quarta-feira, 10 de abril de 2019

Em entrevista, Ibaneis Rocha faz balanço dos 100 dias de governo

GDF

Governador do DF foi entrevistado no programa Balanço Geral DF, da TV Record, e respondeu sobre os feitos e avanços nesse início de gestão
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, concedeu entrevista ao vivo à TV Record nesta terça-feira (9/4). O chefe do Executivo respondeu questionamentos sobre os primeiros 100 dias de sua gestão, marca que será atingida nesta quarta-feira (10) com diversas ações e eventos. Durante 30 minutos, ele conversou com jornalistas para o programa Balanço Geral DF.As perguntas se dividiram entre diversos temas, entre eles a situação do DFTrans e da Saúde, a criação da Região Metropolitana, as contas do GDF, reajuste a servidores, Centro Administrativo (Centrad), obras em Vicente Pires e relacionamento com senadores, deputados federais e distritais. Para o governador, “são 100 dias muito positivos”.Ibaneis destacou as melhorias na Saúde, como as cirurgias realizadas que triplicaram em comparação com 2018. Falou sobre a reabertura do sétimo andar do Hospital de Base, o que possibilitará a ampliação de leitos na unidade.Ele comentou também a mudança da bilhetagem do sistema de transporte público do DFTrans para o Banco de Brasilia (BRB). O chefe do Executivo também pontuou o diálogo com os servidores sobre reajuste e o plano de construir 40 mil moradias no DF.Ao final da entrevista, ele destacou o início de sua gestão: “Acho que nesses 100 dias Brasília recebeu o esforço de um governador, de um secretariado, de administradores muito dispostos. E conseguimos muitos avanços para um período muito curto. Abrimos todas as delegacias do DF, aumentamos o efetivo de policiais militares e civis com a criação das gratificações. Fizemos um trabalho hercúleo na Saúde e estamos trabalhando para melhorar. Fizemos projetos educacionais que estão em andamento, seja das escolas compartilhadas, seja nas outras 185 escolas. Reformamos mais de 200 escolas, o SOS DF foi um sucesso em todas as áreas. Temos muito a fazer. Brasília. Tenho certeza que essa cidade tem jeito e vamos dar jeito no Distrito Federal”, afirmou Ibaneis.


Confira a íntegra da entrevista no linkVeja abaixo algumas declarações do governador Ibaneis Rocha:


DFTrans


“O que tenho encontrado ali é uma situação de muitos anos. A estrutura já foi formada para as coisas darem errado. Desde os primeiros dias de governo estou tentando levar a bilhetagem do DFTrans para o Banco de Brasília (BRB), num sistema bem mais moderno. Estou terminando de assinar o convênio com o BRB e DFTrans para levar isso para o BRB.


 É muita dificuldade no ponto de vista da esfera administrativa, o que tem alimentado muito a corrupção. Calculo que a corrupção dentro do DFTrans hoje, dentro desse sistema de bilhetagem, ultrapasse os R$ 300 milhões de reais”


Saúde do DF


“Temos muito a fazer. Esse é um processo que está em andamento. Colocamos de imediato o abastecimento de medicamentos, isso não está faltando. A Saúde no DF ainda vai melhorar muito, muito mesmo. Tenho para mim que esse processo de mudança na Saúde só vai ser sentido de verdade pela população no prazo de um ano. Mas que já melhorou muito, melhorou”“Diante da confiança que nós adquirimos com os servidores da rede hospitalar, nós triplicamos o número de cirurgias que foi feito no mesmo período do ano passado. Estamos falando de seis mil cirurgias no período de 100 dias[em 2018] e vamos chegar a 18 mil cirurgias no mesmo período. Estamos tratando do triplo. São coisas que estão acontecendo”“Conseguimos terminar a reforma do 7º andar do Hospital de Base que aumentou sua capacidade de leitos.


Vamos entregar uma UBS em Planaltina na sexta-feira (12/4)”Relação da Saúde com moradores do Entorno“De cada 100 pessoas que são atendidas no Hospital de Brazlândia, 80 são de Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto. Existem duas unidades sendo construídas.


Conversei com o governador (de Goiás) (Ronaldo) Caiado na semana passada quando estivemos em Campos do Jordão e pedi que os dois secretários de Saúde entrassem num entendimento, nem que para isso a gente tenha que assumir a gestão desses dois hospitais, tentando algum convênio ou alguma coisa nesse sentido”Região Metropolitana“Tenho conversado muito com o governador [Ronaldo] Caiado e ele tem cada vez mais visto a importância [da Região Metropolitana].


Os prefeitos da região têm conversado com ele. A audiência pública (no Congresso Nacional) que ocorreu há 15 dias também foi importante para esse esclarecimento. Os prefeitos de Unaí (MG), os prefeitos de Minas Gerais estão todos muito empenhados. Eles sabem da importância do DF para a manutenção da vida dessas cidades e a distância que eles têm da capital de seus estados. Tenho encontrado um ambiente muito bom e tenho certeza que nós vamos conseguir com isso projetos estruturantes”


Contas do GDF


“Da maneira como estamos levando nós vamos conseguir pagar todas as contas desse ano, pagando muitas contas do passado, e eu quero deixar bem claro que eu recebi um passivo muito grande. Por exemplo: horas extras dos médicos. Trabalharam final do ano passado todo, os últimos quatro meses, e não receberam nada. E eu já quitei todas essas horas extras. Estou fazendo as duas coisas, pagando as coisas em dia e pagando um pouco do passivo do passado”Conversa com servidores“Não tenho problema com os servidores.


 Eu respeito muito todos os servidores do DF, todos os sindicatos e sindicalistas. Convivi muitos anos sendo advogado de boa parte deles. Eu sei quais são as necessidades dos servidores, sei como é a vida e a pressão dentro do sindicato.


