quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Bolsonaro deixa hospital nos EUA e planeja retorno para o Brasil

POLÍTICA

Bolsonaro deu entrada no AdventHealth Celebration, um hospital com 220 leitos, localizado nas mediações de Orlando. - FOTO: Reprodução do Twitter / @jairbolsonaro



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou, na tarde de hoje, o hospital AdventHealth Celebration, em Orlando, nos Estados Unidos. Segundo interlocutores do político consultados pelo UOL, ele planeja antecipar o retorno ao Brasil. Bolsonaro deixou o hospital por vontade própria.

Contra decisão de médicos dos EUA. Um dos motivos que teria motivado a saída voluntária de Bolsonaro do AdventHealth é que ele prefere ficar sob os cuidados do cirurgião Antônio Luiz Macedo, médico que o acompanha desde a facada sofrida durante a campanha de 2018.


Desde o incidente, o ex-presidente esteve internado em hospitais em algumas ocasiões para realizar cirurgias e exames.
6 de setembro de 2018: realizou operação de urgência após ser atacado por uma facada de Adélio Bispo em ato de campanha.
 12 de setembro de 2018: passou por nova cirurgia de emergência por complicação causada pela aderência das paredes do intestino
 28 de janeiro de 2019: submeteu-se a uma nova cirurgia para retirada da bolsa de colostomia 
8 de setembro de 2019: fez nova cirurgia para correção de uma hérnia incisional na região da área atingida pela facada 
25 de setembro de 2020: retirada de cálculo na bexiga
14 de julho de 2021: ficou quatro dias internado no hospital Vila Nova Star para tratamento de uma obstrução intestinal 
03 de janeiro de 2022: ficou três dias internado para tratamento de obstrução intestinal após ingerir um camarão sem mastigar durante férias em Santa Catarina
 28 de março de 2022: ficou um dia internado para tratar um desconforto abdominal. Houve suspeita de nova obstrução intestinal, o que acabou não se confirmando

fonte: UOL

Peru lamenta número crescente de mortes de manifestantes e governo busca voto de confiança

 MUNDO

Primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola
Neste artigo:

LIMA (Reuters) - Um período de luto de três dias começou na região sul do Peru nesta terça-feira, depois que mais 17 pessoas foram mortas no dia mais violento de protestos desde que as manifestações começaram em dezembro contra a deposição do ex-presidente Pedro Castillo.

O período de luto, na região sudeste de Puno, ocorre enquanto o primeiro-ministro do país, Alberto Otárola, deve comparecer ao Congresso dominado pela oposição, buscando um voto de confiança em seu gabinete -uma exigência constitucional para liderar um novo governo.

Otárola lamentou as mortes na noite de segunda-feira e disse que a agitação foi causada por ataques organizados financiados por dinheiro sujo, em um dia em que pelo menos 68 civis e 75 policiais ficaram feridos, segundo a ouvidoria local.

Os protestos deixaram um total de 39 mortos até agora em diferentes partes do país.

As autoridades pediram aos promotores na segunda-feira que iniciem investigações contra os responsáveis.

Os manifestantes continuam exigindo a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, mudanças constitucionais e a libertação de Castillo.

Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado por "rebelião" após tentar fechar o Congresso, acusação que ele nega.

Imagens da mídia local mostraram saques de comércios em Puno na noite de segunda-feira e o aeroporto de Juliaca, na região, permanecia fechado nesta terça-feira.

(Reportagem de Marco Aquino)


FONTE:

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Estado brasileiro tem culpa por incidentes de Brasília, diz Marco Aurélio

 BRASIL

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello culpou o Estado brasileiro pelos atos terroristas praticados neste domingo (8/1) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que invadiram e depredaram o prédio do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Para Marco Aurélio, Bolsonaro não tem culpa pelos incidentes de Brasília
Nelson Jr./STF

De acordo com o magistrado, que se disse "estarrecido" com os fatos, o Estado deveria ter feito um trabalho de prevenção para evitar os incidentes de Brasília.

