quinta-feira, 4 de setembro de 2025

CPMI DO INSS: Testemunha faz acusação forte sobre irmão de Lula

BRASIL
Imagem Reprodução: O Globo



O advogado Eli Cohen, responsável pelas apurações preliminares sobre descontos irregulares em pagamentos de aposentados, afirmou que o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, “provavelmente deve ser um laranja” no esquema descoberto no INSS.

Frei Chico atua como vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades que mais arrecadaram com os descontos irregulares.

Cohen participou como testemunha de uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na segunda-feira (1º). Ele afirmou que os diretores das entidades que aplicavam os descontos sem o conhecimento dos aposentados estão envolvidos no esquema, mas não devem ser o foco principal da investigação parlamentar.

“Se o irmão de alguém, ou seja lá quem for, é o diretor (de uma entidade), é claro que ele está envolvido. Mas todos que estão na diretoria são aqueles que não devem ser mirados por vocês. Vocês têm que achar quem está por trás da diretoria. Esses todos, inclusive o irmão do presidente Lula, para mim ele é um laranja, é um laranja, entendeu? A real é essa”, disse.

Segundo a testemunha, que se apresenta como advogado investigativo, os principais beneficiários do esquema que prejudica aposentados não ocupam cargos nas associações. Até o momento, a CPI do INSS não planeja ouvir um depoimento de Frei Chico.


Detalhes sobre os descontos do INSS

Fraudes envolvendo aposentadorias e benefícios: O escândalo envolveu a concessão irregular de benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões, muitas vezes sem que os critérios legais fossem cumpridos.

Participação de intermediários e associações: Pessoas e organizações se aproveitavam da vulnerabilidade de aposentados e segurados, oferecendo “facilidades” para liberação de benefícios mediante propina ou pagamento irregular.

Vítimas principais: Os aposentados e pensionistas foram os mais prejudicados, já que muitos foram induzidos a autorizar documentos ou pagamentos ilegítimos.


Envolvimento de funcionários públicos e investigativos: Alguns servidores e intermediários atuavam para acelerar processos de concessão de benefícios irregulares ou direcionar pagamentos indevidos.

Investigação e CPI: Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS foi instaurada para apurar irregularidades, ouvir testemunhas e mapear o esquema de fraude, incluindo pessoas que não ocupam cargos formais nas associações.

Impacto social e financeiro: O esquema gerou prejuízos financeiros ao INSS e abalou a confiança da população no sistema previdenciário, levantando debates sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência.


Fonte: Correio do Nordeste


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