 Agora, dentro de um momento de instabilidade como o que estamos vivendo, com todas as dificuldades que estamos e vivendo e com todas que estão se avizinhando, seria muita irresponsabilidade da minha parte prometer aquilo que não vou dar conta de cumprir.Tenho toda boa vontade, mas vamos deixar passar esse ano. Vamos deixar as contas se acalmarem. Ano que vem vamos sentar numa boa mesa de negociação e o que for possível conceder aos servidores pode ter certeza que eu vou fazer”



AGÊNCIA BRASÍLIA




Parcerias buscam mudar patamar da saúde no Entorno do DF, diz secretário

SAÚDE GO




Em Formosa e Águas Lindas, o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, conheceu unidades de saúde que podem se juntar à estrutura estadual e ampliar o atendimento aos goianos
Em mais uma agenda de visitas aos municípios goianos nesta terça-feira, 9, o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse, em Formosa, a 227 km de Goiânia, que pretende fazer uma macroavaliação que subsidie a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para firmar contratos com o setor público e privado e mudar o patamar da assistência à saúde do município e do Entorno do Distrito Federal (DF), com reflexos também na região norte de Goiás. “Formosa é fronteira com o DF e tem capacidade de blindar pacientes para que não necessitem ir a Goiânia em busca de atendimento”, afirmou Alexandrino, que, em seguida, também visitou Águas Lindas de Goiás.
Ainda em Formosa, com o prefeito da cidade, Gustavo Marques; o secretário municipal de Saúde, Breno Miranda; e vereadores, Alexandrino visitou o Hospital Municipal Dr. César Saad Fayad, dois outros hospitais particulares e a estrutura de uma unidade de saúde inacabada, onde lamentou o abandono das obras, paralisadas na gestão passada. “Vamos analisar uma composição da saúde de forma macro, organizada, de forma que um sistema seja complementar a outro, não importa se público ou privado”, explicou o secretário.  Para tanto, entende que é fundamental retomar as obras inacabadas, bem como ampliar e fortalecer as demais estruturas na cidade, que carece de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“É um sonho que vai se configurar muito em breve na nossa gestão”, disse, em entrevista a uma rádio local. “Sei o impacto que uma UTI faz na região, não só na cidade”, justificou. Ele entende que todo esforço e união são fundamentais para o projeto. Ou seja, a UTI pode ser instalada em uma unidade estadual, municipal ou particular. “Se houver uma estrutura que tenha capacidade de receber leitos de terapia intensiva, vamos estruturar, regular e ofertar para a população. Não tem motivo para começar do zero se já existe estrutura na cidade”, explicou.
Repasses aos municípios
Também na entrevista, o secretário deu outro exemplo da preocupação de sua gestão com as demandas de saúde do interior: a retomada dos repasses aos municípios, que ficaram 13 meses paralisados na gestão anterior. Lembrou que as parcelas de janeiro e fevereiro já foram quitadas. “Março vamos pagar em abril também, de forma que o recurso ordinário mantenha o fluxo de caixa dos municípios", garantiu. Sobre os milhões em dívidas deixados pela administração passada, explicou tratar-se de recurso que entrou no orçamento, mas não foi repassado pelo governo anterior. “Entendemos a dificuldade dos municípios e trabalhamos duro para superar, mas não temos condições de ter dinheiro novo agora”, lamentou.
Em Águas Lindas de Goiás, o secretário de Estado da Saúde foi recebido pelo prefeito Hildo do Candango e pelo secretário de saúde do município, Eduardo Rangel Lima Tavares. Ismael Alexandrino visitou o Hospital Geral de Águas Lindas Eduardo Pereira Brandão, estadualizado, mas com obras paralisadas também na gestão passada. O titular da SES-GO disse que pretende retomar e concluir a obra nesta gestão.

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás



Ataques em manifestações no Sudão deixam 20 mortos

MUNDO
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Homens armados mascarados mataram 20 pessoas durante os ataques no Sudão contra manifestantes que se reuniram por quatro dias diante do quartel-general do Exército em Cartum, disse o líder do principal partido da oposição nesta terça-feira (9).

Sadek al-Mahdi, ex-primeiro-ministro derrubado em 1989 por um golpe de Estado pelo atual presidente, Omar al Bashir, e hoje um dos organizadores de manifestações contra o governo, disse que esses ataques ocorreram "todas as manhãs" desde sábado (6), quando os sudaneses começaram a se reunir diante do quartel do Exército.

"Havia 20 mártires", disse ele a repórteres na cidade de Omdurman, vizinha de Cartum. O ministro do Interior, Bushara Juma, declarou na segunda-feira (8) que "sete cidadãos morreram, seis no estado de Cartum e um no centro de Darfur" no sábado.

De acordo com um relatório oficial, pelo menos 38 manifestantes morreram desde o início deste movimento de protestos contra o governo, que eclodiu em 19 de dezembro no Sudão e que exige a renúncia do presidente Bechir.

AFP

Hong Kong ultrapassa Japão como maior mercado acionário do mundo

MUNDO
Hong Kong pode se vangloriar, por enquanto.
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O mercado acionário da cidade ultrapassou o Japão e agora é o terceiro maior do mundo em valor, atrás apenas dos Estados Unidos e da China continental, graças à recuperação das ações de Hong Kong depois do pior ano desde 2011.

O valor de mercado de Hong Kong somava US$ 5,78 trilhões até terça-feira, segundo os dados mais recentes disponíveis, comparados com os US$ 5,76 trilhões do Japão. O índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong subiu 17% este ano até terça-feira, quando encerrou com a maior alta desde 15 de junho. A gigante de internet Tencent Holdings tem puxado o desempenho, com um ganho de 22%.

 O índice Topix do Japão avançou 8,3% nesse período.Ambos os mercados fecharam em queda nesta quarta-feira, em reação ao cenário econômico traçado pelo Fundo Monetário Internacional que reforçou a preocupação com o desaquecimento do crescimento global. Outro fator de pressão foi a ameaça dos EUA de impor tarifas à União Europeia. O índice Hang Seng caiu 0,1%, mas encerrou acima da marca de 30 mil pontos ultrapassada no início do mês. O Topix fechou em queda de 0,7%.Para contatar o editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net

Galaxy A80 é anunciado como o 1º celular do mundo com câmera rotativa

TECNOLOGIA
A Samsung anunciou hoje (10) o Galaxy A80, um smartphone com especificações de respeito, mas que tem como principal destaque o seu conjunto de câmeras. A fabricante inovou mais uma vez para aumentar o aproveitamento de tela ao adicionar a primeira câmera retrátil e rotativa do mundo ao seu dispositivo.
Você já viu outros aparelhos com câmera retrátil, mas o Galaxy A80 tem uma novidade a mais: quando a câmera de selfie é ativada, o painel traseiro que abriga as lentes desliza automaticamente e possível gira para a frente, transformando-se em uma câmera frontal. Com isso, não há qualquer buraco ou entalhe na tela do aparelho, que ocupa basicamente todo o painel frontal — uma “Nova Infinity Display”, nas palavras da Samsung.
Falando em recursos, o Galaxy A80 vem com tela Super AMOLED de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ e leitor de digital embutido, 8 GB de RAM e 128 GB para armazenamento interno. Ele roda o Android Pie, tem uma bateria de 3.700 mAh com suporte ao Super Fast Charging de 25W e vem sem entrada tradicional para fones de ouvido.

