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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Quais produtos devem ficar mais caros para os EUA?

ECONOMIA

Foto: reprodução 


Café

Os EUA são o maior consumidor de café no mundo. Com exceção de pequenos cafezais no Havaí e em Porto Rico, o país não tem uma produção própria e depende fortemente do Brasil, que é de longe o maior exportador do produto ara os EUA.

Frutas

Uma pesquisa do Tax Foundation destacou o Brasil como quarto maior fornecedor de alimentos para os EUA, com US$ 7,4 bilhões em importações. Apenas em 2024, o país exportou mangas e goiabas para os norte-americanos no valor de US$ 56 milhões. Boa parte do consumo interno é suprido com importações, visto que não possuem grandes plantações de frutas.

Carne

Segundo cálculo da Genial Investimentos, o Brasil é o maior exportador de carne no mundo. O segundo maior mercado para o produto brasileiro é os EUA, atrás apenas da China. Ao contrário dos últimos produtos, os norte-americanos também são grandes produtores de carne.

Açúcar orgânico

Os EUA importam praticamente todo o açúcar orgânico que consomem. O Brasil foi responsável por 49% do que entrou no país entre 2023 e 2024, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. Assim, itens que vão de iogurtes, sorvetes e achocolatados a kombucha e barras de cereal poderiam sofrer aumentos de preços.

Chocolate

O cacau é outro produto que os EUA praticamente não cultivam. O Brasil, por sua vez, é importante fornecedor de manteiga de cacau para os norte-americanos. Cerca de US$ 61,4 milhões do produto foi embarcado para os EUA, segundo o Observatório da Complexidade Econômica.

Qual será o impacto nos EUA?

Para o consumidor norte-americano, o impacto deve ficar mais nítido nos próximos meses. A taxação pode acabar com a importação de produtos brasileiros, levando os EUA a tentar aumentar a produção interna, a buscar mercados substitutos ou reduzir a oferta interna desses itens.

Uma análise do The Budget Lab, da Universidade de Yale, previa um aumento da inflação dos EUA de 1,8% no curto prazo. O aumento é o equivalente a uma perda de US$ 2,4 mil por domicilio em 2025, ou R$ 13,4 mil.

O levantamento foi publicado em 28 de julho, uma semana antes das tarifas brasileiras. Ou seja, os produtos do Brasil não foram incluídos na análise, e o aumento da inflação dos EUA pode ser ainda maior.

*Sob supervisão de Luana Amorin

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