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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Enade 2019: dos 11 cursos com notas máximas no DF, 10 são da UnB

 EDUCAÇÃO

Apenas a Universidade de Brasília e a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) obtiveram nota 5

CRÉDITO IMAGEM: TRIPADVISOR


Das 21 instituições de ensino superior do Distrito Federal que participaram do Enade 2019, apenas a Universidade de Brasília (UnB) e a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) tiveram cursos com a nota máxima. Foram 11 cursos que obtiveram nota 5 no exame, 10 deles da UnB.

Os cursos que gabaritaram o teste na universidade foram o de arquitetura e urbanismo, tanto as turmas do turno integral quanto do noturno, enfermagem, engenharias ambiental, civil, de produção e mecânica, além de farmácia, nutrição e odontologia. Pela ESCS, enfermagem também obteve o conceito máximo.

Divulgadas na manhã desta terça-feira (20/10), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as notas reforçam a posição da UnB como uma das melhores instituições do país.

Explicando o Enade

O Enade é uma das avaliações que compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituído em 2014. O objetivo do teste é aferir o desempenho dos estudantes em relação a conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.

Seu ciclo avaliativo tem três anos, com a divisão dos cursos de acordo com sua área e modalidade (bacharelado, licenciatura e de tecnologia). Ao todo, são 23 áreas de conhecimento avaliadas a nível de bacharel e licenciado, e seis para cursos superiores de tecnologia, totalizando 29 cursos de nível superior.

Com 40 questões, o Enade é composto por duas partes: formação geral e componente específico. O componente específico, que conta com 30 questões, equivale a 75% da nota do exame, que varia de 0 a 5. Dessa forma, a nota atribuída às instituições de ensino superior é a soma das médias ponderadas obtidas por seus alunos tanto nos componentes específicos quanto na formação geral.

Em 2019, o Enade aferiu conhecimentos de alunos que concluíam o bacharelado em engenharia; arquitetura e urbanismo; ciências agrárias; ciências da saúde e áreas afins, além daqueles de cursos superiores de tecnologia das áreas de ambiente e saúde; produção alimentícia; recursos naturais; militar e segurança. Essas áreas voltarão a ser avaliadas em 2022.

Inscreveram-se no certame 435.469 estudantes. Desses, 391.863 realizaram o exame. Do total de alunos que fizeram a prova, 76% são de instituições privadas de ensino e 95% de cursos presenciais.

Ainda segundo as estatísticas divulgadas, o Enade avaliou 1.225 instituições (85% privadas) e 8.368 cursos (76% de universidades privadas).

No ano passado, 15 das 17 graduações avaliadas ficaram com nota 5. Outras duas tiveram nota 4. Serviço social (diurno e noturno); turismo; ciências econômicas; relações internacionais, administração, direito (diurno e noturno), ciências contáveis (diurno e noturno); psicologia; desing – projeto do produto; desing programação visual; publicidade e propaganda e jornalismo foram as graduações com nota máxima no último Enade.

FONTE: METRÓPOLES/ ÁLVARO COUTO

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

DF

Projeto da UnB doa prótese facial a pessoas mutiladas no DF; veja como são feitas

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Professora Aline Úrsula (à direita) auxilia estudantes na confecção das próteses faciais (Foto: Marília Marques/G1)

Estudantes de odontologia da Universidade de Brasília (UnB) estão ajudando pacientes mutilados e de baixa renda do Distrito Federal a retomar a autoestima e a qualidade de vida. Capitaneados por uma professora da instituição, eles produzem e distribuem, gratuitamente, próteses de nariz, olho, lábios e orelhas artificiais.

As peças são fabricadas no próprio Hospital Universitário de Brasília (HUB), moldadas para cada rosto (veja vídeo acima). Nas imagens, o estudante do segundo semestre de odontologia Manfredo Rodrigues, 19 anos, mostrou ao G1 como é produzida uma prótese ocular.

Os atendimentos começaram em 2005 com uma única voluntária, a professora Aline Úrsula. Formada em odontologia, a profissional teve de viajar até São Paulo para fazer a especialização em prótese dentária e implantodontia.

Ao retornar a Brasília, Aline decidiu aplicar as novas técnicas aprendidas em pessoas que não podiam pagar pelas peças. Atualmente o projeto de reabilitação de pacientes mutilados conta com 35 voluntários, entre estudantes, residentes e dentistas graduados.

“Nosso objetivo é atender a pacientes mutilados. Tentamos dar qualidade de vida a pessoas que talvez não teriam, se ainda estivessem com a mutilação à vista.”

Peças artesanais



Como o projeto não tem parceria com centros públicos de tecnologia – para a aquisição de uma impressora 3D, por exemplo –, as próteses são feitas em silicone, manualmente, pelos próprios estudantes. A professora dá suporte e acompanha cada fabricação. 
No gesso, os voluntários moldam o rosto do paciente. Com as mãos e a ajuda de instrumentos próprios, a região mutilada vai ganhando uma nova forma, feita inicialmente com cera aquecida.
As peças são testadas nos pacientes e, quando adaptadas ao rosto, seguem para a fase definitiva de confecção, em silicone ou acrílico. O trabalho é minucioso.
“Fazemos uma caracterização para deixar mais próxima do real, depois cobrimos com acrílico transparente e fica pronta para entregarmos ao paciente.”

