quarta-feira, 12 de julho de 2017

NOVIDADE

Região Serrana do Ceará lança 

picolé com sabor de café


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A iniciativa é do Sebrae, em parceria com entidades industriais, e produtores de grãos (FOTO: Ermesson Ferreira/Sebrae)


É muito difícil encontrar alguém que não goste de picolé, não é mesmo? Não importa se estamos falando de adultos ou crianças. Todo mundo adora essa delícia. No Ceará, um novo sabor de picolé está sendo comercializado na região serrana: é o picolé de café. A iniciativa é do Sebrae, em parceria com entidades industriais, e produtores de grãos.
O objetivo é divulgar a Rota do Café, um roteiro turístico envolvendo municípios de Baturité, Guaramiranga, Mulungu e Pacoti. Para a articuladora regional do Sebrae no Maciço de Baturité, Fabiana Moreira, a fabricação do produto é uma forma de valorizar a produção local.
“Nós estamos produzindo picolé através da produção local. Essa mensagem que a gente quer levar para os segmentos da gastronomia, uma atividade econômica da produção local”, afirma.
No roteiro, os visitantes podem conferir plantações de café em meio à Mata Atlântica e conhecem os processos de torra e moagem dos grãos. Tudo isso regado a um bom cafezinho e outras iguarias.
“Temos equipamentos, casarões antigos, o local onde se escoava o café. A rota fala disso, de história, natureza e geografia”, explica.
Segundo Fabiana Moreira, outros produtos devem ser lançados na região para divulgar a Rota do Café. “Aquela pessoa que vai da Região do Maciço pode ter contato com o cardápio diferenciado com outras sobremesas locais”.
O picolé promocional foi lançado neste final de semana durante a 21ª edição do Seminário PEC Nordestino, no Centro de Eventos do Ceará.

Fonte: Tribuna do Ceará

AGRONEGÓCIO

Balança comercial do agro tem 

superavit


Resultado de imagem para BALANÇA COMERCIAL

Saldo das exportações e importações alcança US$ 8,1 bilhões em junho Foto: Reprodução

As exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 9,27 bilhões, em junho, superando em 11,6% o valor registrado em igual mês do ano anterior. Do lado da importação, houve crescimento de 6,1%, passando para US$ 1,16 bilhão em junho deste ano.
O superavit comercial do agronegócio brasileiro elevou-se de US$ 7,2 bilhões para US$ 8,1 bilhões, sendo o segundo maior resultado da série histórica para meses de junho, abaixo apenas do valor de junho de 2014, quando foi de US$ 8,4 bilhões.
As vendas foram lideradas pelo complexo soja (grão, farelo e óleo), cujas vendas atingiram US$ 3,9 bilhões. O valor significa acréscimo de 8,1% sobre o que foi registrado em igual mês de 2016. Este segmento representou 42,7% do total das exportações do agronegócio no mês.
Os dados constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta segunda-feira, 10 de julho, pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O complexo sucroalcooleiro aparece em seguida, com exportações de US$ 1,36 bilhão no período, contabilizando aumento de 32,9% sobre junho/2016. Esse acréscimo foi puxado pelas vendas de açúcar em bruto, que tiveram incremento de 39,7%, alcançando US$ 1,07 bilhão (2,64 milhões de toneladas). Esse desempenho garantiu recordes em valor e quantidade para o açúcar em bruto, considerando meses de junho.
Na terceira posição da pauta, o setor de carnes registrou exportações de US$ 1,32 bilhão, revelando avanço de 1,7% no valor exportado em junho/2017 sobre igual período do ano anterior. As vendas de carne suína obtiveram o melhor desempenho do setor, com elevação de 26,9% sobre junho/2016 (+3,9% em quantidade e +22,1% no preço médio), passando para US$ 154,5 milhões.
O destaque seguinte foram as exportações de produtos florestais, que atingiram US$ 1 bilhão em junho/2017, superando em 21% o resultado de junho/2016. Sobressaíram-se as vendas de celulose, com aumento de 38,5% sobre junho/2016 (+16,9% em quantidade e +18,5% no preço médio), alcançando US$ 620,15 milhões.
O quinto melhor desempenho foi o de café, totalizando US$ 368,96 milhões, em junho/2017, com aumento de 4,2% sobre junho/2016. O principal item foi o café verde, com exportações de US$ 309,3 milhões, cifra 2% superior à registrada em junho/2016 (-7,7% em quantidade e +10,5% no preço médio).
Em conjunto, os cinco principais segmentos da pauta do agronegócio somaram US$ 8,04 bilhões, representando 86,7% do total das exportações registradas em junho de 2017.
Fonte: Mapa

