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sábado, 3 de fevereiro de 2018

Vendas no comércio paulistano sobem 4,7% em janeiro

ECONOMIA SP


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FOTO: REPRODUÇÃO ABC MAIS 

As vendas no comércio da capital paulista cresceram em média 4,7% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgado hoje (2). Esse foi o nono mês seguido de alta e a primeira vez que janeiro registra resultado positivo desde 2014. As vendas a prazo aumentaram 6,8% e as à vista, 2,5%.
“O resultado é animador e ajuda a recuperar a perda de janeiro de 2017, quando o movimento caiu 5%. Percebemos uma melhora no desempenho de vestuários, calçados e adereços, provocada pela elevação das temperaturas”, disse o economista da ACSP Marcel Solimeo.
Segundo a entidade, a tendência para os próximos meses é de crescimentos similares ao de janeiro. No entanto, o desempenho pode ser afetado, segundo a ACSP, pela votação da reforma da  Previdência,
mudanças na política econômica norte-americana e a corrida eleitoral brasileira, que poderão alterar o humor dos mercados, o câmbio e os juros futuros, e ter reflexos nas vendas, principalmente nas a prazo.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Aeroporto de Guarulhos é considerado o melhor do país em sua categoria

BRASIL

São Paulo - O Aeroporto Internacional de São Paulo foi apontado como o melhor aeroporto do Brasil na categoria acima de 15 milhões de passageiros por ano, de acordo com Relatório de Desempenho Operacional dos Aeropo
Concessionária tem investido na melhoria das operações para ampliar movimento Rovena Rosa/Agência Brasil