Vida nova


O olho de acrílico que estava em fabricação no vídeo feito pelo G1 será entregue a Luiz Felipe Araújo, de 6 anos. A criança nasceu com o olho atrofiado e, quando completou nove meses de vida, recebeu a primeira prótese dos voluntários do HUB. À medida que Luiz Felipe cresce, a peça vai sendo substituída.

O garoto disse não se importar com a condição. No departamento de saúde bucal do HUB, enquanto esperava pela confecção do olho artificial, Luiz Felipe contou ao G1 sobre os sonhos para a vida adulta.

“Quero ser policial de trânsito. É uma boa profissão.”

Se tivessem que pagar pela prótese, os familiares de Luiz Felipe teriam que desembolsar de R$ 5 mil a R$ 9 mil a cada troca de tamanho. Não há uma estimativa exata de quantas atualizações são necessárias. 
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Luiz Felipe, 6 anos, usa prótese ocular desde os 9 meses. (Foto: Marília Marques/G1)

Autoestima


Há 9 anos, a dona de casa Rosilene Silva foi diagnosticada com um carcinoma (tipo de câncer) no olho, que se espalhou por todo lado direito da face. Para conter o avanço da doença, ainda em 2008, os médicos precisaram retirar o olho, a sobrancelha e a maçã do rosto da paciente.

Após a cirurgia, ela passou a utilizar um tampão, com gaze e esparadrapo, para esconder as partes mutiladas. Sem ter coragem de sair de casa, Rosilene desenvolveu depressão e parou de se olhar no espelho. "A gente fica com a autoestima baixa", disse ao G1.

“Fico muito isolada e sinto tristeza. Pensar que terei a prótese está levantando a minha autoestima. Quando eu receber, pretendo voltar a trabalhar e sair mais.”

A dona de casa vive em Brasília com um salário mínimo, fruto da pensão pela morte do marido. Segundo Rosilene, uma pesquisa feita em outros centros de saúde indicou que a prótese, na rede privada, custaria de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Um valor que Rosilene não tem condições de pagar. 

Devido ao projeto, em poucas semanas, a paciente deve receber a peça artificial gratuitamente. Feita de silicone, a peça está em fase de confecção há quase seis meses. Nessa parte do trabalho, os voluntários tentam reproduzir, com perfeição, os detalhes do rosto: veias, pigmentação da pele, cor dos olhos e cílios.  


“Eu fico toda empolgada no dia de vir para cá, porque sei que daqui a alguns dias terei a prótese. Agora eu estou com a autoestima até altinha.”

Atendimento gratuito


A reabilitação de pacientes mutilados é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita. Para ser atendido no HUB, o interessado deve, incialmente, buscar o atendimento na rede pública de saúde do Distrito Federal.

A indicação para o tratamento com próteses é feita, obrigatoriamente, por alguma unidade pública de saúde do DF, que encaminha o paciente ao HUB, via sistema de regulação.

No Hospital Universitário de Brasília a equipe realiza, em média, 20 atendimentos por semana. Cada paciente retorna de 3 a 4 vezes para dar continuidade ao processo.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde para saber quantos atendimentos oficiais são feitos nesse setor e qual é a fila de espera por uma prótese facial – para além da ação dos voluntários. Até a publicação desta reportagem, a pasta não tinha enviado resposta. 

G1  DF


 

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO



Jovem é espancado em “Calourada” de alunos da UnB na Asa Norte


Um jovem, de 19 anos, foi espancado após a festa “Calourada”, promovida por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), em um bar localizado na comercial da 408/409 Norte. O Corpo de Bombeiros foi acionado e transportou a vítima para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
De acordo com os bombeiros, o estudante estava com um sangramento no nariz decorrente de uma garrafada que teria levado na cabeça. O universitário estava consciente e estável. Um adolescente, suspeito de cometer a agressão, foi levado para a delegacia e autuado por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal.
A Polícia Militar informou que o local estava com aproximadamente mil pessoas quando as viaturas chegaram para dispersar os estudantes, uma vez que diversas reclamações feitas por moradores já haviam sido registradas no 190.
Região perigosa
O local onde ocorreu a agressão fica a poucos metros da 408 Norte, onde a servidora do Ministério da Cultura, Maria Vanessa Esteves, 55 anos, foi covardemente assassinada com uma facada nas costas na noite desta terça-feira (8/8).
Comerciantes também estão preocupados com a ação de bandidos na região. Eles agem a qualquer hora do dia, armados, ameaçam as vítimas, arrombam os cadeados das grades e entram pelo subsolo das lojas. A tática evita flagrantes de câmeras de segurança nas ruas e não chama atenção da polícia e populares.
Doze horas antes de Maria Vanessa ser morta à facada, o salão de beleza Luiz Cabeleireiro, na 407 Norte, foi alvo de criminosos. De acordo com o dono, Luiz Silva Gonzaga Filho, 49 anos, por volta do meio-dia, dois homens entraram no local com uma arma de fogo e renderam ele e duas funcionárias. A ação foi rápida.
Outro comerciante da 408 contou, em um grupo de WhatsApp, que foi alvo de uma tentativa de assalto um dia antes da morte de Maria Vanessa, que foi vítima de um latrocínio. O relato é comum. Outros trabalhadores disseram ao Metrópoles que furtos e roubos em lojas das quadras 406 e 407 Norte são frequentes.

