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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Doria viaja a Brasília para tentar capitalizar vacina chinesa

 POLÍTICA

Governador vai visitar Congresso e Anvisa com secretário da Saúde e diretor do Instituto Butantã, parceiro da farmacêutica Sinovac

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva no Palácio dos BandeirantesFoto: Divulgação / Governo do Estado de SP / Estadão


No dia seguinte ao anúncio de que o Ministério da Saúde vai comprar 46 milhões de doses da vacina coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, o governador João Doria (PSDB) vai fazer um périplo em Brasília nesta quarta-feira, 21, na tentativa de capitalizar o que seus aliados consideram uma vitória política do tucano, que pretende concorrer ao Palácio do Planalto em 2022.

O governador vai circular pelo Congresso Nacional acompanhado pelo Secretário de Estado de Saúde Jean Gorinchteyn, o secretário especial do governo de São Paulo em Brasília, Antonio Imbassahy, e o diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas. No período da tarde, Doria e sua comitiva estadual participam de uma reunião com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.

Segundo o Palácio dos Bandeirantes, a expectativa é que a aquisição das vacinas ocorra até o final do ano, após o imunizante obter o registro da Anvisa, e que a vacinação tenha início já em janeiro. O ministério informou que investirá R$ 1,9 bilhão na compra. O recurso extra será liberado por meio de medida provisória.

A decisão encerra especulações que indicavam que poderia haver uma resistência do governo federal em adquirir as doses da vacina por causa de divergências entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro. Possíveis adversários em 2022, o governador e o presidente adotaram, porém, discursos diferentes sobre a obrigatoriedade da vacinação. Doria é à favor e Bolsonaro contra.

No embate com Doria, Bolsonaro tem dito que a vacina tem que ter "comprovação científica" e criticado a China.

O governo federal tem apostado na vacina desenvolvida pela universidade de Oxford. Assim como a chinesa, essa inglesa também está na fase 3 de testes, em que há uma vacinação em massa de voluntários.


FONTE: UOL/Pedro Venceslau

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Avó de Michelle Bolsonaro morre no Distrito Federal vítima de Covid-19

COVID-19

Maria Aparecida Firmo Ferreira teve o óbito confirmado nesta quarta-feira (12/8) após ficar internada por mais de um mês em UTI


Avó de Michelle Bolsonaro

DANIEL FERREIRA / METRÓPOLES

Aavó materna da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, é mais uma vítima fatal relacionada ao novo coronavírus no Distrito Federal. O óbito de Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 81 anos, foi confirmado ao Metrópoles nesta quarta-feira (12/8) por Maria de Fátima Ferreira, filha da paciente. Ela estava internada na enfermaria do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

“Deus resolveu levar minha mãezinha, não consigo acreditar. Ela lutou tanto, mostrou tanta força, mas não resistiu. Estamos todos muito abalados”, declarou a tia da primeira-dama.

Na semana passada, a idosa havia deixado a unidade de terapia intensiva do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com um quadro clínico considerado estável, quando foi transferida novamente para o HRC, primeira unidade onde ficou internada.

Maria Aparecida manteve as dificuldades respiratórias – ela chegou a ter 78% da capacidade pulmonar comprometida – e fez uso de máscaras de oxigênio como forma de dar mais conforto durante o tratamento contra o Sars-Cov-2. Ela também manteve a alimentação enteral, por meio de sondas durante todo o tratamento.

Caso

Maria Aparecida Firmo foi transferida para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) em 1º de julho, quando passou a ser atendida nos boxes de emergência. Ela seguiu para internação primeiramente no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), sentindo falta de ar, após passar mal, cair e desmaiar em uma das ruas do Sol Nascente, onde mora.

A idosa foi levada à unidade hospitalar por um vizinho que a encontrou desacordada na porta de uma farmácia.

