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terça-feira, 15 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO

Acordo garante exportação da safra de frutas

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A exportação de frutas estava ameaçada pela falta de pessoal para liberar mercadorias. Corte no orçamento e burocracia causavam demora e diminuição de horas trabalhadas dos fiscais do Ministério da Agricultura.


Um acordo vai garantir que a exportação de frutas na atual safra, que começa a ser embarcada a partir do próximo fim de semana e se estende até fevereiro de 2018, não seja prejudicada por falta de inspeção federal. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, diz que o Ministério da Agricultura vai montar uma central, em Fortaleza, para distribuir os processos de liberação das cargas. O risco era pela falta de pessoal.
“Nós vamos dar entrada nessa central e o processo será distribuído entre os fiscais”, afirmou, ressaltando que essa é uma forma de agilizar a tramitação e evitar sobrecarga para os funcionários. Luiz Roberto destaca que os fiscais também decidiram fazer uma escala de trabalho para que sempre tenha um profissional para fazer inspeção aos sábados até o meio dia.
“Achamos que com a centralização se resolve o problema da liberação das cargas sem prejuízo das exportações”. Segundo ele, a Abrafrutas vai pedir ao Ministério da Agricultura que dê condições para a central operar. Isto inclui cinco microcomputadores. “O gargalo agora é infraestrutura, mais especificamente equipamentos, para o pessoal trabalhar”, disse.
A Coluna Vertical S/A, do O POVO, revelou no último domingo, que o corte no orçamento federal e a burocracia colocava em risco a exportação dos contêineres de frutas frescas. A exigência do batimento de ponto na sede do Ministério da Agricultura, em Fortaleza, e o fim de plantões vinham preocupando a Ceará Portos, estatal responsável pelo Porto do Pecém, e exportadores.
A diretora comercial da Ceará Portos, Rebeca Oliveira, disse ontem que estão todos empenhados na busca da solução e que espera que isso aconteça oficialmente até amanhã. Segundo ela, o primeiro navio, da MSC, chega ao Porto do Pecém no próximo sábado para levar frutas para a Europa.
De acordo com Luiz Roberto, a carga inicial de melão, melancia e uva do Vale do São Francisco, deve ser de 100 contêineres, passando nas semanas seguintes para 150 e 200. E vai estabilizar em 300 contêineres por semana até fevereiro do próximo ano. Cada equipamento carrega em média a 21 toneladas.
Sobre o problema de pessoal para viabilizar a exportação de frutas frescas, o presidente da Câmara Temática de Logística do Ceará e do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Heitor Studart, definiu a situação como “um atraso para o Ceará”. Para ele, um atraso inadmissível para a logística e infraestrutura em um porto com Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que deveria funcionar 24 horas por dia e todos os dias da semana.
“A gente luta pela terceirização desse serviço para que a indústria possa produzir”, disse Heitor. Ele defende um movimento do Governo do Estado e iniciativa privada, parlamentares da bancada cearense no Congresso Nacional para mudar a legislação existente. “Nós temos que partir para a iniciativa privada e terceirização porque o Estado não tem condições de suprir a necessidade da sociedade.
O POVO




quinta-feira, 3 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO

Melão cresce e puxa exportações
Empresa produtora de melão no Rio Grande do Norte: Estado, que é o maior produtor da fruta, retoma a liderança na exportação

Os devastadores efeitos da seca no Ceará contribuíram, numa situação antagônica, para o aumento da exportação do melão produzido no Rio Grande do Norte. Os números registrados em uma década mostram o potencial de produção da agricultura irrigada no semiárido que elevaram o produto ao posto de principal responsável pelo incremento das exportações do estado. De 2006 a 2016, a produção dessa fruta mais do que dobrou.



O estado saltou das 160 mil toneladas colhidas em 2006, para 354,7 mil toneladas produzidas no ano passado. Somente no primeiro semestre deste ano, o crescimento da colheita em relação ao mesmo período do ano passado foi de 170% com movimentação de 39,2 milhões de dólares. Caso a estimativa de aumento de 15% da safra projetada para todo o ano de 2017 se confirme, o RN será o maior produtor e exportador de melão do país, a frente do Ceará, concorrente diretoe até então líder em exportação da fruta.
A estiagem prolongada que deixou em colapso a principal bacia irrigadora das plantações de melão no Ceará, posicionadas ao longo da área abastecida pelo Açude Castanhão que desagua na BaciaJaguaribe, provocou o êxodo dos produtores para terras potiguares. Eles se instalaram, principalmente, nas cercanias de Mossoró, onde a oferta de água no lençol freático é uma das maiores do estado. “A seca no Ceará beneficiou a produção de melão e melancia no Rio Grande do Norte. Os produtores procuraram regiões com maior disponibilidade hídrica para irrigação das plantações e encontraram-na em Mossoró e região, de onde extraem através de poços”, analisou o economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio Grande do Norte (IBGE/RN), Aldemir Freire. Em todo o estado, quase 14 mil hectares são dedicados à produção de melão.



Por depender dos mananciais de superfície para irrigação das plantações, o Ceará reduziu a produção pela metade de 2014 para 2015. O Açude Castanhão, maior reservatório do estado sucumbiu, ao longo do ano passado, a menos de 6% da sua capacidade de armazenamento que é de 6,7 bilhões de metros cúbicos e impactou diretamente na produção irrigada.



A colheita, que começará nos próximos dias, movimentará um exército de quase dez mil trabalhadores somente em Mossoró, o município que concentra mais da metade da produção local. Na Fazenda Agrícola Famosa, sete mil hectares são destinados à produção de frutas tropicais. Destes, três mil são específicos para melões e melancia. A empresa é uma das que mantem unidades produtivas no Ceará e no Rio Grande do Norte.



“Há uma diferença fundamental na oferta hídrica para irrigação do melão no Ceará e no RN, haja vista que nossa produção se desenvolve majoritariamente a partir de poços tubulares. No Ceará, por sua vez, a maior parte da produção ocorre utilizando águas superficiais, tendo como principal fonte de abastecimento a bacia do Rio Jaguaribe. Logo, a crise hídrica dessa bacia, com recuo acentuado da área perenizada da mesma, expulsou do referido estado um grande número de produtores que migraram para o RN, sobretudo para aquelas regiões onde havia maior disponibilidade de água para irrigação”, apontaram os economistas Aldemir Freire, do IBGE, e Joacir Rufino.


Tribuna do Norte