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domingo, 5 de maio de 2019

Bolsonaro rebate crítica de Burger King por vídeo do Banco do Brasil censurado

GOVERNO
Rede de fast food convoca para comercial participantes de vídeo do BB que foi retirado do ar a pedido do presidente

(foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
Em seu perfil no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) reagiu à campanha do Burger King que convoca para vídeo publicitário participantes “de um comercial de banco que tenha sido vetado e censurado nas últimas semanas”.



A rede de fast food lançou ação de marketing em que critica a retirada do ar de propaganda do Banco do Brasil, que ocorreu após pedido de Bolsonaro. O único requisito era ter participado do comercial do banco.

Anúncio do Burger King recrutando elenco para comercial do fast food(foto: Reprodução Vídeo/Burger King)
Anúncio do Burger King recrutando elenco para comercial do fast food(foto: Reprodução Vídeo/Burger King)



FONTE: Estado de Minas
“Pode ser homem, mulher, negro, branco, gay, hétero, trans, jovem, idoso. Curtir fazer selfie é opcional. No Burguer King, todo mundo é bem-vindo. Sempre”, diz o vídeo de convocação, em referência direta à propaganda do BB, em que a selfie era um dos critérios para a abertura da conta por aplicativo. 
A propaganda mostrava jovens, a maioria negros, fazendo poses para tirar selfie do celular. Os atores dançam e fazem poses para a foto, simulando o uso do app do banco. 

Em reação à ação do Burger King, o presidente postou em seu Twitter: “Qualquer empresa privada tem liberdade para promover valores e ideologias que bem entendem. O público decide o que faz. O que não pode ser permitido é o uso do dinheiro dos trabalhadores para isso. Não é censura, é respeito com a população brasileira.”

Apoiadores de Bolsonaro também estão pedindo boicote ao fast food. 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

MUNDO

Aplicativo de encontros para polígamos causa polêmica na Indonésia

Criador do app diz que está apenas querendo ajudar os homens solteiros

Lindu Cipta Pranayama, criador do aplicativo Ayo Poligami, que permite a homens casados procurar uma mulher para um relacionamento (Foto: Bagus Indahono/EPA/EFE)
Um aplicativo de encontros para polígamos causou uma forte controvérsia na Indonésia entre aqueles que veem este costume como uma perversão que atenta contra os direitos das mulheres e os que a defendem como parte da fé islâmica.
No seu escritório no sul de Jacarta, Lindu Cipta, criador do aplicativo Ayo Poligami (Vamos Poligamia) para smartphones, distribui o seu tempo comprovando os novos perfis registrados, dando entrevistas para a imprensa e rezando cinco vezes ao dia.
Como quase 88% dos mais de 260 milhões de habitantes da Indonésia, Cipta é muçulmano e, segundo a lei islâmica (sharia), pode se casar com até quatro mulheres desde que sejam uniões pactuadas e demonstre ter capacidade financeira.
Para Cipta, que recentemente teve que reforçar o controle sobre perfis falsos e conteúdo inadequado, o objetivo é ajudar pessoas solteiras, especialmente "mulheres com mais de 50 anos que continuam sendo virgens".
"Fui solteiro durante 34 anos e quero ajudar as pessoas que tenham o mesmo problema que eu, aqueles que têm dificuldade para encontrar um cônjuge", disse o indonésio à Agência Efe.
Em setembro, o fundador do aplicativo se casou com uma das suas primeiras usuárias, se tornando o primeiro casamento através do Ayo Poligami.
Cipta criou a programa em 12 de abril, mas teve que fechá-lo e relançá-lo no começo de outubro após o grande número de contas falsas entre seus mais de 56 mil inscritos.
Atualmente, conta com 800 usuários registrados, incluindo solteiros e casados, dentre algumas 8.000 solicitações.
Nos comentários na página de downloads do aplicativo na internet, praticamente metade dos internautas dão a avaliação mais alta a ele e quase a outra metade dão a pior, com muito pouco espaço para opiniões moderadas.
"Qual é o propósito do aplicativo? Ele destrói lares, não envergonhe a religião do Islã", opinou Yulia Sari.
"Bem, se pode reduzir o adultério e o sexo livre com a poligamia, e evitar as doenças mortais por causa do sexo livre", considerou por sua parte o internauta Ayin Yayan.
A pesquisadora Ninan Nurmila, que realizou um estudo qualitativo sobre o efeito dos casamentos polígamos nas mulheres, assegurou que, na Indonésia, a maioria das pessoas vê a poligamia como "algo negativo, fora do comum".
"Muitos muçulmanos dizem que a poligamia é parte da sharia, da identidade dos muçulmanos, mas são apenas perto de 5%; a maioria está em uma posição intermediária que considera que a poligamia só é permitida sob certas condições legais", explicou Nurmila.
A pesquisadora, que faz parte da Comissão Nacional sobre a Violência contra a Mulher, apontou que o problema é que o Estado não faz cumprir as leis e a maioria dos casamentos polígamos não são registrados.
"A poligamia pode representar quatro tipos de violência: física, psicológica, sexual e econômica", disse Nurmila, que na sua pesquisa de 39 casamentos polígamos descobriu que somente 20% não acabavam em algum tipo destes abusos contra as mulheres.
No seu escritório na capital, o criador do Ayo Poligami considera que os problemas relacionados com a violência doméstica se devem à "falta de estabilidade financeira e consenso".
Consciente da controvérsia que criou com seu aplicativo e querendo se distanciar da página web de casais Nikah Sirri, cujo fundador foi acusado no final de setembro de traficar virgens, Cipta reforçou os requisitos de segurança.
Mesmo assim, seus opositores não diminuíram suas aspirações, mas o contrário. No futuro, o empreendedor indonésio planeja abrir escritórios em países nos quais se permite a poligamia, como Malásia, China e Rússia, para conectar os polígamos do mundo.
AGÊNCIA EFE (Por Ricardo Pérez-Solero)