sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

CEO da Citroën afirma que ‘O mundo dos SUVs acabou’

 AUTOMÓVEIS

Executivo diz que eletrificação será responsável pelo fim dos veículos grandes por conta do peso

Citroen ë-C4 X é o mais recente lançamento da marca na França, e traz elementos de carroceria sedan com porte de SUV.
Divulgação
Citroen ë-C4 X é o mais recente lançamento da marca na França, e traz elementos de carroceria sedan com porte de SUV.

Se a grande tendência automotiva global nos últimos anos foram os SUVs , a Citroën já se prepara para um futuro onde eles se tornarão coisa do passado. Em entrevista para o portal britânico Auto Express, Vincent Cobée, CEO da fabricante francesa, afirmou que a eletrificação será a responsável pelo fim dos SUVs .

Apesar de afirmar que imagina o fim desses veículos, Cobeé tem consciência de que sua opinião vai contra os resultados de vendas: “Os números não dizem que estou certo”, mas a ideia do CEO é para o futuro, principalmente na Europa, onde nos últimos anos metade das vendas de automóveis foram de SUVs e crossovers.

Para Cobeé, a indústria irá migrar para veículos que o executivo chama de ‘Saloon’ (um outro termo para sedan), mas “são chamados de SUVs pelo fato de serem um pouco mais altos”, e cita o recém lançado Citroën C4 X como principal exemplo de veículo Saloon . 

Diversas fabricantes europeias se tornarão 100% elétricas no futuro, a CItroën não divulga seus planos mas já oferece veículos elétricos, como o ë-C4 X
Divulgação
Diversas fabricantes europeias se tornarão 100% elétricas no futuro, a CItroën não divulga seus planos mas já oferece veículos elétricos, como o ë-C4 X

“Em um veículo elétrico, se a aerodinâmica não for ideal, a perda de autonomia é muito grande. Pode chegar até 50 quilômetros de perda de alcance por conta de um trabalho aerodinâmico errado. Se comparar entre um SUV e um sedan, o prejuízo chega aos 80 quilômetros tranquilamente." Afirma o executivo.

O segmento de SUVs elétricos está longe de acabar. A BMW recentemente lançou o iX , SUV 100% elétrico da marca, que conta com pacote de baterias maior que o do sedan i4 , justamente para compensar essa perda de autonomia .

A Porsche prepara uma versão elétrica do Macan na próxima geração, a Mercedes-Benz já possui variações 100% elétricas de seus SUVs , e somente a Peugeot parece seguir a marca do duplo chevron, com o novo 408 misturando elementos de sedan, mas com a altura próxima à de um SUV , tentando agradar os dois públicos.


FONTE: iG Carros

Dona do TikTok admite ter espionado jornalistas americanos pelo aplicativo

TIK TOK

Edição da newsletter China, terra do meio explica denúncia que enfureceu políticos americanos e europeus

Foto: reprodução


A ByteDance, dona da popular rede social TikTok, admitiu nesta semana que usou o aplicativo para espionar jornalistas americanos que faziam uma cobertura crítica da empresa. O gigante da tecnologia se viu obrigado a confirmar a violação após uma repórter da Forbes ter tido acesso a gravações e transcrições de reuniões internas na China em que executivos comentavam a prática. Segundo a publicação, a empresa rastreou a própria autora da reportagem, além de profissionais do BuzzFeed News, do jornal Financial Times e de contatos próximos a eles. 


O objetivo era descobrir quais funcionários estavam servindo como fontes e vazando dados sigilosos para a imprensa. A ByteDance usava dados pessoais —como local de residência, emails e endereços de IP— dos repórteres e os cruzava com os dos próprios funcionários para descobrir se eles batiam. A empresa inicialmente tentou negar as acusações, mas, diante de provas, declarou apenas estar "profundamente desapontada" com o caso, prometendo mudanças internas.

A denúncia enfureceu políticos americanos e europeus. Em viagem a Bruxelas na quarta (11), o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, tentou tranquilizar eurodeputados afirmando que o aplicativo estava comprometido com o respeito a políticas de privacidade do bloco e o fortalecimento de medidas que garantam a segurança de crianças que acessam a plataforma. Por que importa: A denúncia tem tudo para dificultar ainda mais a vida do TikTok nos EUA. O app quase foi bloqueado durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, mas com Joe Biden essa cobrança foi atenuada. Agora, pesa contra a empresa um projeto de lei do senador Marco Rubio para proibir de vez o aplicativo em território americano. Associado à ultradireita, o republicano conseguiu o apoio de um correligionário moderado, Mike Gallagher, e de um democrata, Raja Rishnamoorthi, indicando que a medida pode angariar algum apoio bipartidário caso vá a votação no Congresso. 


