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terça-feira, 28 de outubro de 2025

Embarques de açúcar seguem aquecidos nos portos brasileiros

AGRONEGÓCIO


Imagem reprodução  Portos e Návios 


O ritmo das exportações de açúcar segue intenso no Brasil, confirmando a boa demanda internacional, mas com sinais de acomodação nos volumes e nos preços em relação ao cenário visto no ano passado. De acordo com levantamento da Williams Brasil, 86 navios aguardavam para carregar açúcar nos portos nacionais até 22 de outubro, redução em relação aos 90 registrados uma semana antes. Estão programadas exportações de 3,39 milhões de toneladas até o início de janeiro.

O Porto de Santos (SP) mantém liderança absoluta nas operações, concentrando 2,11 milhões de toneladas de açúcar a serem embarcadas. Outros terminais importantes incluem Paranaguá (PR), São Sebastião (SP), Maceió (AL), Recife (PE), Suape (PE) e Imbituba (SC). O levantamento considera navios já ancorados, em espera ou com chegada prevista até o começo de 2026.

No tipo de açúcar exportado, o VHP continua dominando o mercado, respondendo por mais de 3 milhões de toneladas programadas para embarque. Outros tipos, como o Cristal B150, TBC e VHP ensacado também estão presentes nos carregamentos.

Apesar do bom desempenho logístico, os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o setor ainda sente o impacto da queda nos preços internacionais. Em outubro, o preço médio ficou em US$ 412,20 por tonelada, retração de 13,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já a receita diária média alcançou US$ 74 milhões, uma queda de 8,1%, puxada justamente pela desvalorização do produto no exterior. De positivo, destaca-se o aumento do volume médio exportado: 179,6 mil toneladas por dia, crescimento de 5,9% na comparação anual.

Para o produtor brasileiro, o cenário é de atenção: o escoamento segue firme e a demanda internacional segue aquecida, mas a rentabilidade está pressionada pela queda do preço pago ao açúcar brasileiro. O momento exige gestão eficiente de custos e atenção às oscilações do mercado internacional, reforçando a importância de monitorar o fluxo logístico e as tendências globais de consumo e preços.

Fonte: Pensar Agro


sábado, 25 de outubro de 2025

Café e carne devem ser citados por Lula em conversa com Trump

 MUNDO

Imagem Piaui Hoje 


Exportadores brasileiros de café e de carne bovina redobraram as expectativas com possíveis avanços nas negociações entre Brasil e Estados Unidos para a redução ou retirada de tarifas para envio das duas commodities aos americanos. Os produtos deverão ser citados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião que terá com Donald Trump prevista para ser realizada em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo (26).

Nesta semana, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, confirmou a representantes do setor cafeeiro que o café estará na mesa de negociação no primeiro encontro presencial entre os presidentes.

Existem duas estratégias nas negociações em torno das exportações de café. A primeira é tentar uma suspensão imediata de todas as tarifas para o produto enquanto os governos trabalham para concluir um acordo comercial bilateral. Essa proposta já foi formalizada ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e está em avaliação pela equipe de Trump.

“Alckmin nos informou que fez o pedido diretamente ao presidente Lula para que ele aborde essa possibilidade de suspensão até a conclusão do acordo bilateral nessa importante conversa prevista para o dia 26”, informou Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), após reunião com o presidente em exercício.

Se não houver essa possibilidade, o Brasil pedirá para o café seguir na lista de isenção produto a produto, medida que pode garantir recuo, ao menos, da aplicação da tarifa adicional de 40%.

“Houve um movimento de pinçar produtos, como a celulose e parte das madeiras, que foram para o anexo 2 com isenção total, sendo retirados, inclusive, os 10% da tarifa-base, de abril. O vice-presidente nos relatou que, para essa possibilidade, o café é o primeiro produto a ser incluído na lista de isenção, tanto pelo governo brasileiro, quanto do lado dos EUA”, mencionou Matos, em nota enviada pela assessoria à imprensa.

Alckmin também informou que mantém contato com o Departamento de Estado e a Secretaria de Comércio americanos, além do United States Trade Representative (USTR).

Do outro lado do mundo, em Jacarta, capital da Indonésia, empresários brasileiros do setor de carne bovina intensificaram a articulação para que a proteína também seja mencionada por Lula na conversa com Trump. O presidente brasileiro está no país em missão oficial e participou brevemente da abertura de um jantar oferecido pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Cerca de 30 associados da Abiec estão na Indonésia. Entre eles, Joesley e Wesley Batista, donos da J&F, que mantêm proximidade e relação direta com Lula. Antes de um discurso na capital da Indonésia, o presidente fez questão de cumprimentar o irmão mais velho, Wesley, que estava na plateia. Não há informações se eles seguirão para a Malásia, onde ocorrerá o encontro com Trump.

No começo de setembro, Joesley Batista teve um reunião com Trump na Casa Branca, em Washington, em que mencionou a questão do tarifaço. A J&F, holding que controla a JBS, tem negócios nos EUA, com cerca de 75 mil funcionários e marcas como a Pilgrim’s e Swift.

Marcos Molina, controlador e presidente do conselho da MBRF, e Renato Costa, CEO da Friboi, também reforçam o time do setor frigorífico brasileiro no sudeste asiático. O setor aposta, ao menos, na retirada da tarifa adicional de 40% e manutenção da taxa de 10%. Como já há uma alíquota de 26,4% para as exportações brasileiras de carne bovina, a taxação cairia de 76,4% para 36,4%.


Fonte: O Sul