Câmeras

Um dos destaques do novo Galaxy A80, a câmera tripla conta com um sensor principal de 48 MP (f/2.0) combinado com uma lente grande-angular de 8 MP (f/2.2) e uma câmera de profundidade tridimensional.
Samsung Galaxy A80Samsung Galaxy A80 é o primeiro smartphone do mundo com câmera rotativa. (Fonte: Samsung/Divulgação)
A captura de vídeos ganha os reforços do modo Super Steady, que promete reduzir a tremedeira das gravações, do Scene Optimizer, que reconhece até 30 cenários diferentes para definir as configurações de captura, e do Flaw Detection, que identifica falhas automaticamente antes mesmo da gravação ser iniciada.

Preço e disponibilidade

O Galaxy A80 será vendido no Brasil nas cores Ghost White (prata), Phantom Black (preto) e Angel Gold (rosa) a partir de junho deste ano, mas não teve data específica nem preço revelado.
Enquanto o Galaxy A80 não chega, aproveite estas ofertas de outros smartphones da Samsung:
Com informações de Rafael Farinaccio.

FONTE: TECMUNDO

Corrupção desvia US$ 1 tri em impostos no mundo, aponta relatório do FMI

ECONOMIA
O relatório aponta ainda que o combate a corrupção, além de aumentar as receitas dos governos, poderia evitar desperdícios e ajudar no índice de confiança e em questões relacionadas à sociedade, como o ensino público
Uma pesquisa realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que o desvio de recursos públicos, ou seja, a corrupção, poderia gerar US$ 1 tri em impostos em todo o mundo. "A associação empírica entre corrupção e a receita é confirmada por análises econométricas entre países, controlando o nível de desenvolvimento e outros fatores. A melhoria no Índice de Controle de Corrupção (equivalente a melhoria média para os países que reduziram a corrupção entre 1996 e 2017) é associada a um aumento de 1,2 pontos percentuais nas receitas do governo como parcela do PIB. Se esse valor é aplicado a todos os países, o impacto implícito do aumento na receita tributária total poderia ser de US $ 1 trilhão, ou 1¼ por cento do PIB global", diz o relatório.
O relatório aponta ainda que o combate a corrupção, além de aumentar as receitas dos governos, poderia evitar desperdícios e ajudar no índice de confiança nos governos. Questões relacionadas à sociedade também foram citadas, como possível melhoria no desempenho escolar de alunos do ensino público.

FONTE:Folha Vitória

Pará pede R$ 113 milhões à União para reconstruir ponte atingida por balsa

PARÁ
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Reprodução
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), pediu hoje ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) que a União doe ao estado R$ 133 milhões para reconstruir a ponte cujo trecho caiu após ser atingida por uma balsa no último domingo (6)."Neste momento, nosso ponto central é a reconstrução da ponte, que está estimada em R$ 133 milhões. Fizemos a solicitação destes R$ 133 milhões e afirmei ao presidente que já ajuizamos contra as empresas pedindo o ressarcimento. Se conseguirmos, até porque já está identificado quem deu causa a esse sinistro, não precisamos fazer com que esses recursos públicos sejam utilizados", afirmou.



Segundo o governador, por enquanto, o estado do Pará arcará com as despesas. Bolsonaro pediu que os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura) analisem a possibilidade de atender ao pleito.O impacto da balsa afetou 264 dos 860 metros da extensão da ponte, a terceira de quatro estruturas similares sobre o rio Moju e parte da alça viária do Pará. Esta fica próxima ao trevo do Acará e ajuda a conectar a região metropolitana de Belém ao interior do estado.
Embora o governador tenha pedido R$ 113 milhões ao governo federal, a reconstrução total deve custar R$ 187 milhões, se considerados os serviços de engenharia e de apoio.

Barbalho informou que o governo estadual começou a retirar os escombros hoje e a intenção é começar as obras nos próximos dias. A ideia é que a ponte agora seja estaiada - sustentada também por cabos - a fim de aumentar o vão central para a passagem de barcos no rio.A engenharia do Exército não deve colaborar com as obras por não ter o costume de lidar com pontes tão altas, explicou Helder Barbalho.

UOL, EM BRASÍLIA

Emater incentiva produção de mamão em Gurupá

PARÁ
Com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), um agricultor de Gurupá, no Marajó, vem colhendo duas toneladas de mamão papaia por semana, em um município extrativista cuja tradição é importar frutas.
O agricultor João Batista, da comunidade São Pedro do Bacá, atendido pela Emater há quatro anos, mantém 4 mil pés de mamão em um hectare e meio. Ele também trabalha com hortaliças, citros e pimenta-do-reino. Os produtos abastecem a merenda escolar, as feiras e quitandas da região e o estado vizinho Macapá. O mamão é vendido em torno de R$ 1,50 o quilo, gerando lucro de até 70%.
O mamão encontrado no município costuma ser trazido de Belém por atravessadores e chega ao consumidor final por R$ 6 o quilo, em média.
Batista acabou de quitar um financiamento da linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com projeto da Emater e liberação do Banco do Brasil (BB), no valor de R$ 33 mil. Um novo projeto, agora no valor de  R$ 40 mil, deve ser aprovado em breve. A propriedade em questão é considerada referência em fruticultura no município, onde a Emater realiza visitas e capacitações.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Gurupá, o engenheiro florestal Ted Quemel, a associação do extrativismo e da fruticultura sustentável representa segurança alimentar e aproveitamento agroecológico e comercial das propriedades da agricultura familiar: “O Marajó tem um potencial incrível para a fruticultura porque valoriza a cultura alimentar da Amazônia, a saúde, as cadeias produtivas e os recursos naturais”, resume.
Por Aline Miranda

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO PARÁ
Endereço: Rod. BR 316, Km 12 S/N. Marituba-PA. CEP: 67.105-970
Telefone: 9132993400/3404 (Geral)9132993464 (Ascom)
Site: www.emater.pa.gov.br

AGÊNCIA PARÁ

Seplan realiza abertura oficial de elaboração do PPA 2020-2023

PARÁ
o por: Marcos Vergueiro
A Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) realiza, na próxima quinta-feira (11), o evento de abertura do processo de elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, principal instrumento de planejamento do Estado para o período de quatro anos. O evento ocorre às 14h, no auditório do Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (Igeprev).
A abertura oficial do PPA tem como propósito dar início ao processo de construção de um planejamento integrado entre os órgãos e instituições que compõem o poder executivo do Estado. A reunião, voltada à equipe técnica dos núcleos de planejamento e das áreas finalísticas dos órgãos, irá detalhar as diretrizes que o Governo pretende adotar para esse novo Plano Plurianual, que passa a ter validade a partir do segundo ano da atual gestão.
Ao longo do evento, os técnicos terão a oportunidade de se inteirar sobre a metodologia que será adotada para a elaboração do PPA 2020-2023 e ainda conhecerão as próximas etapas do processo que, depois de finalizado, resultará em um projeto de lei que deverá ser entregue para a apreciação da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) até agosto deste ano.
Audiências – O evento ocorre dias após o retorno da equipe do Governo do Estado da segunda edição do programa Governo por Todo o Pará, promovida nas regiões Sul e Sudeste, ocasião em que também foi realizada a segunda audiência pública do PPA 2020-2023. Já a primeira audiência foi desenvolvida durante a primeira edição do programa, que atendeu à região Oeste. Tais oitivas integram o processo de elaboração do PPA, garantindo a participação da sociedade no planejamento das ações voltadas para a melhoria do Estado.  
Por Cintia Magno
SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO
Endereço: Rua Boaventura da Silva, 401/403. CEP: 66053-050. Belém-PA
Telefone: 9132047404
Site: www.seplan.pa.gov.br
Assessoria de Comunicação 
Fone: (91) 3204-7517 (91) 9 8198-9370
Email: seplan.comunicacao@gmail.com