O QUE TAMBÉM IMPORTA O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, foi realocado de função e transferido para um cargo menor na hierarquia governamental. Zhao agora será vice-diretor do Departamento de Fronteiras e Assuntos Oceânicos. Considerado uma das autoridades mais controversas do regime, Zhao se notabilizou como o rosto da chamada "diplomacia do lobo guerreiro", um estilo de comunicação combativo que faz referência a um filme chinês ultranacionalista de mesmo nome. 

Ao longo da carreira à frente dos briefings com a imprensa, ele se notabilizou por uma série de polêmicas —provocações raciais aos americanos, adulteração de uma foto, dando a entender que um soldado australiano teria matado uma criança afegã, e, mais notoriamente, as inúmeras vezes em que sugeriu que o coronavírus era uma arma biológica criada por militares dos EUA. A chancelaria de Pequim não justificou a mudança de cargo e ainda não anunciou o substituto de Zhao.

Farmacêuticas americanas responsáveis por fabricar medicamentos para o tratamento da Covid estão resistindo à pressão de Pequim para reduzir preços na China. A Merck & Co, por exemplo, fabrica o Molnupiravir. O medicamento conseguiu reduzir em até 50% os riscos de hospitalização pela doença e está disponível em vários países. Na China, o tratamento completo custará ¥ 1500 (R$ 1.137), valor inferior aos US$ 700 (R$ 3.576) cobrados nos EUA, mas ainda acima do esperado para países em desenvolvimento.


 Já o Paxlovid, produzido pela Pfizer e com taxa de redução em hospitalizações de 88%, não está disponível para compra em farmácias. Negociações entre a agência chinesa que supervisiona o programa de seguro médico estatal e a farmacêutica para a fabricação de genéricos fracassaram no último fim de semana. Em nota postada no mensageiro WeChat, a Merck informou que está negociando para que a Sinopharm fabrique o Molnupiravir na China, o que poderia fazer o preço cair.


 A Pfizer ainda não se manifestou. Huang Xinyu, da Administração Nacional de Segurança em Saúde da China, lamentou o fracasso nas tratativas com a farmacêutica, mas assegurou que trabalha para aprovar novas drogas para tratar a doença e que a concorrência pode resolver a questão dos preços.

FIQUE DE OLHO 


Reagindo às restrições impostas a turistas chineses, Pequim anunciou que vai suspender a emissão de vistos de curto prazo a cidadãos da Coreia do Sul e do Japão. A medida só vai ser revista quando houver o "cancelamento de restrições discriminatórias" pelos países, anunciaram as embaixadas chinesas em Tóquio e Seul. 

Na quarta (11), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin comentou a decisão, dizendo que a China espera que "países relevantes tomem medidas científicas e apropriadas com base em fatos, em vez de usar a pandemia para se envolver em manipulação política ou práticas discriminatórias". 


Por que importa: O relacionamento da China com Coreia do Sul e Japão sempre foi marcado por tensões. Pequim enxerga os dois como extensão da ingerência americana na região e, no caso do Japão, pesam ainda acusações de genocídio durante a Segunda Guerra Mundial —as quais Tóquio nunca reconheceu nem ofereceu um pedido de desculpas. O anúncio eleva a temperatura na vizinhança da China e torna mais difícil a cooperação a curto prazo. A mudança gradual de foco da Rússia para a China pressiona o país asiático e pode ter consequências militares imprevisíveis.


