MUNDO Visita acontecerá entre os dias 19 e 21 de junho; Bachelet também vai se reunir com empresários e vítimas de violações de direitos humanos.
A alta comissariada da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet — Foto: Reuters/Denis Balibouse/File Photo
A alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, visitará a Venezuela na próxima semana. Ela deve se encontrar com Nicolás Maduro e também com Juan Guaidó. O escritório da ONU negociou para acertar com as autoridades venezuelanas os termos dessa missão.
A visita acontecerá entre os dias 19 e 21. Na agenda estão previstos ainda encontros com membros da opositora Assembleia Nacional (Parlamento) e da governista Assembleia Constituinte, além de ministros venezuelanos.
Vítimas de violações de direitos humanos também terão encontro com Bachelet
Como parte do que foi acertado com as autoridades, a ex-presidente chilena também se reunirá com vítimas de violações dos direitos humanos e seus familiares, além de conversar com líderes de diversos setores da sociedade civil, da comunidade empresarial, de sindicatos, de igrejas e instituições de ensino. Pelo lado do Judiciário, a alta comissária será recebida pelo presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, e pelo procurador-geral, Tarek Saab, além do defensor do Povo, Alfredo Ruiz.
Está previsto que a alta comissária faça uma declaração no último dia da viagem.
A visita de Bachelet à Venezuela foi negociada durante vários meses e foi precedida de uma missão em março que teve como intuito verificar se existiam as condições para a chegada da alta comissária.
Sua viagem faz parte de um convite que o governo venezuelano fez e que o seu próprio escritório solicitou. A missão foi preparada com muito cuidado para que não seja usada pelo governo ou por nenhum outro ator político para benefício próprio.
Goiânia, Anápolis, Catalão e Jataí tiveram atos. Colégios deixaram comunicados na porta justificando que estão parados por causa de ato nacional.
GOIÂNIA, 11h30: Manifestantes caminham pela Avenida Goiás em ato contra a reforma da Previdência — Foto: Sílvio Túlio/G1
Manifestantes protestaram nesta sexta-feira (14) em Goiás contra a reforma da Previdência e cortes na Educação. Os atos fazem parte da paralisação que ocorre em todo país. Grupos ligados a vários movimentos sociais participaram das ações, que aconteceram em Goiânia e em cidades do interior.
Na capital, um grupo se concentrou por volta das 10h30 na Praça Cívica, no Setor Central, e seguiu em caminhada às 11h até a Praça do Trabalhador, onde algumas pessoas discursam nos carros de som. Os manifestantes carregavam faixas, cartazes e placas com críticas à reforma e ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) acompanharam todo o percurso e controlaram o trânsito. Durante a passagem pela Avenida Goiás, os carros tiveram de fazer alguns desvios. Não houve relato de atos violentos.
Transporte
Um ato foi registrado em frente à garagem da Metrobus, de onde saem os ônibus do Eixo Anhanguera. Segundo a empresa que administra o transporte coletivo na Grande Goiânia, a RedeMob, o grupo causou atraso na saída dos ônibus.
“Houve um pequeno atraso na operação. Cerca de 80 manifestantes fecharam a saída por volta de 3h30. Com atuação da PM, por volta de 5h tudo voltou ao normal. A ação da polícia também foi tranquila, sem confusão”, explicou o diretor de transportes de RedeMob, Cezane Eduardo Siqueira.
Antes, na madrugada, por volta de 3h30, ocorreu um ato em frente à garagem onde ficam guardados os ônibus do Eixo Anhanguera. Os manifestantes bloquearam os portões, impedindo a saída dos veículos. Porém, por volta de 6h, a saída foi liberada. Nos terminais, passageiros enfrentaram demora e superlotação.
Na Região Metropolitana, várias escolas estaduais e municipais não tiveram aulas.
Os atos aconteceram também em cidades do interior, como Jataí, Catalão e Anápolis.
Educação
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), que representa os servidores da rede estadual, estima que, dos 1,1 mil colégios do estado, cerca de 900 estão fechados.
O Colégio Estadual Antônio Oliveira da Silva, por exemplo, no Parque Amazônia, estava fechado na manhã desta sexta por conta da paralisação nacional. Um cartaz foi afixado no portão de entrada para informar sobre a situação.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduce) informou que esse tipo de manifestação é um direito garantido pela Constituição e respeita aqueles que decidiram aderir à paralisação. A secretaria disse também que o calendário escolar anual já trabalha dentro da perspectiva de imprevistos e, por isso, a suspensão das aulas não representa prejuízo. Não foi informado quantas escolas aderiram ao ato.