Melhor aeroporto do mundo terá espaço com floresta e cachoeira

MUNDO
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Imagem: Divulgação/Jewel Changi Airport Devt.


Responsável por servir a cidade-Estado de Cingapura, no Sudeste Asiático, o Changi Airport foi eleito, nos últimos sete anos, o melhor aeroporto do mundo pela respeitada premiação Skytrax World Airport Awards.Viajantes que passam pelo local podem curtir, enquanto esperam seus voos, uma infraestrutura que conta com cinemas, um jardim com quase mil borboletas, uma área verde cortada por um lago com carpas e até uma piscina (de acesso pago).

E, neste mês, Changi irá ficar ainda mais atrativo: no dia 17 de abril, será inaugurado, na área do aeroporto, um espaço batizado de Jewel Changi Airport, que terá aproximadamente 137 mil m² e apresentará uma arquitetura arrojada de vidro e aço, através da qual será possível ver os aviões cruzando o céu.Lá dentro, o passageiro encontrará atrativos capazes de proporcionar horas seguidas de entretenimento antes do embarque.No centro de toda a ação estará a zona chamada de Shiseido Forest Valley, uma espécie de floresta com cerca de 900 árvores e 60 mil arbustos que irão se espalhar por quatro andares e que oferecerá vias para o público caminhar no meio de muito verde.

Divulgação/Jewel Changi Airport Devt.
Vista externa do Jewel Changi Airport, que fará parte do melhor aeroporto do mundoImagem: Divulgação/Jewel Changi Airport Devt.

Alguns trechos desta área estarão cobertos de névoa, para criar um clima que remeta a bosques de verdade.Na mesma paisagem, aparecerá o Rain Vortex, uma queda d'água de design estiloso de 40 metros de altura e que cai desde o teto, que o aeroporto afirma ser "a mais alta cachoeira indoor do mundo" (e que será cenário para shows de luzes à noite).

E, no meio deste ano, o espaço superior do Jewel Changi Airport será complementado com a inauguração do Canopy Park, que oferecerá uma passarela parcialmente transparente 23 metros acima do solo (para passeios com visões panorâmicas do Forest Valley e da Rain Vortex), um labirinto de espelhos (que promete divertir as crianças), um labirinto feito com vegetação com paredes de 1,80 metro de altura, escorregadores infantis e até um complexo de enormes redes, aproximadamente 25 metros acima do solo, sobre as quais o público terá a chance de caminhar e brincar de pula-pula.Um jardim com flores aromáticas e restaurantes também fazem parte do menu de atrações do Canopy Park.
O aeroporto de Changi é um dos mais movimentados do mundo em fluxo de passageiros: no ano passado, o local recebeu mais de 65 milhões de viajantes.Infelizmente, não há voos diretos do Brasil para Cingapura.

UOL VIAGEM

Com 97% das urnas apuradas, Netanyahu tem reeleição praticamente assegurada

MUNDO
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Thomas Coex/AFP
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, está muito próximo de conquistar um quinto mandato. Na manhã desta quarta-feira, 10, o premiê estava muito próximo de uma vitória eleitoral que garantiria 65 dos 120 assentos do Parlamento do país para sua coalizão.
Com 97% dos votos apurados, o partido de Netanyahu, o Likud, elegia 35 parlamentares, mesmo número do principal rival, o Azul e Branco, do general Benny Gantz. Apesar do empate, o atual premiê conta com o apoio de partidos de direita e ultraortodoxos que lhe dão mais 30 assentos.
Se a vitória se confirmar, Netanyahu será conduzido à chefia do governo de Israel pela quinta vez desde 2009, o que o fará o líder mais longevo do país. Na noite de segunda, ainda com resultados parciais, o premiê se disse vitorioso no pleito. “É uma noite de tremenda vitória”, afirmou.

  • Estadão Conteúdo

terça-feira, 9 de abril de 2019

Israel: após eleição acirrada, Gantz e Netanyahu declaram vitória

MUNDO

Os dois candidatos declararam suas vitórias após pesquisas de boca-de-urna apontarem para resultados diferentes; contagem final deve sair na 5ª

