A partir de hoje até quinta-feira (25), representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estarão reunidos com agentes locais ligados às cadeias produtivas no estado do Ceará com o intuito de atualizar os pacotes tecnológicos dos custos de produção do leite, da castanha-de-caju e do pó e cera de carnaúba. O objetivo dos encontros é definir parâmetros de preços com base nas atividades e insumos mais utilizados na produção de cada cultura. A pesquisa abrange dados como mão de obra, implementos agrícolas, fertilizantes, mudas, entre outros. No primeiro dia serão visitados os produtores de leite do município de Morada Nova, em seguida os produtores de castanha-de-caju de Pacajus. Já no dia 25 de outubro, a reunião será feita com os produtores de pó e cera de carnaúba do município de Granja. A atualização dos pacotes tecnológicos dos custos de produção visa atender ao Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) e à Política de Garantias de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Esses programas auxiliam os produtores na comercialização ao garantir um bônus que cobre a diferença entre o preço mínimo e o valor praticado na venda do seu produto. Fonte: Conab
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (28) com ligeiras quedas, próximos da estabilidade. Perto das 8h28 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam perdas entre 0,25 e 0,50 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,73 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,87 por bushel.
De acordo com informações do Agrimoney.com, os participantes do mercado ainda aguardam as atualizações das previsões climáticas para o Meio-Oeste. Algumas regiões do Corn Belt ainda precisam de chuvas. No milho, as lavouras estão na fase mais importante de desenvolvimento, a polinização.
"A perspectiva para os próximos 6 a 7 dias é principalmente seca para o Meio-Oeste dos EUA. Então, o estresse das culturas provavelmente aumentará", disse Terry Reilly, no Futures International.
"Dada à falta de precipitação em várias áreas, as condições secas esperadas durante a próxima semana ou mais aumentam a sensação de que as culturas precisam de mais prêmio de risco climático", completou Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
Contudo, o site destaca que uma previsão de clima mais frio no início de agosto e os grandes estoques da cultura têm limitado os ganhos nos preços. "E mantiveram muitos investidores à margem do mercado", reforça o portal.
Brasil perdeu espaço no
mercado agrícola mundial, afirma OMC
País manteve a liderança mundial na venda de açúcar, suco de laranja e café Foto: reprodução
Os produtos agrícolas brasileiros perderam espaço no mercado internacional. Isso é o que revela a OMC em seu informe sobre a política comercial brasileira, que faz uma análise detalhada da situação do País.
Com a quarta maior superfície agrícola do mundo, o Brasil continua sendo o terceiro maior exportador do planeta, superado apenas pelos EUA e Europa. Mas, ainda assim, a fatia no mercado internacional encolheu. Na avaliação anterior feita pela OMC, em 2012, o Brasil correspondia a 7,3% do fornecimento mundial. No atual exame, a constatação é de que essa taxa caiu para 5,1%. A OMC destaca que o Brasil manteve a liderança mundial na venda de açúcar, suco de laranja e café.
Mas uma das constatações aponta para o fato de que o crescimento médio anual da produtividade no campo foi desacelerado, passando de 4,08% entre 2000 e 2009 para 3,99% entre 2000 e 2015. A OMC ainda sustenta que a produtividade do trabalho rural é quase quatro vezes inferior à produtividade nos demais setores da economia.
Para a organização, esta realidade da produtividade no Brasil é o reflexo da existência de duas agriculturas no País. A produção intensiva e em grande escala coexiste com um grande número de pequenos agricultores relativamente "improdutivos".
Saldo das exportações e importações alcança US$ 8,1 bilhões em junho Foto: Reprodução
As exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 9,27 bilhões,
em junho, superando em 11,6% o valor registrado em igual mês do ano
anterior. Do lado da importação, houve crescimento de 6,1%, passando
para US$ 1,16 bilhão em junho deste ano.
O superavit comercial do agronegócio brasileiro elevou-se de US$ 7,2
bilhões para US$ 8,1 bilhões, sendo o segundo maior resultado da série
histórica para meses de junho, abaixo apenas do valor de junho de 2014,
quando foi de US$ 8,4 bilhões.
As vendas foram lideradas pelo complexo soja (grão, farelo e óleo),
cujas vendas atingiram US$ 3,9 bilhões. O valor significa acréscimo de
8,1% sobre o que foi registrado em igual mês de 2016. Este segmento
representou 42,7% do total das exportações do agronegócio no mês.
Os dados constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta
segunda-feira, 10 de julho, pela Secretaria de Relações Internacionais
do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
O complexo sucroalcooleiro aparece em seguida, com exportações de US$
1,36 bilhão no período, contabilizando aumento de 32,9% sobre
junho/2016. Esse acréscimo foi puxado pelas vendas de açúcar em bruto,
que tiveram incremento de 39,7%, alcançando US$ 1,07 bilhão (2,64
milhões de toneladas). Esse desempenho garantiu recordes em valor e
quantidade para o açúcar em bruto, considerando meses de junho.
Na terceira posição da pauta, o setor de carnes registrou exportações
de US$ 1,32 bilhão, revelando avanço de 1,7% no valor exportado em
junho/2017 sobre igual período do ano anterior. As vendas de carne suína
obtiveram o melhor desempenho do setor, com elevação de 26,9% sobre
junho/2016 (+3,9% em quantidade e +22,1% no preço médio), passando para
US$ 154,5 milhões.
O destaque seguinte foram as exportações de produtos florestais, que
atingiram US$ 1 bilhão em junho/2017, superando em 21% o resultado de
junho/2016. Sobressaíram-se as vendas de celulose, com aumento de 38,5%
sobre junho/2016 (+16,9% em quantidade e +18,5% no preço médio),
alcançando US$ 620,15 milhões.
O quinto melhor desempenho foi o de café, totalizando US$ 368,96
milhões, em junho/2017, com aumento de 4,2% sobre junho/2016. O
principal item foi o café verde, com exportações de US$ 309,3 milhões,
cifra 2% superior à registrada em junho/2016 (-7,7% em quantidade e
+10,5% no preço médio).
Em conjunto, os cinco principais segmentos da pauta do agronegócio
somaram US$ 8,04 bilhões, representando 86,7% do total das exportações
registradas em junho de 2017.