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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

SAÚDE

Baixa vacinação pode disseminar febre amarela no Brasil, diz OMS

Organização aponta que o fato de muitas pessoas não estarem vacinadas representa um risco de uma mudança no padrão de transmissão da doença

Genebra – A campanha de vacinação de ampla escala que será realizada no Brasil para frear a febre amarela será um “desafio significativo”.

O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em um informe publicado nesta segunda-feira, 22, aponta que o fato de muitas pessoas não estarem vacinadas representa um risco de uma mudança no padrão de transmissão da doença.
A OMS, que nas últimas semanas mostrou preocupação com a situação no Brasil, indicou que as medidas adotadas pelo governo de fato conseguiram impedir que o atual surto fosse de maior escala do que os anteriores.
Ainda assim, o grande número de pessoas não vacinadas que vivem em áreas com ecossistema favorável à transmissão do vírus representa um elevado risco de uma mudança no padrão da transmissão atual.
“Espera-se que a decisão das autoridades brasileiras de conduzir a vacinação em massa possa limitar efetivamente a transmissão da febre amarela”, declarou a OMS. Mas a entidade aponta para a dimensão operacional que a iniciativa exigirá.
“É importante notar que, diante da escola e dimensão, essa campanha de vacinação em massa provavelmente seja caracterizada por desafios logísticos significativos”, alertou.
Na semana passada, postos de saúde ficaram sem a vacina e certos locais tiveram o policiamento reforçado. Em alguns pontos, a fila chegava a nove horas.
A preocupação com a operação não ocorre por acaso. O jornal O Estado de S. Paulo revelou com exclusividade que, desde a semana passada, a OMS pediu a realização de uma reunião por semana com o governo brasileiro para conseguir acompanhar o que está sendo feito no País. Nesta próxima quarta-feira, 24, o encontro terá como um de seus principais temas a operação da campanha de vacinação.
“No início de janeiro de 2018, para reduzir o risco de um maior surto de febre amarela, o Ministério da Saúde anunciou planos para realizar campanhas massivas de vacinação, o que incluiria vacinas padrões e fracionadas”, disse a OMC.
“As campanhas ocorrerão em São Paulo e no Rio, a partir do dia 25 de janeiro até 17 de fevereiro e, na Bahia, entre 19 de fevereiro e 3 de março”, explicou.
“A meta é a de vacinar 21,8 milhões de pessoas em 77 municípios que vivem nesses três Estados”, apontou.
O governo indicou que quer a ajuda da OMS e de sua agência regional – até para receber 20 milhões de seringas.
Mas Brasília, Washington e Genebra ainda negociam outras formas de cooperação. O governo, por exemplo, não descartou à OMS a realização de uma segunda fase da campanha.
De acordo com a entidade, o número de casos da doença em animais desde julho de 2017 “continuam sendo uma preocupação, especialmente perto de áreas urbanas de grandes cidades, como São Paulo, e em municípios que eram considerados fora da área de risco”.

Recomendação

Nesta segunda-feira, a OMS voltou a recomendar que turistas estrangeiros sejam vacinados antes de visitar São Paulo.
Isso, segundo a entidade, ocorre depois do registro de um caso de um holandês que esteve em Mairiporã, na região metropolitana.
Agora, a OMS pede que os governos “disseminem a recomendação” a seus cidadãos antes que viajem ao Brasil.
Desde setembro de 2017, quando a doença foi confirmada em São Paulo, a OMS aponta como autoridades nacionais intensificaram campanhas de vacinação.
Além disso, autoridades municipais e estaduais têm fortalecido serviços de saúde para administrar os casos.

FONTE: EXAME.COM

sexta-feira, 28 de julho de 2017

MUNDO


ONU destaca progresso 

 nas ações contra a 

 hepatite em todo o mundo


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O Dia Mundial da Hepatite é celebrado hoje, 28 de julhoFoto: OMS/Opas


Relatório lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para marcar o Dia Mundial da Hepatite hoje, 28 de julho, aponta que estão ganhando força em todo o planeta as ações adotadas pelos governos para erradicar a doença. A agência da ONU afirmou que 28 países registram aproximadamente 70% dos casos de hepatite no mundo e o Brasil está entre essas nações.

O tema escolhido este ano pela OMS para celebrar o Dia Mundial da Hepatite foram justamente os esforços de mobilização para acabar com a doença, de acordo com os objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável. A informação é da ONU News *.
Segundo dados da OMS, 325 milhões de pessoas sofriam de hepatite em todo o mundo, em 2015. O número de mortes globais causadas pela doença chegou a 1,3 milhão no mesmo ano. A OMS afirma contudo que, no caso da hepatite C, 95% das pessoas infectadas podem ser curadas totalmente, através de tratamentos, num prazo de dois a três meses.
Em entrevista à ONU News, a diretora da ONG "C tem que saber C tem que curar", Tina Martucci, de São Paulo, disse que “por se tratar de uma doença silenciosa, a hepatite C mata 12 pessoas ao dia no Brasil. E estou falando só de hepatite C. Entre a hepatite C e a hepatite B, são mais ou menos 1,7 milhão pessoas infectadas no Brasil por ano".
Ela falou que a situação é complicada no Brasil porque não existem campanhas efetivas dos governos, que não agem para buscar os pacientes. “É aí que a nossa organização entra, porque a gente faz campanhas efetivas com detecção precoce da doença porque a hepatite C é uma doença silenciosa. Quando ela apresenta um sintoma, já está praticamente em estágio de óbito com o paciente."
Novo tratamento
Segundo matéria publicada pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde anunciou ontem (27) o novo tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatite C. Independentemente do estágio de comprometimento no fígado dos pacientes, eles terão acesso gradativo a medicamentos que apresentam um percentual de 90% de cura da doença. Atualmente, o país tem 135 mil pessoas diagnosticadas com a enfermidade.

* Com informações da Agência Brasil