O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos e administrado pela GRU Airport, foi apontado como o melhor aeroporto do Brasil na categoria acima de 15 milhões de passageiros por ano, de acordo com Relatório de Desempenho Operacional dos Aeroportos, realizado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) referente ao quarto trimestre de 2017.
Em uma escala de 1 a 5, o aeroporto ficou com a nota de 4,43, com base em 37 indicadores que medem qual o nível de satisfação dos passageiros. Os itens apontam desde a qualidade nas informações dos painéis e a oferta de estrutura comercial para os usuários, até quesitos como tempo de fila para check-in e cordialidade dos funcionários.
De acordo com a concessionária GRU Airport, nos últimos cinco anos foram realizadas melhorias para aumentar o conforto e a agilidade no embarque e desembarque dos usuários, como a construção de um terceiro terminal de passageiros; a modernização do Terminal 2, que acrescentou 23 mil metros quadrados (m²) de área operacional (check-in, raio-X, controle de passaporte e restituição de bagagem); e ampliação da quantidade de lojas e restaurantes, passando de 100 opções em 2013 para cerca de 270 em 2017.
O diretor de operações da GRU Airport, Miguel Dau, destacou a construção do Centro de Controle de Operações (CCO) como uma ferramenta importante para que o aeroporto – que recebe 40 milhões de passageiros por ano e 250 mil por dia – alcançasse a posição de destaque no ranking. “Isso aqui é quase uma cidade, dentro de um espaço de 14 quilômetros. Eu tenho que ter um centro de controle que consolida todas as informações a respeito do que acontece dentro desse aeroporto e que dali sejam emanadas informações para manutenção da operação, que vai desde as aeronaves até acidente de passageiro, atropelamento na via, trânsito na Rodovia Hélio Smidt, trânsito na [rodovia Presidente] Dutra [vias de acesso ao aeroporto] que vai afetar aqui o aeroporto, tudo isso é tratado lá dentro”.
Há também um centro de operações de emergência, que é acionado quando o CCO identifica um episódio de crise. “Quando você vive uma crise, como a gente já viveu aqui, ela é transferida para esta sala e existe um plano de emergência a ser executado. Há uma equipe previamente definida [para esses casos]. O centro de operações de emergência aciona esse plano em função da emergência que surja: pode ser ameaça de bomba, ameaça de sequestro, uma doença grave a bordo de uma aeronave – como a gente já viveu de ebola”, disse.
Essa equipe específica, quando acionada, trata do evento isoladamente, deixando que o CCO continue cuidando da operação normal do aeroporto. “Essa é a finalidade dessa estrutura e aí você tem por trás disso toda uma tecnologia de câmeras, de automatismo, que facilitam a tomada de decisão e a operação. Essa tecnologia veio facilitar a vida do aeroporto”, explicou o diretor. O aeroporto conta com cerca de duas mil câmeras que monitoram a operação das aeronaves e a segurança dos diversos espaços.
De acordo com a empresa concessionária, a meta é realizar novas obras para atingir, até o final da concessão em 2032, a capacidade para receber mais de 60 milhões de passageiros por ano e melhorar na avaliação feita por usuários e passageiros. Entre as obras previstas estão um novo pátio de aeronaves, com planejamento para 2019, e o novo píer – onde ficam os portões de embarque – no Terminal 3, para 2021.
Gestão compartilhada
A melhoria nas operações no aeroporto de Guarulhos é fruto da gestão compartilhada, chamada de A-CDM (Airport Colaborative Decision Making), em que as decisões mais importantes são tomadas em conjunto, com a participação da concessionária e de empresas aéreas e de varejo (restaurantes e lojas) localizadas dentro dos saguões.
“Administramos o aeroporto dentro de uma filosofia colaborativa", afirmou Dau, explicando que as duas principais companhias aéreas, que correspondem a 70% do movimento do aeroporto, já se engajaram na parceria. "Se debatem todos os índices estatísticos operacionais dela [empresa] e do aeroporto de maneira que não se apontem dedos, mas se procure encontrar soluções para os problemas" de ambas, completou.
Sistema de informações
A reportagem da Agência Brasil conversou com usuários e pessoas que trabalham nas lojas e restaurantes do aeroporto. O brasileiro Douglas William, 29 anos, mora atualmente na Nova Zelândia e utiliza normalmente o aeroporto de Guarulhos e o de Porto Alegre quando vem ao país visitar a família. Para ele, faltam funcionários para dar informações no saguão da GRU Airport, para facilitar a vida do usuário, já que o local é muito grande.
“[É] meio desorganizado, pouca informação, porque eu comparo com o lugar de onde venho. Os aeroportos de lá [Nova Zelândia] têm bastante informação, guichê de informações, muitas pessoas para auxiliar se você está perdido. E lá é mais ou menos a metade do tamanho desse aeroporto. Esse aeroporto é muito grande é meio complicado se achar”, disse o passageiro, que acha mais fácil se localizar no aeroporto da capital gaúcha. “Porto Alegre também é menor que esse e é muito mais fácil de encontrar, tem até muitos guichês de informações, você pode perguntar para as pessoas que eles te informam certinho para onde você vai. Aqui tem bastante placa, mas, mesmo assim, eu achei bem confuso”.
Um vendedor de uma das lojas, Gabriel, de 24 anos (que não quis dar seu sobrenome), trabalha há seis anos no aeroporto. Ele elogiou a expansão, a estrutura do local e a variedade de restaurantes. “Desde que comecei a trabalhar aqui, o aeroporto sempre esteve em crescimento. Quando eu vim trabalhar para cá, só existia [até] o Terminal 2. O Terminal 3 foi aberto nesse período, então teve muito crescimento tanto de estrutura quanto de pessoas, de comunicação e teve uma grande melhoria”.
No entanto, ele acredita que a parte de informações ainda precisa melhorar. “O que ainda falta? Eu acredito que seja a parte da administradora mesmo, que é de informações, não de comunicação, de placas, mas de pessoas. A gente sente bastante carência nisso, principalmente quando nós, que trabalhamos aqui no aeroporto, somos abordados diretamente por pessoas perguntando 'onde fica o embarque?' ou 'onde eu despacho?'”, disse.
Para o diretor de operações, Miguel Dau, a tendência é que o sistema de informações ao passageiro seja cada vez mais automatizado, sem uma equipe de pessoas, “que o sistema [de informação] permita que a pessoa leia as informações que estão disponíveis nas paredes, nas áreas, quaisquer que sejam, e dali consigam se identificar e seguir, como qualquer aeroporto do mundo”, disse.
Dau admitiu que o o sistema de informação ao passageiro, chamado de way finding,  é um processo muito dinâmico, que envolve por exemplo a informação de placa sinalizando para onde ele deve ir e os painéis de TV apresentando as informações de voo. “O aeroporto é como se fosse uma cidade e ela está fazendo reformas: são lojas que aparecem, são ampliações que você é obrigado a fazer e isso começa a modificar o layout e, por consequência, você é obrigado a repaginar a sinalização daquela região. É um processo contínuo em que estamos perseguindo o ótimo. Sabemos que não atingimos esse 'ótimo', consideramos que estamos no nível bom”, acrescentou.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cadastro em posto de saúde é arma antifraude

FEBRE AMARELA 
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Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

Equipes de agentes de saúde da Prefeitura de São Paulo começaram na tarde de terça-feira, 23, a distribuir senhas para vacinação da febre amarela. Na região da UBS Carlos Gentile, na Cidade Tiradentes, zona leste, a distribuição foi feita por sete equipes que paravam em casas e prédios da região.
A família do auxiliar de escritório Jame Cleyton Ferreira foi uma das primeiras a receber uma das senhas. Ele, a mulher e os dois filhos receberam senhas numeradas com a data e o horário em que deveriam comparecer à UBS. “Nós vamos todos no dia 25 na parte de manhã. Foi bom porque é feriado e não vamos trabalhar”, diz Ferreira.
De acordo com a agente Cátia Aparecida da Silva, o controle de senhas distribuídas em cada casa é baseado no número de moradores cadastrados por família no respectivo posto. Segundo as equipes, a maioria dos agentes mora na região e isso dificulta qualquer tipo de fraude. “Se um morador não está cadastrado no posto, mas vive lá, nós damos a senha.”
A artesã Maria de Lourdes Yamamoto recebeu a visita da equipe da Prefeitura, mas preferiu retirar a senha no posto de saúde. Por tomar remédio de uso contínuo, ela vai passar por uma avaliação médica antes de tomar a dose. Mesmo assim, retirou senhas para o filho, a nora e o neto. A expectativa da UBS Carlos Gentile é distribuir 1,5 mil senhas por dia de campanha. As informações são do jornal

