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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Vírus da febre amarela é detectado em urina cerca de um mês após contaminação

CIÊNCIAS
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FOTO: REPRODUÇÃO GOOGLE IMAGEM

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu detectar o vírus da febre amarela na urina e sêmen de um paciente cerca de um mês após a contaminação. A descoberta foi publicada na revista Emerging Infectious Diseases, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, agência de proteção à saúde dos Estados Unidos. O estudo contou ainda com a colaboração dos institutos Butantan, de Infectologia Emílio Ribas e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Segundo o artigo, a detecção a partir da urina é uma nova ferramenta para os diagnósticos, reduzindo a quantidade de resultados falsos negativos. Para o coordenador do projeto, o professor da USP Paolo Zanotto, o método também é interessante por ser menos invasivo do que os exames de sangue, método tradicional de diagnóstico da doença.
Logo após a publicação do estudo, segundo Zanoto, a novidade começou a ser usada em algumas unidades de saúde de São Paulo. “Várias unidades aqui em São Paulo já estão usando a urina para a confirmação de infecção. É interessante porque, como você tem esse vírus na urina mais tempo, é uma outra ferramenta muito útil”, enfatizou.
O paciente, um homem de 65 anos, esteve em Januária (MG) em 28 de dezembro de 2016, e em uma área rural do estado de São Paulo em 3 de janeiro de 2017. No dia 6 de janeiro apresentou os primeiros sintomas de febre amarela: febre, dores no corpo e náusea. No dia 16 de janeiro, quando ele já estava convalescendo, depois de ter perdido 4 quilos em oito dias, os exames de sangue deram resultado negativo para a presença do vírus. Porém, o diagnóstico por meio da urina indicou a presença genética do vírus nessa oportunidade e ainda no dia 27 daquele mês.
Surpresa
A nova possibilidade de diagnóstico é surpreendente, de acordo com Zanotto, uma vez que a febre amarela tem sido alvo de intensas pesquisas há muito tempo. “O vírus da febre amarela é estudado há mais de 100 anos em detalhes e esse é um vaso que estava no meio da sala e a gente nunca tinha visto”, ressaltou.
Agora, a descoberta está servindo de base, segundo o pesquisador, para estudos mais aprofundados sobre o tema, na medida em que o país tenta lidar com um novo surto da doença. “Vários grupos de vigilância, mesmo grupos que estão envolvidos no atendimento a pacientes, incorporaram essa técnica. Então, vários grupos vão tabular resultados e, daqui a pouco, a gente começa a ver as publicações e a importância disso”, disse.
O último balanço divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Ministério da Saúde aponta para 353 casos da doença em todo o país, com 98 mortes, entre 1º de julho de 2017 e 6 de fevereiro deste ano. Até o momento, não foi identificada transmissão da febre amarela na área urbana. Entretanto, um caso ocorrido em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, está sob investigação.
Zanotto ressaltou que, apesar de não existirem evidências de contaminação em áreas urbanas, essa é uma possibilidade que deve ser monitorada. “O risco de um surto urbano existe, até porque ele já aconteceu aqui antes”, alertou. Desde 1942, todos os casos de transmissão da doença ocorreram em área de mata.

Fonte: Jornal do Brasil

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

MEIO AMBIENTE

A matemática a serviço do meio 

ambiente

 



