e seu Observatório do Estado de Direito registraram "apreensão e repúdio diante dos atos de violência e depredação que atingiram as sedes dos três Poderes constitucionais do Brasil".

"Essa inadmissível agressão caracteriza ato de sedição e agressão à democracia e ao Estado de Direito, que o conjunto das instituições, com apoio da sociedade civil, tem o dever de preservar, inclusive apurando responsabilidades, seja por ação, inspiração ou omissão, em todos os níveis", afirma a manifestação.

Também divulgou um posicionamento a Union Internationale des Avocats (UIA), que tem membros em 110 países e atua para defender a independência e liberdade de advogados em todo o mundo. Em seu comunicado, a entidade afirma que é necessário "identificar todos os responsáveis por esse ataque injustificável ao Estado de Direito".

Também pede que as autoridades brasileiras "tomem todas as medidas necessárias para prevenir e coibir quaisquer novas ações ilegítimas e não institucionais, de acordo com parâmetros nacionais e internacionais".

Também veio a público o Conselho de Colégios e Ordens de Advogados do Mercosul (Coadem), que reúne entidades representativas de classe da Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. O conselho apoiou a declaração divulgada pela OAB para repudiar "a invasão dos edifícios púbicos e o ataque aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário do Brasil, que representam um ataque à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito desse país".


FONTE: ConJur


Múcio nega renúncia e diz ser completamente falsa saída citada por Janones

 POLÍTICA

O comunicado foi feito pelo Ministério da Defesa por meio de nota.

Múcio chegou a dizer na semana passada que acampamentos bolsonaristas eram 'democráticos' Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


"O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, informa que não pediu renúncia do cargo. É completamente falsa a informação que circula nas Redes Sociais."

Em publicação ontem no Twitter, o deputado federal André Janones (Avante) disse que o chefe da Defesa entregaria sua carta de renúncia "nas próximas horas". O parlamentar teve papel importante na comunicação da campanha de Lula nas eleições presidenciais. No último domingo (8), quando foram registrados os atos bolsonaristas que destruíram a Praça dos Três Poderes, Múcio disse que não é mais possível "aturar" os acampamentos golpistas em frente aos quartéis-generais do Exército.

"Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso." José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, em entrevista à TV Globo.


Na semana passada, ao tomar posse, Múcio afimou que tinha amigos nos acampamentos e que as manifestações eram democráticas. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, Lula avaliou que o ministro errou ao chamar atos golpistas de "democráticos".

Do UOL, em São Paulo


Número de presos em atos de vandalismo em Brasília chega a 670

 BRASIL

Confira os nomes dos envolvidos

      Terroristas rendidos pela polícia após depredarem o Congresso e o STF Imagem: Reprodução


A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal atualizou hoje a lista de pessoas presas após os atos de terrorismo contra os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).
A versão mais recente da lista, atualizada na manhã desta quarta-feira (11), apresenta 670 nomes. Ao todo, 418 homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória II e 252 mulheres, à Penitenciária Feminina do DF. O número de presos deve aumentar. Na Academia Nacional de Polícia, há centenas de pessoas detidas que estão passando por uma triagem da Polícia federal para serem liberadas ou presas por envolvimento na depredação.


Veja nomes:


Fonte: UOL




Metaverso da Apple pode entrar no ar em 2023; saiba como investir

 NEGÓCIOS

Reprodução/Pixabay

29 de junho de 2007. Você conhece essa data? Para quem é fissurado na Apple (AAPL34) sabe que essa data foi o lançamento do primeiro iPhone. Apesar de ser revolucionário, este não foi o primeiro smartphone lançado no mercado, mas foi o que impactou o modo de se comunicar por meio de um celular. 

Essa não foi a primeira vez que a Apple entrou atrasada em um grande produto e nem será a última. Inclusive, essa é uma característica da empresa da maçã: de demorar a entrar em um mercado, mas quando entra o transforma. Pelo menos essa é a expectativa do mercado dos analistas do mercado com o possível lançamento do metaverso da Apple em 2023.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, a companhia deve apresentar, no 2TRI23, Reality Pro, antes da conferência anual dos desenvolvedores agendada para junho. Este dispositivo é um headset de realidade aumentada e virtual. Junto com o produto, a expectativa é que seja anunciado o metaverso da Apple. 