 O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

BRASIL

Febre amarela: Postos de saúde da Zona Norte de SP terão atendimento no feriado

Segundo a Prefeitura, 37 UBS que integram a campanha vão funcionar em esquema especial entre esta quinta (2) e domingo (5); 465,5 mil pessoas já foram vacinadas.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Zona Norte de São Paulo irão funcionar em esquema especial entre esta quinta-feira (2) e domingo (5). S
egundo a Secretaria Municipal de Saúde, 37 postos ficarão abertos das 8h às 14h nesta quinta-feira (2) e no domingo (5). Na sexta-feira (3) e no sábado (4), o atendimento ocorrerá das 8h às 17h. A partir de segunda-feira (6), as unidades retomam o atendimento normal, das 7 às 19 horas.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A VACINAÇÃO 
Ainda de acordo com a pasta, a ação preventiva aplicou 465.575 doses da vacina até esta terça-feira (31). A meta neste início de campanha é vacinar 500 mil moradores da região do entorno dos parques do Horto, Cantareira e Anhanguera.
A ação preventiva teve início em 21 de outubro após um macaco do tipo Bugio ter sido encontrado morto no Parque do Horto, e os exames laboratoriais das amostras do primata terem confirmado a presença do vírus da doença. Até o momento, foram confirmadas três mortes de macaco por febre amarela no município. 15 Parques foram fechados por tempo indeterminado como medida preventiva.
A gestão municipal afirma que os casos confirmados são de febre amarela silvestre, que é transmitida através da picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, comuns em área de matas e vegetações à beira dos rios. A proliferação urbana da doença tem como vetor o Aedes aegypti, e não é registrado desse tipo de transmissão no Brasil desde 1942.
Com a confirmação para febre amarela em um sagui encontrado morto no Parque Anhanguera, as ações nesta região foram ampliadas para outros distritos, como Perus e Jaraguá, concomitantemente às do entorno dos parques do Horto Florestal e Parque Estadual da Cantareira.
A vacinação contra a febre amarela na Zona Norte seguirá até que todo o público-alvo esteja imunizado e as ações de rotina seguirão nas unidades que normalmente já realizam vacinação para a febre amarela.

G1 SP

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

SAÚDE

Saúde faz bloqueio após morcegos 

com raiva serem achados em 2 

bairros de Campinas

Em Barão Geraldo foram encontrados seis morcegos com raiva | Arquivo/Metro
Saúde faz bloqueio após morcegos com raiva serem achados em 2 bairros de Campinas
Por Metro Jornal Campinas
A Secretaria de Saúde de Campinas (interior de São Paulo) está fazendo ações de bloqueio contra a raiva no distrito de Barão Geraldo e no Parque Santa Bárbara. Em Barão foram encontrados seis morcegos com o vírus da raiva, em diferentes pontos: na Unicamp, Cidade Universitária II, Jardim Aruã e no bairro Village. Já na área do Parque Santa Bárbara foi encontrado um morcego com raiva. O trabalho vai até o dia 12 de setembro.

De acordo com a Saúde, as equipes dos centros de saúde orientam sobre a doença e tem ainda a incumbência de levantar o número de cães e gatos existentes em cada imóvel visitado e verificar as carteirinhas de vacinação.

Os moradores são orientados sobre o que fazer ao encontrar um morcego com comportamento anormal, caído no chão, voando durante o dia ou pendurado em local não habitual e que receba incidência direta de raios solares. A primeira medida é afastar crianças e animais da área e acionar a Unidade de Vigilância de Zoonoses pelo telefone (19) 3245-1219, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Fora destes horários, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, que funciona 24 horas.

Visitas

Em Barão Geraldo serão visitados mais de quatro mil imóveis. O trabalho começou nesta semana e segue até o dia 12 de setembro. Já no Parque Santa Bárbara, a ação começa hoje e vai até sexta-feira. Para facilitar o trabalho dos funcionários da Saúde, é importante que os moradores das áreas visitadas deixem as carteirinhas dos cães e gatos separadas para que fique mais fácil apresentá-las no momento da abordagem dos agentes de saúde e controle ambiental.
METRO 


sábado, 12 de agosto de 2017

POLÍTICA

Temer se reúne com Tasso em SP e pede apoio do PSDB a reformas

Presidente precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados que compõem a Câmara


Temer se reúne com Tasso em SP e pede apoio do PSDB a reformas


O presidente Michel Temer se reuniu nesta sexta-feira (11) em São Paulo com o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), para pedir o voto dos tucanos na aprovação da agenda de reformas do governo. Temer precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados que compõem a Câmara para fazer avançar a principal bandeira de sua gestão: as mudanças no sistema previdenciário.

