As construções foram feitas sobre o rio Ponte Alta e o córrego Maracanã
A cerimônia de inauguração, neste sábado (3/2), contou com a presença do governador Rodrigo Rollemberg e o diretor da Novacap Júlio Menegotto FOTO:Dênio Simões/Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou duas pontes para atender as pessoas que circulam entre o Jardim Serra Dourada, em Santo Antônio do Descoberto, e o Gama. A cerimônia aconteceu neste sábado (3/2), com a participação do governador Rodrigo Rollemberg.
As construções foram feitas sobre o rio Ponte Alta e o córrego Maracanã – nas vicinais 381 e 383, respectivamente. As licitações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) contaram com um investimento de R$ 1,03 milhões do Tesouro. Anteriormente, a previsão era que o total chegasse a cerca de R$ 977 mil.
Ainda que a inauguração oficial tenha acontecido neste dia 3, o fluxo de veículos nas novas edificações vinha acontecendo desde dezembro do ano passado.
O grupo de trabalho criado para investigar a milionária conta de água do Estádio Nacional Mané Garrincha concluiu que uma ligação indevida, ainda na época da construção da arena, resultou no consumo excessivo no mês de junho. Em
entrevista coletiva, equipe do governo de Brasília explica fatores que
levaram ao consumo excessivo de água no Mané Garrincha. Foto: Pedro
Ventura/Agência Brasília.Acredita-se que, na
fase de edificação do estádio, os responsáveis pela obra ficaram
receosos de que as chuvas não fossem suficientes para encher os quatro
reservatórios de água bruta. Cada um deles tem capacidade para armazenar
350 mil litros, destinados à irrigação do gramado e ao combate a
incêndios. Uma ligação e um registro não previstos na planta
hidráulica do estádio foram instalados excepcionalmente para fazer o
bombeamento do reservatório de água potável para os quatro de água
bruta. A adaptação deveria ter sido removida logo após o enchimento dos quatro tanques, o que não ocorreu.
"É um episódio grave e lamentável, sobretudo neste momento de escassez hídrica. Vamos apurar com todo rigor"Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil
Em
fevereiro deste ano, o registro foi aberto por alguém indevidamente, o
que levou ao transporte de água potável para os quatro reservatórios
superiores não tratados, situados no segundo andar do Mané Garrincha. Os equipamentos transbordaram, e a água passou a escorrer por três meses pela rede pluvial. Em
coletiva na tarde desta terça-feira (25), no Palácio do Buriti, o chefe
da Casa Civil, Sérgio Sampaio, disse ter determinado a abertura de uma
sindicância para apurar de quem foi a responsabilidade pelo dano. A investigação será conduzida pela Controladoria-Geral do DF.
“É um episódio grave e lamentável, sobretudo neste momento de escassez
hídrica na nossa cidade. Não descartamos nenhuma hipótese e vamos apurar
com todo rigor”, disse Sampaio. Uma comissão foi criada pelo governo
na quarta-feira (19) para apurar o que fez a conta de água e esgoto da
arena chegar a R$ 2,2 milhões em junho, valor 67 vezes superior à média
dos meses de março, abril e maio de 2017: R$ 37 mil. Integraram sua composição técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Conta caiu pela metade porque só parte da água desperdiçada era tratada
O consumo apurado pela Caesb, responsável pela emissão da fatura, foi calculado em 94 milhões de litros. Como
nem toda água perdida recebeu tratamento da Caesb, a empresa retirou a
taxa de esgoto, o que fez a conta a ser paga pela Terracap —
administradora do estádio — cair pela metade: R$ 1,15 milhão. O
gasto excessivo só não foi identificado antes porque os servidores da
Caesb, por três vezes, não conseguiram acessar o estádio para fazer a
leitura do hidrômetro. Um protocolo estabelece que, quando isso ocorre, a Caesb pode emitir a fatura baseando-se na média dos últimos meses. A
Terracap e a Caesb se comprometeram a melhorar a comunicação com
relação aos portões usados para o acesso de servidores ao estádio.
