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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

BRASIL

Em 90% do Brasil, mudanças no clima reduzirão abelhas e afetarão alimentos

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Sul e Sudeste serão as áreas mais afetadas FOTO: REPRODUÇÃO 


Na prateleira dos mercados, feijão, abacate e aquecimento global, que irá impactar polinizadores e, consequentemente, alimentos dependentes deles. No Brasil, 90% das cidades analisadas em uma pesquisa sofrerão redução de espécies de abelhas, que são importantes para a polinização.


Os pesquisadores se concentraram em 13 culturas agrícolas que possuem robusta base de dados, ou seja, com determinações sobre produtividade, localização, dependência de polinizadores e polinizadores efetivos –fatores com efeito real para polinização.
"Temos uma carência gigantesca de dados. Não sabemos quantas culturas existem no Brasil, mas devem ser centenas", afirma Tereza Giannini, autora do estudo e pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale.

Ao todo, o Brasil tem 5.570 municípios, de acordo com o levantamento mais recente do IBGE, dos quais 4.975 foram analisados. Os que ficaram de fora da análise, não possuem dados sobre a produção ou realmente não têm as culturas estudadas: acerola, abacate, feijão, coco, café, algodão, goiaba, tangerina, maracujá, caqui, girassol, tomate e urucum.

Giannini afirma que alterações nas produções de espécies com alto valor de produção, como café e algodão, podem ter impactos significativos na economia. Estudos anteriores calculam que as mudanças climáticas podem custar entre US$ 4,9 bilhões (R$ 16,6 bilhões) a US$ 14,6 bilhões (R$ 49 bilhões) para o Brasil.
A pesquisa levou em conta as 95 espécies de abelhas relacionadas às plantações estudadas. Segundo Giannini, em média no país, haverá uma redução de 13% na ocorrência desses animais.

Contudo, essa taxa tem grande variação pelo país e os municípios mais afetados ficam no Sul e Sudeste, com risco de redução de polinizadores de até 60%. As plantações de girassol e tomate de cidades de Minas Gerais seriam as que mais sentiriam a redução.

Antonio Saraiva, cientista da USP e um dos responsáveis pelo estudo, afirma que as conclusões da pesquisa trazem "as mudanças climáticas para o bolso e para a barriga das pessoas".
"Ter perda ou deslocamento dos polinizadores afeta a produção. Isso causa impactos em empregos e na renda local, e nos preços dos produtos pela diminuição da oferta", afirma Saraiva, que ressalta que a questão dos preços não foi tratada nas análises.

De forma geral, as produções de goiaba, tomate, café e tangerina serão as mais afetadas.
Para dimensionar o impacto do aquecimento global na ocorrência de abelhas, a pesquisa considerou um aumento de temperatura de 2°C a 4°C até 2050 –seguindo dados do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU).
"Precisamos entender melhor essas relações entre polinizadores e culturas agrícolas para preparar programas de conservação", diz Giannini. "As abelhas e polinizadores são prioritários. Se esses cenários se confirmarem, ficaremos em uma situação muito complicada quanto à produção de alimentos."

O estudo foi publicado nesta quarta-feira (9), na revista científica "Plos one".

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO

Tomate, arroz, óleo e banana puxam queda da cesta básica em Manaus a R$ 361,44

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O curso da cesta básica em Manaus caiu -1,81% no mês de julho em relação ao mês anterior, junho, chegando ao valor de R$ 361,44, conforme divulgou hoje o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o órgão, oito produtos apresentaram queda e quatro tiveram alta.
O tomate (-7,79%) foi o produto que apresentou maior queda no mês seguido do arroz (-7,44%), do óleo de soja (-5,34%), da banana (-5,25%), do açúcar (-3,05%), da carne (-1,74%), da farinha (-1,60%) e do pão (-1,51%). A manteiga (14,21%) foi o produto que apresentou maior alta no mês seguido do feijão (4,57%), do leite (2,45%) e do café (0,63%).
No mês passado, junho, o conjunto de 12 itens alimentícios essenciais que compõem a cesta básica custava R$ 368,09 e Manaus ocupava a 21ª colocação no ranking nacional das cestas básicas mais baratas, dentre as 27 capitais onde é realizada a pesquisa. Agora, Manaus passou a ocupar a 23ª colocação.
Em comparação ao mesmo mês do ano passado, julho de 2016, quando a cesta básica de Manaus custava R$ 404,22, houve uma variação de -10,58%, acumulada nos últimos doze meses.
Cesta x salário mínimo
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho de 2017, 41,93% do próprio orçamento para adquirir os mesmos produtos que em junho de 2017 demandavam 42,70%.
Em julho de 2017, o tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Manaus foi de 84 horas 52 minutos, ligeiramente inferior a jornada calculada para junho de 2017, de 86 horas 25 minutos.
Alimentação básica
O custo da cesta básica em Manaus para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que as crianças consomem o equivalente a um adulto) foi de R$ 1.084,32 durante o mês de julho de 2017.
Esse valor equivale a aproximadamente 1,16 vezes o salário mínimo bruto, fixado pelo governo federal em R$ 937,00. No mês anterior, o custo da cesta básica para esta mesma família era maior e foi de R$ 1.104,27, 1,18 vezes o salário mínimo bruto.
Outras capitais
O custo do conjunto de alimentos essenciais teve comportamento distinto nas capitais do país. Os preços caíram em 14 localidades e aumentaram em 13, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese.
As quedas mais expressivas foram registradas em Recife (-3,26%), Boa Vista (-3,06%), João Pessoa (-2,26%) e Fortaleza (-1,91%). Já as maiores elevações foram observadas em Belo Horizonte (2,35%), Porto Alegre (2,23%), Salvador (2,02%) e Palmas (1,81%).
*Com informações da assessoria de imprensa

A CRITICA