Com baixíssima popularidade e alvo de denúncia por corrupção passiva -barrada pela Câmara na semana passada-, Temer tenta retomar as discussões para aprovar a reforma da Previdência no Congresso e manter o apoio do mercado e do empresariado.

A reunião com Tasso, que já defendeu publicamente o desembarque dos tucanos da base do governo, aconteceu na casa do empresário Abílio Diniz. Segundo aliados do presidente, Tasso afirmou que o PSDB vai apoiar as reformas do presidente.

A aposta do Planalto é conquistar o apoio da ala dissidente do PSDB. A bancada do partido na Câmara, com 47 deputados, dividiu-se na votação que barrou a denúncia contra Temer: foram 21 votos contra e 22 a favor do presidente, além de quatro abstenções.

Agora, Temer tenta angariar todos os votos para as reformas, que ainda sofrem resistência mesmo entre integrantes da base do governo. Parlamentares não querem arcar com o ônus de aprovar medidas impopulares às vésperas do ano eleitoral.

Nas últimas semanas, Temer tem conversado frequentemente com Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB e que defende a manutenção da sigla na base do governo -o partido tem quatro ministérios. O segundo movimento do peemedebista, portanto, foi se aproximar do grupo de tucanos, ligado a Tasso, que está descontente com o apoio da legenda ao Planalto.

ACORDO TUCANO

Após um mal estar entre as principais lideranças do PSDB, Tasso e Aécio conversaram na semana passada e decidiram diminuir o tom de crítica ao governo em um acordo costurado com chancela do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Com a tratativa, todos ganharam. Aécio conseguiu adiar para o fim do ano a escolha da nova direção nacional do partido, enquanto Tasso se manteve na presidência da sigla, com o compromisso de baixar o tom contra Temer. Alckmin, por sua vez, de olho na candidatura presidencial de 2018, ganhou a promessa de que o pré-candidato tucano ao Planalto será anunciado no fim do ano.

A data é importante para Alckmin porque seu principal rival -e afilhado político- dentro do PSDB é o prefeito da capital paulista, João Doria, que teria que anunciar o desejo de concorrer à Presidência em seu primeiro ano de mandato como prefeito. 


Com informações da Folhapress.  

sábado, 5 de agosto de 2017

AGRICULTURA



Safra do morango está no pico da colheita em Jarinu 

Safra do morango está em alta em Jarinu (Foto: TV TEM)

O morango encanta pela beleza e pelo sabor. Melhor ainda é experimentar em época de safra. O pico da colheita em Jarinu (SP) é nesta época do ano.
Mas para ter uma boa safra, o produtor tem que planejar tudo com antecedência. O técnico agropecuário Lélio Moura diz que a preparação ideal deve começar cerca de um ano antes.
Apesar de ser a última etapa do processo, a colheita não é menos importante. Saber o momento certo de retirar a fruta do pé pode definir se todo o esforço valeu ou não a pena.
Rafael Maziero faz parte da terceira geração de produtores de morango da família, em Jarinu. E ele explica que a hora certa de colher é quando a fruta apresenta de 70% a 75% de maturação.
Em Jarinu, o morango começou a ser colhido em meados de junho. No total, são cerca de 1,2 milhões de pés. A produtividade por planta chega a 600 gramas. Essa é a média que se espera para que haja lucro. Em muitos sítios da cidade, a safra vai até dezembro. Até lá, os preços vão oscilar conforme a oferta.
Para conseguir um resultado melhor, alguns produtores apostam em embalagens diferenciadas. É o caso de João Vicente de Souza. 
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Município é um dos principais produtores da fruta em São Paulo. A produtividade de cada planta chega a 600 gramas.



Este ano, a roça dele conta com cerca de 110 mil pés. As frutas maiores vão pra caixas especiais, o que acaba dando retorno um pouco melhor.


Nosso Campo, TV TEM

BRASIL

Frio deve permanecer em SP durante o final de semana


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Temperaturas caíram em todo Estado e atingiram marcas abaixo de 10ºC FOTO: REPRODUÇÃO



 E o frio voltou a São Paulo. Nesta sexta-feira (4), as temperaturas caíram em todas as regiões do Estado e, em algumas áreas, foram registradas marcas abaixo de 10ºC. Na capital paulista, segundo a empresa Climatempo, a sensação térmica era de apenas 11ºC às 13 horas no Aeroporto de Congonhas, zona sul da cidade.
De acordo com a Climatempo, a queda da temperatura é consequência da falta de sol e da presença de uma massa de ar polar sobre a Grande São Paulo. A previsão é de que o frio persista e que a noite desta sexta seja ainda mais gelada do que a anterior.
O fim de semana, segundo a Climatempo, será frio na Região Metropolitana de São Paulo. O céu deve ficar nublado, com garoa no sábado. Já no domingo, o sol deve aparecer ao longo da manhã e a temperatura sobe um pouco, podendo chegar à máxima de 20°C.
A manhã da segunda-feira (7), deverá registrar temperatura abaixo de 10°C, com possibilidade de novo recorde de frio. O recorde atual é 7,9°C no dia 19 de julho, segundo medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A previsão é de que o frio permaneça também no litoral de São Paulo. O mar deve ficar agitado no sábado, mas a previsão é de que as ondas diminuam no decorrer do dia.
Nesta sexta, os ventos fortes e a elevação da maré causaram transtornos no litoral paulista desde as primeiras horas da manhã. A travessia de balsas entre São Sebastião e Ilhabela foi suspensa e vias tiveram de ser interditadas em Santos.

