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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto é preso pela PF

OPERAÇÃO SEM DESCONTO
Imagem Reprodução Diário do Nordeste 



O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. 

Até a última atualização desta reportagem, nove pessoas foram presas, incluindo Stefanutto (veja lista abaixo). Stefanutto foi demitido do cargo em abril, após ser afastado da função quando o escândalo de fraudes ao órgão se tornou público. 

As investigações revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.

Veja a lista de presos até a última atualização:

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS;

Antônio Carlos Antunes Camilo, "Careca do INSS";

Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);

Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;

Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário também ligado à Conafer;

Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer.

André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS;

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS;
e a esposa dele, Thaisa Hoffmann.

FONTE: G1 E TV GLOBO 

PF e CGU deflagram nova fase da Operação Sem Desconto

BRASIL

Ao todo, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e diversas medidas cautelares

REPRODUÇÃO  PF

REPRODUÇÃO POLÍCIA FEDERAL

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quinta-feira (13/11) nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Policiais federais e auditores da CGU cumprem 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas da prisão nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.


FONTE: GOV.BR/PF





terça-feira, 28 de outubro de 2025

Ex-diretor nega envolvimento em fraudes durante depoimento à CPMI do INSS

BRASIL
Foto: Carlos Moura/Agência Senado


A CPMI do INSS ouviu nesta segunda-feira (27) o ex-diretor de governança do instituto, Alexandre Guimarães. Segundo Guimarães, ele só tomou conhecimento das fraudes no INSS a partir da divulgação da CPMI. Ele destacou que desconhece irregularidades que tenham ocorrido enquanto esteve no instituto. Segundo as investigações, Guimarães recebeu R$ 2 milhões de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS“, preso pela Polícia Federal.


A CPMI do INSS ouviu o ex-diretor de Governança do instituto Alexandre Guimarães. O advogado integrou o órgão entre 2021 e 2023 e foi alvo da Polícia Federal nas investigações sobre o esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados. Segundo Guimarães, ele só tomou conhecimento das fraudes a partir da divulgação da CPMI. Ele destacou que desconhece irregularidades que tenham ocorrido enquanto esteve no instituto. Segundo as investigações, Guimarães recebeu R$ 2 milhões de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS“, preso pela Polícia Federal. O pagamento foi feito por meio das empresas de cada um: a Brasília Consultoria, que tem Antunes e o filho, Romeu, no quadro societário e da empresa Vênus Consultoria, da qual Guimarães é dono. Ele afirmou que abriu a Vênus Consultoria para atender a demanda da empresa do Careca do INSS. (Alexandre Guimarães) "Eu não recebi do doutor do senhor Antônio, recebi da empresa que eu prestava serviço. assim que saiu a operação sem desconto, eu ainda prestei serviço em maio desse ano e depois encerrei e pedimos, é lógico, a empresa com a imagem negativa que eu prestava e meu nome também, nós optamos por encerrar a empresa." O depoente também informou que a diretoria que ocupava não era responsável nem pelo pagamento de benefícios nem pelos acordos de cooperação técnica. O relator, deputado Alfredo Gaspar, do União de Alagoas, considerou suspeitas as relações de Alexandre Guimarães com o Careca do INSS. (deputado Alfredo Gaspa)
"O que eu estou vendo aqui é um vínculo que não deveria ter existido entre um diretor do INSS e um chefe de organização criminosa. Mas o senhor não está aqui com habeas corpus, não vou me aproveitar dessa situação, mas infelizmente me parece que o senhor foi cooptado também pelo senhor careca do INSS." A CPMI ouve nesta terça-feira o empresário Domingos Sávio de Castro, que tem relações financeiras com uma entidade associativa que teria enviado valores ao Careca do INSS, e o piloto Henrique Galvão, que fez voos em aeronaves ligadas a Silas da Costa Vaz, vinculado à Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais, a Conafer.

 Da Rádio Senado, Pedro Pincer

AGÊNCIA SENADO

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Careca do INSS omitiu da Receita apartamento nos EUA

BRASIL

Lobista preso pela PF

Imagem Reprodução Câmara dos Deputados 


O empresário e lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, não informou à Receita Federal a compra de um apartamento de US$ 610 mil em Sunny Isles, na Flórida, nem as empresas que fundou nos Estados Unidos. A omissão foi detectada na declaração de imposto de renda de 2025, encaminhada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga fraudes bilionárias em descontos de benefícios de aposentados e pensionistas.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, deixar de declarar bens e negócios no exterior pode caracterizar omissão patrimonial e evasão de divisas, especialmente quando há movimentações financeiras internacionais associadas. A legislação brasileira exige que todo contribuinte relacione à Receita Federal os bens adquiridos, no Brasil ou fora dele, até 31 de dezembro do ano-base.

Em depoimento à CPMI, Antunes admitiu ser dono do imóvel. “Imóveis na Flórida, tenho – tenho, sim. Tenho um apartamento em Sunny Isles. Vendi um imóvel em Vicente Pires, no valor de R$ 3,5 milhões, quantia correspondente ao que usei na compra lá”, disse o lobista.

O empresário foi preso em setembro, durante a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, por risco de fuga e ocultação de patrimônio. Ele é apontado como uma das figuras centrais da Farra do INSS, esquema que desviou milhões de reais em descontos indevidos de beneficiários do sistema previdenciário.

Na declaração enviada ao Fisco, o lobista afirmou possuir R$ 2,5 milhões em espécie, além de 30 mil dólares e 28,5 mil euros em dinheiro vivo — mas não listou o imóvel nos EUA. Também declarou uma mansão em Brasília, cinco carros de luxo, aplicações financeiras e empresas registradas no Brasil.

Documentos obtidos pela CPMI mostram que o patrimônio de Antunes cresceu 5.884% em três anos, saltando de R$ 159 mil em 2021 para R$ 9,5 milhões em 2024 — justamente durante o auge das fraudes investigadas pelo Ministério Público e pela PF.


MEON