O programa Ambiente É o Meio desta semana entrevistou o professor Francisco Louzada Neto do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Campus da USP em São Carlos.
No programa, o professor fala sobre o projeto criado através do Centro de Ciências de Matemática e Estatística Aplicada a Indústrias (CeMAI) de um sistema de gestão de resíduos sólidos para a Cooperativa Socioambiental Reenvolta de São Carlos.
Ele conta que o trabalho multidisciplinar foi desenvolvido inicialmente por uma percepção teórica e transitou para a prática. Dessa forma, oferece soluções para a comunidade, indústria e setor governamental.
Os cooperados apresentaram problemas na gestão e no gerenciamento dos resíduos sólidos, por isso foi criado o Sistema de Gestão de Gerenciamento Sólidos. “É simples, de fácil acesso para ser usado no gerenciamento em uma determinada comunidade”, afirma. O professor ainda revela que o maior problema é a conscientização para a problemática que envolve o descarte de resíduos sólidos.
A ferramenta exige conexão com a internet, armazena e coleta dados na nuvem, realiza a análise estatística e gera relatórios dinâmicos em tempo real. Por exemplo, a cada despejo de resíduos o funcionário ou usuário registra a data, quantidade, tipo e destino; assim ele recebe tabelas e gráficos de fácil entendimento, que também vão auxiliar no gerenciamento.

Jornal da USP

domingo, 6 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO

Prazo para solicitação de isenção da taxa da Fuvest acaba nesta segunda (7)

Para obter a gratuidade, candidato precisa comprovar renda familiar de até R$ 1.405,50 por pessoa; comprovantes podem ser enviados até terça-feira

Taxa de inscrição para o vestibular da Fuvest poderá ser paga até o dia 12 de setembro
Cecília Bastos/USP Imagem  Taxa de inscrição para o vestibular da Fuvest poderá ser paga até o dia 12 de setembro


Termina nesta segunda-feira (7) o prazo para solicitação de isenção ou redução da taxa de inscrição para o processo seletivo de 2018 da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular). A data-limite para envio dos comprovantes de situação socioeconômica é na terça-feira (8).
Para solicitar a isenção total da taxa da Fuvest , o candidato deve comprovar renda familiar de até R$ 1.405,50 por pessoa. Para ter desconto de 50% do valor da taxa, a renda per capita do domicílio deve estar entre R$ 1.406,00 e R$ 2.811,00.

No processo seletivo de 2018, serão oferecidas 8.402 vagas em cursos da USP. As inscrições devem ser realizadas de 21 de agosto a 11 de setembro. A prova da primeira fase está marcada para ocorrer no dia 26 de novembro, enquanto a segunda fase deverá acontecer entre os dias 7 e 9 de janeiro do ano que vem.

Para os candidatos que não tiverem os pedidos de isenção ou redução deferidos, a taxa de inscrição cobrada é no valor de R$ 170. O valor poderá ser pago até o dia 12 de setembro.

Sistema de Cotas

No mês passado, o Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) aprovou a criação de um sistema de cotas que propõe a reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas nos cursos de graduação da instituição a partir do próximo ano.

No ingresso de 2018, serão reservadas 37% das vagas de cada unidade de ensino e pesquisa; em 2019, a porcentagem deverá ser de 40% de vagas reservadas de cada curso de graduação; para 2020, a reserva das vagas em cada curso e turno deverá ser de 45%; e no ingresso de 2021 e nos anos subsequentes, a reserva de vagas deverá atingir os 50% por curso e turno.
Novos cursos
Em 2018, a USP oferecerá dois novos cursos: Medicina, que será ministrado no campus de Bauru, e o Bacharelado em Biotecnologia, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na Zona Leste de São Paulo.

Também foi ampliado o número de vagas em dois cursos já existentes: Bacharelado em Sistemas de Informação, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), que passou de 40 para 50 vagas; e Bacharelado em Biblioteconomia, oferecido pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), que passou de 15 para 20 vagas.


A partir do próximo vestibular da Fuvest, o Bacharelado em Música com habilitação em Instrumento de Sopro, oferecido pela ECA, passará a oferecer a ênfase em Clarone, em soma às outras oito ênfases já oferecidas (Clarinete, Fagote, Flauta, Oboé, Trombone, Trompa, Trompete e Tuba).