 

DF

Procon deve ganhar nova sede no 

DF após acordo entre governo e 

MP



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Governador Rodrigo Rollemberg e o promotor do Prodecon, Paulo Roberto Binicheski (Foto: Marília Marques/G1)    


Um acordo de cooperação entre o Ministério Público e o governo do Distrito Federal autorizou o repasse de cerca de R$ 58 milhões de reais ao Procon para aquisição de uma sede própria e modernização de equipamentos nas dez unidades do órgão. O termo foi assinado nesta terça-feira (11), no Palácio do Buriti, em Brasília.
O recurso é proveniente de multas fixadas em razão da atuação da Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon) ou de outros órgão do MP. Os valores são acumulados no Fundo de Defesa do Consumidor, administrado por um conselho gestor.
Para o governador Rodrigo Rollemberg, a aquisição da nova sede desafoga os cofres públicos e a previsão é de que o novo prédio do Procon seja inaugurado até o primeiro semestre do ano que vem.
“Vamos procurar recursos necessários para compra de uma nova sede bem localizada, e com os [recursos] que estiverem disponíveis, equipá-la para que o Procon do DF seja considerado o melhor do Brasil, do ponto de vista técnico e na qualidade do atendimento.”
Segundo a diretora-geral do Procon, Ivone Machado, com o imóvel próprio e a modernização das unidades, o órgão pretende economizar cerca de R$ 70 mil por mês e até R$ 1 milhão por ano.
“Vamos implantar um Procon moderno, totalmente digital, com aplicativos. A gente quer um sistema de gerenciamento documental mais rápido e eficaz, além de veículos e postos de autoatendimento para população.”
Atualmente o órgão de defesa do consumidor está sediado no Venâncio 2000, no Setor Comercial Sul. São dez unidades distribuídas em todo DF, com cerca de 60 funcionários que fazem o atendimento ao público. No acordo de cooperação assinado nesta terça, não há previsão de aumento do efetivo.
Um acordo de cooperação entre o Ministério Público e o governo do Distrito Federal autorizou o repasse de cerca de R$ 58 milhões de reais ao Procon para aquisição de uma sede própria e modernização de equipamentos nas dez unidades do órgão. O termo foi assinado nesta terça-feira (11), no Palácio do Buriti, em Brasília.
O recurso é proveniente de multas fixadas em razão da atuação da Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon) ou de outros órgão do MP. Os valores são acumulados no Fundo de Defesa do Consumidor, administrado por um conselho gestor.
Para o governador Rodrigo Rollemberg, a aquisição da nova sede desafoga os cofres públicos e a previsão é de que o novo prédio do Procon seja inaugurado até o primeiro semestre do ano que vem.
“Vamos procurar recursos necessários para compra de uma nova sede bem localizada, e com os [recursos] que estiverem disponíveis, equipá-la para que o Procon do DF seja considerado o melhor do Brasil, do ponto de vista técnico e na qualidade do atendimento.”
Segundo a diretora-geral do Procon, Ivone Machado, com o imóvel próprio e a modernização das unidades, o órgão pretende economizar cerca de R$ 70 mil por mês e até R$ 1 milhão por ano.
“Vamos implantar um Procon moderno, totalmente digital, com aplicativos. A gente quer um sistema de gerenciamento documental mais rápido e eficaz, além de veículos e postos de autoatendimento para população.”
Atualmente o órgão de defesa do consumidor está sediado no Venâncio 2000, no Setor Comercial Sul. São dez unidades distribuídas em todo DF, com cerca de 60 funcionários que fazem o atendimento ao público. No acordo de cooperação assinado nesta terça, não há previsão de aumento do efetivo. 