PARA IR A FUNDO A embaixada da China em Brasília vai convidar três famílias brasileiras para celebrar o Ano-Novo Chinês em um jantar oferecido pelo novo embaixador, Zhu Qingqiao. Quem quiser concorrer precisa se inscrever em um concurso da representação no Instagram. (gratuito, em português) O Instituto Confúcio da Unesp abriu inscrições para novas turmas de mandarim. As aulas acontecem online ou presencialmente no campus da universidade. As matrículas vão até 23 de fevereiro e as informações sobre valores podem ser conferidas aqui. (pago)

Fonte: Folha de S. Paulo

Pode faltar ovo no Brasil? Entenda a escassez em diversos países do mundo

 MUNDO

Ovos vermelhos em caixa de papelão

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Nova Zelândia estão entre os países que enfrentam disparada de preços e falta de ovos neste início de ano. No Brasil, produção deve encolher pelo segundo ano seguido e preços tendem a continuar elevados

A brasileira Paula Moreno, de 43 anos e moradora há 12 deles em Los Angeles, nos Estados Unidos, passou na última sexta-feira (6/1) por uma experiência incomum nos geralmente abundantes supermercados norte-americanos.

"Fui ao supermercado aqui do lado de casa, o que eu geralmente vou, precisava comprar poucas coisas e uma delas era ovo. Cheguei lá, a prateleira do ovo estava inteira vazia e tinha um aviso dizendo que estava em falta", conta a farmacêutica.

Paula tirou fotos e compartilhou a notícia com os vizinhos. Uma amiga venezuelana, mais experiente em situações de escassez, logo descobriu quando outro supermercado do bairro seria reabastecido. No dia seguinte, estava na porta do local dez minutos antes da abertura às 8h.

Este segundo supermercado estava limitando a venda de ovos a duas caixas por pessoa, mas a amiga conseguiu levar três, já que estava comprando para outras famílias da vizinhança.

"Aí virou piada. Naquele dia mais tarde, minha mãe perguntou o que eu queria jantar, eu respondi 'um omelete' e essa minha amiga que estava aqui em casa logo brincou: 'Está dando uma de rica, esbanjando ovo'", conta a brasileira, entre risos.

Prateleira de ovos vazia em supermercado em Los Angeles, com aviso aos clientes de limite de compra de duas caixas por pessoa

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL/PAULA RAMÓN

Legenda da foto,

Prateleiras de ovos vazias e limite de compras por pessoa nos supermercados se tornaram comuns neste início de ano na Califórnia

Uma escassez global de ovos

A escassez de ovos vivida pela farmacêutica brasileira e sua amiga venezuelana em Los Angeles não é uma exclusividade da cidade da Califórnia, na costa oeste americana.

"Vivendo uma 'ovoansiedade' real com relação a essa escassez de ovos", escreve numa rede social uma jornalista em Nova York, na costa leste dos Estados Unidos.


"Está havendo uma escassez de ovos no Reino Unido? Não havia um ovo sequer à vista no supermercado outro dia", questiona um consumidor de Londres, na Inglaterra. "Meu Deus, sim! Não havia um único ovo no nosso supermercado semana passada", responde outra.

"Senhor @antoniocostapm, não há ovos nos supermercados, faça qualquer coisa", reclama uma consumidora de Lisboa, marcando o perfil do primeiro-ministro português António Costa.

Dos Estados Unidos, passando pela Europa e chegando à Nova Zelândia, o mundo enfrenta neste início de ano uma escassez global de ovos de galinha.

O curioso é que há explicações distintas para essa falta em diferentes partes do mundo.

Entenda os motivos da escassez global de ovos neste início de 2023 e quais as perspectivas para a oferta do produto no Brasil, em um momento em que muitos recorrem a essa fonte de proteína, tendo em vista a forte alta de preços dos alimentos.

Nos EUA, um surto devastador de gripe aviária

A falta de ovos nos Estados Unidos se deve principalmente a um surto devastador de influenza aviária.

Prateleira de ovos vazia em supermercado em Los Angeles, em foto tirada pela brasileira Paula Moreno

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL/PAULA MORENO

Legenda da foto,

Prateleira de ovos vazia em supermercado em Los Angeles, em foto tirada pela brasileira Paula Moreno

Segundo reportagem do jornal The Washington Post, citando dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o atual surto de gripe aviária já levou à morte mais de 44 milhões de aves poedeiras, ou cerca de 4% a 5% do plantel norte-americano.

"A gripe é o fator mais importante afetando o preço dos ovos", disse Maro Ibarburu, analista de mercado do Egg Industry Center da Universidade Estadual de Iowa, ao Washington Post. "Neste surto, em termos de aves poedeiras, nós perdemos 10 milhões de aves a mais do que no último surto, em 2015."