Mãe de duas crianças, de 10 e 13 anos, a cuidadora de idosos Maria Auxiliadora de Sousa, de 47 anos, disse que não pode ir trabalhar por causa da paralisação nas escolas. Um deles estuda na Escola Municipal Rui Barbosa e outro na Escola Estadual Damiana da Cunha.
A mulher contou que foi avisada um dia antes, mas acredita que poderia ter sido com mais antecedência para se programar.
“Acho que deveria ser programada sim esta paralisação. Sou a favor da greve, mas precisamos de melhor organização, pois a educação nunca foi prioridade neste país. É preciso unir pais, sociedade e autoridades”, afirmou.
GOIÂNIA, 6H30: Colégio Estadual Antônio Oliveira da Silva, no Parque Amazonia, fechado por conta da paralisação nacional — Foto: Sílvio Túlio/G1
O Cmei João Paulo I, no Jardim América, também foi encontrado fechado nesta manhã. No Setor Pedro Ludovico, a Escola Municipal Itamar Martins Ferreira também estava com os portões fechados com aviso sobre a paralisação. Só neste colégio, cerca de 700 alunos ficarão sem aulas ao longo do dia.
O G1 também pediu um posicionamento à Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia, às 7h13. Por volta de 8h40 eles responderam que "50% das instituições de ensino municipais estão em funcionamento nesta sexta-feira".
O texto afirma ainda que "cada instituição tem autonomia para aderir ou não às paralisações propostas pelos sindicatos, porém deve cumprir a obrigatoriedade dos 200 dias letivos, devendo fazer a reposição das aulas posteriormente em calendário".
Já a Escola Municipal do Jardim América, no mesmo setor, foi encontrada funcionando normalmente. A secretária da unidade disse ao G1 que os funcionários do colégio se reuniram e optaram por não fechar para não atrasar o cronograma. No dia anterior, também segundo a servidora, os pais foram avisados.
A Escola Municipal Francisco Rafael Campos, emAparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, também estava fechada nesta sexta. Segundo uma funcionária, cerca de 500 crianças estudam no local.
Processo seletivo – que vai até o dia 18 – exige testes teóricos e práticos para nível técnico ou mesmo para formação continuada
As inscrições para os cursos técnicos de nível médio, voltado para estudantes de ensino médio, e de formação continuada, para diferentes níveis de escolaridade, da Escola de Música de Brasília, já estão abertas.
No total, são 550 vagas para diversas áreas de atuação, incluindo processos fonográficos, documentação musical, canto, acordeon, bandolim, bateria, clarinete, contrabaixo, contrabaixo elétrico, fagote, flautas, guitarra, harpa, oboé, percussão, piano, saxofone, trombone, trompa, trompete, viola, violão, violino e violoncelo.
Os cursos são presenciais. O processo seletivo conta com testes teóricos e práticos.
As inscrições vão até o dia 18/6, gratuitas e exclusivas pela plataforma on-line.
A classificação final será divulgada em uma lista, afixada nos murais localizados na entrada da Escola de Música, na data provável de 10/7. Nela, os nomes de todos os candidatos classificados estarão em ordem decrescente em relação à nota final obtida.
Mais detalhes do processo, incluindo datas e todos os cursos ofertados, estão disponíveis noedital da seleção.
DF Em torno de 70% das 792 instituições públicas de ensino pararam as atividades nesta sexta-feira, mas as 538 escolas particulares mantiveram as aulas regulares durante a greve nacional contra a reforma da Previdência e os cortes na educação. Créditos: Correio Braziliense A greve geral convocada pelas centrais sindicais em protesto contra a reforma da Previdência atinge em Brasília, principalmente, serviços de transporte e educação pública. Apesar de decisões judiciais, os ônibus coletivos não circulam nesta manhã e o metrô, que já estava em greve, segue com a operação padrão nesta sexta-feira, 14, com 75% dos trens funcionando nos horários de pico e apenas 30% nos demais horários.
Algumas escolas públicas em diversas regiões administrativas no Distrito Federal também suspenderam as aulas nesta sexta-feira.