Fonte: G1


ESPORTE







Londrina entra na briga pelo G4 e ABC perde pela 5ª vez seguida na Série B

O ABC chegou à sua quinta derrota na Série B do Campeonato Brasileiro nesta terça-feira à noite. Pela 13ª rodada da competição, o clube de Natal (RN) perdeu por 3 a 1 para o Londrina, no estádio do Café, em Londrina, e se manteve na zona de rebaixamento.
Com o resultado, o time paranaense chegou aos 19 pontos e entrou de vez na briga por um lugar no G4. Já o representante potiguar segue com 12 pontos, na zona de degola. E deve perder o técnico Geninho, que voltou à deixar seu cargo à disposição da diretoria.
O primeiro tempo foi de muita emoção, com os dois times se descuidando na defesa e facilitando com que os gols saíssem. Logo aos 11 minutos, o ABC abriu o placar. Depois de cobrança de falta de Gegê para a área, o goleiro César saiu mal e a bola sobrou para o estreante Lucas Coelho tocar de cabeça.
Animado com o começo, o time potiguar se descuidou e permitiu o empate rápido do Londrina. Aos 21 minutos, Jonatas Belusso escapou pela direita e cruzou para Wellisson desviar na primeira trave e balançar as redes. Aos 29 minutos, foi a vez de Celsinho receber o passe do centroavante e virar o placar.
O ABC continuou abalado com a situação do jogo e permitiu que Reginaldo fizesse um belo gol. O lateral do Londrina arrancou desde o campo de defesa, ficou frente a frente com o goleiro Edson e chutou forte para marcar aos 33 minutos.
A partida ficou mais truncada no segundo tempo e, consequentemente, os dois times criaram menos chances de gol. Aos sete minutos, Eltinho invadiu a área e cruzou rasteiro para Nando. O centroavante desviou, mas César conseguiu praticar grande defesa.
O ABC ainda teve mais uma oportunidade aos 23 minutos. Echeverría cruzou, a bola passou por todo mundo e Bocão recebeu com liberdade na entrada da área. O lateral soltou uma bomba, mas errou o alvo.
Os dois times voltam a campo no próximo sábado para a 14ª rodada. O Londrina recebe o Boa, novamente no estádio do Café, às 19h. O ABC vai até Lucas do Rio Verde (MT) para enfrentar o Luverdense, no estádio Passo das Emas, às 21h.
FICHA TÉCNICA:
LONDRINA 3 X 1 ABC
LONDRINA – César; Reginaldo, Matheus, Sílvio (Marcone) e Ayrton; Jumar, Jardel, Celsinho (Fabinho) e Artur; Wellisson (Rômulo) e Jonatas Belusso. Técnico: Cláudio Tencatti
ABC – Edson; Cleiton, Filipe (Dalberto) e Oswaldo; Bocão, Anderson Pedra, Márcio Passos, Gegê (Erivélton) e Eltinho (Echeverría); Nando e Lucas Coelho. Técnico: Geninho.
GOLS – Lucas Coelho, aos 11, Wellisson, aos 21, Celsinho, aos 29 e Reginaldo, aos 33 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Ayrton, Jumar e Sílvio (Londrina); Anderson Pedra, Echeverría, Márcio Passos e Filipe (ABC).
ÁRBITRO – Célio Amorim (SC).
RENDA – R$ 41.681,00.
PÚBLICO – 5.047 pagantes.
LOCAL – Estádio do Café, em Londrina (PR).

