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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Deputados federais e senadores eleitos pelo DF gastaram R$ 17 milhões

POLÍTICA DF
Ao custo de R$ 17 milhões, oito deputados e dois recém-eleitos ao Senado conquistaram vagas no Congresso Nacional. Teve quem gastou menos de R$ 4 por cada voto recebido, mas houve também quem precisou de quase R$ 70

FOTO: PEDRO PAULO/ JORNAL CENTRAL BRASIL


A eleição da nova bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional custou R$ 17 milhões. Os oito deputados federais eleitos arrecadaram, no total, R$ 10,9 milhões na campanha. Os dois senadores recém-eleitos receberam doações que somam R$ 6,1 milhões. Assim como ocorreu na disputa da Câmara Legislativa, é grande a divergência de perfis das campanhas dos parlamentares escolhidos pelos brasilienses.
Bia Kicis, do PRP, fez uma campanha focada em redes sociais, com receitas que somam R$ 306,7 mil. Ela conquistou 86.415 votos, o que representa um valor médio de R$ 3,54 por apoio na urna. Celina Leão arrecadou R$ 2,15 milhões e obteve 31.610 votos. Isso representa um investimento médio de R$ 68,17 para conquistar cada eleitor — 20 vezes mais do que o gasto médio da deputada eleita pelo PRP.
A análise das receitas declaradas pelos concorrentes aos cargos de deputado federal e senador mostra quem financiou as vitórias da nova bancada do DF no Congresso Nacional. A eleição mais cara foi a da empresária Paula Belmonte, do PPS. Ela arrecadou R$ 2,45 milhões em sua estreia na política. Desse montante, 95% foram recursos próprios. A empresária obteve, ainda, R$ 100 mil do PPS.
A segunda campanha com maior valor arrecadado foi a de Flávia Arruda, do PR. Ela recebeu R$ 2,4 milhões do partido, além de duas doações individuais somando R$ 4 mil. Flávia terminou a disputa como a deputada federal mais votada, com o aval de 121.340 eleitores brasilienses. O valor médio por voto da mulher do ex-governador José Roberto Arruda foi de R$ 19,81.
Na terceira posição da lista dos parlamentares eleitos que mais arrecadaram aparece a distrital Celina Leão (PP), que conquistou o primeiro mandato como federal. Ela somou receitas no valor de R$ 2,15 milhões, investidos na conquista de 31.610 apoios nas urnas. Celina teve menos votos do que outros candidatos e só conquistou a vaga graças ao quociente eleitoral.
O distrital Júlio César (PRB) conseguiu R$ 1,55 milhão para investir na primeira disputa para federal. Desse valor, R$ 652 mil saíram dos cofres do diretório nacional do PRB e R$ 150 mil da executiva regional da sigla. Júlio César também recebeu R$ 566 mil de Fernando Marques, candidato ao Senado, e R$ 120 mil da campanha do empresário, além de R$ 520 de vaquinhas virtuais. Cada voto do representante da Igreja Universal custou, em média, R$ 19,53.
 
 

Youtuber

Única parlamentar da atual legislatura que conseguiu ser reeleita, Erika Kokay (PT) somou receitas de R$ 1 milhão na corrida eleitoral deste ano. Todo o valor arrecadado pela federal saiu dos cofres do PT. O valor médio de cada voto da petista ficou em R$ 11,11.
Professor Israel (PV), que chegou à Câmara dos Deputados depois de duas legislaturas como distrital, obteve doações que somaram R$ 675,8 mil. Desse total, R$ 450 mil saíram do PV. Israel usou R$ 50 mil em recursos próprios e arrecadou R$ 6,3 mil em plataformas de financiamento coletivo. A campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB) ao governo repassou R$ 2,7 mil à candidatura de Professor Israel, cujo voto teve valor médio de R$ 9,99.
Morador de Miami, nos Estados Unidos, até meados de setembro, o empresário e youtuber Luís Miranda focou em redes sociais e conquistou o primeiro mandato de federal com investimentos de R$ 440 mil. Desse montante, R$ 435 mil foram recursos próprios e R$ 5 mil, doados pelo empresário Ricardo Ribas. O custo médio do voto do empresário foi o segundo mais baixo: R$ 6,75.
Terceira deputada federal mais votada, Bia Kicis, do PRP, fez a campanha com menor receita. Dos R$ 306,7 mil arrecadados pela ex-procuradora do Distrito Federal, R$ 90 mil foram repassados pelo PRP. Ela recebeu 72 doações individuais de pessoas físicas, com valores que variaram de R$ 25 a R$ 50 mil.