"Estou estarrecido e a única indagação que faço é: onde esteve o Estado que não previu isso e não tomou as providências cabíveis? Refiro-me ao Estado como um grande todo, não apenas ao governo do Distrito Federal. É algo impensável ter o STF depredado, ter o Congresso Nacional depredado, como ocorreu. Vamos fechar o Brasil para balanço", disse Marco Aurélio em entrevista ao jornal O Globo.

Para o ministro aposentado do Supremo, a versão brasileira da invasão ao Capitólio (prédio do Congresso dos Estados Unidos) por apoiadores de Donald Trump foi muito mais grave do que o ato original, ocorrido em janeiro de 2021.

"Não lembra o Capitólio porque foi muito pior do que houve no Capitólio. Lá teve resistência. E a repercussão internacional aqui é péssima. A insegurança jurídica é total para o Brasil. O que o investidor estrangeiro vai pensar disso aqui? Que é uma república das bananas", disse o magistrado, que não culpou Bolsonaro pelo terrorismo praticado por seus seguidores. "Os responsáveis estão no Brasil, no território nacional, considerando as forças repressivas, as Forças Armadas. Bolsonaro não tem o domínio dessas forças que estão na rua. Ele não tem culpa, está a quantos quilômetros daqui?".

Até mesmo o Supremo, uma das vítimas da fúria bolsonarista, tem responsabilidade pelo que ocorreu, na opinião de Marco Aurélio.

"Falhou todo mundo, e começou a falha no próprio STF, quando ressuscitaram politicamente o ex-presidente Lula, dando o dito pelo não dito, quando enterraram a 'lava jato', quando declararam a suspeição do Sergio Moro, que veio a ser resgatado politicamente pelo estado do Paraná. O que começa errado, nós aprendemos quando garotos, não acaba bem."


Consultor Jurídico


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Detran-DF lança o primeiro Leilão Público de veículos e sucatas do ano de 2023

 DF

Serão leiloados 943 veículos entre sucatas e conservados. Tem BMW com lance a partir de 11 mil reais


Foto: Reprodução


 

 

(Brasília, 2/1/2023) O Núcleo de Leilões do Departamento de Trânsito do Distrito Federal informa que, o primeiro Leilão Público do ano de 2023 acontecerá nos dias 16 e 17 de janeiro de 2023, exclusivamente na modalidade on-line, pelo site do leiloeiro oficial: www.flexleiloes.com.br. Ao todo, serão leiloados 943 veículos. Na segunda-feira (16), serão vendidos os 726 veículos do tipo sucata, e no dia seguinte, dia 17/1,  serão os 216 aptos a circular. O edital completo do Leilão nº 1/2023, com os anexos e todas as informações, está devidamente publicado no site da autarquia e pode ser acessado pelo linkhttp://www.detran.df.gov.br/leiloes-realizados/.

 

Visitação

Os veículos poderão ser examinados de segunda a sexta-feira, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, das 8h30 às 17h30, em horário ininterrupto. Os veículos estão expostos no Pátio da Flexleilões, localizado no STRC Sul Trecho 02, Conjunto B Lote 02/03 (próximo ao Detran do SIA).
Destaques
Entre os destaques do leilão de veículos do Detran-DF está uma BMW 320I Active Flex, ano 2016, com lance inicial de R$ 11 mil. Outro que chama a atenção é um Hyundai Santa Fé V6, ano 2014, avaliado em R$ 10 mil. E tem também uma Mercedes Benz C180K, ano 2010 com lance a partir de R$ 6 mil.

Balanço 2022

 

O Detran-DF, no ano de 2022, realizou cinco Leilões Públicos, com o total de 4.607 veículos, sendo 1.295 aptos a circulação e 3.312 sucatas.

Em 10 anos, entre 2012 e 2022 tivemos um total de 9.192 veículos habilitados a circular e 41.283 sucatas vendidos em Leilão Público.