Agência Estado/ ESTADÃO CONTEÚDO

quinta-feira, 20 de julho de 2017

POLÍTICA


BRASIL PRODUZIRÁ EQUIPAMENTOS DE RADIOTERAPIA A PARTIR 
DE 2018, DIZ MINISTRO



O Brasil deverá passar a produzir, a partir de fevereiro do ano que vem, equipamentos de radioterapia no país. A previsão foi dada hoje (20) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou da entrega de um equipamento de radioterapia no Hospital Universitário de Brasília (HUB) . “Isso vai baratear o custo de manutenção, que hoje é em dólares, com técnicos vindos do exterior e peças vindas do exterior. Teremos técnicos no Brasil e peças com preço em moeda nacional para a manutenção desses aparelhos”.
O Ministério da Saúde e a empresa Varian Medical Systems iniciaram em março de 2016, em Jundiaí (SP), a construção da primeira fábrica de aceleradores lineares da América Latina. Quando foi anunciado, em 2015, a previsão era que a fabrica entrasse em funcionamento no até o final de 2018.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil. Os aceleradores lineares são usados para tratamento de pacientes com câncer.
Demanda
De acordo com a pasta, em 2016 foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e papanicolau. Em 2017, desde janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos.
A demanda, no entanto, é crescente. Somente no Distrito Federal, a fila para ter acesso à radioterapia é de mais de 800 pacientes, o que é “acima do razoável”, segundo o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena Pereira da Fonseca.
Por lei, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.
“Esperamos avançar muito rapidamente na oferta de serviços até para cumprir a Lei dos 60 dias, que não temos podido cumprir por falta de infraestrutura”, diz o ministro. “Mas estamos avançando o mais rápido que podemos para poder ofertar às pessoas mais serviços e serviços mais perto das pessoas, possibilitando novas instalações onde o cidadão viaje menos para ser atendido”.
Radioterapia em Brasília
Com a construção do bunker, espaço destinado para instalação do aparelho, e a aquisição do acelerador linear, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 4,3 milhões no HUB. Este será o segundo acelerador linear do hospital, que atenderá exclusivamente pacientes do SUS no Distrito Federal. O acelerador tem capacidade para realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano, ampliando o atendimento em até 25%. Após a conclusão da obra e início da operação do equipamento, a pasta deve repassar verba de custeio anual de R$ 1,8 milhão à unidade.
O equipamento integra o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, que desde 2014 que previa a instalação de 80 aparelhos em todo o país. A pasta ampliou esse número para 100 equipamentos.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL

segunda-feira, 17 de julho de 2017

CASO ISABELLA NARDONI

Justiça autoriza madrasta de 

Isabella Nardoni a ir para regime 

semiaberto


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Anna Carolina Jatobá  no dia em que foi presa  em  2008. Agora Com benefício, ela poderá deixar a unidade para as saídas temporárias. Na foto o esposo  Alexandre Nardoni, que também foi preso  na mesma época Foto:Reprodução



A Justiça concedeu nesta segunda-feira (17) progressão de regime à detenta Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni. Com a decisão, a presa vai cumprir a pena no semiaberto e terá direito de deixar a penitenciária cinco vezes ao ano para as saídas temporárias. Anna Carolina está presa em Tremembé (SP) desde 2008.

Além disso, no regime mais brando, ela poderá deixar a prisão diariamente para trabalhar, desde que retorne todas as noites para dormir no local.

A progressão foi concedida pela juíza Sueli Zeraik, da 1º Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. A decisão será encaminhada para a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ainda nesta segunda.

Após a notificação, a presa deve ser transferida para a ala que abriga presas do semiaberto, onde está Suzane von Richtofen, condenada pela morte dos pais.

A expectativa é que Anna Carolina deixe a prisão pela primeira vez em agosto, na saída temporária de Dia das Crianças.

O advogado da presa, Roberto Podval, foi procurado para comentar o assunto, no escritório de advocacia e no celular, mas não atendeu as ligações até a última atualização desta reportagem.

Pedido


A progressão da detenta do regime fechado para o semiaberto foi um pedido da defesa de Jatobá, feito em abril deste ano. Nele, a defesa de presa afirmava que ela já tinha direito ao benefício por ter cumprido o tempo mínimo exigido para mudar de regime e bom comportamento prisional.