Desde fevereiro de 2022, a epidemia de influenza aviária já atingiu ao menos 47 dos 52 Estados americanos. Iowa, maior Estado produtor de ovos dos EUA, é o mais prejudicado.

Em Estados como Colorado e Califórnia, a escassez de ovos é agravada ainda por legislações locais que proibiram a criação de galinhas em gaiolas, exigência visando o bem-estar animal que retirou alguns produtores do mercado.

Segundo o jornal Los Angeles Times, a dúzia de ovos na Califórnia está saindo atualmente a US$ 7,37 (R$ 38,14), ante US$ 4,83 no início de dezembro e US$ 2,35 há um ano atrás, conforme dados do Departamento de Agricultura americano.

A escassez afeta principalmente os californianos mais pobres, reduzindo estoques dos bancos de alimentos para doação e prejudicando famílias que dependem de programas sociais federais com regras limitadas para compra de produtos.

Nas redes sociais, no entanto, a falta de ovos virou meme.

FONTE: BBC

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Moraes proíbe bloqueio de rodovias e invasão de prédios públicos em todo o país

POLÍTICA

Decisão atende a pedido da Advocacia-Geral da União, que identificou novas ameaças de atos de vandalismo; mega mobilização está marcada para esta quarta-feira, 11, em todas as capitais


Nelson Jr./ASCOM/TSE - 22/11/2018Alexandre de MoraesMinistro exige ainda a identificação de todos os possíveis veículos a serem utilizados na prática dos atos de obstrução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição do bloqueio de vias públicas e rodovias em todo o território nacional. A decisão atende a petição da Advocacia-Geral da União (AGU), encaminhada na noite desta terça-feira, 10, após identificar uma nova mobilização para protestos contra o resultado das eleições de 2022. No documento, o órgão afirma que “grupos extremistas vêm convocando manifestações de teor golpista”, como a “MEGA MANIFESTAÇÃO NACIONAL – PELA RETOMADA DO PODER”, marcada para acontecer nesta quarta, 11, em todas as capitais do país, a partir das 18 horas. De acordo com a AGU, as convocações vêm circulando em grupos de mídias sociais, em especial o Telegram, e o país se encontra “iminência de entrar com grave situação” após os eventos do último domingo, 8, quando vândalos furaram o bloqueio que isolava a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e invadiram as sedes dos Três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e da Suprema Corte -, causando a destruição de bens públicos e do acervo histórico da Presidência. “O mundo, estarrecido, assistiu à tentativa de completa destruição do patrimônio material e imaterial, além de todos o simbolismo que carregam das instituições democráticas. Estas resistiram e se fortaleceram. O patrimônio será reparado, infelizmente, à custa de todo o erário”, diz trecho da petição, que cita a nova mobilização em curso como uma “nova tentativa de ameaça ao Estado democrático de Direito”.

“Diante da iminência de ser constatado em todo o território nacional mais um cenário abusivo do exercício do direito de reunião e de verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito”, continua a AGU, ao pedir que uma série de medidas sejam tomadas para coibir novos bloqueios e invasões, incluindo a aplicação de multa horária e determinação de prisão em flagrante – o que foi atendido por Moraes. O magistrado determina a proibição de bloqueios em vias de todo o país ou invasões que interrompam o tráfego em prédios e espaços públicos, sob multa de R$ 20 mil para pessoas físicas e de R$ 100 mil para pessoas jurídicas que descumprirem a proibição por meio de participação direta em atos considerados “antidemocráticos”, assim como pela incitação – inclusive de forma eletrônica – ou prestação de apoio material, logístico ou financeiro para os bloqueios. 

No despacho, Alexandre de Moraes prevê que as autoridades públicas de todos os níveis federativos adotem, sob pena de responsabilidade pessoal, as providências necessárias para impedir as tentativas de bloqueios, executando a prisão em flagrante delito daqueles que “ocupem ou obstruam vias urbanas e rodovias, inclusive adjacências, bem como procedam à invasão de prédios públicos”. O magistrado exige ainda a identificação de todos os possíveis veículos a serem utilizados na prática dos atos de obstrução, com qualificação dos proprietários, e bloqueio de contas e grupos do Telegram utilizados para a convocação dos atos.


  • Fonte:Jovem Pan

Quem são e o que dizem os bolsonaristas do Senado contrários à intervenção de Lula?

