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O impacto relativamente baixo sobre a economia brasileira dá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais liberdade para manter sua posição firme diante de Trump
Os produtos brasileiros em breve estarão sujeitos a uma das tarifas mais altas já impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas isso não deve desestabilizar a economia do país, graças às amplas exceções à taxação e ao fortalecimento das relações comerciais com a China, segundo economistas e autoridades.
O impacto relativamente baixo sobre a economia brasileira dá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais liberdade para manter sua posição firme diante de Trump — algo raro entre líderes ocidentais — após chamá-lo de “imperador” global indesejado e comparar suas ameaças tarifárias a uma forma de chantagem. Lula afirmou estar aberto a negociar um acordo comercial, mas rejeitou as críticas de Trump sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma ameaça à soberania brasileira e à independência do Judiciário.
O Supremo Tribunal Federal está julgando o ex-presidente por suposta conspiração para reverter o resultado das eleições de 2022, quando ele perdeu para Lula.
Essas tensões, que ganharam força com a prisão domiciliar de Bolsonaro decretada na segunda-feira, provavelmente tornarão as negociações entre Washington e Brasília difíceis e prolongadas, mesmo que os efeitos sobre a economia brasileira pareçam limitados.
Diferentemente de México e Canadá, que destinam cerca de três quartos de suas exportações aos Estados Unidos, o país norte-americano compra apenas 12% das exportações brasileiras. Em comparação, as exportações do Brasil para a China dobraram na última década, representando agora 28% do total de embarques do país.
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