 

Quantidade de Veículos Vendidos em Leilão entre 2012 e 2022 

ANO 

CIRCULAÇÃO 

SUCATA 

TOTAL 

2012

557

2.753

3.310

2013

403

1.594

1.997

2014

433

4.353

4.786

2015

617

3.397

4.014

2016

676

3.889

4.565

2017

813

4.727

5.540

2018

326

3.496

3.822

2019

1.057

6.043

7.100

2020

1.415

3.360

4.775

2021

1.600

4.359

5.959

2022

1.295

3.312

4.607

Total em 10 anos 

9.192 

41.283 

50.475 

 


Por Adriana Serra/Ascom Detran-DF


Sessão para votação do decreto de intervenção no DF deve acontecer amanhã

POLÍTICA

Pedro França/Agência Senado

Os senadores seguem reunidos para discutir medidas relacionadas à recuperação dos danos, contenção do terrorismo e punição dos responsáveis pelos atos golpistas deste domingo em Brasília. A sessão do Congresso destinada a votar o decreto do presidente Lula, de intervenção no Distrito Federal, deve ocorrer nesta terça (10).

Por Paula Groba/ Rádio Senado


Governo reforça policiamento no Entorno do DF e desmobiliza acampamentos

BRASIL

Governador Ronaldo Caiado definiu estratégia em reunião com cúpula da Secretaria de Segurança Pública, em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (09/01)


O governador Ronaldo Caiado afirmou, na manhã desta segunda-feira (09/01), que o policiamento segue reforçado na região do Entorno do DF, sendo esta uma das ações do governo goiano contra atos antidemocráticos registrados em Brasília no último domingo (08/01). O chefe do Executivo estadual interrompeu licença médica e retornou a Goiânia para tratar pessoalmente do assunto, iniciando a agenda do dia em reunião com o secretário de Segurança Pública Renato Brum, e com os chefes da Polícia Militar, coronel André Henrique Avelar, e da Polícia Civil, delegado Alexandre Lourenço.

"Recebi um telefonema do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e consultei meu secretário e os comandantes das forças de segurança. O Batalhão de Choque da região do Entorno do Distrito Federal está de prontidão. A continuidade das mobilizações para a capital federal dependerá das medidas a serem tomadas", afirmou Caiado, que colocou tropas à disposição para o envio à Brasília, caso haja sinalização nesse sentido pelo governo federal.

Também estiveram presentes na reunião, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela; o diretor-geral de Administração Penitenciária (Dgap), Josimar Pires Nicolau do Nascimento, e o chefe do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), coronel Pablo Frazão, entre outras autoridades.

"Toda área que for de responsabilidade do Governo de Goiás será esvaziada"

Na oportunidade, Caiado reforçou posicionamento contrário aos atos de vandalismo e violência registrados nas sedes dos Três Poderes, na capital federal. "Seguimos atentos a quaisquer distúrbios que possam acontecer. Não podemos, de maneira alguma, admitir que resultado de eleição possa dar margem a esse tipo de atitude que vimos. As ações de Goiás vêm em conformidade com aquilo que sempre zelei e sempre fiz compromisso: manter as regras democráticas", afirmou.

Questionado sobre medidas para desmobilização de acampamentos montados por radicais no estado, o governador reforçou que "toda área que for de responsabilidade do Governo de Goiás será esvaziada". O governo também realiza articulação, junto ao Exército Brasileiro, para que o mesmo seja feito nas áreas de quartéis, como no Jardim Guanabara, em Goiânia.

Fonte: Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás



Acampamento bolsonarista no Distrito Federal é desocupado e 1,2 mil são presos

BRASÍLIA

PM e Exército cercam acampamento bolsonarista em Brasília Foto: Amanda Perobelli



 O acampamento bolsonarista no Distrito Federal está sendo desocupado nesta segunda-feira (9/1), depois da invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto no dia anterior. Segundo o Ministério da Justiça, 1,2 mil pessoas foram presas e conduzidas à Polícia Federal.