No último mês, após receber o resultado de um exame criminológico e favorável à progressão da detenta e documentos com detalhes de rotina dela em que constavam elogios dos diretores e funcionários da penitenciária, o Ministério Público foi favorável a concessão do semiaberto à Anna Carolina e encaminhou o processo para a decisão da juíza.

"Vale dizer que a gravidade do crime e suas consequências, por mais nefastas e repugnantes que sejam, não podem prevalecer", diz trecho do parecer do promotor Luiz Marcelo Negrini.


Na decisão, a juíza destacou que a mudança de regime é mum mecanismo facilitador para ressocialização da presa. "Embora se trate de regime prisional mais brando, ainda é bastante vigiado e possibilita a observação de evolução da detenta e seu retorno gradativo à sociedade", diz trecho do documento.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou por email, no fim da tarde desta segunda, que já solicitou a remoção de Anna Carolina para a ala de progressão da penitenciária.

Planos


O parecer de uma equipe técnica, que produziu em junho laudos psicológico e psiquiátrico, apontou, sobre o comportamento da detenta que 'a possibilidade de reincidência é nula'.

Aos especialistas, Jatobá afirmou ser inocente e disse desejar que a verdade sobre o caso apareça. Ela afirma ainda ter aprendido a ser paciente durante os nove anos em que esteve reclusa.

Questionada sobre seus projetos de vida, disse planejar após ter a liberdade definitiva buscar apoio dos familiares, manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni, - que também está preso em Tremembé- fazer um curso de moda e abrir um ateliê de costura.

"Quero estar com meus filhos. Vou morar em São Paulo ou uma cidade do litoral, trabalhar e tentar viver minha vida. Gostaria que um dia minha vida pudesse voltar ao normal. Gostaria de desenvolver o meu lado espiritual e ajudar as pessoas", disse. Anna e Alexandre Nardoni têm dois filhos, de 10 e 12 anos.

De acordo com o psiquiatra que fez a avaliação, ela assimilou a gravidade do ocorrido, possui valores éticos e morais e é capaz de manter controle sobre sua agressividade e perspectiva de vida. 

G1


METEOROLOGIA

São Paulo se prepara para frio 

intenso e chuva

Depois de uma semana de tempo quente e seco, uma frente fria muda o tempo em São Paulo e a segunda quinzena de julho começa com chuva e queda de temperatura.
Foto: Climatempo
Na semana passada, o forte bloqueio atmosférico favoreceu a ocorrência de dias ensolarados e secos. Em muitas cidades paulistas, a umidade relativa do ar ficou abaixo de 30%, principalmente no fim de semana. No último domingo (16), o calor e a secura do ar aumentaram por influência dos ventos de quadrante norte. Na Baixada Santista, a base aérea do Guarujá registrou 31ºC e umidade de apenas 19% às 15h. Na capital, a máxima foi de 25ºC e a umidade caiu para 31%.

Mudanças começam nesta segunda

Mas o tempo começa a mudar no estado já nesta segunda-feira (17). Uma frente fria que está entrando pelo centro-sul do Brasil começa a avançar pelo oeste de São Paulo, deixando o tempo fechado e provocando queda de temperatura. Ao longo do dia, as nuvens aumentam no centro-sul e leste paulistas, inclusive na capital. Na noite desta segunda-feira, há previsão de chuva fraca para essas regiões.
No entanto, a virada do tempo vai acontecer na terça-feira (18). É quando a frente fria passa pelo estado e muda a direção dos ventos, que passam a soprar do quadrante sul/sudeste e trazem ar frio e úmido do mar para o continente. A temperatura sofre acentuado declínio em todas as regiões do estado. A chuva não vem para todo mundo; ela fica mais restrita ao leste e sul paulistas e quase todo o interior continua sem chuva, mesmo com o aumento das nuvens e da umidade. Mas o frio será sentido na capital, no litoral e também no interior. O mapa abaixo mostra a projeção de temperatura máxima do modelo GFS para a terça-feira.

Frio intenso à vista

Na terça-feira, 18, muitas cidades terão temperatura invertida. Isso acontece quando a maior temperatura do dia (que normalmente acontece à tarde) é registrada na madrugada, e a menor temperatura do dia (que normalmente acontece no começo da manhã) é registrada à noite. Durante a terça-feira, além da queda da temperatura, o vento frio e a chuva (para as áreas do leste e sul) vão ajudar a aumentar a sensação de frio. A temperatura vai variar pouco ao longo do dia. É possível que tenhamos alguns recordes de frio. Na capital, a previsão é de temperatura entre 10ºC e 15ºC (lembrando que teremos temperatura invertida). A menor temperatura mínima registrada neste ano na estação oficial do INMET é de 8,6ºC no dia 5 de julho, e a menor temperatura máxima é de 16ºC no dia 03 de julho.