Fonte: Metrópoles

domingo, 6 de agosto de 2017

POLÍTICA

Partidos retomam debate sobre o parlamentarismo no Brasil

Resultado de imagem para PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIRO

Tema pode ser incluído na reforma política. Modelo já foi recusado duas vezes pela população por meio de plebiscitos

Brasília – Momentos de instabilidade política no Brasil levaram parlamentares a tentar reacender um modelo de governo que empodera, ainda mais, o Congresso. O parlamentarismo, sistema rejeitado pela população em plebiscitos duas vezes, entra na pauta da reforma política, até então focada em mudar apenas o processo eleitoral. Na opinião de especialistas, o modelo é funcional e até poderia ser melhor, mas mudá-lo em um momento de tanta instabilidade e descrença política seria antidemocrático e oportunista.
No parlamentarismo, quem toma as decisões é a maioria do Legislativo e o Executivo serve como apoio. Um dos maiores defensores da causa é o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que tem conversado com líderes de outras legendas para tentar emplacar a mudança no sistema. “É sempre um bom momento para evoluir. O parlamentarismo é sempre governo de maioria. Quando essa maioria acaba, o governo cai. É mais democrático e evoluído. Precisamos criar condições para que não passemos mais por uma crise como a que estamos vivendo agora.” Freire conta com o apoio, principalmente, do PSDB, que tem na origem a defesa ao parlamentarismo.
A favor do sistema, o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Antônio José Barbosa diz que ele dá oportunidades diferentes. “Não se pode concentrar a responsabilidade do poder em uma só figura. O presidencialismo já demonstrou que é inadequado e gera crises profundas. No outro, é fácil de resolver, dissolve-se o Parlamento e convocam-se novas eleições.” Entretanto, Barbosa afirma que a mudança em momento de crise não é solução. “O parlamentarismo é a melhor forma de governo em condições normais. No momento que estamos vivendo, a única coisa possível é cumprir a Constituição. Qualquer caminho diferente disso agora seria golpe mesmo. Ultrapassada essa fase, ele pode e deve ser discutido. Nunca como um remédio para uma crise”, defende.
Já doutor em ciência política José Matias-Pereira ressalta que o país vive atualmente um parlamentarismo disfarçado, já que, para manter uma base de apoio, o presidente da República acaba dando grande parte do poder aos parlamentares. Na Esplanada de Temer, 19 pastas são comandadas por deputados ou senadores. E, diante dos planos do governo federal de dar andamento em reformas como a da Previdência, o presidente está cada vez mais à mercê das vontades do Legislativo. “Aqui você tem partidos se apoderando da máquina para ter recursos para campanhas ou para enriquecer. Se é para ser assim, vamos discutir mudanças mesmo, porque os políticos tem de servir à política e não se enriquecer dela. A forma como o Brasil faz o presidencialismo é o pior dos modelos. É como se a gente elegesse um imperador temporário que negocia o patrimônio do Estado sem consultar ninguém”, critica Matias-Pereira.

Consulta


Os brasileiros foram às urnas duas vezes para escolher o modelo político preferido, em 1963 e em 1993. Nos dois casos, o presidencialismo saiu vencedor da consulta. Na opinião do professor do Instituto de Ciência Política da UnB Pablo Holmes, esse deveria ser o primeiro passo desse debate. “É uma razão democrática. A população se posicionou e, se é para mudar, é certo que ela se posicione novamente.” Para Holmes, o sistema funciona bem em países onde a estrutura partidária é sólida e a política é feita de outra maneira. “A política no Brasil é feita de oligarquias locais e corruptas. Basta olhar para a legitimidade do Congresso. É uma das instituições que tem menos confiança da população. Você vai dar mais poder a eles? Mais poder às elites partidárias? Quem vai ganhar com isso?”, questiona.
Parlamentares pretendem aproveitar o debate já encaminhado no Congresso sobre reforma política para incluir a discussão, mas, diante da polêmica que a matéria causa, a tendência é que as mudanças sejam pontuais e, basicamente, eleitorais. A proposta que precisa ser aprovada até outubro deste ano para valer nas eleições do ano que vem prevê a criação de um fundo público exclusivo para as despesas com campanhas eleitorais, a cláusula de barreira e o fim das coligações partidárias.
AGÊNCIA  ESTADO