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Os principais candidatos das eleições gerais realizadas em Israel nesta terça-feira (9), o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e o ex-chefe do Estado-Maior Beni Gantz, consideram que venceram o pleito, tomando como base diferentes pesquisas de boca de urna que mostram como a disputa foi acirrada no país.
A maior parte das pesquisas mostra o partido Azul e Branco, liderado por Gantz, como o mais votado no pleito, com uma vantagem que vai de três a seis cadeiras para o Likud, comandado por Netanyahu. A diferença, no entanto, não garante que o ex-chefe do Estado-Maior terá o controle do Knesset, o parlamento do país.
"Vencemos. O povo de Israel falou! Graças a milhares de ativistas e mais de um milhão de eleitores há um claro vencedor e um claro perdedor nestas eleições. Bibi (apelido de Netanyahu) prometeu 40 cadeiras e perdeu em grande estilo", disse Gantz após a divulgação das pesquisas de boca de urna realizadas ao longo do dia.
Netanyahu, já calculando que não terá mais votos que seus opositores nas urnas, proclamou que o "bloco da direita", liderado pelo Likud, teve uma "vitória definitiva" nas eleições.
"Agradeço aos cidadãos de Israel pela confiança. Começarei a formar uma coalizão de governo com nossos sócios naturais nesta noite", anunciou o ainda primeiro-ministro no Twitter.
Assim que a apuração começou, Netanyahu entrou em contato com os líderes do Kulanu, Moshe Kahlon, do Israel Nosso Lar, o ex-ministro Avigdor Lieberman, e do Shas, Aryeh Deri, para garantir que eles sugerirão ao presidente de Israel, Reuven Rivlin, também do Likud, que o premiê seja o responsável por formar um novo governo.
As pesquisas, de fato, indicam que o bloco liderado por Netanyahu conquistou mais cadeiras que a possível coalizão do Azul e Branco. O bloco de centro-esquerda liderado por Gantz teria obtido entre 56 e 60 parlamentares. Já a direita pode ter entre 60 e 66 deputados.
Como a votação foi muito apertada, todos ainda esperam a apuração final. Os resultados finais devem ser divulgados por volta das 7h locais de amanhã (1h em Brasília).Rivlin não precisa encarregar o candidato mais votado da missão de formar um novo governo. O presidente deve escolher o candidato que mais chances tem de formar uma coalizão e que represente melhor o voto da população de Israel.Com 30 mil votos apurados, o Azul e Branco tinha 30% da preferência do eleitorado contra 24,2% do Likud. Na sequência, estão a União de Partidos de Direita e o Partido Trabalhista, com 8% dos votos cada. A Nova Direita tem 5%, e o Merez 4%. Shas, Zehut, Kulano e Gesher estão abaixo dos 3,25% exigidos para entrar no Knesset.
Desde o encerramento da votação e a divulgação das primeiras pesquisas, os candidatos do Azul e Branco e as equipes de campanha celebram a vitória em um imóvel em Tel Aviv.
Gantz diz que venceu
"Estamos muito felizes. É uma vitória clara. É muito difícil criar uma coalizão em Israel, mas esses resultados provaram que o país expressou muito claramente que não quer Benjamin Netanyahu", disse à Efe um simpatizante de Gantz, Guy Levy.
"Nos sentimos livres. É possível. Temos uma longa noite até os resultados finais, mas, pela primeira vez, podemos sentir um ar de mudança", completou Uri Shapira, integrante da campanha de Gantz.
No primeiro discurso após a votação, Gantz se apresentou como "primeiro-ministro de todos os israelenses", não só nos que votaram nele. E classificou a data como histórica para o país."Nossa gente votou pela unidade e rejeitou a divisão", disse o ex-chefe do Estado-Maior, criticando Netanyahu.
Netanyahu também celebra
Na festa do Likud, muito menos agitada do que a do Azul e Branco, Uzi Dayan, um dos candidatos do partido, afirmou que todos estão satisfeitos com os resultados preliminares da eleição."A boa notícia é que temos todos os ingredientes para formar um novo governo de coalizão", afirmou Dayan.
A eleição foi marcada por uma alta abstenção nas localidades árabes em Israel, apesar de o governo ter declarado feriado nacional. Algumas regiões chegaram a convocar boicotes ao pleito, mas a participação foi de 71,4%, de acordo com o Comitê Eleitoral Central, número muito similar ao do pleito de 2015.
A ausência dos eleitores árabes pode deixar de fora do Knesset um dos partidos que representam a comunidade, o Ram-Tal.
O incidente mais grave registrado hoje ocorreu em uma seção eleitoral de uma cidade árabe. Observadores e representantes do Likud foram descobertos com câmeras ocultas, o que provocou a intervenção policial no local.
Mais de 1,2 mil equipamentos foram retirados, uma ação classificado pelo Comitê Central Eleitoral como "ilegal".

EFE

    Infecção misteriosa causada por fungo se espalha pelo mundo

    MUNDO
    Avanço aponta para o problema de germes resistentes a medicamentos; não há registro da infecção no Brasil
    O Candida auris em imagem de computador

    Em maio do ano passado, um homem idoso foi admitido no Hospital Mount Sinai no Brooklyn para uma cirurgia abdominal. Um exame de sangue revelou que ele havia sido infectado por um germe letal e misterioso, descoberto há pouco tempo. Os médicos rapidamente ordenaram que ele fosse colocado em isolamento na unidade de tratamento intensivo.


    O germe, o fungo Candida auris, descoberto recentemente, ataca pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, e está se espalhando silenciosamente por todo o planeta. Nos últimos cinco anos, atingiu uma unidade neonatal na Venezuela, varreu um hospital na Espanha, forçou um prestigioso centro médico britânico a suspender as operações de sua unidade de terapia intensiva e fincou raízes na Índia, Paquistão e África do Sul.


    Recentemente, o Candida auris chegou a Nova York, Nova Jersey e a Illinois, o que levou os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos a inclui-lo em uma lista de germes classificados como "ameaças urgentes".

    Segundo o CDC, não há registros no Brasil.


    Onde o Candida auris já foi detectado

    Detecção de caso único de Candida auris
    Detecção ou transmissão de múltiplos casos de C. auris
    Países ligados aos casos identificados nos EUA
    Fonte: CDC (Centers for Disease Control and Prevention)Obs: outros países podem ter casos não detectados ou não reportados do fungo

    O paciente do Mount Sinai morreu depois de 90 dias no hospital, mas o Candida auris não foi contido. Exames mostraram que o fungo estava presente em todo o quarto do paciente, a ponto de o hospital necessitar de equipamento especial de limpeza; também foi necessário arrancar algumas das placas do teto e das lajotas do piso para erradicá-lo.

    "Tudo mostrava sinais de presença —as paredes, a cama, as portas, cortinas, telefones, a pia, o quadro branco, os suportes de soro, a bomba", disse Scott Lorin, o presidente do Mount Sinai. "O colchão, as grades da cama, os buracos para encaixe, as persianas, o teto —tudo que existia no quarto mostrava sinais de presença do germe".O Candida auris é tenaz a esse ponto em parte porque resiste aos principais medicamentos antifúngicos, o que faz dele um novo exemplo de uma das ameaças mais intratáveis à saúde do planeta: as infecções resistentes a medicamentos.Os especialistas em saúde pública vêm alertando há décadas que o uso exagerado de antibióticos estava reduzindo a efetividade dos remédios que estenderam expectativas de vida ao curar infecções bacterianas que no passado eram causas de morte.

    Mas, recentemente, também surgiu uma explosão de fungos resistentes a medicação, o que acrescenta uma dimensão nova e assustadora a um fenômeno que está solapando um dos pilares da medicina moderna."É um problema enorme", disse Matthew Fisher, professor de epidemiologia fúngica no Imperial College London e coautor de uma revisão científica recente sobre os fungos resistentes a medicamentos. "Confiamos em medicamentos antifúngicos para tratar esses pacientes". Em resumo, os fungos, como as bactérias, estão desenvolvendo defesas para sobreviver aos medicamentos modernos.

    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    Por que os EUA estão preocupados com infecções pelo fungo Candida auris?
    --Porque geralmente se trata de infecção resistente a muitos remédios antifúngicos usados para tratar infecções por Candida. Também porque essa infecção é difícil de identificar por métodos laboratoriais comuns e pode ser confundida com outras infecções

    Que tipo de infecções o C. auris pode causar?