POLITICA



CVM: Falta de efetividade do hedge da Petrobras não ficou comprovada

Relator do processo que apurou o uso da contabilidade de hedge pela Petrobras, o diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Henrique Machado foi contra a visão da área técnica da autarquia sobre o uso de dívidas com prazo superior ao do objeto de hedge, isto é, as exportações da petroleira. No voto que prevaleceu na CVM, ele também rebate a ideia de que a Petrobras não poderia usar uma dívida contraída antes da existência do contrato de exportação a ser protegido. A interpretação do colegiado foi que a falta de efetividade da estratégia de hedge da estatal não foi comprovada.
Para os técnicos da CVM, a confirmação de que a Petrobras usou dívidas antigas na contabilidade de hedge reforçaria o entendimento de que o foco da estatal seria proteger a dívida de variações cambiais, não suas exportações. Mas Machado entendeu que não faria sentido econômico uma companhia ter que contrair novos empréstimos para garantir suas exportações futuras, quando já tem dívidas para isso. Ou seja, no caso da contabilidade de hedge em que se usa a dívida como proteção ao câmbio seria de sua essência o uso de instrumento anterior ao objeto a ser protegido.
O diretor destacou que caso prevalecesse o entendimento da área técnica, para cada contrato de exportação a companhia teria que contrair uma dívida posterior de igual (ou muito semelhante) valor e maturidade, como um derivativo. Como esse recurso teria como foco mitigar o risco das exportações futuras, não poderia ser usado nas operações da empresa. “Tenho, portanto, visão diametralmente oposta àquela esboçada no ofício de refazimento. A contabilidade de hedge aproxima a informação contábil da realidade econômica da companhia, além de eliminar a volatilidade nos resultados contábeis. Trata-se da essência do hedge natural decorrente das operações comerciais da Petrobras, retratada pelo cash flow hedging accounting”, diz Machado.
A Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM sustentava também no processo que a Petrobras teria designado instrumentos e objetos de hedge com vencimentos descasados, uma vez que as dívidas teriam prazo posterior à realização das exportações. Isso tornaria as relações de hedge inefetivas e não seria permitido pelo item 75 do CPC 38, norma contábil que rege o tema. Segundo o dispositivo, “a relação de hedge não pode ser designada para uma parte somente do período de tempo da duração do instrumento de hedge”.
A Petrobras reconheceu ter indicado, de fato, dívidas com vencimento diferente do objeto de hedge, mas diz que esta diferença não teria interferido nos testes de efetividade. Primeiro porque não existiria requerimento no CPC 38 de que o vencimento do objeto de hedge obrigatoriamente coincidisse com o do instrumento de hedge. Segundo porque seria presumido, durante todo o prazo da relação de hedge, uma proteção cuja efetividade, esta sim, poderia ser eventualmente afetada por algum descasamento entre os vencimentos do instrumento e do objeto de hedge.
Na visão da estatal não há proibição legal de que o vencimento dessas dívidas seja posterior ao prazo de realização das exportações a serem protegidas, desde que a mesma dívida seja usada como instrumento de hedge até seu vencimento. A Petrobras se vale da redesignação para viabilizar isso. Na medida em que as exportações “hedgeadas” se realizam, passa a usar aquela mesma dívida, não vencida, para proteger outro contrato de exportação.
De acordo com a empresa, caso de relações de hedge nas quais o risco a ser protegido é o de variação na taxa de câmbio spot, descasamentos nos vencimentos do instrumento de hedge e do objeto de hedge não poderiam gerar falta de efetividade, pois a taxa spot é a corrente na data de fechamento de balanço e, assim, seria a mesma para qualquer momento futuro. Desta forma, o efeito de sua variação sobre o valor de uma exportação futura seria da mesma magnitude e de sentido inverso ao efeito de sua variação sobre uma dívida de mesmo valor, ainda que a dívida vença após a exportação.
A Petrobras argumentou que a situação seria diferente caso o instrumento de hedge fosse um derivativo para proteger o risco da variação na taxa de câmbio futura (“forward”), porque essa taxa poderia variar para diferentes taxas no futuro. Assim, se o derivativo vencesse após uma exportação, por exemplo, diferentes taxas de câmbio forward poderiam resultar em falta de efetividade da relação de hedge.
Machado acompanhou o entendimento da estatal de que não havia vedação ao uso de dívida com prazo superior ao da exportação protegida. Ele destacou que os instrumentos de dívida são designados para relações de hedge durante toda a extensão de sua maturidade, ainda que os fluxos de exportações tenham periodicidade inferior. Ao final de uma relação de proteção, o instrumento de hedge é redesignado para uma nova relação, considerando a integral maturidade da dívida.
Em relação ao argumento da área técnica de que a Petrobras estava usando dívidas vencidas para realizar o hedge, a conclusão foi que é permitido usar dívidas renovadas ou substituídas por outras com melhores condições como instrumento de proteção. Negar isso seria engessar a empresa e não refletiria sua real situação financeira, já que a renegociação de dívidas faz parte do dia a dia das empresas.