 Headset “Reality Pro” da Apple com base em vazamentos
Reprodução/Ian Zelbo

Já a comercialização do Reality Pro deve ser feita a partir de novembro, no fim do outono dos Estados Unidos. Ele deverá ter o novo sistema operacional xrOS e contará com um campo de visão de 120 graus. 

O equipamento seria a principal novidade da Apple para 2023. Olha que o ano deverá ser recheado de novidades com atualizações nas linhas de produtos da empresa, como os MacBooks, o Apple Watch e os iPads.

Apesar disso, alguns analistas em tecnologia sinalizam que o lançamento do Reality Pro pode prejudicar o desenvolvimento e lançamento de novos produtos, como iPads com telas maiores e o HomePod, semelhante ao Echo Dot equipado com Alexa da Amazon (AMZO34).

De acordo com o portal The Information, o Reality Pro deve custar cerca de US$ 3 mil, cerca de R$ 15.673,20, nos Estados Unido e será destinado para segmentos da educação. Uma das premissas do produto será a oferta de experiências de realidade virtual, por meio de uma parceria comercial e de um mecanismo batizado de Unity.

Em meio a tudo isso, a Apple já estaria trabalhando em uma versão atualizada do aplicativo da Apple Store, a loja de aplicativos da companhia, com a adição de recursos de realidade aumentada. Logo, essas funções poderiam ser ativadas pelos consumidores nas lojas físicas da empresa da maçã.

  • Como investir na Apple?

É possível investir na Apple comprando ações via corretora nos Estados Unidos. O ticker da ação é AAPL e a empresa é listada na Nasdaq.

Também é possível expor sua carteira à Apple via fundos.

Mas os investidores brasileiros ainda podem ter acesso também aos chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Apple: (AAPL34).

Eles são ativos que representam ações de empresas estrangeiras. No Brasil, investidores pessoas físicas, não-qualificados, podem investir em BDRs.

Quem adquire um BDR está, indiretamente, participando de uma empresa no exterior. E terá direito aos dividendos distribuídos pela companhia lá fora.

Funciona mais ou menos como um fundo de investimento. O investidor não vira o dono da ação, portanto não é sócio da empresa em questão.

Para comercializar um BDR, a instituição emissora do papel adquire várias ações de empresas estrangeiras. Depois monta um “pacote” e vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas.

Fonte: Eu quero invetir


Bolsonaro deixa hospital nos EUA e planeja retorno para o Brasil

POLÍTICA

Bolsonaro deu entrada no AdventHealth Celebration, um hospital com 220 leitos, localizado nas mediações de Orlando. - FOTO: Reprodução do Twitter / @jairbolsonaro



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou, na tarde de hoje, o hospital AdventHealth Celebration, em Orlando, nos Estados Unidos. Segundo interlocutores do político consultados pelo UOL, ele planeja antecipar o retorno ao Brasil. Bolsonaro deixou o hospital por vontade própria.

Contra decisão de médicos dos EUA. Um dos motivos que teria motivado a saída voluntária de Bolsonaro do AdventHealth é que ele prefere ficar sob os cuidados do cirurgião Antônio Luiz Macedo, médico que o acompanha desde a facada sofrida durante a campanha de 2018.


Desde o incidente, o ex-presidente esteve internado em hospitais em algumas ocasiões para realizar cirurgias e exames.
6 de setembro de 2018: realizou operação de urgência após ser atacado por uma facada de Adélio Bispo em ato de campanha.
 12 de setembro de 2018: passou por nova cirurgia de emergência por complicação causada pela aderência das paredes do intestino
 28 de janeiro de 2019: submeteu-se a uma nova cirurgia para retirada da bolsa de colostomia 
8 de setembro de 2019: fez nova cirurgia para correção de uma hérnia incisional na região da área atingida pela facada 
25 de setembro de 2020: retirada de cálculo na bexiga
14 de julho de 2021: ficou quatro dias internado no hospital Vila Nova Star para tratamento de uma obstrução intestinal 
03 de janeiro de 2022: ficou três dias internado para tratamento de obstrução intestinal após ingerir um camarão sem mastigar durante férias em Santa Catarina
 28 de março de 2022: ficou um dia internado para tratar um desconforto abdominal. Houve suspeita de nova obstrução intestinal, o que acabou não se confirmando

fonte: UOL

Peru lamenta número crescente de mortes de manifestantes e governo busca voto de confiança

 MUNDO

Primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola
Neste artigo:

LIMA (Reuters) - Um período de luto de três dias começou na região sul do Peru nesta terça-feira, depois que mais 17 pessoas foram mortas no dia mais violento de protestos desde que as manifestações começaram em dezembro contra a deposição do ex-presidente Pedro Castillo.

