A presença do ninho estimula e encoraja o casal a criar. A postura pode ter início de uma a duas semanas após a união do casal, desde que estejam sexualmente maduros, em boas formas físicas e prontos para criar. Geralmente, quando a fêmea entra no ninho a tarde e passa a noite lá dentro, é quando ela bota o primeiro ovo. A postura usual varia de 4 a 7 ovos, em média 5, colocados em dias alternados. Os ovos são brancos, variando no formato desde o quase esférico até o alongado, pesando ao redor de 6,5 gramas, cada.
Durante a época da postura a fêmea passa a maior parte do tempo no ninho. Geralmente o macho permanece sobre o ninho ou no poleiro mais próximo.
No sistema de criação em colônia, num único ninho podem ser encontrados 10 ou mais ovos, provenientes da postura de várias outras fêmeas. Como a ocupante do ninho não consegue incubar adequadamente tantos ovos, podem ocorrer perdas de ovos e filhotes.
Desnecessário frisar que durante o período de reprodução, o local onde ficam as gaiolas ou viveiros deve ser o mais tranquilo possível.
Conheça os riscos do sobrepeso para animais de estimação
Veterinária mostra gato de dois anos obeso, nos Estados Unidos Santa Fe Animal Shelter, Ben Swan/AP Photo
Um pedaço de linguiça aqui, uma guloseima ali: muitos donos acabam exagerando na hora de alimentar o animal de estimação, causando obesidade e doenças. Entenda por que não se deve conquistar o pet pelo estômago.Se visto de cima, seu labrador, pug ou gato parecer um tonel, você precisa admitir que seu animal de estimação está gordo demais. Na Alemanha, por exemplo, entre 40% e 60% dos pets estão acima do peso, e a tendência dessa taxa é de alta.Assim como acontece com os humanos, gordura demais é mais que um problema meramente estético. Os fiéis companheiros sofrem cada vez mais com problemas causados por sobrepeso e obesidade. Os quilos a mais são, literalmente, um peso na vida dos bichos. Paradoxalmente, o principal motivo para o sobrepeso do animal doméstico é uma estranha expressão de amor."Alimentar o animal de estimação é uma necessidade humana", diz Kathrin Irgang, veterinária e consultora de nutrição para cães, gatos e cavalos. "Muitos donos expressam o seu amor pelo bichinho dessa forma e, por isso, nem querem saber de dar menos comida", explica.Com a comida em excesso, diz Irgang, os animais que mais engordam são os mais velhos e os castrados, cujo metabolismo ficou mais lento, ou os que só conseguem se movimentar de forma restrita devido a problemas nas juntas.Além do amor expressado de maneira equivocada, a falta de limites e a ignorância são fatores decisivos na hora de alimentar o pet. "Em algumas casas, a tigela de comida está sempre cheia. Assim, não dá para saber o quanto exatamente o animal comeu durante o dia", alerta a veterinária.De boas intenções...Irgang diz que a obesidade dos animais domésticos é uma problema de luxo, e as consequências também são as mesmas que para os humanos. Problemas já existentes nas juntas de cães e gatos ficam maiores com o sobrepeso, por exemplo. Muitos bichos desenvolvem diabetes. Irgang diz já ter visto gatos tão gordos que não conseguiam mais alcançar todas as partes do corpo quando queriam lambê-las para limpá-las – o que causou infecções cutâneas.As doenças cardiovasculares também estão aumentando. Segundo a experiência da veterinária, cachorros, gatos e cavalos são os animais domésticos que mais sofrem com o sobrepeso e seus efeitos.Apesar de os animais darem sinais claros de que sofrem com o excesso de gordura, muitos donos costumam resistir a mudanças no comportamento. De acordo com Irgang, o maior desafio é deixar claro para os donos que seu pet tem um problema sério."Sempre tento argumentar com o Body Condition Score (BCS)", diz a consultora, referindo-se a uma escala usada para avaliar a condição física de animais – especialmente gado.Com a ajuda da escala, tanto veterinários quanto amadores podem reconhecer o acúmulo de gordura no tronco do animal doméstico, avaliando se o pet está gordo demais. Seguindo esse método, as costelas do animal também devem poder ser tocadas sem grande dificuldade. Olhando de lado, a barriga precisa traçar uma linha para cima entre o tórax e o quadril – e não estar "pendurada" para baixo. E, olhando de cima, o animal não pode parecer um tonel, e sim ter uma cintura definida para passar no teste.Dieta por amorNum primeiro momento, Irgang passa lições de casa aos donos dos pets. Preenchendo um formulário, as pessoas precisam listar exatamente o que dão de comer aos animais durante o dia. "Muita gente acaba 'esquecendo' as guloseimas", diz a veterinária. Porém, frequentemente essas são as maiores bombas calóricas, segundo a especialista.Em seguida, ela elabora um plano de nutrição e de atividades físicas para o pet. Mas, também aqui, nada funciona sem a disposição do dono de realmente ajudar o bicho – não adianta nada ter a mais ambiciosa das metas se o plano é abandonado já duas semanas depois do início."A dieta do animal sempre tem que ser adaptada ao dia a dia dos donos", explica Irgang, que destaca que o processo de emagrecimento é individual. "Muitos animais têm queixas extras, como alergias a certos tipos de alimento, que precisam ser levadas em consideração na escolha da comida", diz.Basicamente, aqui também vale o mesmo princípio que vale para os humanos: uma combinação de exercícios com comida saudável faz com que o animal volte a entrar em forma. Além disso, é preciso ser persistente. "Entre três e seis meses são um período realista para uma dieta", avalia a veterinária.