POLITICA




Caiado diz que voto a favor da reforma não interfere em apoio a Temer

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que a aprovação da reforma trabalhista “não tem nada a ver” com o apoio ao governo do presidente Michel Temer. Tido como independente, Caiado era apontado como um dos indecisos sobre o texto, mas acabou votando a favor da proposta nesta terça-feira. “A votação não interfere nada. São matérias distintas”, declarou.
Ele disse ainda que a sua postura é “nem Temer, nem Lula”. “É um voto para a realidade do momento do Brasil. Não tem nenhuma vinculação à base do governo”, afirmou. “A matéria da votação da reforma não tem nada a ver com o apoio ao governo, tem a ver com a realidade do País e com a necessidade de se atualizar a legislação trabalhista, que carece de segurança jurídica”, disse. (Julia Lindner e Fernando Nakagawa)

POLITICA





Corretor diz que Bumlai fez primeiras tratativas por terreno para Instituto Lula

O corretor imobiliário Nelson Seixas Gonçalves Júnior confirmou, nesta terça-feira, 11, ao juiz federal Sérgio Moro, que as primeiras negociações pelo terreno onde supostamente seria sediado o Instituto Lula foram feitas pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seixas depôs como testemunha de defesa do advogado do petista, Roberto Teixeira, acusado de intermediar a compra do imóvel adquirido pela Odebrecht que, segundo os procuradores da República, seria uma forma de pagamento de propinas ao petista oriundas de contratos entre a construtora e a Petrobras.
Em outros depoimentos, como testemunha de acusação, Bumlai havia declarado que a ex-primeira dama Marisa Letícia – morta em fevereiro deste ano – o procurou e pediu sua “ajuda” para comprar um terreno que iria abrigar a sede do Instituto Lula.
O pecuarista contou que Marisa lhe disse que o objetivo era localizar um terreno para instalação do Instituto. Ali seriam acolhidos bens de propriedade do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que promoveria atividades culturais no espaço, “a exemplo do Instituto Fernando Henrique Cardoso”.
Bumlai disse que o primeiro empresário que procurou foi o então presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht – preso na Lava Jato desde junho de 2015. Odebrecht teria ajudado a fazer contato com outros empresários. O amigo de Lula, no entanto, disse que não se interessou pela compra do imóvel por impossibilidade financeira. Por isso, afastou-se da procura.
Em seu depoimento, o corretor responsável pela venda confirmou que as primeiras tratativas para a venda do terreno foram feitas por José Carlos Bumlai.
Fui eu nessa reunião, estava Roberto Teixeira, dona Edna e quem apareceu como interessado foi o senhor José Carlos Bumlai. Foi numa conversa preliminar, disse que tinha interesse no imóvel. Expliquei que era um imóvel complicadíssimo. Estava na carteira de imóveis do escritório do meu pai.
O corretor ainda relatou que Bumlai disse ter interesse no imóvel porque “estava vindo para o Brasil uma marca chinesa de carros”.
Seixas afirmou que posteriormente, o pecuarista repassou o negócio a Glaucos Costamarques, seu primo, que teria fechado a aquisição junto da DAG Construtora. O Ministério Público Federal ainda sustenta que o parente de Bumlai também teria adquirido e mantido em seu nome, em favor de Lula, com “R$ 504.000,00 provenientes dos crimes de organização criminosa, cartel, fraude à licitação e corrupção praticados pelos executivos do Grupo Odebrecht”, o apartamento 121 do residencial Hill House, em São Bernardo/SP, vizinho do imóvel onde mora o ex-presidente.