 POLÍTICO

Oito parlamentares se posicionaram contra o decreto do presidente; veja


Votação no Senado Federal aprovando o decreto de Lula sobre a intervenção no DF aconteceu na manhã desta terça (10). Ao todo, oito senadores votaram contra. (Foto: Getty Images)

Oito senadores votaram, nesta terça-feira (10), contra a intervenção no Distrito Federal decretada pelo presidente Lula (PT) em função dos ataques realizados às sedes dos Três Poderes no último domingo (8).

Os parlamentares são dos partidos Podemos, PSDB, PL e PP e um deles é Flávio Bolsonaro, filho ‘01’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quem votou contra a intervenção federal no DF:

  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

  • Carlos Portinho (PL-RJ)

  • Eduardo Girão (Podemos-CE)

  • Carlos Viana (PL-MG)

  • Luis Carlos Heinze (PP-RS)

  • Zequinha Marinho (PL-PA)

  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)

  • Plinio Valério (PSDB-AM)

O decreto tem força de lei a partir da assinatura do presidente, mas ainda assim precisa da aprovação do Congresso em caráter de urgência. Ontem à noite, a Câmara dos Deputados aprovou a medida, o que fez com que a votação seguisse para o Senado. Participaram da votação 73 dos 81 senadores.

Quais foram os principais motivos?

 A maioria dos senadores contrários ao decreto criticou:

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Quem são e o que dizem os bolsonaristas do Senado contrários à intervenção?

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O senador manifestou desconforto com o nomeado por Lula para o cargo de interventor e disse que não está descartada a hipótese de haver infiltrados nos atos de vandalismo realizados no DF.

“O interventor, que é um jornalista, portanto não entende absolutamente nada de segurança pública [...] Não sei se essa pessoa, ao identificar pessoas que estariam infiltradas e teriam vínculos com partido à esquerda, vai ter isenção suficiente para promover a justiça que nós queremos”.

Carlos Portinho (PL-RJ)

Em discurso, Portinho criticou o fato da área dos Três Poderes estar desguarnecida e disse que “não fará como os colegas do PT” ao apontar de quem é a culpa.

"Se houve omissão, foi uma omissão generalizada. Um próprio colega nosso, em seu tuíte disse que já era sabido. Se já era sabido, o que fizeram as forças nacionais, o que fez o governo? Vocês são governo agora!”, exclamou. “A situação está normalizada. Por mais 15 dias, não vejo a necessidade de se manter um decreto de intervenção federal”.

Eduardo Girão (Podemos-CE)

Girão descreveu a situação no Brasil como uma “verdadeira caçada implacável a opositores” e defendeu que o Senado deve tomar ações para ouvir a “insatisfação da população”, em referência aos manifestantes que não aceitam o resultado das urnas.

“Vejo que o interventor é um jornalista, com todo respeito a sua história, mas qual a capacidade que tem para enfrentar uma situação dessa que já está controlada, inclusive? Eu não vejo efetividade com relação a esse decreto porque a gente tem que avaliar a própria responsabilidade do governo federal”.

Carlos Viana (PL-MG)

O senador disse que “nenhuma tragédia tem apenas uma causa” e que existe hoje um “discurso de hipocrisia contra um determinado lado”. Segundo ele, não é a primeira vez que atos de vandalismo acontecem no DF.

“Prender as pessoas que estavam nos ônibus, nas portas dos quartéis e tratá-las todas como culpadas, isso não é democracia. Eu proponho que façamos uma reflexão sobre todas as causas que levaram a essa tragédia, especialmente a nossa falta de representação popular e melhoremos a nossa imagem diante dos brasileiros com equilíbrio entre os Poderes”, concluiu, em crítica ao ministro Alexandre de Moraes.

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Assim como os demais colegas, Heinze critica a atuação de “ministros do STF” e destaca a insatisfação dos brasileiros e de parte dos senadores com a Casa.

“Eu não estou satisfeito e o povo brasileiro não está satisfeito”, apontou. “Não concordo com o que foi feito, mas quando o MST invadiu em 2013 o Congresso e depredaram, eu vi declarações do ministro Flavio Dino que aquilo eram movimentos democráticos, agora são terroristas. São dois pesos e duas medidas”.

Zequinha Marinho (PL-PA)

O parlamentar relembra que a situação aconteceu em outros momentos no Brasil, mas nunca foi tratada como “terrorismo”.