Por enquanto, não há manifestação marcada ao longo do dia, mas protestos pontuais têm reunido pequenos grupos em pontos do Distrito Federal e entorno.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) vai erguer, neste próximo domingo (16), de 8h às 16h, a estrutura metálica da passarela de pedestres que está em construção na BR-020, na altura da quadra 18 de Sobradinho e em frente ao condomínio Nova Colina II.
Para a execução desta ação, será necessária a interdição completa do trecho no sentido Brasília / Planaltina. No primeiro domingo deste mês (2), a mesma ação foi executada no mesmo trecho, porém no sentido contrário (Planaltina / Brasília).
O usuário que vier por este sentido será direcionado neste trecho por um desvio e trafegará na pista contrária por 300 metros, aproximadamente. A faixa no contrafluxo será devidamente sinalizada com dispositivos móveis (cones). Segue croqui anexo com imagem de como será o desvio.
Existem quatro passarelas já construídas na BR-020, dentro do Distrito Federal. Três foram construídas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e uma pelo DER/DF.
Outras duas estão em execução pelo DER: em frente ao condomínio Nova Colina II (onde acontecerá a interdição), que está 40% concluída, e outra próximo ao condomínio Nova Petrópolis, com 20% da obra executada.
As duas deverão ser concluídas totalmente até a 2° quinzena de agosto. O valor investido nessas passarelas é em torno de R$3 milhões cada.
SAÚDE DF Projeto de lei foi aprovado por deputados distritais na terça-feira (11). Para valer, proposta depende de sanção do governador, que também pode vetar medida.
Fila na Farmácia de Alto Custo da estação 102 Sul do Metrô, no Distrito Federal — Foto: Dênio Simões/GDF/Divulgação
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou em dois turnos, nessa terça-feira (11), um projeto de lei que cria o programa "Remédio para Todos". A proposta prevê que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) tenham acesso gratuito a medicamentos em farmácias particulares do DF.
De acordo com o texto, a medida só vale para itens que estiverem em falta na rede pública, especificamente os do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica – em sua maioria, remédios de alto custo e de uso contínuo.
O projeto é de autoria do deputado distrital Jorge Vianna (Podemos). O parlamentar é técnico em enfermagem e presidente da comissão de Saúde (Cesc) da CLDF.
"Quando o cidadão for a um posto de saúde pegar o remédio e não tiver [o medicamento] na rede, ele vai ser encaminhado a uma unidade de farmácia da iniciativa privada, credenciada pela secretaria", explicou o distrital.
O valor cobrado pelo item deverá ser custeado pelo governo local ou federal. Para começar a valer, o PL nº 326/2019 precisa ser sancionado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). O GDF não informou se há previsão para a análise.
Remédios estocados em Farmácias de alto custo do Distrito Federal — Foto: Andre Borges/Agência Brasília
Medicamentos em falta
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nesta quarta (12), as três farmácias ambulatoriais vinculadas ao GDF apresentam falta de remédios em estoque.
Na unidade da Asa Sul, 29 medicamentos estão indisponíveis e outros nove têm estoque baixo. Já em Ceilândia, são 28 insumos em falta e oito com poucas unidades. No Gama, a pasta informa que há 24 remédios faltantes e sete em baixa quantidade.
De acordo com a SES-DF, "todos os medicamentos com estoque zerado estão com processos de compra em andamento ou finalizados".
A pasta afirma ainda que "mesmo iniciando o processo com antecedência, a compra pode não ser concluída em tempo hábil, devido a intercorrências como fracasso do pregão licitatório ou atraso na entrega pelo fornecedor".
Projeto de Lei que cria o programa 'Remédio para Todos' no DF — Foto: Reprodução
Sistema integrado
De acordo com o projeto de lei, mesmo que o governo tenha de pagar pelo medicamento fornecido na rede privada, a medida "não deve onerar ou gerar mais custos ao GDF".
"Nós não vamos comprar mais caro, comprar sem licitação ou beneficiar as redes farmacêuticas", explica Vianna. "Todas as drogarias e farmácias que tiverem interesse e fizerem convênio com a Secretaria de Saúde poderão fornecer os medicamentos".
Para funcionar, o programa prevê que os estabelecimentos privados utilizem um sistema integrado com a secretaria do DF. No software, os farmacêuticos terão como conferir o estoque do GDF para remédios de alto custo e de uso contínuo.