Ararajubas chegam a Belém para serem reintroduzidas a habitat natural
As aves vieram de São Paulo. Espécime, apesar de típico na região Norte, há 60 anos não tem registro na RMB. Foto: Reprodução G1
Após mais de 60 anos sem nenhum registro de aparição na região
metropolitana de Belém por conta de um processo de extinção,
chegaram nesta segunda-feira (7) a Belém, vindas de São Paulo, 12
espécimes do tipo Ararajuba, uma ave típica da região Norte e que
está sendo reintroduzida em seu habitat natural.
O Programa de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas
(Guaruba guarouba) em Unidades de Conservação da Região
Metropolitana de Belém é desenvolvido pelo Instituto de
Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará
(Ideflor-bio) e a pela Fundação Lymington, de São Paulo. A ação tem como objetivo a reinserção dos animais em seus
habitats naturais. A primeira área a receber as ararajubas é o
Parque Estadual do Utinga (PEUt), onde as aves, que chegaram ontem,
passarão por um processo de readaptação em viveiros e depois serão
reintroduzidas na área aberta do Parque do Utinga, Área de Proteção
Ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém, APA do Combu,
Refúgio de Vida Silvestre, na Alça Viária, e APA do Abacatal, em
Ananindeua. No parque, os animais passarão por uma fase de readaptação de
quatro meses, até que sejam libertas na natureza. A previsão é que
a soltura seja realizada no início de outubro.
O Prof. Dr. Luis Fábio da Silveira, do Museu de Zoologia da
Universidade de São Paulo, que coordena tecnicamente o projeto,
explica que as aves existiam na fauna de Belém e despareceram entre
as décadas de 40 e 50 por causa da expansão urbana, do desmatamento
e do comércio ilegal de animais silvestres. Hoje, a ocorrência de Ararajubas se dá em pequena parte do
estado do Maranhão, pequena parte do Pará e pequena parte do
Amazonas. “ É uma ave bastante ameaçada, mas que tem se
reproduzido com sucesso em cativeiros. É uma das aves mais bonitas
da região e que só existe na Amazônia Brasileira”, comenta o
pesquisador. Ele ressalta ainda que o Brasil é o País que mais tem
ocorrências de espécimes de papagaios e a Ararajuba, por causa de
sua plumagem, nas cores amarelo e verde, são bem representativas da
fauna e da natureza brasileira. “A Ararajuba é um animal que ajuda
na recomposição de outros animais e da própria floresta, como
dispersora de sementes, e controla o crescimento de outras árvores”.
Nesta terça-feira (09), às 14 horas, na sede do Ideflor, o
pesquisador apresentará o projeto ao público. Um dos mais emocionados com a achegada das Ararajubas em Belém
era o diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor, Crisomar
Lobato. Ele comenta que muitas gerações ainda não conhecem a
beleza das Ararajubas por causa de sua extinção na região. “É
um trabalho complexo e delicado, mas queremos devolver esta ave de
extrema beleza ao seu habitat”, comenta. Ele destaca que o primeiro
registro da espécie se dá em 1848 quando foram identificadas pelos
pesquisadores. O projeto está sendo coordenado pelo Dr. Luís Fabio Silveira, do
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), sob a
execução do biólogo Marcelo Vilarta, Mestre pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp). A espécie ararajuba está na lista
nacional de animais em extinção, na categoria ‘vulnerável’
(que enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro
bem próximo).
