Boa fonte de proteínas, selênio, gorduras boas, cálcio e magnésio, a castanha-do-pará possui uma lista extensa de benefícios: a oleaginosa ajuda a emagrecer, combate inflamações, tem ação antioxidante, melhora a circulação sanguínea e até combate doenças cardiovasculares e câncer.
Mas, para garantir as propriedades do alimento é preciso, além de comprar da maneira correta, aprender como consumir, já que, em excesso, ela pode resultar em aumento de peso e até provocar intoxicação.
Como consumir castanha-do-Pará
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Por ser um alimento bastante poderoso, consumir apenas duas unidades por dia é o suficiente para obter seus benefícios sem correr o risco de engordar.
Comer mais de 10 unidades diariamente pode, por exemplo, gerar fraqueza muscular, dores, manchas brancas nas unhas, e, dependendo do grau, até levar à morte. Isso porque o selênio, mineral presente na castanha-do-Pará, pode causar intoxicação se consumido de forma exagerada.
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Ao comprar a castanha-do-Pará, opte por aquelas que estão conservadas no escuro e longe das altas temperaturas. As vendidas em potes plásticos no supermercado, por exemplo, já estão oxidadas e podem ter perdido grande parte de suas propriedades.
É válido ainda apostar em castanha-do-Pará de marcas que comercializem o produto a vácuo ou mesmo dentro de latas escuras, com uma embalagem que não permita a entrada de luz ou de oxigênio. Depois de abertas, devem ser conservadas na geladeira, no escuro e no frio.
Substância presente no tomate pode combater o câncer de pele Elemento presente no fruto reduz até pela metade ocorrência da doença em ratos expostos a raios ultravioletas. Segundo especialistas, resultado reforça a importância de uma dieta equilibrada na prevenção de tumores
Um dos frutos mais produzidos e consumidos no mundo tem potencial para
combater o câncer de pele. Pesquisadores norte-americanos realizaram
experimentos com roedores e observaram que animais alimentados com
tomate apresentaram menos tumores cancerígenos de pele ao ser expostos à
luz ultravioleta (UV). Os especialistas ainda não conseguiram desvendar
o que provoca esse efeito, mas acreditam que o carotenoide, substância
presente no alimento natural e responsável pela coloração vermelha dele,
está por trás disso. Segundo a equipe, o achado poderá ser utilizado
para potencializar o tratamento e a prevenção à doença.
O
estudo, publicado recentemente na revista Scientific Reports, foi
realizado com base em investigações conduzidas na Alemanha. Nesses
experimentos, voluntários que comeram alimentos ricos em carotenoides,
como pasta de tomate, durante 10 semanas, e depois foram expostos a uma
dose de raios UV sofreram menos irritação (vermelhidão) na pele do que
os participantes que não seguiram a dieta proposta. “Isso demonstra que
comer tomates pode alterar a inflamação da pele após uma queimadura
solar. Essa foi uma interessante observação biológica. Achamos o tema
interessante e resolvemos investigar por que esse alimento parece
fornecer esse tipo de proteção, algo que ainda não foi bem
compreendido”, explica Jessica Cooperstone, uma das autoras do novo
estudo e pesquisadora da Universidade do Estado de Ohio.
No
experimento, os pesquisadores alimentaram ratos com uma dieta que
continha 10% de pó de tomate durante 35 dias. Após essa etapa, os
roedores foram expostos aos raios UV. “Usamos um modelo de carcinoma de
queratinócitos, anteriormente denominado de câncer de pele não
melanoma”, diz Cooperstone. Os tumores de pele não melanoma são os mais
comuns mundialmente e também no Brasil.
Os camundongos machos
alimentados com tomates vermelhos desidratados apresentaram reduções no
crescimento tumoral em até 50% quando comparados às cobaias que não
seguiram a dieta. A equipe acredita que o efeito pode ter sido causado
pelo carotenoide, mas não descarta a ação de outras substâncias. “Ao
comparar o licopeno (carotenoide presente no tomate) administrado a
partir de um alimento completo (tomate) e um suplemento sintetizado, os
tomates parecem mais eficazes na prevenção de vermelhidão após a
exposição aos raios UV, sugerindo que outros compostos presentes nesse
fruto também podem estar em jogo e influenciar nessa proteção”, explica a
cientista.