Na noite de domingo (8/1), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que cerca de 40 ônibus que levaram os bolsonaristas ao DF foram apreendidos e que os financiadores dos veículos já foram identificados.  

Segundo o ministro, sua pasta vai atuar a partir de quatro prioridades: restabelecer a ordem pública; prender em flagrante os envolvidos; apreender ônibus; e identificar todos os financiadores. 

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, 12 jornalistas foram agredidos durante os atos de domingo. 

Na madrugada desta segunda, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 24 horas para a polícia desocupar os acampamentos. Ele também afastou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por causa da falta de repressão aos manifestantes. 

Exército e Polícia Militar começaram a cumprir a ordem pela manhã. Cerca de 40 ônibus levaram os bolsonaristas para a superintendência da Polícia Federal. Parte dos extremistas fugiu quando o cerco começou. Outros observaram e pediram para permanecer nas intermediações dos quartéis. Um homem foi retirado algemado depois de resistir. 

Barbárie
Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde do domingo o prédio do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e promoveu um quebra-quebra nos locais.

O plenário do STF foi destruído pelos terroristas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes terroristas, que revidaram com rojões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção na segurança pública do DF por causa dos atos não reprimidos em Brasília. O decreto foi lido por ele em um pronunciamento em que condenou a atuação dos vândalos.

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 9 de janeiro de 2023, 10h36

Moraes proíbe a entrada de ônibus com manifestantes no DF

BRASIL
Foto: Reprodução/ Internet

Ônibus e caminhões com manifestantes estão proibidos de ingressar no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. A decisão faz parte de rol de medidas tomadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após a invasão e vandalização de prédios públicos nesse domingo (8). As medidas foram publicadas na madrugada desta segunda-feira (9).

Moraes determinou também a apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os vândalos para o Distrito Federal. Segundo a decisão, os proprietários deverão ser identificados e ouvidos em 48 horas, apresentando a relação e identificação de todos os passageiros.

Redes sociais

Diante da destruição provocada em Brasília e da viralização das imagens em perfis bolsonaristas, Alexandre de Moraes também deu duas horas para que Facebook, TikTok e Twitter bloqueassem ao menos 18 perfis ligados às invasões. O não cumprimento da decisão implica em multa diária de R$ 100 mil.

Governador do DF

A mesma decisão de Moraes determinou o afastamento por 90 dias do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha sob a justificativa de descaso de omissão. A vice, Celina Leão, assume o Executivo local nesse período.


Por Agência Brasil



Quem é Celina Leão, bolsonarista que assume governo do DF no lugar de Ibaneis

POLÍTICA

Governador do DF foi afastado por 90 dias por Alexandre de Moraes

Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados

Vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP) assume o poder nesta segunda-feira (9), após o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por Alexandre de Moraes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento de Ibaneis, inicialmente, por 90 dias, após os ataques de vândalos golpistas a prédios públicos no último domingo (8).

Alexandre considerou que a depredação das sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto contou com anuência do governo do DF, já que os preparativos para o ato eram conhecidos.

Ibaneis chegou a se desculpar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a presidente do STF, a ministra Rosa Weber, além dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD).

Além disso, o governador exonerou o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Mesmo assim, acabou afastado do poder.

Conheça Celina Leão

Celina Leão tem 45 anos, é natural de Goiânia e administradora. Ela foi deputada distrital em dois mandatos, então pelo PDT, entre 2011 e 2019, sendo que no segundo assumiu a presidência da Casa.

Em 2019, elegeu-se deputada federal, já pelo PP. Em 2020, afastou-se do mandato por sete meses para assumir a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal no primeiro mandato de Ibaneis no governo.

Foi escolhida para vice-governadora na candidatura de Ibaneis à reeleição, que venceu o pleito do ano passado ainda no primeiro turno.