O período de luto, na região sudeste de Puno, ocorre enquanto o primeiro-ministro do país, Alberto Otárola, deve comparecer ao Congresso dominado pela oposição, buscando um voto de confiança em seu gabinete -uma exigência constitucional para liderar um novo governo.

Otárola lamentou as mortes na noite de segunda-feira e disse que a agitação foi causada por ataques organizados financiados por dinheiro sujo, em um dia em que pelo menos 68 civis e 75 policiais ficaram feridos, segundo a ouvidoria local.

Os protestos deixaram um total de 39 mortos até agora em diferentes partes do país.

As autoridades pediram aos promotores na segunda-feira que iniciem investigações contra os responsáveis.

Os manifestantes continuam exigindo a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, mudanças constitucionais e a libertação de Castillo.

Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado por "rebelião" após tentar fechar o Congresso, acusação que ele nega.

Imagens da mídia local mostraram saques de comércios em Puno na noite de segunda-feira e o aeroporto de Juliaca, na região, permanecia fechado nesta terça-feira.

(Reportagem de Marco Aquino)


FONTE:

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Estado brasileiro tem culpa por incidentes de Brasília, diz Marco Aurélio

 BRASIL

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello culpou o Estado brasileiro pelos atos terroristas praticados neste domingo (8/1) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que invadiram e depredaram o prédio do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Para Marco Aurélio, Bolsonaro não tem culpa pelos incidentes de Brasília
Nelson Jr./STF

De acordo com o magistrado, que se disse "estarrecido" com os fatos, o Estado deveria ter feito um trabalho de prevenção para evitar os incidentes de Brasília.

"Estou estarrecido e a única indagação que faço é: onde esteve o Estado que não previu isso e não tomou as providências cabíveis? Refiro-me ao Estado como um grande todo, não apenas ao governo do Distrito Federal. É algo impensável ter o STF depredado, ter o Congresso Nacional depredado, como ocorreu. Vamos fechar o Brasil para balanço", disse Marco Aurélio em entrevista ao jornal O Globo.

Para o ministro aposentado do Supremo, a versão brasileira da invasão ao Capitólio (prédio do Congresso dos Estados Unidos) por apoiadores de Donald Trump foi muito mais grave do que o ato original, ocorrido em janeiro de 2021.

"Não lembra o Capitólio porque foi muito pior do que houve no Capitólio. Lá teve resistência. E a repercussão internacional aqui é péssima. A insegurança jurídica é total para o Brasil. O que o investidor estrangeiro vai pensar disso aqui? Que é uma república das bananas", disse o magistrado, que não culpou Bolsonaro pelo terrorismo praticado por seus seguidores. "Os responsáveis estão no Brasil, no território nacional, considerando as forças repressivas, as Forças Armadas. Bolsonaro não tem o domínio dessas forças que estão na rua. Ele não tem culpa, está a quantos quilômetros daqui?".

Até mesmo o Supremo, uma das vítimas da fúria bolsonarista, tem responsabilidade pelo que ocorreu, na opinião de Marco Aurélio.

"Falhou todo mundo, e começou a falha no próprio STF, quando ressuscitaram politicamente o ex-presidente Lula, dando o dito pelo não dito, quando enterraram a 'lava jato', quando declararam a suspeição do Sergio Moro, que veio a ser resgatado politicamente pelo estado do Paraná. O que começa errado, nós aprendemos quando garotos, não acaba bem."