As fêmeas participantes do experimento não tiveram o
mesmo benefício. Segundo Tatiana Oberyszyn, autora principal do estudo,
professora de patologia e membro do Centro Compreensivo de Câncer do
Estado de Ohio, a equipe não conseguiu identificar a razão dessa
diferenciação. “Esse estudo nos mostrou que precisamos considerar o sexo
ao explorar diferentes estratégias preventivas. O que funciona nos
homens nem sempre funciona tão bem nas mulheres, e vice-versa”,
ressalta, em comunicado.
Mais perguntas
Para
a equipe, a pesquisa despertou outros questionamentos, e eles definiram
seguir o caminho da prevenção. “Não tenho certeza se esses dados podem
gerar novas drogas, e meu interesse é principalmente em alimentos. Não
acho que os alimentos são remédios e é improvável que eles possam curar
enfermidades. Mas, durante toda a vida, penso que o que comemos tem a
capacidade de modular nosso risco de desenvolver doenças. Eu acho que
precisamos de mais trabalhos para entender mecanicamente como isso está
acontecendo”, justifica Cooperstone.
Renato Sabbag, oncologista
do Hospital Brasília, avalia que a pesquisa norte-americana traz dados
importantes e também mais perguntas do que respostas. “Sabemos que uma
dieta rica em folhas e vegetais ajuda a evitar uma série de tipos de
câncer, não só o de pele. Porém, esses resultados foram vistos em ratos,
não temos como saber se o mesmo pode se repetir em humanos. Mas, ainda
assim, é importante. Temos diversos estudos que renderam opções
terapêuticas usadas hoje e que passaram por essa etapa, que pode abrir
novas perspectivas de investigação”, ressalta.
O oncologista
destaca ainda que o trabalho vai precisar se aprofundar em pontos
específicos para esclarecer melhor a investigação. “Em relação aos
resultados positivos, também temos que responder a outras perguntas
sobre eles. Por exemplo, se o tomate pode proteger, qual a quantidade
ideal por dia? Qual tipo de tomate? Qual a quantidade de radiação a qual
estaremos protegidos?”, enumera. “Em questão à diferenciação nos sexos,
temos várias hipóteses que podem ser abordadas. A espessura da pele do
macho e também os componentes hormonais podem ter ligação.”
Sabbag
faz um alerta em relação às interpretações do estudo. “É preciso deixar
claro que esses resultados são muito precoces. É importante frisar isso
porque pode provocar um consumo exagerado desse alimento em busca de
seus benefícios. Apesar de ele não fazer mal, é um produto natural, não é
bom consumir nada em excesso”, frisa.
Letalidade baixa
De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse tipo de tumor
corresponde a 30% de todos os cânceres malignos registrados no país.
Apresenta altos percentuais de cura se for detectado precocemente, e é
mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Pessoas de pele clara,
sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são
as principais vítimas. A estimativa é de que, no ano passado, foram
diagnosticados 175.760 casos da doença, sendo 80.850 em homens e 94.910
em mulheres. SAUDE PLENA
Indicador de preço dos alimentos da Ceagesp sobe 2,34% em julho
O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 258.957 toneladas ante 244.377 negociadas em julho de 2016. Foto: reprodução
O Índice de preços da Ceagesp encerrou o mês de julho com alta de 2,34%. Porém, nos primeiros sete meses do ano o indicador ainda tem queda, de 5,10%. “O cenário para 2017 em relação aos níveis inflacionários ainda continua positivo para o consumidor. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra retração de 8,14% nos preços praticados”, diz a empresa em nota.
