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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Carvão, o grande poluidor que continua sendo amplamente utilizado

ECONOMIA 
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As usinas de carvão continuam sendo a maior fonte de produção de eletricidade do mundo (40%, à frente do gás)Patrik STOLLARZ / AFP

O carvão é o maior emissor de CO2, mas continua sendo a principal fonte de energia no mundo e sua demanda se mantém, especialmente na Ásia. A demanda mundial de carvão voltou a aumentar desde 2017, depois de dois anos de queda, a 5.357 Mtec (milhões de toneladas equivalentes de carvão), segundo cifras da Agência Internacional da Energia (AIE). A Ásia, e em particular China, é o maior consumidor. O carvão é utilizado principalmente para gerar eletricidade. As usinas de carvão continuam sendo a maior fonte de produção de eletricidade do mundo (40%, à frente do gás).As centrais de carvão chinesas têm aumentado sua produção desde 2017, mas ela pode cair com a pressão das políticas que buscam melhorar a qualidade do ar nas cidades chinesas, afirma a AIE.A Índia poderá substituir a China no posto de maior consumidor de carvão do mundo. Outros países registraram também um forte crescimento no consumo, entre eles Indonésia, Malásia, Paquistão, Filipinas e Vietnã."Muitos países em desenvolvimento consideram que o carvão é importante para seu desenvolvimento econômico devido à sua disponibilidade e a seu custo relativamente baixo", apontou a agência internacional.No longo prazo, a AIE prevê que a demanda se estabilize em torno aos 5,4 bilhões de toneladas para 2040. A queda da demanda da China, da União Europeia e dos Estados Unidos se veria compensada pelo aumento na Índia e no sudeste asiático. O carvão desempenha um papel importante nas emissões de gases de efeito estufa. Também foi responsável por 40% das emissões de CO2 em 2017, à frente do petróleo (34%) e do gás (19%), segundo a associação Global Carbon Project. Dados os riscos para o clima, a AIE acredita que "é preciso uma ação urgente" para apoiar a captura e o armazenamento de carvão (CAC). Esta tecnologia, que consiste em captar o CO2 que sai das chaminés para armazená-lo nos solos, é muito cara.Existem somente duas grandes centrais de captura e armazenamento de carvão: Petra Nova em Texas e Boundary Dam no Canadá. Um grande projeto no Mississipi (Estados Unidos) fue abandonado.As capacidades de captação de CO2 se elevam a apenas 2,4 milhões de toneladas por ano. Será preciso chegar a 350 milhões de toneladas até 2030 para respeitar os acordos de Paris sobre o clima, segundo a AIE.

AFP

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

ECONOMIA

Produção de café especial mais caro do mundo deslancha no Brasil

No Brasil, o consumo do produto de alta qualidade cresce 10% ao ano e no mundo chega a 15%. Um terço das sementes consumidas no planeta é colhido no Brasil



O café especial mais caro do mundo é brasileiro. Além de ocupar a liderança na produção e exportação do produto tradicional, o país é campeão global em qualidade de um tipo diferente do grão. O produtor mineiro Gabriel Alves Nunes, que venceu o Cup of Excellence Brazil 2017 na categoria “Pulped Naturals”, vendeu a saca por R$ 55,5 mil, maior valor da história da competição. Já o café orgânico vencedor da categoria “Naturals” do concurso, cultivado no Espírito Santo, foi vendido por R$ 39.213,40, maior preço da história pago pelo fruto colhido e seco com casca na competição. Para ser classificado como café especial, o produto é avaliado de acordo com uma metodologia internacional. São analisadas diversas características do produto, como acidez, doçura, aroma, sabor, harmonia e finalização.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. A produção nacional chega a cerca de 43 milhões de sacas por ano, um terço do café consumido no mundo. Apesar do incontestável volume produzido no país, o café brasileiro ainda não é conhecido lá fora por sua qualidade.
Os recordes de preços pagos pelos dois produtos nacionais ajudam a desmistificar a imagem do café brasileiro no exterior. “Esses resultados representam uma quebra de paradigma e acabam com resistências, além de não darem margens para questionamentos sobre a qualidade do café nacional”, explica a diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanúsia Nogueira. A entidade realiza o Cup of Excellence, considerado o principal concurso de qualidade para cafés especiais do Brasil.

Metodologia


O café cultivado no Brasil tem características de bebida bastante complexas. O país tem uma grande extensão territorial e o cultivo do produto é diversificado em 26 regiões do país. Para ser classificado como um café especial, o produto deve atingir, no mínimo, 80 pontos dos 100 pontos da escala de pontuação, de acordo com a Metodologia de Avaliação Sensorial da Specialty Coffee Association (SCA).

A metodologia, com a respectiva escala de pontuação, é válida em todo o mundo. São avaliados aspectos peculiares do produto, como acidez, doçura, aroma, sabor, harmonia e finalização. No item conceito final, o avaliador confere a sua impressão geral sobre o produto. “O café especial é muito saboroso, valioso e de grande qualidade. Quem experimenta o produto, dificilmente volta a consumir o café comum”, provoca Vanúsia Nogueira.

O consumo de cafés especiais é o que registra os maiores índices de crescimento nos mercados brasileiro e mundial, avançando entre 10% e 15% ao ano, respectivamente, nos dois mercados. Por outro lado, a evolução do consumo dos cafés tradicionais gira em torno de 3% no Brasil e de 1,5% a 2% em todo o mundo, de acordo com a BSCA.