METRÓPOLES

quinta-feira, 5 de março de 2020

Confirmação de coronavírus no DF aguarda contraprova

SAÚDE DF

Amostras serão analisadas em São Paulo, no Instituto Adolfo Lutz, segundo norma do Ministério da Saúde

Paciente será transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), uma das unidades de referência no tratamento da doença no DF | Foto: Matheus Oliveira / Arquivo Secretaria de Saúde
Secretaria de Saúde do Distrito Federal aguarda contraprova para confirmar diagnóstico do primeiro caso de infecção por coronavírus na capital. Uma paciente de 52 anos teve primeiro resultado indicado como positivo em um laboratório particular da capital. Para confirmação, amostras clínicas serão analisadas em São Paulo, no Instituto Adolfo Lutz, como prevê o Ministério da Saúde (MS). Ela será transferida ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Recentemente, a paciente esteve no Reino Unido e na Suíça. Ela começou a apresentar os sintomas em 26/02 e deu entrada no pronto-socorro de uma unidade particular na quarta-feira (4) com sintomas de febre, tosse e secreções. Ela está em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi solicitada remoção ao Hran porque o hospital particular informou que não está preparado para atuar no caso. A unidade pública é uma das unidades de referência para tratamento da doença no DF. Lá, será realizado o protocolo clínico indicado para esses casos, com procedimentos de controle de infecção necessários.
“Não há motivo para reação exacerbada. Tratamos o caso como importado e não há transmissão local no DF”Eduardo Hage, infectologista da Secretaria de Saúde
Infectologista da Secretaria de Saúde, Eduardo Hage conta que após a notificação do resultado preliminar positivo, a pasta deu início ao protocolo de busca de pessoas com quem a paciente teve contato, seja durante a viagem, seja na chegada ao país. Ela teve contato direto com dois familiares, que receberam recomendação de isolamento domiciliar. A lista de passageiros que compartilharam os voos foi solicitada à Anvisa. “Todos serão monitorados, acompanhados e, quando necessário, terão amostras colhidas e analisadas”, explica.
A notícia não é motivo para pânico, garante o infectologista. “Não há motivo para reação exacerbada. Tratamos o caso como importado e não há transmissão local no DF”, ressalta Eduardo Hage. A recomendação de prevenção é manter e fortalecer questões de higiene, com lavagem frequente das mãos com material adequado (água e sabão ou álcool gel) e manter a chamada etiqueta respiratória – com cuidados para conter o espirro –, especialmente em épocas sazonais de gripes. De acordo com o médico não há diferença na atuação clínica do coronavírus dos outros casos sazonais de influenza.
A contraprova não será realizada no Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) porque a unidade ainda não recebeu os insumos necessários, distribuídos nos últimos dias pelo MS, para habilitação e capacitação da unidade para que exames sejam feitos na capital. A previsão é que o resultado do exame em São Paulo saia em até três dias.
Osnei Okumoto (ao centro) conduz coletiva com gestores e especialistas do setor no Palácio do Buriti | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília
As informações foram fornecidos em coletiva de imprensa concedida na noite desta quinta-feira (5) no Salão Nobre do Palácio do Buriti. Participaram do pronunciamento o secretário de Saúde, Osnei Okumoto; o secretário adjunto de Saúde, Ricardo Tavares; o presidente do Instituto de Gestão de Saúde do DF (Iges-DF), Francisco Araújo; e o chefe da Casa Civil, Valdetário Monteiro.

Articulação

Desde 29 de fevereiro o DF está em situação de emergência no âmbito da saúde pública, em razão do risco de pandemia do coronavírus. A medida permite alinhar ações de enfrentamento da doença por 180 dias. A capital segue as recomendações do Ministério da Saúde e monitora a situação, diariamente, por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs-DF).
Foi criado um Plano de Contingência que sistematiza ações e procedimentos de resposta. O texto pode ser alterado conforme mudanças na situação da doença na capital, que é monitorada periodicamente. Na capital, a rede pública está preparada para atender pacientes infectados pelo coronavírus.
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade habilitada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a possível ocorrência do vírus, está com um andar isolado exclusivamente para atendimento. O Hospital de Base dispõe de metade de um andar disponível para o mesmo tipo de situação.
Assista à íntegra da coletiva:

Entenda

O coronavírus (Covid-19) é um vírus que causa doença respiratória com sintomas semelhantes a um resfriado (febre, tosse, dificuldade em respirar), podendo também causar pneumonia. As investigações sobre as formas de transmissão ainda estão em andamento, mas sabe-se que a disseminação ocorre de pessoa para pessoa, por gotículas respiratórias ou contato direto. Ele tem transmissão menos intensa que o vírus da gripe, sendo menor o risco de circulação mundial intensa.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem oito casos confirmados de coronavírus. Até agora, são 6 casos em São Paulo, sendo dois deles relacionados com o primeiro caso confirmado do estado. Os outros casos estão no Rio de Janeiro e Espírito Santo. A conformação do caso do DF depende de contraprova.