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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do RJ, deixa a cadeia

POLÍTICA

Ele foi beneficiado com habeas corpus de Gilmar Mendes. Côrtes é acusado de receber propina na gestão do ex-governador Sérgio Cabral.

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Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do RJ, deixa a cadeia FOTO: REPRODUÇÃO TV GLOBO

O ex-secretário de saúde do Rio, Sérgio Côrtes, deixou a cadeia. Ele é acusado de receber propina num esquema que desviou R$ 300 milhões dos cofres do estado, na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. E obteve um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Sérgio Côrtes saiu da cadeia na tarde desta quinta-feira (8). Ele ficou preso por dez meses.
O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro é acusado de participar do esquema de corrupção que desviou R$ 300 milhões da saúde na gestão de Sérgio Cabral, a maior parte na compra de material hospitalar.
O Ministério Público Federal afirma que havia cobrança de 10% de propina em todos os gastos da secretaria.
O principal delator do esquema - um ex-assessor de Sérgio Côrtes - revelou que 5% iam para o ex-governador e 2% para o ex-secretário
Um relatório da Polícia Federal diz que Sérgio Côrtes soube que ia ser preso. Minutos antes do início da operação, no dia 11 de abril, às 5h40, o ex-secretário teria sido avisado que os policiais estavam chegando.
As imagens das câmeras do apartamento do médico mostram que, nessa hora, Sérgio Côrtes caminhou sem roupa até o escritório, separou material e retirou uma mochila do local.  
O principal acusado de pagar propina para o esquema, o empresário Miguel Iskin, foi preso no mesmo dia.
A polícia encontrou uma troca de mensagens de texto entre os dois no celular de Iskin.
Sérgio Côrtes escreveu: “meu chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada à campanha. Pode salvar seu negócio. Podemos passar pouco tempo na cadeia. Mas nossas (palavrão) têm que continuar”.
Em novembro, o ex-secretário de saúde admitiu ao juiz Marcelo Bretas ter recebido cerca de US$ 3 milhões do empresário Miguel Iskin numa conta nas Bahamas. E reconheceu que usou o dinheiro para pagar despesas pessoais.                                                                                                                 
Na decisão de soltar o ex-secretário de Saúde nesta quinta (8), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, considerou que as justificativas do juiz Marcelo Bretas para decretar a prisão preventiva do ex-secretário não tinham elementos concretos.
Na liminar, Gilmar Mendes diz que se baseou em duas decisões; uma, dele mesmo, que mandou soltar o empresário Miguel Iskin, e a outra, da segunda turma do STF, com o próprio Gilmar Mendes como relator, que determinou a soltura do empresário Marco Antonio de Lucca.
De Lucca é acusado de pagar propina em contratos de alimentação com o governo na gestão de Sérgio Cabral. Os dois empresários saíram da cadeia em dezembro.
Gilmar Mendes diz que os crimes são da gestão passada e que, por isso, o ex-secretário e os dois empresários não colocam a ordem pública em risco.
O ministro do STF também afirmou que, para a Justiça recuperar dinheiro desviado, os réus não precisam estar presos, e que os crimes praticados na Lava Jato não envolvem violência nem ameaça grave.
 
O ministro Gilmar Mendes é o responsável por julgar a maior parte dos pedidos de habeas corpus da Lava Jato do Rio no Supremo Tribunal Federal. Desde que as operações começaram, em novembro de 2016, o ministro concedeu habeas corpus a 15 acusados pela Lava Jato.
Entre os que foram beneficiados estão também a ex-primeira-dama do estado Adriana Ancelmo e o empresário Eike Batista.
Um dos casos que ganharam mais repercussão foi o habeas corpus para o empresário de ônibus Jacob Barata Filho. Gilmar Mendes concedeu habeas corpus três vezes para o empresário, a última no dia 1º de dezembro.
Como aconteceu na concessão de outros habeas corpus, o ex-secretário de Saúde do Rio tem que cumprir algumas medidas: precisa entregar o passaporte, está proibido de deixar o país, não pode ter contato com outros investigados e todas as noites, nos fins de semana e feriados tem que ficar em casa. Ela mora numa cobertura na Lagoa, na Zona Sul do Rio.