Durante a passagem de Jair Bolsonaro (PL) no governo federal, Celina manifestou apoio ao presidente em diversas oportunidades, inclusive atuando ativamente na campanha à reeleição.

Apesar disso, manifestou-se contrariamente à invasão bolsonarista nos prédios dos três poderes. "Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público! Inadmissível a invasão aos poderes da República", escreveu nas redes sociais.

Alvo de investigação

Em 2017, ainda como deputada distrital, Celina foi alvo de uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) por corrupção passiva, em meio à Operação Drácon.

Ela teria feito parte de um grupo que negociou propina de 10% em troca da liberação de R$ 30 milhões em emendas parlamentares para custear serviços de UTI.

Na ocasião, Celina foi afastada da presidência da Câmara Legislativa. No ano passado, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão da ação penal da Operação Drácon.


Fonte: Yahoo Notícias



quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Gasto de milhões com lubrificante sexual causa polêmica na Argentina

MUNDO

Programa 'Haceme tuyo' (faça-me seu, em tradução livre do espanhol) gastou 500 milhões de pesos argentinos (R$ 15 milhões) na compra do produto.


Uma iniciativa promovida pelo Ministério da Saúde de Buenos Aires tem causado polêmica na Argentina -- e chamado atenção no mundo todo. É que o programa "Haceme tuyo" (faça-me seu, em tradução livre do espanhol) gastou 500 milhões de pesos argentinos (R$ 15 milhões) na compra de um gel lubrificante sexual.

De acordo com o jornal "El Clarin", a província de Buenos Aires pagou US$ 500 por cada pote, numa compra total de um milhão de unidades, em convênio firmado com a empresa Farmacoop.

Ainda segundo o jornal, a compra inicial foi feita no mês de outubro e passou por cinco órgãos de controle interno. Ainda no final de 2022, entretanto, o Ministério da Saúde solicitou uma realocação de orçamento para aumentar o número de potes do lubrificante sexual.

Para o governo, "o uso de gel lubrificante reduz as chances de rompimento da camisinha nas relações sexuais e, assim, evita doenças sexualmente transmissíveis" e "é uma ferramenta recomendada para a prática de sexo anal especificamente".

Em publicação no Twitter, Nicolás Kreplak, ministro da saúde de Buenos Aires e responsável pela iniciativa, comemorou o aumento nas buscas na internet pelo termo "gel lubrificante" depois que o caso veio à tona.


"Hoje mais argentinos e argentinas sabem para que serve e como usar um gel lubrificante. Mais informação é mais acesso e prevenção", disse ele.

 

A compra do produto foi criticada por políticos de oposição. Também no Twitter, o deputado Diego Santilli disse: "Novo programa 'faça-me seu'. Axel Kicillof [governador da província de Buenos Aires] gastou 500 milhões [de pesos argentinos] para comprar potes de gel íntimo. Acredite ou não, essas são as prioridades do kirchnerismo."

Kreplak, que também é médico sanitarista, rebateu as críticas e disse que a compra do produto é uma iniciativa de cuidado com a população.

"Estamos gerindo, cumprindo a lei e cuidando da nossa população. A aquisição de itens de prevenção e cuidados com a saúde sexual não é novidade. Sempre foi feito e todos os insumos têm que ser fornecidos pelo Estado."

"Este produto no mercado é vendido por quase US$ 2.000 e nosso preço de referência é de US$ 500. O gel de 2 gramas [em sachê] sempre foi entregue junto com a camisinha, mas nem toda a população usa os dois elementos. Os potes de 100 gramas serão entregues a quem precisar, evitando o descarte", completou ele numa série de tuites publicados nesta terça-feira (3).

Bandeira da Argentina em frente ao obelisco de Buenos Aires — Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Bandeira da Argentina em frente ao obelisco de Buenos Aires — Foto: Agustin Marcarian/Reuters


FONTE: g1