Consultor Jurídico


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Detran-DF lança o primeiro Leilão Público de veículos e sucatas do ano de 2023

 DF

Serão leiloados 943 veículos entre sucatas e conservados. Tem BMW com lance a partir de 11 mil reais


Foto: Reprodução


 

 

(Brasília, 2/1/2023) O Núcleo de Leilões do Departamento de Trânsito do Distrito Federal informa que, o primeiro Leilão Público do ano de 2023 acontecerá nos dias 16 e 17 de janeiro de 2023, exclusivamente na modalidade on-line, pelo site do leiloeiro oficial: www.flexleiloes.com.br. Ao todo, serão leiloados 943 veículos. Na segunda-feira (16), serão vendidos os 726 veículos do tipo sucata, e no dia seguinte, dia 17/1,  serão os 216 aptos a circular. O edital completo do Leilão nº 1/2023, com os anexos e todas as informações, está devidamente publicado no site da autarquia e pode ser acessado pelo linkhttp://www.detran.df.gov.br/leiloes-realizados/.

 

Visitação

Os veículos poderão ser examinados de segunda a sexta-feira, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, das 8h30 às 17h30, em horário ininterrupto. Os veículos estão expostos no Pátio da Flexleilões, localizado no STRC Sul Trecho 02, Conjunto B Lote 02/03 (próximo ao Detran do SIA).
Destaques
Entre os destaques do leilão de veículos do Detran-DF está uma BMW 320I Active Flex, ano 2016, com lance inicial de R$ 11 mil. Outro que chama a atenção é um Hyundai Santa Fé V6, ano 2014, avaliado em R$ 10 mil. E tem também uma Mercedes Benz C180K, ano 2010 com lance a partir de R$ 6 mil.

Balanço 2022

 

O Detran-DF, no ano de 2022, realizou cinco Leilões Públicos, com o total de 4.607 veículos, sendo 1.295 aptos a circulação e 3.312 sucatas.

Em 10 anos, entre 2012 e 2022 tivemos um total de 9.192 veículos habilitados a circular e 41.283 sucatas vendidos em Leilão Público.

 

Quantidade de Veículos Vendidos em Leilão entre 2012 e 2022 

ANO 

CIRCULAÇÃO 

SUCATA 

TOTAL 

2012

557

2.753

3.310

2013

403

1.594

1.997

2014

433

4.353

4.786

2015

617

3.397

4.014

2016

676

3.889

4.565

2017

813

4.727

5.540

2018

326

3.496

3.822

2019

1.057

6.043

7.100

2020

1.415

3.360

4.775

2021

1.600

4.359

5.959

2022

1.295

3.312

4.607

Total em 10 anos 

9.192 

41.283 

50.475 

 


Por Adriana Serra/Ascom Detran-DF


Sessão para votação do decreto de intervenção no DF deve acontecer amanhã

POLÍTICA

Pedro França/Agência Senado

Os senadores seguem reunidos para discutir medidas relacionadas à recuperação dos danos, contenção do terrorismo e punição dos responsáveis pelos atos golpistas deste domingo em Brasília. A sessão do Congresso destinada a votar o decreto do presidente Lula, de intervenção no Distrito Federal, deve ocorrer nesta terça (10).

Por Paula Groba/ Rádio Senado


Governo reforça policiamento no Entorno do DF e desmobiliza acampamentos

BRASIL

Governador Ronaldo Caiado definiu estratégia em reunião com cúpula da Secretaria de Segurança Pública, em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (09/01)


O governador Ronaldo Caiado afirmou, na manhã desta segunda-feira (09/01), que o policiamento segue reforçado na região do Entorno do DF, sendo esta uma das ações do governo goiano contra atos antidemocráticos registrados em Brasília no último domingo (08/01). O chefe do Executivo estadual interrompeu licença médica e retornou a Goiânia para tratar pessoalmente do assunto, iniciando a agenda do dia em reunião com o secretário de Segurança Pública Renato Brum, e com os chefes da Polícia Militar, coronel André Henrique Avelar, e da Polícia Civil, delegado Alexandre Lourenço.

"Recebi um telefonema do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e consultei meu secretário e os comandantes das forças de segurança. O Batalhão de Choque da região do Entorno do Distrito Federal está de prontidão. A continuidade das mobilizações para a capital federal dependerá das medidas a serem tomadas", afirmou Caiado, que colocou tropas à disposição para o envio à Brasília, caso haja sinalização nesse sentido pelo governo federal.