“Quem são os culpados, é só o governo do DF? Com certeza não. Se a ABIN se manifestou 48h antes, todo mundo já sabia, o governo sabia, o gabinete de segurança sabia, os ministros sabiam, assim como o governo do DF sabia. Por que só um tem que ficar suspenso do mandato e tem que haver intervenção federal? Vamos ter que dividir essa culpa com todos”.

Plinio Valério (PSDB-AM)

Nas redes sociais, o senador afirmou que votou contra a intervenção por ser “inconstitucional”, apesar da medida estar prevista na Constituição.

“E colocaram como interventor pessoa sem nenhuma experiência em segurança. Abomino os atos de violência, mas sou contra perseguição de inocentes que estão sem água e comida”.

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

Também nas redes sociais, Valentim afirmou que há “estados em situação pior de desordem pública, como o Rio Grande do Norte” e que merecem mais a intervenção do que o DF.

“Aqui sim deveria [ter] uma atenção especial do Governo Federal para combater a criminalidade, que assola nosso estado, atrapalha o turismo, desvaloriza os imóveis, desvaloriza bairros, que tiram empregos e vidas. Isso sim deveria ter uma intervenção, porque o governo é totalmente inoperante”, afirmou.


FONTE: YAHOO NOTÍCIAS



Entidades internacionais de advocacia repudiam ataques em Brasília

UNIÃO DE CLASSE

Obras e esculturas históricas foram destruídas em ato antidemocrático bolsonarista no domingo (8) Reprodução/Twitter

Os episódios de invasão e depredação dos prédios dos três poderes em Brasília por bolsonaristas apoiadores de um golpe levaram entidades internacionais de advocacia a manifestar repúdio pelos atos criminosos. Até esta quarta-feira (11/1), ao menos três associações tinham divulgado notas a respeito do ocorrido.

A Federação dos Advogados da Língua Portuguesa, com sede em Lisboa, e e seu Observatório do Estado de Direito registraram "apreensão e repúdio diante dos atos de violência e depredação que atingiram as sedes dos três Poderes constitucionais do Brasil".

"Essa inadmissível agressão caracteriza ato de sedição e agressão à democracia e ao Estado de Direito, que o conjunto das instituições, com apoio da sociedade civil, tem o dever de preservar, inclusive apurando responsabilidades, seja por ação, inspiração ou omissão, em todos os níveis", afirma a manifestação.

Também divulgou um posicionamento a Union Internationale des Avocats (UIA), que tem membros em 110 países e atua para defender a independência e liberdade de advogados em todo o mundo. Em seu comunicado, a entidade afirma que é necessário "identificar todos os responsáveis por esse ataque injustificável ao Estado de Direito".

Também pede que as autoridades brasileiras "tomem todas as medidas necessárias para prevenir e coibir quaisquer novas ações ilegítimas e não institucionais, de acordo com parâmetros nacionais e internacionais".

Também veio a público o Conselho de Colégios e Ordens de Advogados do Mercosul (Coadem), que reúne entidades representativas de classe da Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. O conselho apoiou a declaração divulgada pela OAB para repudiar "a invasão dos edifícios púbicos e o ataque aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário do Brasil, que representam um ataque à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito desse país".


FONTE: ConJur


Múcio nega renúncia e diz ser completamente falsa saída citada por Janones

 POLÍTICA

O comunicado foi feito pelo Ministério da Defesa por meio de nota.

Múcio chegou a dizer na semana passada que acampamentos bolsonaristas eram 'democráticos' Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


"O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, informa que não pediu renúncia do cargo. É completamente falsa a informação que circula nas Redes Sociais."

Em publicação ontem no Twitter, o deputado federal André Janones (Avante) disse que o chefe da Defesa entregaria sua carta de renúncia "nas próximas horas". O parlamentar teve papel importante na comunicação da campanha de Lula nas eleições presidenciais. No último domingo (8), quando foram registrados os atos bolsonaristas que destruíram a Praça dos Três Poderes, Múcio disse que não é mais possível "aturar" os acampamentos golpistas em frente aos quartéis-generais do Exército.

"Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso." José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, em entrevista à TV Globo.