Produção

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) projeta que foram produzidas até 8 milhões de sacas de cafés especiais em 2016. Desse total, 7 milhões de sacas do produto foram destinadas à exportação, em especial para os Estados Unidos e Japão, além da Europa. De acordo com os dados consolidados da entidade, entre 900 mil e 1 milhão de sacas de cafés especiais foram consumidas no Brasil no ano passado, respondendo por 5,1% do consumo da bebida no País. Esse volume implica crescimento de 18,1% em volume e 18,4% em valor entre os anos de 2012 e 2016. A movimentação financeira em 2016, somente no varejo de cafés especiais, foi de R$ 3,2 bilhões.

Cápsulas em evidência


As perspetivas de mercado para o produto são excelentes. Pesquisa realizada pela Euromonitor Internacional indica que o mercado brasileiro de cafés especiais, embora ainda represente um nicho, vem ganhando relevância e deve aumentar sua representatividade até 2021. O estudo mostra que, atualmente, o produto representa 2,8% do total de cafés. Esse índice deve evoluir e chegar a 5,1% do volume total em 2021, com a produção de 1 milhão de sacas. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) projeta também um crescimento de 15% no consumo anual nesse nicho.

Os cafés especiais têm potencial para crescer no Brasil, especificamente nos estabelecimentos não especializados, que vêm ganhando espaço, de acordo com o estudo da Euromonitor. Nos estabelecimentos não especializados, a maioria franquia, o café não é o principal produto. O documento mapeia também 13.095 cafeterias no país com potencial para atender a demanda de consumidores mais dispostos a degustar o café fora de casa, em estabelecimentos especializados. Esse fenômeno é decorrente do interesse do consumidor por mais variedades e qualidade, além da busca por sabores e origens diversos. Esse anseio se dá por novos valores, princípios e hábitos do consumidor, que tem se focado em vida saudável — beber menos e beber melhor —, além da busca por autenticidade e responsabilidades social e ambiental dos fabricantes.

Inovações


O crescimento do mercado de cafés especiais é capitaneado pelos grãos e cápsulas. Os grãos representam a maior categoria em volume dentro dos cafés especiais. A categoria é a preferida dos chamados coffee lovers, pessoas que, além de frequentarem cafeterias, gostam de fazer a bebida em casa e apreciam a preparação do produto, que exige a moagem do grão. A moagem preserva uma qualidade superior ao café especial no momento em que se prepara o produto.

As cápsulas também contribuem para o crescimento do setor e reforçam o caráter premium do segmento. Elas apresentam o maior valor agregado e o maior preço por quilo, em comparação com as demais categorias, com um preço médio de R$ 365 por quilo. “Devido à sua praticidade e conveniência na preparação, cápsulas são relevantes e se expandem fortemente no varejo, por serem compatíveis a máquinas Nexpresso. Inovações como cápsulas retornáveis e biodegradáveis ajudam a superar barreiras ambientais”, revela o estudo. (MG)

Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO


Banana: aumento da demanda 

estimula produtores

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No primeiro semestre deste ano, foram comercializadas mais de 10 mil toneladas da fruta no Mato Grosso do Sul FOTO: REPRODUÇÃO

No primeiro semestre do ano, foram comercializados em Mato Grosso do Sul, mais de 10 mil toneladas de banana, sendo que 78% do volume total são do tipo ‘Nanica’. As informações divulgadas pela Central de Abastecimento (Ceasa/MS) revelam ainda que a produção estadual contribui com 15% da demanda interna.

 O restante é proveniente de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Atento ao cenário econômico atual, o programa Hortifrutí Legal, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) promoveu no mês de julho, visita técnica a uma propriedade referência em produção da cultura de banana, na qual 17 produtores interessados participaram de uma verdadeira ‘aula prática’ sobre cultivo da fruta. 

O engenheiro agrônomo Victor Almeida, técnico de campo responsável pelo atendimento de 30 famílias no município, explica que a ideia surgiu depois da análise do potencial produtivo da região. “Após verificação da aptidão mercadológica e agrícola da região, apresentamos a opção da cultura da banana aos produtores que demonstraram bastante interesse. O passo seguinte foi a realização de capacitação promovida pelo Senar/MS sobre ‘Plantio e Manejo de Pomar – Cultivo de Banana’. Para finalizar foi realizada visita em uma propriedade que já trabalha com plantio comercial da fruta”, diz. Planejando a próxima colheitaA produtora Simone Barbosa Galzi, 31 anos, participa do programa há dois anos e comercializa hortaliças produzidas em sistema de hidroponia. “A orientação do Hortifrúti Legal foi excelente para nossa comunidade e as orientações nos mostraram que unidos temos mais força de produção e venda. Por isso vamos comprar as mudas de bananeira em conjunto para iniciarmos o cultivo”, diz. 

A recomendação, de acordo com a técnica utilizada na propriedade visitada, que já comercializa a fruta, é de que os produtores iniciem o cultivo com o plantio mínimo de 800 mudas. Atualmente, cada muda é comercializada, em média, a R$ 2. “Se você pensar no retorno financeiro, o investimento não é alto já que a caixa com 23 quilos está sendo comercializada por até R$ 30”, acrescenta a produtora que já demonstra habilidade com o planejamento de culturas. Morador na comunidade Nova Querência, há quase 20 anos, Cleber Colman de Maris e a família já desenvolveram diferentes atividades rurais sendo as mais recentes a pecuária de leite e a produção de vegetais. 

“Com o apoio da ATeG do Senar/MS investimos, de forma orientada, na produção de leite e no cultivo de pepino, berinjela e jiló. Aprendemos a planejar o plantio escalonado e vamos incluir a banana a partir do mês que vem”, diz.

SF Agro