segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Quem é Celina Leão, bolsonarista que assume governo do DF no lugar de Ibaneis

POLÍTICA

Governador do DF foi afastado por 90 dias por Alexandre de Moraes

Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados

Vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP) assume o poder nesta segunda-feira (9), após o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por Alexandre de Moraes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento de Ibaneis, inicialmente, por 90 dias, após os ataques de vândalos golpistas a prédios públicos no último domingo (8).

Alexandre considerou que a depredação das sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto contou com anuência do governo do DF, já que os preparativos para o ato eram conhecidos.

Ibaneis chegou a se desculpar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a presidente do STF, a ministra Rosa Weber, além dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD).

Além disso, o governador exonerou o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Mesmo assim, acabou afastado do poder.

Conheça Celina Leão

Celina Leão tem 45 anos, é natural de Goiânia e administradora. Ela foi deputada distrital em dois mandatos, então pelo PDT, entre 2011 e 2019, sendo que no segundo assumiu a presidência da Casa.

Em 2019, elegeu-se deputada federal, já pelo PP. Em 2020, afastou-se do mandato por sete meses para assumir a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal no primeiro mandato de Ibaneis no governo.

Foi escolhida para vice-governadora na candidatura de Ibaneis à reeleição, que venceu o pleito do ano passado ainda no primeiro turno.

Durante a passagem de Jair Bolsonaro (PL) no governo federal, Celina manifestou apoio ao presidente em diversas oportunidades, inclusive atuando ativamente na campanha à reeleição.

Apesar disso, manifestou-se contrariamente à invasão bolsonarista nos prédios dos três poderes. "Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público! Inadmissível a invasão aos poderes da República", escreveu nas redes sociais.

Alvo de investigação

Em 2017, ainda como deputada distrital, Celina foi alvo de uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) por corrupção passiva, em meio à Operação Drácon.

Ela teria feito parte de um grupo que negociou propina de 10% em troca da liberação de R$ 30 milhões em emendas parlamentares para custear serviços de UTI.

Na ocasião, Celina foi afastada da presidência da Câmara Legislativa. No ano passado, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão da ação penal da Operação Drácon.


Fonte: Yahoo Notícias



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