    --Infecções da corrente sanguínea, infecções originárias de machucados e também de ouvido. O fungo já foi isolado de espécimes respiratórios e urinários, mas não está claro se ele pode causar infecções de pulmão ou bexiga

     Como é identificada a infecção?
    --Como outras por Candida, a causada por C. auris é identificada em culturas de sangue ou outros fluidos, mas ela pode ser confundida com outros patógenos, especialmente o Candida hamulonii

    Quem tem maior risco?
    --Dados ainda limitados apontam que os fatores de risco são os mesmos para outras infecções por Candida: cirurgia recente, diabetes, uso de antibióticos de amplo espectro e de antifúngicos. Pessoas que ficaram internadas e receberam tubos ou cateteres têm maior risco também. As infecções já foram vistas em pessoas de todas as idades

    Quando ela foi identificada?
    --A primeira vez foi em 2009 no Japão, mas dados retrospectivos apontam infecções em 1996 na Coreia do Sul

    Onde a infecção já ocorreu?
    --Ela já foi reportada em mais de 20 países —segundo mapa atualizado pelo CDC em fevereiro, o Brasil não está entre eles

    Como ela se espalhou?
    --O CDC (Centro de controle de doenças dos EUA) realizou o sequenciamento genético de espécimes do C.auris de países da Ásia, África e América do Sul. A análise sugere que as infecções surgiram independentemente em múltiplas regiões ao mesmo tempo

    As infecções por C.auris têm tratamento?
    --A maioria é tratável por uma classe de antifúngicos chamada echinocandins. No entanto, algumas delas se mostraram resistentes às três principais classes de medicações antifúngicas. Nesses casos, múltiplas classes em doses maiores são necessárias

    A infecção por C.auris pode matar?
    --Sim, mas não se saber se ela causa mais mortes do que outras infecções invasivas por Candida. Baseado em um número limitado de pacientes, de 30% a 60% das pessoas com C.auris morreram. No entanto, muitas delas tinham outras doenças sérias que aumentavam seu risco de morte

    Como ela se espalha?
    --Em ambientes de saúde, como hospitais, pode se espalhar por equipamentos ou superfícies contaminadas ou de pessoa para pessoa

    Mas apesar de os líderes mundiais de saúde virem apelando por uso mais contido de medicamentos antibióticos no combate a fungos e bactérias —inclusive à Assembleia Geral da ONU, em 2016, para que ela ajudasse a administrar a crise emergente—, o uso exagerado desses remédios por hospitais e clínicas e na agricultura continua.

    Os germes resistentes costumam ser chamados de "superbugs" [superpragas], mas isso é simplista porque eles não matam todo mundo, tipicamente. Em lugar disso, são mais letais para pessoas com sistemas imunológicos imaturos ou comprometidos, entre as quais recém-nascidos e idosos, fumantes, diabéticos e pessoas com distúrbios do sistema imunológico e que usam anabolizantes que reduzam as defesas do corpo.

    Os cientistas dizem que a menos que novos medicamentos, mais efetivos, sejam desenvolvidos e que o uso desnecessário de antibióticos seja restringido severamente, o risco se expandirá para populações maiores. Um estudo bancado pelo governo britânico projeta que, se não forem adotadas medidas que contenham a ascensão da resistência a medicamentos, 10 milhões de pessoas podem morrer como resultado dessas infecções em 2050, o que eclipsará as oito milhões de mortes causadas por câncer previstas para aquele ano.

    Nos Estados Unidos, dois milhões de pessoas contraem infecções resistentes a tratamento a cada ano, e 23 mil delas morrem por isso, de acordo uma estimativa oficial do CDC. O número se baseia em dados de 2010; estimativas mais recentes, pela escola de medicina da Universidade de Washington, estimam as mortes em 162 mil. No mundo, a estimativa é de que 700 mil pessoas morram a cada ano de infecções resistentes a tratamento.

    Os antibióticos e os antifúngicos são essenciais para combater infecções em humanos, mas os antibióticos também são usados amplamente para prevenir doenças em rebanhos, e antifúngicos são usados para impedir que plantas apodreçam. Alguns cientistas mencionam indicadores de que o uso exagerado de fungicidas em safras agrícolas está contribuindo para a ascensão de fungos resistentes a drogas e que infectam pessoas.

    No entanto, o problema cada vez mais grave continua a não ser compreendido pelo público —em parte porque as infecções resistentes a remédios muitas vezes terminam envoltas em segredo.Tanto no caso das bactérias quanto no dos fungos, os hospitais e os governos relutam em divulgar surtos por medo de que os locais passem a ser vistos como focos de infecção. Mesmo os CDC, nos termos de seu acordo com os governos estaduais americanos, está proibido de divulgar locais e nomes de hospitais envolvidos em surtos. 

    Governos estaduais decidem, em muitos casos, não publicar informações sobre o assunto, limitando-se a admitir que houve casos.Enquanto isso, os germes se espalham com facilidade —carregados nas mãos dos profissionais de saúde e equipamentos hospitalares; transportados na carne para consumo e nos vegetais produzidos com estrume nas fazendas; conduzido a outros países por viajantes e em produtos de importação e exportação; e transferidos por pacientes de casas de repouso para hospitais, e vice-versa.
    O Candida auris, que infectou o paciente do Mount Sinai, está entre as dezenas de bactérias e fungos que desenvolveram resistência a tratamento.
    Outras variantes proeminentes do gênero Candida —uma das causas mais comuns de infecções na corrente sanguínea em hospitais— não desenvolveram resistência significativa a medicamentos, mas mais de 90% das infecções por Candida auris são resistentes a pelo menos um medicamento, e 30% resistem a dois ou mais medicamentos, segundo os CDC.

    Lynn Sosa, diretora-assistente do departamento estadual de epidemiologia do Connecticut, disse que agora vê o Candida auris como "principal" ameaça, entre as infecções resistentes a tratamento. "É quase indestrutível, e muito difícil de identificar", ela afirmou.Quase metade dos pacientes que contraem o Candida auris morrem dentro de 90 dias. 

    Mas os especialistas mundiais ainda não identificaram de onde ele veio inicialmente, para começar."É a criatura da lagoa negra", disse Tom Chiller, médico que comanda a divisão de fungos do CDC e que lidera uma investigação para encontrar tratamentos que impeçam sua difusão. "Surgiu das profundezas e agora está em toda parte".

    No final de 2015, Johanna Rhodes, especialista em doenças infecciosas no Imperial College London, recebeu um telefonema apavorado do Royal Brompton Hospital, um centro médico em Londres. 
    O Candida auris tinha deitado raízes no hospital três meses antes, e a instituição não estava conseguindo eliminá-lo.