POLITICA





Procurador pede arquivamento de investigação contra Lula

Sob a alegação de que não é possível comprovar uma citação feita pelo ex-senador e delator Delcídio Amaral ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o procurador da República Ivan Cláudio Marx pediu o arquivamento de uma investigação aberta contra o ex-presidente para apurar suposta articulação de Lula, junto com membros do Senado Federal, para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Na mesma manifestação, o procurador dá a entender que Delcídio citou Lula para obter mais benefícios no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, como uma espécie de “barganha” e lembra que Delcídio estava preso antes da delação.
O senador cassado havia dito que foi convidado por Lula para uma reunião com os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Renan Calheiros (PMDB-AL) no Instituto Lula, em São Paulo, no ano de 2015 e que o objetivo era tentar obstruir o andamento dos casos relacionados à megaoperação. Renan e Lobão negaram ter tratado desse assunto com Lula. Após ouvir os três senadores, o procurador entendeu que não havia elementos de corroboração. Ele não achou necessário ouvir o ex-presidente “em razão de que obviamente não produziria provas contra si próprio”.
“No presente caso, não havendo nenhuma corroboração para a versão apresentada pelo delator, e nem mesmo a possibilidade de buscá-la por outros meios, o arquivamento dos autos é medida que se impõe. No caso, não há que se falar na prática de crime ou de ato de improbidade”, disse Ivan Marx.
‘Barganha’
O procurador Ivan Marx diz que “não se pode olvidar o interesse do delator em encontrar fatos que o permitissem delatar terceiros, e dentre esses especialmente o ex-presidente Lula, como forma de aumentar seu poder de barganha ante a Procuradoria-Geral da República no seu acordo de delação”.
Citando um outro processo que tramita contra Lula – já na fase de alegações finais -, sobre suposta compra do silêncio de Nestor Cerveró, Marx explica que Delcídio apontou Lula como “chefe do esquema que determinava o pagamento de propinas a Nestor Cerveró com o intuito de que este não firmasse acordo de delação premiada”.
“Nesse referido processo (40755-27.2016.4.01.3400), no qual o MPF logo apresentará alegações finais, Delcídio se encontrava preso antes da delação. A participação de Lula só surgiu através do relato de Delcídio, não tendo sido confirmada por nenhuma outra testemunha ou corréu no processo”, disse Marx sobre este outro processo.
Apesar de dizer que nenhuma pessoa confirmou o conteúdo trazido por Delcídio neste outro caso, o procurador diz que não está “adiantando a responsabilidade ou não do ex-presidente Lula naquele processo, mas apenas demonstrando o quanto a citação de seu nome, ainda que desprovida de provas em determinados casos, pode ter importado para o fechamento do acordo de Delcídio do Amaral, inclusive no que se refere à amplitude dos benefícios recebidos”.
“Assim, a criação de mais um anexo com a implicação do ex-presidente em possíveis crimes era, sim, do interesse de Delcídio. Por isso, sua palavra perde credibilidade”, disse o procurador.

terça-feira, 11 de julho de 2017

POLITICA






Ao deixar o plenário, Eunício evita comentar mérito da reforma trabalhista

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), evitou fazer juízo de valor sobre o teor da reforma trabalhista, aprovada na noite desta terça-feira, 11, no plenário da Casa. “Não sei, o presidente do Senado nem sequer vota”, respondeu, ao ser questionado sobre a proposta.
Ele disse ainda que o acordo do governo para alterar trechos do texto através de uma medida provisória (MP) e de vetos presidenciais foi feito com parlamentares, e não com a instituição do Senado. O presidente também reforçou que não participou de nenhuma tratativa com o Palácio do Planalto.
Eunício avaliou que atuou como um “democrata” ao lidar com a ocupação de senadoras na mesa diretora do plenário ao longo de todo o dia. “Pela primeira vez na história da República alguém invadiu a mesa do Senado e ficou durante oito horas. Nem a ditadura ousou sentar à mesa do Senado”, criticou.

POLITICA






Vasco pede ao STJD para jogar em São Januário mesmo sem torcida

O Vasco requereu nesta terça-feira (11) ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), no Rio de Janeiro, o cancelamento da interdição do Estádio São Januário ou autorização para o clube voltar a realizar jogos ali, mesmo sem presença de público.
O pedido foi encaminhado ao presidente do tribunal, Paulo César Salomão, que mandou interditar o estádio devido aos tumultos ocorridos após o jogo com o Flamengo, no último sábado (8), entre torcedores vascaínos e a Polícia Militar, e que se estenderam para as ruas do entorno de São Januário, onde um homem foi morto e outros dois ficaram feridos a tiros.
O clube quer manter os jogos no estádio até o julgamento do caso, que ainda não tem data marcada. Assim, o jogo do próximo domingo, contra o Santos, poderia ser realizado em São Januário. A defesa alega que o clube pode ser absolvido no julgamento e, dessa forma, se a interdição não for revogada, cumpriria uma pena que não lhe caberia.
A presença de público nos jogos em São Januário foi proibida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, por isso, o Vasco admite jogar de portões fechados, para que o STJD revogue a interdição. O presidente do tribunal prometeu analisar o pedido e dar uma resposta até esta quarta-feira.
Nesta terça-feira, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, voltou a responsabilizar a PM do Rio pelo tumulto no estádio, ao atirar bombas de efeito moral contra o público na arquibancada de São Januário, o que provocou um conflito generalizado, segundo ele.
Eurico também reafirmou que a responsabilidade pela segurança no estádio é da polícia e não do clube, que tomou todas as providências que lhe cabiam. O torcedor do Vasco morto nos incidentes com a PM, Davi Rocha Lopes, de 27 anos, foi sepultado nesta segunda-feira (10) no cemitério de Santa Cruz, zona oeste do Rio.