Mar agitado

Além da queda de temperatura, essa frente fria também vai trazer agitação marítima. Na terça-feira, 18, o mar sobe em São Paulo e as ondas podem ficar entre 2,5m e 3,0m na praia, mas podem passar de 4,0m em mar aberto.
Fonte: Climatempo

ACIDENTE DA TAM

Após 10 anos, ninguém foi punido 

por acidente da TAM em SP


Acidente com avião da TAM no aeroporto de Congonhas completa 10 anos
Acidente com avião da TAM no aeroporto de Congonhas completa 10 anos Foto: Agência Brasil


Passados dez anos, ninguém foi condenado pelo acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007. Nesses anos, o caso foi julgado pela primeira e segunda instâncias da Justiça Federal e todos os denunciados pelo Ministério Público Federal foram absolvidos. Nesses dez anos, a TAM se juntou à empresa aérea chilena LAN, fusão que ocorreu no dia 5 de maio de 2016, e virou Latam Airlines, ou somente Latam como está estampado em suas aeronaves.

O acidente foi investigado por três órgãos. Um deles, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, que concluiu que uma série de fatores contribuíram para o acidente. O relatório do Cenipa constatou, entre vários pontos, que os pilotos movimentaram, sem perceber, um dos manetes para a posição idle (ponto morto) e deixaram o outro em posição climb (subir). O sistema de computadores da aeronave entendeu que os pilotos queriam arremeter (subir).