    "Não fazemos ideia de onde tenha vindo. Jamais ouvimos falar dele. E está se espalhando como um incêndio na mata", Rhodes disse ter ouvido dos colegas do Royal Brompton. Ela concordou em ajudar o hospital a identificar o perfil genético do fungo e eliminá-lo de seus quartos.
    Sob seu comando, o pessoal do hospital começou a usar um aparelho que espalhava um aerossol de peróxido de hidrogênio por um quarto usado na internação de um paciente com Candida auris; a teoria era que a aplicação em forma de vapor penetraria em cada canto e desvão do aposento. 
    O aparelho ficou ativo no quarto por uma semana inteira.

     Em seguida, a equipe instalou no meio do quarto uma "settle plate" [placa de fixação] contendo um gel, que serviria como local para que quaisquer micróbios sobreviventes voltassem a crescer, disse Rhodes.
    O fungo estava se espalhando, mas as informações sobre ele não. O hospital, um centro especializado em tratamentos cardíacos e pulmonares que atrai pacientes ricos do Oriente Médio e de toda a Europa, alertou o governo britânico e informou os pacientes infectados, mas não fez comunicados públicos."Não havia necessidade de divulgar um press release durante o surto", disse Oliver Wilkinson, porta-voz do hospital.
    Esse pânico sussurrado se repete em hospitais de todo o mundo. As instituições individuais e os governos municipais, estaduais e nacionais relutam em divulgar surtos de infecções resistentes a tratamento, argumentando que não faz sentido assustar os pacientes —ou possíveis pacientes.Silke Schelenz, especialista em doenças infecciosas no Royal Brompton Hospital, testemunhou essa falta de urgência, por parte do governo e do hospital, nos períodos iniciais do surto, e a considera "muito, muito frustrante"."Eles evidentemente não queriam prejudicar sua reputação", ela disse. "O problema não teve impacto sobre os resultados de nossas cirurgias".Pelo final de 2016, um estudo científico reportou sobre um "surto corrente de 50 casos de Candida auris" no Royal Brompton, e o hospital tomou uma medida extraordinária: fechou por 11 dias sua unidade de terapia intensiva, transferindo os pacientes da unidade para outro piso, uma vez mais sem anúncio.Dias mais tarde, o hospital enfim admitiu a um jornal que estava enfrentando um problema. Uma reportagem no jornal Daily Telegraph informava: "Unidade de terapia intensiva fechada depois de surgimento de 'superbug' mortal no Reino Unido". (Pesquisas posteriores constataram que houve um total de 72 casos no hospital, ainda que alguns pacientes fossem apenas hospedeiros e não tenham sido afetados pelo fungo).Mas a questão continuava quase desconhecida internacionalmente quando um surto ainda maior irrompeu em Valência, Espanha, no Hospital Universitari i Politècnic de La Fe. Lá, sem que o público ou os pacientes não atingidos fossem informados, 372 pessoas foram colonizadas —o que significa que portavam o germe em seus corpos mas não adoeceram por conta dele— e outras 85 desenvolveram infecções na corrente sanguínea. Um estudo publicado na revista acadêmica Mycoses reportou que 41% dos pacientes infectados morreram em 30 dias.Uma declaração do hospital informou que a causa da morte dos pacientes não havia sido necessariamente o Candida auris. "É muito difícil discernir se os pacientes morrem do patógeno ou com ele, porque se trata de pacientes com muitos problemas subjacentes e em condições gerais muito graves", o comunicado afirmava.Como no caso do Royal Brompton, o hospital espanhol não fez qualquer anúncio público sobre o assunto na época. Aliás, não o fez até hoje.Um dos autores do artigo publicado na revista Mycoses, médico do hospital, afirmou em email que os dirigentes da instituição não queriam que ele falasse com jornalistas porque "estão preocupados com a imagem pública do hospital".O sigilo enfurece os defensores dos direitos dos pacientes, que dizem que as pessoas têm o direito de ser informadas caso haja um surto, para que possam decidir se querem procurar determinado hospital, especialmente se os seus problemas não são urgentes, por exemplo cirurgias eletivas."Por que diabos estamos lendo sobre um surto quase 18 meses depois —e não como notícia de primeira página no dia em que aconteceu?", questiona Kevin Kavanagh, médico no Kentucky e presidente do conselho da Health Watch USA, uma organização de defesa dos direitos dos pacientes nos Estados Unidos. "Isso não seria tolerado da parte de um restaurante que passe por um surto de envenenamento alimentar".As autoridades de saúde dizem que revelar surtos assusta os pacientes quanto a uma situação sobre a qual nada podem fazer, especialmente quando os riscos não são claros."A situação dos provedores de serviços de saúde já é difícil o bastante por conta desses organismos", disse Anna Yaffee, médica que trabalhou como investigadores de surtos infecciosos para o CDC e lidou com casos de surtos de infecções resistentes a tratamento no Kentucky nos quais os nomes dos hospitais afetados não foram revelados publicamente. "É realmente impossível levar a mensagem ao público".As autoridades de Londres alertaram os CDC sobre o surto no Royal Brompton enquanto ele estava em curso. E o CDC compreendeu que era preciso transmitir a informação aos hospitais dos Estados Unidos.Em 24 de junho de 2016, o CDC divulgou um alerta nacional aos hospitais e organizações médicas, e criou um endereço de email, candidaauris@cdc.gov, para responder a dúvidas. Snigdha Vallabhaneni, médica que é um dos integrante fundamentais da equipe do CDC, antecipava receber algumas mensagens —"talvez uma por mês".Em vez disso, sua caixa de entrada explodiu.

    Nos Estados Unidos, foram reportados 587 casos de pessoas que contraíram o Candida auris —com concentração de 309 casos em Nova York, 104 em Nova Jersey e 144 em Illinois, de acordo com o CDC.Os sintomas —febre, dores e fadiga— são aparentemente comuns, mas quando uma pessoa é infectada, especialmente se ela já estiver sofrendo problemas de saúde, sintomas assim comuns podem resultar em morte.

    O primeiro caso conhecido nos Estados Unidos envolveu uma mulher que chegou a um hospital de Nova York em 6 de maio de 2013, em busca de tratamento para uma parada respiratória.

