terça-feira, 5 de agosto de 2025

Dólar fecha estável às vésperas do "tarifaço" de Trump contra o Brasil

CÂMBIO

Ata do Copom ressaltou que antecipa uma manutenção da taxa por período bastante prolongado
FOTO: REPRODUÇÃO  UOL 



O dólar à vista fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, refletindo uma sessão de baixa volatilidade tanto no mercado nacional quanto no cenário externo, conforme os investidores continuaram monitorando o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, com a ata do Banco Central também no radar.

“A moeda alternou entre ganhos e perdas ao longo do dia, influenciada pela combinação de fatores externos e internos: no exterior, indicadores mistos e declarações de autoridades do Federal Reserve reforçaram expectativas de corte de juros em setembro, enquanto, no cenário doméstico, a ata do Copom reafirmou a manutenção da Selic em nível elevado por período prolongado”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 0,02%, a R$5,50565.

Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a R$5,542 na venda.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,505
  • Venda: R$ 5,505

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,549
  • Venda: R$ 5,729

O que aconteceu com dólar hoje?

O dólar à vista avançava ante o real, recuperando parte das fortes perdas acumuladas nas duas sessões anteriores e conforme os investidores avaliavam o panorama das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos depois da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.


As atenções do mercado nacional continuam voltadas para o impasse comercial entre Brasil e EUA, um dia antes da entrada em vigor da tarifa de 50% do presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, em decisão que excluiu da taxa punitiva uma série de exportações.


O governo brasileiro continua buscando uma negociação para que mais produtos sejam isentos da tarifa mais alta, mas sem sucesso até o momento. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a afirmar que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, demonstrou interesse em marcar uma reunião. 

Tornando a situação mais incerta, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro por considerar que houve reincidência do descumprimento de medidas cautelares impostas contra ele. Quando anunciou a tarifa sobre produtos do Brasil em julho, Trump vinculou a decisão justamente ao tratamento que Bolsonaro vinha recebendo em seu julgamento pelo STF. A prisão do ex-presidente, portanto, gerava receios no mercado de uma reação de Washington.


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