Presos psiquiátricos provocam rebelião
Motim em prisão no Brasil Foto: JPavani / Reuters |
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária estão à solta 37 detidos e outros 18 foram recapturados.
Por outro lado a autarquia diz que "não há motivos, até o momento, para suspensão de aulas ou qualquer outra atividade normal".
Seis prédios foram destruídos pelo fogo provocado pelos detidos, mas não há informações de mortos ou feridos. A unidade hospitalar tem capacidade para 594 detidos e uma população de 523, segundo dados de 13 de outubro da Secretaria de Administração Penitenciária.
Polícia isolou detentos que não conseguiram fugir (Foto: TV Globo/Reprodução) |
O diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, Fábio Jabá, citado pela Folha de São Paulo, alertou que o local acolhe presos de alta perigosidade, mas que tem falta de funcionários.
"A receita do bolo está perfeita. Falta de estrutura, o sistema prisional é um barril de pólvora prestes a explodir. Explodiu em Jardinópolis, Mococa, Limeira, Guarulhos. Com certeza vão acontecer outros episódios. Precisamos de alertar a sociedade para se preparar que várias situações que vão ocorrer", comentou.
Este episódio soma-se a vários incidentes prisionais recentes: A 29 de setembro passado, 470 detidos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária em Jardinópolis, no interior do Estado de São Paulo, após um protesto por superlotação do local.
Na madrugada de hoje, pelo menos oito presos morreram em confrontos entre gangues rivais numa prisão do Estado de Rondônia, no norte do país, um dia depois que um caso semelhante ter provocado 10 mortos noutra região do Brasil.
Fonte: Lusa