     Ela tinha 61 anos e era dos Emirados Árabes Unidos; morreu uma semana mais tarde, depois que exames revelaram que era portadora do fungo. Na época, o hospital não atribuiu grande importância caso, mas três anos mais tarde encaminhou os registros sobre ele ao CDC, depois de receber o alerta da organização em junho de 2016.
    A mulher provavelmente não foi a primeira paciente portadora de Candida auris nos Estados Unidos. Ela portava um variante diferente da variante sul-asiática mais comum no país, que matou uma mulher americana que havia viajado à Índia em março de 2017 para cirurgia eletiva no abdome, contraiu Candida auris e foi levada de avião a um hospital em Connecticut, que as autoridades se recusam a identificar. A paciente foi mais tarde transferida a um hospital do Texas, onde morreu.O germe se espalhou para instalações que combinam serviços residenciais e médicos, Em Chicago, 50% dos moradores de algumas casas de repouso revelaram contaminação por Candida auris em exames médicos, reportou o CDC. O fungo pode crescer em tubos de transferência intravenosa ou em máquinas de respiração artificial.Os trabalhadores que cuidam de pacientes infectados pelo Candida auris se preocupam com os riscos de segurança. 

    Matthew McCarthy, que tratou de diversos pacientes de Candida auris no Weill Cornell Medical Center, em Nova York, descreve ter sentido muito medo ao tratar de um homem de 30 anos."Minha vontade era não ter de tocar o sujeito", ele disse. "Eu não queria apanhar o fungo de que ele era portador e transmiti-lo a outro paciente". McCarthy diz ter feito seu trabalho, e examinado totalmente o paciente, mas acrescentou que "havia uma sensação esmagadora de medo de apanhar o fungo acidentalmente, em uma meia, gravata ou traje médico".
    Enquanto os CDC trabalha para limitar a difusão do Candida auris resistente a tratamentos, seus pesquisadores vêm tentando responder a uma pergunta incômoda: de onde essa versão do fungo surgiu? A primeira ocasião em que médicos encontraram o Candida auris foi na orelha de uma mulher, no Japão em 2009 ("auris" é orelha, em latim). Na época, o fungo parecia inócuo, um primo de outras infecções fúngicas facilmente tratáveis.Passados três anos, o fungo surgiu em um resultado incomum de exame no laboratório de Jacques Meis, microbiologista de Nijmegen, Holanda, que estava analisando uma infecção de corrente sanguínea encontrada em 18 pacientes de quatro hospitais na Índia. Não demorou para que novos grupos de casos de Candida auris começassem a surgir, a cada mês, em diferentes partes do planeta.Os pesquisadores do CDC teorizaram que o Candida auris tivesse surgido na Ásia e se espalhado pelo planeta. Mas quando a agência comparou todo o genoma das amostras de Candida auris obtidas na Índia, Paquistão, Venezuela, África do Sul e Japão, determinou que origem não era um lugar só, e que não existia apenas uma variante de Candida auris.O sequenciamento do genoma demonstrou que havia quatro versões distintas do fungo, com diferenças profundas a ponto de sugerir que as variantes divergiram milhares de anos atrás e emergiram ao mesmo tempo, como patógenos resistentes a tratamento, de versões ambientais inofensivas, em quatro lugares diferentes."De alguma forma, o fungo deu o salto, aparentemente de forma simultânea; parece ter se espalhado; e é resistente a tratamentos", disse Vallabhaneni.Há diferentes teorias sobre o que aconteceu com o Candida auris. Meis, o pesquisador holandês, disse acreditar que o fungo resistente a medicamentos estava se desenvolvendo graças ao uso pesado de fungicidas em safras agrícolas.Meis ficou intrigado com os fungos resistentes a tratamento ao ser informado sobre um paciente holandês de 63 anos que morreu em 2005 por conta de um fungo chamado Aspergillus. O fungo se provou resistente ao itraconazol, um medicamento antifúngico amplamente usado. O remédio é uma cópia virtual dos azóis, substâncias usadas como pesticidas, e é empregado para tratar safras em todo o mundo, e responsável por mais de um terço das vendas mundiais de fungicidas.Um artigo publicado em 2013 pela revista acadêmica Plos Pathogens afirmava que não parece ser coincidência que o Aspergillus, que resiste a tratamento, estivesse surgindo em ambientes nos quais o uso de azóis é pesado. O fungo aparece em 12% das amostras de solo holandesas, por exemplo, mas também em "canteiros de flores, compostagem, folhas, sementes de plantas, amostras de solo de plantações de chá, arrozais, terrenos de hospitais e amostras aéreas de hospitais".Meis visitou os CDC na metade do ano passado para compartilhar informações de pesquisa e teorizar que o mesmo pode estar acontecendo com o Candida auris, que também é encontrado no solo: azóis criam um ambiente tão hostil que os fungos estão evoluindo, e variantes resistentes a tratamentos sobrevivem.Isso é semelhante a preocupações de que bactérias resistentes a tratamento estejam crescendo por conta do uso excessivo de antibióticos em rebanhos, para fins de saúde e promoção do crescimento. Como os antibióticos no tratamento de rebanhos, os azóis são usados amplamente em cultivos."Em tudo: batatas, feijões, trigo, qualquer coisa em que você possa pensar, tomates e cebolas", disse Rhodes, a especialista em doenças infecciosas que trabalhou para debelar o surto londrino. "Somos nós que estamos causando isso, com o uso de antifungicidas nas safras".Chiller teoriza que o Candida auris pode ter se beneficiado do uso pesado de fungicidas. A ideia dele é que o Candida auris na verdade existe há milhares de anos, escondido em cantos isolados do planeta —um germe não muito agressivo. Mas quando os azóis começaram a destruir mais e mais dos fungos comuns, surgiu a oportunidade de o Candida auris encontrar espaço, como germe dotado da capacidade de resistir facilmente a fungicidas e agora adaptável a um mundo no qual outros fungos, menos aptos a resistir, estão sob ataque.O mistério quanto ao surgimento do Candida auris continua, e identificar sua origem parece, pelo menos no momento, menos importante do que impedir que se espalhe. Por enquanto, a incerteza sobre o Candida auris gerou um clima de medo e, em certos casos, negação.No segundo trimestre do ano passado, Jasmine Cutler, 27, foi visitar o pai, que tem 72 anos, em um hospital de Nova York, onde ele estava internado por conta de complicações depois de uma cirurgia no mês anterior.Quando ela chegou ao quarto, descobriu que ele estava sentado há uma hora sobre as próprias fezes, em uma cadeira reclinável, porque ninguém tinha atendido quando ele pediu ajuda para ir ao banheiro. Cutler disse que ficou claro para ela que o pessoal do hospital tinha medo de tocá-lo porque um exame havia mostrado que ele era portador de Candida auris."Vi médicos e enfermeiras olhando para dentro de seu quarto pelo vidro da porta", ela disse. "Meu pai não é um rato de laboratório. Não podem tratá-lo como um espetáculo de circo".O pai de Cutler teve alta, e o hospital o informou que ele não porta mais o fungo. Mas não permitiu que seu nome fosse mencionado, dizendo que temia ser associado à assustadora infecção.


    THE NEW YORK TIMES