Na semana passada, ao tomar posse, Múcio afimou que tinha amigos nos acampamentos e que as manifestações eram democráticas. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, Lula avaliou que o ministro errou ao chamar atos golpistas de "democráticos".

Do UOL, em São Paulo


Número de presos em atos de vandalismo em Brasília chega a 670

 BRASIL

Confira os nomes dos envolvidos

      Terroristas rendidos pela polícia após depredarem o Congresso e o STF Imagem: Reprodução


A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal atualizou hoje a lista de pessoas presas após os atos de terrorismo contra os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).
A versão mais recente da lista, atualizada na manhã desta quarta-feira (11), apresenta 670 nomes. Ao todo, 418 homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória II e 252 mulheres, à Penitenciária Feminina do DF. O número de presos deve aumentar. Na Academia Nacional de Polícia, há centenas de pessoas detidas que estão passando por uma triagem da Polícia federal para serem liberadas ou presas por envolvimento na depredação.


Veja nomes:


Fonte: UOL




Metaverso da Apple pode entrar no ar em 2023; saiba como investir

 NEGÓCIOS

Reprodução/Pixabay

29 de junho de 2007. Você conhece essa data? Para quem é fissurado na Apple (AAPL34) sabe que essa data foi o lançamento do primeiro iPhone. Apesar de ser revolucionário, este não foi o primeiro smartphone lançado no mercado, mas foi o que impactou o modo de se comunicar por meio de um celular. 

Essa não foi a primeira vez que a Apple entrou atrasada em um grande produto e nem será a última. Inclusive, essa é uma característica da empresa da maçã: de demorar a entrar em um mercado, mas quando entra o transforma. Pelo menos essa é a expectativa do mercado dos analistas do mercado com o possível lançamento do metaverso da Apple em 2023.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, a companhia deve apresentar, no 2TRI23, Reality Pro, antes da conferência anual dos desenvolvedores agendada para junho. Este dispositivo é um headset de realidade aumentada e virtual. Junto com o produto, a expectativa é que seja anunciado o metaverso da Apple. 


 Headset “Reality Pro” da Apple com base em vazamentos
Reprodução/Ian Zelbo

Já a comercialização do Reality Pro deve ser feita a partir de novembro, no fim do outono dos Estados Unidos. Ele deverá ter o novo sistema operacional xrOS e contará com um campo de visão de 120 graus. 

O equipamento seria a principal novidade da Apple para 2023. Olha que o ano deverá ser recheado de novidades com atualizações nas linhas de produtos da empresa, como os MacBooks, o Apple Watch e os iPads.

Apesar disso, alguns analistas em tecnologia sinalizam que o lançamento do Reality Pro pode prejudicar o desenvolvimento e lançamento de novos produtos, como iPads com telas maiores e o HomePod, semelhante ao Echo Dot equipado com Alexa da Amazon (AMZO34).

De acordo com o portal The Information, o Reality Pro deve custar cerca de US$ 3 mil, cerca de R$ 15.673,20, nos Estados Unido e será destinado para segmentos da educação. Uma das premissas do produto será a oferta de experiências de realidade virtual, por meio de uma parceria comercial e de um mecanismo batizado de Unity.

Em meio a tudo isso, a Apple já estaria trabalhando em uma versão atualizada do aplicativo da Apple Store, a loja de aplicativos da companhia, com a adição de recursos de realidade aumentada. Logo, essas funções poderiam ser ativadas pelos consumidores nas lojas físicas da empresa da maçã.

  • Como investir na Apple?

É possível investir na Apple comprando ações via corretora nos Estados Unidos. O ticker da ação é AAPL e a empresa é listada na Nasdaq.

Também é possível expor sua carteira à Apple via fundos.

Mas os investidores brasileiros ainda podem ter acesso também aos chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Apple: (AAPL34).

Eles são ativos que representam ações de empresas estrangeiras. No Brasil, investidores pessoas físicas, não-qualificados, podem investir em BDRs.

Quem adquire um BDR está, indiretamente, participando de uma empresa no exterior. E terá direito aos dividendos distribuídos pela companhia lá fora.

Funciona mais ou menos como um fundo de investimento. O investidor não vira o dono da ação, portanto não é sócio da empresa em questão.

Para comercializar um BDR, a instituição emissora do papel adquire várias ações de empresas estrangeiras. Depois monta um “pacote” e vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas.

Fonte: Eu quero invetir