O documento também relata que não havia um aviso sonoro para advertir os pilotos sobre a falha no posicionamento dos manetes e que o treinamento dos pilotos era falho: a formação teórica dos pilotos, pelo que se apurou na época, usava apenas cursos interativos em computador. Outro problema apontado é que o co-piloto, embora tivesse grande experiência, tinha poucas horas de voo em aviões do modelo A320, e que não foi normatizada, na época, a proibição em Congonhas de pousos com o reverso (freio aerodinâmico) inoperante, o que impediria o pouso do avião nessas condições em situação de pista molhada.
A Latam Airlines negou que houvesse falhas no treinamento dos pilotos. "O programa de treinamento da companhia já se encontrava dentro do previsto e conforme regulamentações do setor, inclusive com conteúdo e carga horária conforme padrões mundiais", informou. Segundo a Latam, tanto o treinamento quanto os procedimentos dos pilotos são feitos conforme padrões mundiais de segurança e norteados pelos manuais do fabricante e aprovados pelas autoridades do país de origem e órgãos reguladores.
O Cenipa, no entanto, não é um órgão de punição, mas de prevenção. Ele não aponta culpados, mas as causas do acidente. O relatório sobre o acidente, portanto, dá informações e 83 recomendações para que tragédias como essa não se repitam. O relatório feito pela Aeronáutica contribuiu para outras duas investigações, feitas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, que levaram, no entanto, a conclusões bem diferentes sobre os culpados.
O caso foi investigado inicialmente pela Polícia Civil, que decidiu indiciar dez pessoas pelo acidente, entre elas funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da companhia aérea TAM. Após o indiciamento policial, o processo foi levado ao promotor Mário Luiz Sarrubbo, do Ministério Público Estadual, que incluiu mais um nome e denunciou 11 pessoas pelo acidente.
 "O acidente poderia e deveria ter sido evitado. A aeronave, com o reverso inoperante, não poderia pousar naquela pista naquela circunstância", disse o promotor.O processo em âmbito estadual agradou às famílias das vítimas. "O processo, como foi feito pelo Dr. Sarrubbo, achei que foi muito bem feito. Apontou gente da Anac, Infraero e TAM. Se não me engano, ele fez uma menção contra a Airbus por não colocar como mandatório aquele dispositivo de segurança [o aviso sonoro sobre o posicionamento dos manetes]", disse Dario Scott, pai de Thais, que morreu no acidente.
Por meio de nota, a Infraero informou que "não falhou". "Restou comprovado, pelo Cenipa, que não houve falha do administrador na liberação da pista. O acidente envolvendo o A320 da TAM foi rigorosamente investigado, conforme Relatório Final da Investigação. As conclusões dispostas no referido documento não apontam a pista como fator contribuinte ao acidente", diz o órgão. A empresa disse ainda que chegou a prestar esclarecimentos à Justiça e que, no decorrer da ação, a empresa foi excluída do processo.
A denúncia do promotor não foi levada à Justiça estadual. O processo foi remetido ao Ministério Público Federal porque, no entendimento do promotor, o caso se tratava de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, competência federal.
"Em dado momento, na nossa investigação, detectamos que havia muitas questões envolvendo a empresa aérea, o nível de segurança, erros em cadeia que resultaram nos erros fatais cometidos na cabine e, evidentemente, uma sequência anterior envolvendo a empresa, a Anac, a Infraero. Havia também problemas na pista, da falta de grooving. Então era muito mais uma questão sistêmica do que isolada. Quando concluímos a investigação estadual, me manifestei que havia indícios de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo e pedi a remessa dos autos para a Justiça Federal, ou seja, para o Ministério Público Federal", disse Sarrubbo.
Por se tratar de um acidente aéreo, o caso também foi investigado pela Polícia Federal, que finalizou sua investigação decidindo culpar apenas os dois pilotos, Kleyber Lima e Henrique Stefanini Di Sacco, pela tragédia. O inquérito da Polícia Federal se transformou em denúncia e, nesse documento, que foi aceito pela Justiça, o procurador Rodrigo de Grandis decidiu, ao contrário do indiciamento da Polícia Federal, denunciar três pessoas pelo acidente.
"Obviamente os pilotos não conseguiram parar a aeronave e têm responsabilidade. Foram mal treinados ou o que for, não sei, mas infelizmente eles não estão aqui para se defender. Mas é muito simplista eu falar na responsabilidade deles. Isso é cômodo para a TAM, a Anac, a Airbus, a Infraero e não satisfaz os familiares", disse Dario Scott.
Justiça Federal
A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Farjeman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro foram denunciados pelo Ministério Público por "atentado contra a segurança de transporte aéreo", na modalidade culposa. Eles foram absolvidos pela Justiça de primeira instância e também pelo Tribunal Regional Federal.
Os três viraram réus e foram julgados pelo juiz Márcio Assad Guardia, da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo que, em 2015, absolveu-os. Para o juiz, eles não agiram com dolo (intenção).
"[Eles] não praticaram o crime de exposição de aeronave a perigo previsto no Artigo 261 e do Código Penal, seja porque as condutas a eles atribuídas não correspondem à figura típica abstratamente prevista na norma [ausência de subsunção do fato ao tipo], seja porque não se encontram no desdobramento causal - normativo ou naturalístico - do resultado", diz o juiz na sentença. "De acordo com as premissas apresentadas pelo órgão acusatório [MPF], seria possível imputar a responsabilidade penal pelo sinistro ocorrido em 17 de julho de 2007 a um contingente imensurável de indivíduos, notadamente pela quantidade e pelo grau de desvirtuamento apresentados no curso do processo". No mês passado, o TRF manteve a decisão de primeira instância e a absolvição dos réus.
Apesar da demora e da absolvição dos réus nas instâncias iniciais, as famílias ainda acreditam em condenação. "A esperança é que esse quadro seja revertido. Para nós, familiares, essas três pessoas que são réus no processo criminal, tem responsabilidade por expor a aeronave a risco. O que a gente espera é que isso [a absolvição] se reverta e tenha uma punição. Tem que ter", ressaltou Dario Scott.
"Essa questão, eu digo para as famílias, não terminou. Tenho convicção de que a Justiça ainda dará uma resposta ao recurso pendente de apreciação. Tenho a firme convicção de que nós teremos uma resposta positiva da Justiça com a responsabilização penal daqueles que atuaram, eu insisto, não dolosamente, mas daqueles que colaboraram para esse tipo de evento", disse Sarrubbo.
"Continuo entendendo que, na realidade, quando o avião se chocou com o prédio da TAM, ali não foi o início da tragédia. Ali foi o fim da tragédia. O início da tragédia foi a autorização do pouso [no aeroporto de Congonhas]. Essa autorização, nas circunstâncias da pista, nas circunstâncias do avião, naquele momento chuvoso, com pista escorregadia, o avião com o reverso pinado, voo lotadíssimo, não deveria ocorrer. Algumas pessoas deveriam garantir que isso não ocorresse e terminaram não cumprindo com seus deveres", disse o advogado da família, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão, que era Secretário de Segurança Pública de São Paulo na época do acidente.
De acordo com o advogado, "a luta continua". "Se ainda tivermos recursos para as cortes superiores, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, continuaremos lutando porque estamos lutando em nome da memória de 199 pessoas mortas. E também estamos lutando para que o Brasil, alertado por essa tragédia, trabalhe incessantemente para que ela não mais ocorra."
Histórico
Eram aproximadamente 18h48 do dia 17 de julho de 2007 quando o Airbus A 320 da TAM, que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista estava molhada e, por causa de uma reforma recente, não tinha grooving (ranhuras, que facilitam a frenagem do avião). De acordo com as investigações, por um erro no posicionamento dos manetes, que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor, a aeronave não parou. Um dos manetes estava na posição de ponto morto (idle), mas o outro em posição de aceleração.
O airbus atravessou a pista, passou sobre a Avenida Washington Luís e bateu num prédio de cargas da própria companhia, provocando a morte de 199 pessoas.
A situação da pista gerava, segundo investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, uma certa preocupação e desconforto para os pilotos que tinham que pousar em Congonhas, principalmente quando chovia, como era o caso do dia do acidente.
Além disso, segundo o relatório do Cenipa, que investigou todas as causas do acidente e apontou uma série de recomendações para prevenir futuros acidentes, outro problema foi que o avião operava com um reverso (sistema de freio aerodinâmico do motor) desativado (pinado), o que exigiria mais pista para parar a aeronave.O advogado que defende as famílias também espera pela reforma da sentença nas instâncias superiores e na punição aos culpados pelo acidente.
Fonte: Terra