POLITICA






Empregados da UTC protestam após receberem avisos de demissões em massa

Empregados da UTC Engenharia reuniram-se hoje (11) na porta de uma unidade da Petrobras na Praia Campista, em Macaé, no norte fluminense, para protestar após receberem avisos de demissões feitas pela empresa que tem contratos com a estatal. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 2 mil funcionários receberam o comunicado. Os trabalhadores foram informados ontem (10) da demissão por meio de um telegrama em que a UTC alega que as rescisões ocorreram “em decorrência de motivos técnicos, econômicos e financeiros”.
Bruno Vieira trabalha há sete anos na UTC Engenharia em serviços para a Petrobras na Bacia de Campos na função de técnico de instrumentação e tem contrato até setembro. Segundo o técnico, antes do anúncio da demissão esses empregados sofriam com o atraso de salários, que não foram depósitos em junho.
“No dia 1º, o nosso pagamento não caiu. Eles alegaram que seria no quinto dia útil, mas só [foi depositado] para algumas pessoas e o nosso não. Eles alegaram que o pagamento que não caiu [na conta] é de pessoas que estão demitidas, porém, a gente não tem informação. Só a carta que a gente recebeu dizendo que fomos desligados da empresa”, disse Viera, que trabalhou em diversas plataformas da Petrobras, entre elas a P-33, a Cherne 1 e a Cherne 2.
Cerca de 2 mil empregados receberam o comunicado de demissão. “Os demais ainda não receberam [o telegrama], mas vai ser todo mundo”, disse, acrescentando, que os contratos ainda têm um prazo para frente, mas a empresa não tem condição de honrar. “Os contratos da UTC acabam todos em setembro. Eles não têm como manter. Não tem para onde correr”.
Sindicato
Durante a manifestação na porta da Petrobras, em Macaé, o advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Pintura Industrial e Construção Civil (Sintpicc), Leonardo Lessa, que representa os empregados, disse que, em uma reunião nesta terça-feira com dirigentes da UTC, a empresa se comprometeu a protocolar hoje na estatal um documento em que abre mão de recebíveis para que a Petrobras libere recursos que a construtora usaria para fazer o pagamento dos empregados. Segundo o advogado, isso ainda deve levar 48 horas até que a Petrobras receba o comunicado da UTC e analise se aceita o pedido.
Ficou acertado ainda que haverá uma força-tarefa para tornar mais rápido o processo de homologação das demissões. O advogado disse que os custos da empresa serão elevados. “Caso haja a demissão de todos os funcionários, estamos falando em R$ 120 milhões em rescisões. É um valor muito alto. A empresa informa que hoje o objetivo dela não é esse. É manter o máximo de funcionários possíveis, até porque seria um valor impagável. A demissão em massa de mais de 4 mil [número de funcionáios da UTC que prestam serviço para a Petrobras] dá um total de R$ 120 milhões”.
Outro lado
Em nota a UTC informou que paralisação de atividades nas plataformas P18, P19, P20, P26, P33, P35, P37, P50, P52, P54, P55 e P62, todas localizadas na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, foi em decorrência da decisão da Petrobras de não aditar os contratos de manutenção offshore, conforme previsão contratual.
A empresa informou que permanece tentando defender os interesses e os direitos trabalhistas do quadro de funcionários, com a regularização e aditamento dos contratos por parte da estatal. “A companhia informa que está e sempre esteve à disposição da Petrobras para encontrar uma solução que minimize o impacto social de tal medida. A UTC informa que nunca houve atraso de salários em toda sua história”, completou a nota.
Petrobras
A Petrobras, também por meio de nota, disse que a decisão da UTC Engenharia S.A de interromper a prestação de serviços de construção e montagem em plataformas na Bacia de Campos ocorreu de forma unilateral e após intensa tentativa de negociação por parte da companhia na busca de uma solução que priorizasse os trabalhadores envolvidos.
A empresa informou que não solicitou a desmobilização do efetivo da UTC, pois os contratos de prestação de serviços ainda estão vigentes e as obrigações assumidas pela Petrobras estão sendo regularmente cumpridas.
A Petrobras informou que antecipou, na quarta-feira passada (5), os pagamentos à UTC previstos para o final do mês de julho. “Esta antecipação foi excepcionalmente aprovada após pedido da UTC e teria como objetivo garantir o pagamento dos salários de junho dos empregados da empresa. Ainda assim, a Petrobras foi surpreendida com a decisão da UTC de desmobilização do seu efetivo a bordo”, disse.
As retenções parciais de recursos feitas pela Petrobras em junho e julho deste ano, segundo a estatal, se referem a falhas da UTC na execução de serviços contratados, em 2011, com a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. “Este procedimento está de acordo com o previsto nos contratos”. A Petrobras acrescentou que adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis para garantia da continuidade operacional e manutenção da segurança das instalações.
A UTC, investigada na Operação Lava Jato, foi uma das construtoras envolvidas no esquema de propinas com a Petrobras, a Eletrobras e a Valec. Ontem a empresa assinou acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) e se comprometeu a pagar R$ 500 milhões de multa em ressarcimento aos cofres públicos.