Exames gerais são rotina para os animais do Zoo de Brasília
O tigre Rabisco passou em 25 de julho por tratamento de canal em
uma das presas superiores. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília
Rabisco a princípio passaria apenas por uma endoscopia e exames gerais de rotina, mas a equipe percebeu que ele precisava fazer um canal para recuperar uma das presas superiores, o que ocorreu em 25 de julho.
Foram cerca de duas horas de cirurgia com acompanhamento de uma equipe multiprofissional até Rabisco ter um dos dentes completamente restaurado.
O cuidado, que no caso dele começou dias antes, com a programação do procedimento, não é exclusividade do tigre e se estende a todo o plantel daFundação Jardim Zoológico de Brasília.
O diretor de mamíferos do zoo, Filipe Reis, conta que em grande parte das vezes os problemas de saúde são percebidos pelo tratador, que tem contato próximo com os bichos.
É quem cuida diariamente do animal que avalia se ele se alimenta normalmente, se o comportamento mudou ou se há realmente algo de errado.
Além de tratar problemas pontuais, todos os bichos passam por exames de rotina com frequência.
Equipe multiprofissional garante a segurança e o cuidado ao animal
A equipe multiprofissional que cuidou de Rabisco e de outros quatro felinos em julho é formada por veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores. Um especialista em saúde bucal veio da Universidade de São Paulo (USP) para ajudar o grupo.
O planejamento para grandes intervenções começa com dias de antecedência. No caso dos grandes felinos, envolveu cerca de 48 horas de jejum, para não atrapalhar a anestesia, e um manejo cuidadoso no caminho do recinto até o hospital veterinário do zoo.
"Tratar um animal selvagem é diferente de um doméstico. Então, aproveitamos que temos de usar a anestesia para fazer logo uma avaliação geral"Roberto Fecchion, veterinário da Universidade de São Paulo
Durante o procedimento, outro especialista avalia os batimentos cardíacos e como cada bicho se comporta. “Tratar um animal selvagem é diferente de um doméstico. Então, aproveitamos que temos de usar a anestesia para fazer logo uma avaliação geral”, explica o veterinário da USP Roberto Fecchion.
Uma observação minuciosa no pós-operatório também é importante. É preciso, dependendo do caso, mudar a alimentação até que o animal melhore e fazer um acompanhamento veterinário mais rigoroso.
Dia a dia agitado para os veterinários do zoo
Beiçola é um macaco-prego com idade já avançada. Há mais de um ano, ele é um dos que vivem sob atenção do hospital veterinário do zoológico.
Rejeitado pelo grupo, o pequeno primata apanhou algumas vezes dos companheiros e após uma das brigas chegou a perder parte da língua.
Hoje, ele é acostumado ao cuidado humano. “Ele já foi [para o recinto com os outros macacos da mesma espécie] e voltou várias vezes, mas não se adapta”, pontua a veterinária da fundação Fernanda Fontoura.
O espaço também trata de Joe, um bugio fêmea que foi resgatado com a cara desfigurada e precisou passar por uma reconstrução facial. Ele ficou apenas com uma pequena cicatriz perto da boca.
Os animais que passam pela equipe veterinária geralmente seguem para os recintos da área de visitação, como Cacau. A paca fez uma cirurgia oftalmológica para corrigir uma úlcera de córnea há menos de um mês e já se recupera bem.
Mais de 5,3 mil animais silvestres foram atropelados no DF em cinco anos
Levantamento do Ibram, de 2010 a 2015, mostrou que rodovias duplicadas, como a BR-020, e vias próximo a unidades de conservação de proteção integral são as que mais registram esse tipo de acidente
A maioria dos atropelamentos ocorre em rodovias duplicadas, como a BR-020. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Pássaros de pequeno porte, sapos e cobras são as espécies mais atropeladas nas vias do Distrito Federal. Levantamento divulgado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) aponta que, de abril de 2010 a março de 2015, 5.355 animais foram atingidos por veículos — em quase todas as ocorrências, eles não sobrevivem.