Último Segundo

segunda-feira, 17 de julho de 2017

BRASIL

A nova fronteira de desenvolvimento rentável e 
sustentável do Brasil

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Os vetos ao uso dos recursos na Amazônia costumam ter interesses confessáveis – a proteção da biodiversidade – e não confessáveis. E isso prejudica todo o país. Foto: reprodução


Augusto César Barreto Rocha é doutor em Engenharia de Transportes, empresário, professor do Doutorado em Biotecnologia da UFAM Todos os brasileiros entendem que a Amazônia faz parte de um patrimônio importante e com potencial econômico, devendo ser preservado para as gerações futuras. A unanimidade começa a reduzir quando se fala em aproveitamento econômico, trazendo oportunidades do futuro para o presente, pois há uma sensação ampla de que não é possível usar os recursos da natureza sem a destruição da floresta, o que é uma ignorância compreensível para o grande público, mas não aceitável no meio de especialistas em desenvolvimento.[ x ]Os vetos ao uso dos recursos na Amazônia costumam ter interesses confessáveis – a proteção da biodiversidade – e não confessáveis. Isso precisa ficar claro para todos, porque há aqui um interesse nacional e que, em princípio, deve ser um interesse de toda a sociedade. 

Não será unânime, pois temos que contar com ambientalistas sectários que gostam de condicionadores de ar e computadores.A criação da economia da Zona Franca de Manaus estava também vinculada a um interesse geopolítico, assegurando a presença brasileira na região, com atividade econômica não-predatória. Precisamos agora dar o próximo passo com o uso dos recursos da biodiversidade da região, sob o manto da sustentabilidade, com respeito às sociedades envolvidas e também com retorno econômico. 
Dissociar qualquer destes elementos vai contra o interesse maior do país.Somos um país pouco competitivo, inserido em uma crise sem precedentes, o que torna oportuno este momento para a criação de uma nova frente de desenvolvimento, contrapondo o pessimismo dominante e os modelos mentais atuais para a geração de riqueza. Há uma grande oportunidade de criar uma nova fronteira para o desenvolvimento do Brasil, seguindo os padrões da sustentabilidade e de compliance corporativo, tão importante neste momento histórico.
O conceito estratégico que propomos é a criação de cinco áreas de desenvolvimento e que cada uma destas áreas deve ser desdobrada em mais cinco áreas, perfazendo 25 subáreas voltadas para o desenvolvimento de produtos da região, que sejam vendáveis no mercado local e global. Só o lucro poderá levar a sustentação econômica de um projeto de tal envergadura, atraindo investidores e capital de risco, movimentando o dínamo da geração de riqueza.Alguns números para inspirar: o Amazonas, maior estado do país, possui 155 milhões de hectares. A indústria vinícola francesa possui 861 mil hectares, o que representaria cerca de 0,55% da área do estado do Amazonas. Há no acervo do INPA inúmeros produtos da natureza amazônica que possuem impacto econômico compatível. Para chegar a estes produtos é necessário investimento em pesquisa básica e pesquisa aplicada, ao longo de alguns anos, fomentando toda a sua cadeia produtiva.

A Castanha é reconhecida como a maior fonte natural de selênio. Pesquisas da Embrapa, USP, e de diversas instituições estrangeiras, associam o consumo diário de uma castanha ao combate de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer, obesidade e Mal de Alzheimer. Sequer conseguimos equacionar, satisfatoriamente o método de teste adotado pelo regulamento europeu que diz respeito ao controle da aflatoxina, um fungo cancerígeno. Nos anos 1960 éramos praticamente os únicos exportadores e nos últimos anos, tanto a Bolívia, quanto o Peru passaram a exportar muito mais que o Brasil. Nosso maior inimigo é interno, por isso precisamos resolver entre nós como usar de maneira responsável os recursos naturais da região. Será que faremos com a castanha e o açaí o mesmo que fizemos com a borracha?Já começamos a desperdiçar novas oportunidades: hoje o maior produtor mundial do tambaqui é a China. Propomos construir uma nova história em cinco arranjos produtivos. Fica o convite para os investidores de capital de risco: venham para a Amazônia – a nova fronteira de desenvolvimento – rentável e sustentável do Brasil.

Fonte: InfoMoney