A alta de preços no último mês se deveu ao fato de que choveu menos, o que afeta hortifrútis cultivados sem irrigação. “Para este mês de agosto está previsto um cenário semelhante a julho, mas não vemos possibilidade de elevações maiores de preços no setor de legumes. A previsão dos meteorologistas é de frentes frias fracas e continuidade da estiagem. Com a manutenção do tempo frio, o desenvolvimento e a maturação de alguns produtos ficarão prejudicados neste período.”
Em julho, o setor de frutas registrou alta de 2,36%. As principais valorizações foram da atemoia e do caju, ambos com 28,7%, do abacate quintal (25,4%), do limão taiti (19,9%), manga palmer (16,4%) e da melancia (14,4%). As principais baixas foram do mamão havaí (-16,8%), do morango (-15,4%), da ameixa estrangeira americana (-13,9%), do abacaxi pérola (-13,1%) e da carambola (-7,6%).
O setor de legumes registrou forte alta de 14,2%. As principais elevações ocorreram nos pimentões amarelo e vermelho (83,3%), no tomate (37,4%), no pimentão verde (32,6%), na ervilha torta (27%), no jiló (20,6%) e no quiabo (18,9%). As principais baixas ocorreram com o pepino japonês (-10,9%), a abobrinha italiana (-9,1%), a mandioca (-7,3%) e o chuchu (-5,7%).
O setor de verduras apresentou queda de 4,62%. As principais baixas foram da cenoura com folhas (-26,1%), da alface crespa (-20,6%), da escarola (-15,2%), da alface lisa (-14,4%), do espinafre (-12,7%), da erva doce (-11,8%) e da beterraba com folhas (-11,6%). As principais altas foram do salsão (30,6%), do louro (28,6%), da couve flor (15,5%), do repolho (13,5%), da hortelã (12,7%) e da escarola hidropônica (11,1%).
O setor de diversos apresentou baixa de 4,35%. Os principais recuos foram da batata beneficiada (-27,3%), da batata comum (-26,3%), do milho de pipoca estrangeiro (-7,9%), do alho nacional (-6,0%) e dos ovos brancos (-3,0%). Os aumentos ficaram por conta da cebola nacional (31,4%), do coco seco (18,4%) e do amendoim com casca (4,5%).
O setor de pescados registrou queda de 2,26%. As principais baixas foram da abrótea (-27,1%), da anchova (-22,9%), da pescada maria mole (-22,8%), do namorado (-17,8%), da pescada (-11,8%) e da pescada goete (-9,0%). Os principais aumentos foram do robalo (11,0%), do cação congelado (7,6%), da lula congelada (3,5%) e da betara (3,2%).
O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 258.957 toneladas ante 244.377 negociadas em julho de 2016. Crescimento de 5,97% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, houve crescimento de 4,34%. O volume passou de 1.828.961 toneladas negociadas em 2016 para 1.908.411 toneladas em 2017.
O tomate cereja é uma variedade de tomate que possui frutos pequenos, com 2 a 3 centímetros de diâmetro, duas cavidades e polpa fina. Essa variedade é uma ótima alternativa também para quem quer plantar o fruto em casa. Segundo o coordenador estadual de olericultura da Emater, Georgeton Silveira, a profundidade da raiz fica em torno de 50 centímetros e a colheita é iniciada a partir de 80 a 90 dias depois do plantio. Silveira afirma que os principais erros na condução do tomateiro estão na falta de correção do solo e no controle inadequado de pragas e doenças. ”A não correção do solo causa um desenvolvimento insatisfatório e o manejo inadequado de pragas e doenças, por sua vez, leva a planta a um período produtivo pequeno”, diz. 1- Preparo de solo Segundo o pesquisador, antes de iniciar o plantio é preciso verificar se o terreno ou jardineira onde o tomate será plantado é bem drenado, com relevo suave. Em relação ao clima, Silveira afirma que em regiões mais amenas, o cultivo pode ser realizado durante todo o ano. ”Em regiões com clima mais quente, o período de verão pode prejudicar bastante o desenvolvimento da planta em campo aberto”, conta. Por isso, o coordenador diz que para ter uma boa produção de tomate cereja em regiões com altas temperaturas é necessário investir no cultivo em estufas.