Também estiveram presentes na reunião, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela; o diretor-geral de Administração Penitenciária (Dgap), Josimar Pires Nicolau do Nascimento, e o chefe do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), coronel Pablo Frazão, entre outras autoridades.

"Toda área que for de responsabilidade do Governo de Goiás será esvaziada"

Na oportunidade, Caiado reforçou posicionamento contrário aos atos de vandalismo e violência registrados nas sedes dos Três Poderes, na capital federal. "Seguimos atentos a quaisquer distúrbios que possam acontecer. Não podemos, de maneira alguma, admitir que resultado de eleição possa dar margem a esse tipo de atitude que vimos. As ações de Goiás vêm em conformidade com aquilo que sempre zelei e sempre fiz compromisso: manter as regras democráticas", afirmou.

Questionado sobre medidas para desmobilização de acampamentos montados por radicais no estado, o governador reforçou que "toda área que for de responsabilidade do Governo de Goiás será esvaziada". O governo também realiza articulação, junto ao Exército Brasileiro, para que o mesmo seja feito nas áreas de quartéis, como no Jardim Guanabara, em Goiânia.

Fonte: Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás



Acampamento bolsonarista no Distrito Federal é desocupado e 1,2 mil são presos

BRASÍLIA

PM e Exército cercam acampamento bolsonarista em Brasília Foto: Amanda Perobelli



 O acampamento bolsonarista no Distrito Federal está sendo desocupado nesta segunda-feira (9/1), depois da invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto no dia anterior. Segundo o Ministério da Justiça, 1,2 mil pessoas foram presas e conduzidas à Polícia Federal.


Na noite de domingo (8/1), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que cerca de 40 ônibus que levaram os bolsonaristas ao DF foram apreendidos e que os financiadores dos veículos já foram identificados.  

Segundo o ministro, sua pasta vai atuar a partir de quatro prioridades: restabelecer a ordem pública; prender em flagrante os envolvidos; apreender ônibus; e identificar todos os financiadores. 

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, 12 jornalistas foram agredidos durante os atos de domingo. 

Na madrugada desta segunda, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 24 horas para a polícia desocupar os acampamentos. Ele também afastou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por causa da falta de repressão aos manifestantes. 

Exército e Polícia Militar começaram a cumprir a ordem pela manhã. Cerca de 40 ônibus levaram os bolsonaristas para a superintendência da Polícia Federal. Parte dos extremistas fugiu quando o cerco começou. Outros observaram e pediram para permanecer nas intermediações dos quartéis. Um homem foi retirado algemado depois de resistir. 

Barbárie
Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde do domingo o prédio do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e promoveu um quebra-quebra nos locais.

O plenário do STF foi destruído pelos terroristas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes terroristas, que revidaram com rojões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção na segurança pública do DF por causa dos atos não reprimidos em Brasília. O decreto foi lido por ele em um pronunciamento em que condenou a atuação dos vândalos.

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 9 de janeiro de 2023, 10h36

Moraes proíbe a entrada de ônibus com manifestantes no DF

BRASIL
Foto: Reprodução/ Internet

Ônibus e caminhões com manifestantes estão proibidos de ingressar no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. A decisão faz parte de rol de medidas tomadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após a invasão e vandalização de prédios públicos nesse domingo (8). As medidas foram publicadas na madrugada desta segunda-feira (9).

Moraes determinou também a apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os vândalos para o Distrito Federal. Segundo a decisão, os proprietários deverão ser identificados e ouvidos em 48 horas, apresentando a relação e identificação de todos os passageiros.

Redes sociais

Diante da destruição provocada em Brasília e da viralização das imagens em perfis bolsonaristas, Alexandre de Moraes também deu duas horas para que Facebook, TikTok e Twitter bloqueassem ao menos 18 perfis ligados às invasões. O não cumprimento da decisão implica em multa diária de R$ 100 mil.

Governador do DF

A mesma decisão de Moraes determinou o afastamento por 90 dias do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha sob a justificativa de descaso de omissão. A vice, Celina Leão, assume o Executivo local nesse período.


Por Agência Brasil