POLITICA






Em BH, América-MG ganha duelo mineiro contra o Boa e se mantém no G4 da Série B

O estádio Independência, em Belo Horizonte, recebeu nesta terça-feira um duelo mineiro pela 13.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O dono da casa, o América-MG, se deu bem e se manteve no G4 com uma vitória por 2 a 0 sobre o Boa.
Com o resultado positivo, o clube comandado pelo técnico Enderson Moreira segue na terceira colocação, com 23 pontos, e agora há sete jogos sem perder, sendo três empates e quatro vitórias. Do outro lado, o time de Varginha (MG), com 16 pontos, está próximo da zona de rebaixamento.
Mesmo atuando fora de casa, o Boa começou melhor que o América-MG e por muito pouco não abriu o placar aos 14 minutos. Wesley roubou a bola de Zé Ricardo na entrada da área, avançou e chutou cruzado. O goleiro João Ricardo conseguiu espalmar em escanteio.
A partir dos 30 minutos, o América-MG conseguiu equilibrar a partida e começou a levar susto ao gol adversário. Aos 32, Matheusinho recebeu um passe açucarado de Ruy e soltou uma bomba que o goleiro Daniel Luiz conseguiu defender.
Se entrar dentro da área estava difícil, Ruy resolveu arriscar de longe e abriu o placar aos 42 minutos. O meia acertou o ângulo do goleiro visitante e deixou o time mandante à frente antes de ir ao intervalo.
Na segunda etapa, a situação do América-MG ficou ainda mais tranquila. Com 11 minutos, novamente Ruy acertou um chute forte de fora da área, que estufou as redes e deixou o time de Belo Horizonte com dois gols de diferença no placar.
Para piorar o trabalho do técnico interino Nedo Xavier, o Boa ficou com um jogador a menos aos 20 minutos. Daniel Luiz deixou o gol, dominou mal a bola e teve que fazer falta sobre Bill em seguida. Como era chance de gol, o árbitro mostrou cartão vermelho para o goleiro. Desta forma, o clube de Varginha preferiu ficar contido para evitar uma derrota com um placar elástico.
Os dois times voltam a campo neste sábado. O América-MG enfrenta o Guarani, novamente no estádio Independência, na capital mineira, às 16h30. O Boa vai até Londrina (PR) para enfrentar o Londrina, no estádio do Café, às 19 horas. Os jogos serão válidos pela 14.ª rodada.
FICHA TÉCNICA
AMÉRICA-MG 2 x 0 BOA
AMÉRICA-MG – João Ricardo; Norberto, Rafael Lima, Messias e Pará; David, Zé Ricardo, Renan Oliveira (Ruy) e Matheusinho (Gerson Magrão); Luan (Neto Moura) e Bill. Técnico: Enderson Moreira.
BOA – Daniel Luiz; Ruan, Caíque, Júlio Santos e Paulinho; Escobar (Geandro), Diones e Fellipe Mateus; Reis (Fabrício), Thaciano e Wesley (Casagrande). Técnico: Nedo Xavier.
GOLS – Ruy, aos 42 minutos do primeiro tempo; Ruy, aos 11 minutos do segundo tempo.
CARTÃO AMARELO – Não houve.
CARTÃO VERMELHO – Daniel Luiz (Boa).
ÁRBITRO – Daniel Nobre Bins (RS).
RENDA – R$ 15.874,00.
PÚBLICO – 2.921 pagantes.
LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).