Prestação de contas

Entre os candidatos ao Senado, a campanha que mais arrecadou foi a de Leila do Vôlei (PSB). Estreante na disputa por uma vaga no Congresso Nacional, a medalhista olímpica conseguiu doações totais de R$ 3,11 milhões e chegou ao fim do pleito como a concorrente ao Senado com melhor desempenho no DF, com 467.787 votos. O valor médio para conquistar cada eleitor foi de R$ 6,65. Entre as receitas declaradas por Leila, R$ 3 milhões saíram dos cofres do PSB. Ela conseguiu R$ 43 mil em vaquinhas virtuais e outras doações individuais de pessoas físicas. Como o limite de gastos na campanha ao Senado é de R$ 3 milhões, Leila terá de devolver recursos ou repassá-los a outras candidaturas até a data da prestação final de contas.
O candidato do PSDB ao Senado, Izalci Lucas, registrou uma arrecadação total de R$ 2,98 milhões para chegar ao cargo. O tucano terminou o pleito com 403.735 votos, um valor médio de R$ 7,40 por cada um. Dos recursos recebidos pelo tucano, metade saiu do bolso do suplente, o advogado Luís Felipe Belmonte. Ele obteve R$ 1 milhão do PSDB e R$ 500 mil da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência.
O levantamento do Correio levou em conta os valores das receitas declaradas pelos candidatos, e não as despesas. Isso porque o prazo para a apresentação da prestação de contas termina 30 dias após o primeiro turno; por isso, os gastos registrados até agora não retratam a realidade das campanhas.


CORREIO BRAZILIENSE

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

JUSTIÇA

MP aciona vereador de Águas 

Lindas que, quando presidiu 
 
Câmara, prestou contas

com documentos falsos


Documentos com assinaturas falsas foram apresentados na prestação de contas

A promotora de Justiça Tânia d'Able Rocha de Torres Bandeira está acionando o vereador de Águas Lindas de Goiás Luís de Aquino Pereira por ato de improbidade administrativa, por ter apresentado notas de empenho e recibos de pagamentos de diárias com assinaturas falsificadas na prestação de contas de sua gestão como presidente da Câmara Municipal de 2005. A promotora requereu a condenação do parlamentar nas penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa, inclusive no ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos.
A improbidade
Consta do processo que o ex-presidente, em 2005, autorizou o pagamento de diárias, referentes a deslocamentos que não ocorreram, mediante assinaturas falsificadas em ordens de pagamento, recibos e portarias, como forma de justificar gastos em prestação de contas no TCM.

Investigação do MP constatou que vereadores à época confirmaram as irregularidades nos balancetes apresentados pelo então presidente da Casa, inclusive porque a prestação continha recibos em nome desses parlamentares, cujas assinaturas eram falsas. Uma das testemunhas relatou que Luís de Aquino chegou a procurá-lo para assinar recibos para justificar gastos, mas que ela recusou a assinar, justamente porque não havia realizado nenhuma das viagens descritas, o que não justificaria o recebimento de diárias. 
Apesar dessa testemunha ter afirmado não ter feito as viagens e não ter recebido por elas, a Câmara realizou o pagamento de diárias. Um outro vereador, na condição de secretário da Mesa do Legislativo municipal, também confirmou que os despachos de deferimento do pagamento de diárias em favor do ex-presidente não foram assinadas por ele, assim como notas de empenho e outros documentos.
De acordo com a promotora, todos os elementos colhidos durante a apuração evidenciam que Luís de Aquino foi o responsável pela ordenação de despesas e pela prestação anual de contas, encaminhando ao TCM documentos com assinaturas falsificadas para justificar a realização de despesas já efetuadas que, na verdade, não corresponderam à veracidade.
No curso das investigações, foi constatado também que, além de ter cometido fraude na prestação de contas de sua gestão, o ex-presidente da Câmara autorizou o pagamento de diárias a servidores e a vereadores sem apresentar a respectiva prestação de contas por parte dos beneficiários, revelando gastos de recursos públicos sem a devida justificativa e comprovação das despesas. (Texto: Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do 

MP-GO - Foto: banco de imagens)