FONTE: G1 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

BRASIL

Ex-secretário de MT é preso pelo caso de ''Grampos Ilegais''


Foto: Reprodução

Primo do governador Pedro Taques (PSDB) e seu ex-homem forte no Palácio Paiaguás, onde ocupou a função de secretário-chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Taques foi preso no início da tarde deste sexta-feira, em sua casa, no condomínio Florais Cuiabá. A ordem de prisão foi dada pelo desembargador Orlando Perri, que coordena as investigações sobre esquema de escutas telefônicas, a chamada “grampeonagem” que atingiu durante a vitoriosa eleição de Pedro Taques em 2014 e início de seu governo em 2015 políticos da oposição, servidores, juízes, desembargadores, políticos e jornalistas.
Ao decretar a prisão de Paulo Taques, o desembargador Orlando Perri, relator do Tribunal de Justiça, enfatizou que o primo do governador Pedro Taques está relacionado como um dos articuladores do esquema de escutas clandestinas que era operado por um núcleo da Polícia Militar ligado ao 1º escalão do governo. Mais mandados estão em fase de cumprimento.
Nas investigações, comandadas por Perri, Paulo Taques, que foi um dos coordenadores da campanha do primo e, posteriormente, seu secretário-chefe da Casa Civil teve seu nome apontado por vítimas das escutas e delegadas da Polícia Civil que foram ouvidas no inquérito policial instaurado para investigar o esquema de grampos.
"Cuida-se de Representação apresentada pelo delegado de Polícia Juliano Silva de Carvalho, designado nos autos do Inquérito Policial n. 78323/2017, em que se apura, dentre outras infrações penais, possível prática do crime de interceptação telefônica clandestina, na modalidade “barriga de aluguel” – ocorrida nos autos código 388156, oriunda da “Operação Forti”, que tramitou perante a Sétima Vara Criminal da Capital –, pleiteando a decretação da prisão preventiva do investigado Paulo Cesar Zamar Taques", diz trecho do despacho de Perri.
Perri ainda diz que a interceptação telefônica da ex-amante de Paulo taques, Tatiane Sangalli, teria sido apenas um desdobramento de toda uma central clandestina. "Para melhor demonstrar a umbilical ligação das investigações levadas a efeito, ouso afirmar, sem achismo ou dedução fantasmagórica, que a inserção do terminal telefônico de Tatiana Sangalli nas operações conduzidas pela Polícia Judiciária Civil (Forti e Querubin), no primeiro semestre de 2015 – conforme exigência do então Chefe da Casa Civil –, representou, na verdade, mero desdobramento de sua escuta clandestina, uma vez que ela já vinha sendo interceptada ilegalmente desde outubro de 2014, porque inserida ilegalmente naquela investigação conduzida perante o juízo da Comarca de Cáceres", diz Perri.
Quando estourou o escândalo das escutas telefônicas, em maio deste ano, atravaés de denúncias do promotor Mauro Zaque, que chegou a ser secretário de Segurança Pública no governo Pedro Taques, Paulo Taques negou qualquer participação no esquema de grampos telefônicos. Mesmo assim, resolveu apresentar ao primo governador seu pedido de exoneração do cargo de secretário chefe da Casa Civil. Ele foi apontado como um dos integrantes do tual governo que teria prevaricado ao não tomar providências em relação ao esquema., que era operação pelo alto escalão da Polícia Militar e que levou para a cadeia vários coronéis.
Logo após ser preso em sua residência, Paulo Taques foi levado para a sede da Polinter. Logo depois foi levado para o Fórum de Cuiabá para passar por audiência de Custódia.
24 Horas News