Os acidentes mostram-se mais comuns em rodovias duplicadas e nas imediações de unidades de conservação de proteção integral.
São os casos da DF-205, nos arredores da Reserva Biológica da Contagem (próximo à Fercal), e da DF-131, estrada que margeia a Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. Ambas as vias se destacaram no mapeamento, para o qual foram percorridos 55.176 quilômetros.
55.176 quilômetrosDistância percorrida pelo Ibram para mapear acidentes com animais silvestres no DF
“Percebemos que os atropelamentos ocorrem com mais frequência em locais onde há maior tráfego e onde o espaço para o animal percorrer é maior”, explica Rodrigo Santos, biólogo e analista de Atividades de Meio Ambiente, do Ibram.
Trechos no Programa de Assentamento do Distrito Federal (PAD-DF) e na Área de Proteção Ambiental (APA) da Cafuringa, na região da Bacia de Santa Maria, também têm muitos registros de acidentes. Além delas, a BR-020, em Planaltina, apresenta muitas ocorrências dessa natureza.
A pesquisa foi feita no âmbito do Projeto Rodofauna, do Ibram, e resultou na tese do doutorado de Santos para o curso de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB).
O balanço deu origem a mapas de incidência de atropelamentos, material que pode embasar campanhas de conscientização da população a respeito dos cuidados com a fauna.
A velocidade desenvolvida pelos veículos é fator significativo na mortandade. “O atropelamento é um impacto maior que o tráfico para a fauna. Isso porque perdemos o animal, não existe possibilidade de retorno ao meio ambiente”, afirma o analista do Ibram.
Em cinco anos de levantamento, somente três animais foram encontrados ainda com vida pelas equipes de pesquisadores. No entanto, eles morreram a caminho do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"O atropelamento é um impacto maior que o tráfico para a fauna. Isso porque perdemos o animal, não existe possibilidade de retorno ao meio ambiente" Rodrigo Santos, analista de Atividades de Meio Ambiente, do Ibram
Veículos de grande porte causam impacto na fauna
Além de atropelamentos, carros e caminhões também podem matar a fauna com rajadas de vento. Espécies de pequeno porte, como o Volatinia jacarina, popularmente conhecido como tiziu, morrem com o impacto do vento.
“O tiziu fica na margem da pista, se alimentando de grãos que caem de carregamentos. Só o deslocamento de ar causado pelo caminhão pode matá-lo”, explica Rodrigo Santos.
O levantamento encontrou 1.221 indivíduos da espécie atropelados no período. O tiziu é um pássaro pequeno de natureza migratória. Ele vem para o Planalto Central para se reproduzir.
Outras espécies atingidas com frequência
Sapo-cururu (Rhinella schneideri)
190
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
114
Cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena alba)
103
Cascavel (Caudisona durissa)
94
Cachorro-do-mato (Cerdocyn thous)
79
Anu-preto (Crotophaga ani)
63
Tesourinha (Tyrannus savana)
61
Saruê (Didelphis albiventris)
61
Jiboia (Boa constrictor)
58
Suindara (Tyto furcata)
56
Fonte: Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
Atropelamentos intencionais são comuns
Há casos em que os animais sofrem atropelamentos de forma intencional, seja por superstição ou por aversão à espécie. Cobras são vítimas comuns desses motivos.
“Percebemos a intencionalidade ao encontrarmos uma cobra morta no acostamento. Às vezes, vemos até marcas de pneus no asfalto, o que mostra que o condutor saiu da pista para atingi-la”, conta Santos.
A atitude, no entanto, provoca perda severa à biodiversidade da região. Por isso, os motoristas devem evitar esse hábito. “O trabalho principal é a sensibilização dos condutores”, defende o biológo do Ibram.
A sinalização é instalada em áreas onde é comum a travessia de animais. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Um dos cuidados fundamentais para evitar atropelamentos é não jogar alimentos na estrada. Isso porque restos de comida são um dos atrativos dos bichos para a pista.
Outra dica é estar atento à placa de travessia de animais. “As placas são colocadas justamente em locais de passagem de fauna, como corredores ecológicos. Ao avistá-las, a recomendação é reduzir a velocidade”, orienta o servidor do Ibram.
Ao encontrar um animal silvestre atropelado com vida, pode-se acionar o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), capacitado a fazer resgates. Os telefones para contato são a Central 190 e o canal direto de comunicação com o batalhão, pelo celular (61) 99351-5736.