GOIÁS
Goiânia, Anápolis, Catalão e Jataí tiveram atos. Colégios deixaram comunicados na porta justificando que estão parados por causa de ato nacional.
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GOIÂNIA, 11h30: Manifestantes caminham pela Avenida Goiás em ato contra a reforma da Previdência — Foto: Sílvio Túlio/G1
Manifestantes protestaram nesta sexta-feira (14) em Goiás contra a reforma da Previdência e cortes na Educação. Os atos fazem parte da paralisação que ocorre em todo país. Grupos ligados a vários movimentos sociais participaram das ações, que aconteceram em Goiânia e em cidades do interior.
Na capital, um grupo se concentrou por volta das 10h30 na Praça Cívica, no Setor Central, e seguiu em caminhada às 11h até a Praça do Trabalhador, onde algumas pessoas discursam nos carros de som. Os manifestantes carregavam faixas, cartazes e placas com críticas à reforma e ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) acompanharam todo o percurso e controlaram o trânsito. Durante a passagem pela Avenida Goiás, os carros tiveram de fazer alguns desvios. Não houve relato de atos violentos.
Transporte
Um ato foi registrado em frente à garagem da Metrobus, de onde saem os ônibus do Eixo Anhanguera. Segundo a empresa que administra o transporte coletivo na Grande Goiânia, a RedeMob, o grupo causou atraso na saída dos ônibus.
“Houve um pequeno atraso na operação. Cerca de 80 manifestantes fecharam a saída por volta de 3h30. Com atuação da PM, por volta de 5h tudo voltou ao normal. A ação da polícia também foi tranquila, sem confusão”, explicou o diretor de transportes de RedeMob, Cezane Eduardo Siqueira.
Antes, na madrugada, por volta de 3h30, ocorreu um ato em frente à garagem onde ficam guardados os ônibus do Eixo Anhanguera. Os manifestantes bloquearam os portões, impedindo a saída dos veículos. Porém, por volta de 6h, a saída foi liberada. Nos terminais, passageiros enfrentaram demora e superlotação.
Na Região Metropolitana, várias escolas estaduais e municipais não tiveram aulas.
Os atos aconteceram também em cidades do interior, como Jataí, Catalão e Anápolis.
Educação
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), que representa os servidores da rede estadual, estima que, dos 1,1 mil colégios do estado, cerca de 900 estão fechados.
O Colégio Estadual Antônio Oliveira da Silva, por exemplo, no Parque Amazônia, estava fechado na manhã desta sexta por conta da paralisação nacional. Um cartaz foi afixado no portão de entrada para informar sobre a situação.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduce) informou que esse tipo de manifestação é um direito garantido pela Constituição e respeita aqueles que decidiram aderir à paralisação. A secretaria disse também que o calendário escolar anual já trabalha dentro da perspectiva de imprevistos e, por isso, a suspensão das aulas não representa prejuízo. Não foi informado quantas escolas aderiram ao ato.
Mãe de duas crianças, de 10 e 13 anos, a cuidadora de idosos Maria Auxiliadora de Sousa, de 47 anos, disse que não pode ir trabalhar por causa da paralisação nas escolas. Um deles estuda na Escola Municipal Rui Barbosa e outro na Escola Estadual Damiana da Cunha.
A mulher contou que foi avisada um dia antes, mas acredita que poderia ter sido com mais antecedência para se programar.
“Acho que deveria ser programada sim esta paralisação. Sou a favor da greve, mas precisamos de melhor organização, pois a educação nunca foi prioridade neste país. É preciso unir pais, sociedade e autoridades”, afirmou.
FONTE: G1 GO
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