Brasília terá uma força-tarefa para analisar processos de licenciamento ambiental de obras de utilidade pública e de interesse social. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF desta segunda-feira (17), por meio do Decreto nº 38.334, que institui o grupo.
Coordenada pelo Ibram, a força-tarefa receberá suporte administrativo para funcionar durante dois anos
“Essa força-tarefa foi criada com o objetivo de diminuir o tempo gasto em processos para programas como oHabita Brasília, conforme está listado no decreto”, explicou o superintendente de Licenciamento do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Antônio Barreto. Coordenado
pela autarquia, o grupo de análise receberá suporte administrativo para
funcionar durante dois anos. Além disso, o Ibram será responsável pela
organização dos integrantes. Serão 11 titulares e 11 suplentes,
com formação em geologia, arquitetura, biologia ou em engenharia civil,
ambiental, florestal ou agronômica. Os membros devem ser indicados, até
22 de julho, pelos seguintes órgãos públicos:
Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap)
Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab)
Companhia Energética de Brasília (CEB)
Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb)
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF)
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF)
Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
Secretaria de Gestão do Território e Habitação
Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos
As análises da força-tarefa serão feitas com a seguinte ordem de prioridade:
Parcelamento de solo inseridos no Habita Brasília
Licenciamento de obras de infraestrutura e saneamento
Parcelamento de solo para aprovação de projeto urbanístico
Renovação de licença de operação
Emissão de licença de operação
Emissão de licença de instalação
O que é o licenciamento ambiental
O
licenciamento ambiental é uma permissão do governo para projetos que
fazem uso de recursos naturais. “O interessado tem de comprovar a
viabilidade do empreendimento por meio de estudos ambientais, com base
em leis e normas”, explica o superintendente Antônio Barreto. Mas
as licenças não valem apenas para projetos futuros. “Em caso de
parcelamento de solo, numa cidade que já está instalada, a gente faz a
adequação ambiental. Ela também vale para atividades que funcionam sem
licença ou com ela vencida.”
São três tipos de licença. A prévia, que autoriza a concepção de um
projeto em determinada localização. Para iniciar a obra, é preciso ter a
licença de instalação. Com a de operação, o empreendimento pode
funcionar. Além dessas, há a licença simplificada, que vale pelas
três, e a autorização ambiental — permissão temporária de atividade que
possa causar degradação ao meio ambiente.
Em
média, valor da fatura do Mané Garrincha gira em torno de R$ 37 mil.
Não foi identificado vazamento, diz estatal responsável pelas contas,
que cobrou relatório para apurar aumento. Foto: Reprodução Shopping ID
Estatal responsável pela gestão dos imóveis do governo do Distrito
Federal, a Terracap cobrou da Companhia de Saneamento (Caesb) um
relatório detalhado para explicar por que a conta de água do Estádio
Mané Garrincha subiu 5.959% de um mês para o outro. A fatura passou de
R$ 37,4 mil para R$ 2,26 milhões de maio para junho.
"A Caesb, Terracap e Novacap já fizeram diversas vistorias no estádio e
não identificaram nenhum vazamento que justificasse o valor
desproporcional cobrado em junho. A Terracap aguarda um relatório da
Caesb sobre o fato para se posicionar a respeito da conta."
Segundo a companhia, que faz a gestão dos terrenos do governo do
Distrito Federal, a média de consumo no estádio é de 1,42 milhão de
litros – por um valor de cerca de R$ 37 mil ao mês. Em junho, no
entanto, o volume consumido subiu para 94,2 milhões de litros, segundo a
medição do hidrômetro.
A Caesb informou ao G1 que o relatório solicitado deve ser enviado para a Terracap nesta quarta-feira.
Fonte: G1
Valores dos últimos meses
Abril/2017 - R$ 37.119,72
Maio/2017 - R$ 37.410,12
Junho/2017 - R$ 2.266.757,00
Julho/2017 - R$ 37.000
A Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer informou que durante o mês de
maio (conta de água cobrada em junho), o Mané Garrincha foi sede de
quatro eventos. De janeiro a julho foram 22 jogos de futebol, um
campeonato de Rugby e 21 eventos como congressos, shows e corrida
noturna.