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domingo, 8 de abril de 2018

O que causa câncer e quais seus sintomas e tratamentos

DIA MUNDIAL DA SAÚDE


No Dia Mundial de Combate ao Câncer, entenda como um tumor maligno surge, cresce e afeta a saúde – e quais os remédios e métodos de prevenção que temos


O que causa câncer? Ora, ele surge quando uma célula do corpo sofre um conjunto de mutações que a fazem se proliferar desordenadamente, invadir locais onde não deveria estar e escapar de mecanismos de defesa do organismo que a destruiriam. Esse crescimento descontrolado pode acontecer em diferentes áreas – pulmão, cólon, mama, cérebro, pele, ossos, nervos, estômago, intestino…
Aos poucos, as células tumorais tomam o lugar das saudáveis e 

abalam o funcionamento do órgão afetado. Quando a doença avança, pode se espalhar pelo corpo, fenômeno conhecido como metástase. Aí o tratamento fica mais complexo.
O desenvolvimento anormal da célula acontece por um defeito no DNA. Essas alterações podem ser herdadas dos pais, pipocar de modo espontâneo ou decorrer de agentes externos, como cigarro, vírus, exposição excessiva ao sol, obesidade e consumo de certos alimentos. Esses são os fatores cancerígenos.
Essa doença pode atingir células sanguíneas (são os cânceres líquidos, assim por dizer) ou órgãos (os sólidos). No primeiro caso, por exemplo, enquadram-se as leucemias, que dão as caras na medula óssea – nossa fábrica de unidades sanguíneas – e os linfoma, formados nos gânglios linfáticos.
Os tumores sólidos, por sua vez, englobam os sarcomas, que atingem músculos, ossos e cartilagens e são mais prevalentes em pessoas jovens. Ou os carcinomas, que atingem o tecido epitelial – que recobre a pele e a maioria dos órgãos – e são mais comuns com a avançar da idade.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que, em 2018, ocorrerão no Brasil cerca de 600 mil novos casos de câncer.

Sintomas e sinais

– Nódulos
– Dores
– Lesões
– Manchas
– Coceira
– Perda de peso
– Fadiga
– Febre frequente
– Sangue nas fezes ou na urina (câncer anal ou de bexiga)
– Rouquidão e dificuldade de fala (câncer de boca e garganta)
– Tosse persistente e sangramento nas vias respiratórias (câncer de pulmão)
– Anemia (leucemia)
– Confusão mental, distúrbios visuais, convulsões (câncer no cérebro)
Dependendo da localização e da agressividade, os sintomas podem demorar mais a aparecer. Isso, claro, impacta na precocidade do diagnóstico e nas chances de sucesso do tratamento.
Fora que esses sinais muitas vezes são confundidos com outros problemas de saúde – um indicativo de que podem sinalizar algo grave é o tempo. Ou seja, se o sintoma não tem motivo aparente e não desaparece após alguns dias, possivelmente está atrelado a alguma doença.

Fatores de risco

– Tabagismo
– Excesso de ingestão de bebida alcoólica
– Obesidade
– Alimentação desregrada: por exemplo, o consumo excessivo de alimentos industrializados ou embutidos, com substâncias como nitritos e nitratos, favoreceria tumores
– Sexo sem proteção
– Exposição a poluentes ou substâncias tóxicas, como amianto, arsênio e níquel
– Exposição prolongada aos raios solares sem proteção
– Radiação
– Remédios à base de hormônios
– Idade: o risco de sofrer de câncer duplica a cada cinco anos após os 25 anos de idade
– Infecções virais a exemplo de HPV e hepatite B
– Doenças inflamatórias como colite ulcerativa
– Herança genética

A prevenção

Embora o componente hereditário tenha participação importante no desenvolvimento de tumores, é possível se cercar de cuidados para reduzir o risco da doença.
Evitar a exposição ao sol entre as 10 e as 16 horas, assim como passar protetor, diminui bastante a probabilidade de câncer de pele, por exemplo. Não fumar afasta inúmeros tumores, dos de pulmão aos de intestino. Maneirar no álcool resguarda a boca e a garganta.
Já o HPV, responsável por praticamente todos os tumores de colo de útero, pode ser prevenido com uma simples vacina. Outras infecções cancerígenas, como a hepatite B, são preveníveis com uso de camisinha.
A dieta também tem peso importante. Um cardápio equilibrado, com frutas, legumes e verduras, abastece o corpo de nutrientes antioxidantes, que formam uma barreira contra os radicais livres, moléculas que podem danificar o DNA e originar uma célula tumoral.
Isso sem contar um considerável efeito indireto: quem opta por esse tipo de alimentação costuma ter mais facilidade em controlar o peso. E a obesidade promove processos inflamatórios e alteração dos níveis de certos hormônios, entre outras coisas que servem de estopim para a enfermidade.
Para ter ideia, estudos apontam ainda que uma alimentação com baixo teor de gordura diminui o risco de aparecimento de tumores de mama, intestino e próstata. Por outro lado, comidas gordurosas, embutidos, produtos processados cheios de conservantes e açúcar demais devem ter seu consumo restrito.

O diagnóstico

O ideal é que o câncer seja flagrado antes mesmo de o paciente apresentar sintomas. Quanto mais cedo o problema for detectado e tratado, maiores as chances de ser contido.
Pessoas com história de tumores malignos na família devem relatar esses casos ao médico. Para mulheres que tiveram mãe, tias ou avós com câncer de mama, por exemplo, o especialista poderá antecipar a solicitação de exames de ultrassom ou mamografia, em geral recomendado a partir dos 40 ou 50 anos de idade na população. E, independentemente do histórico familiar, o autoexame da mama é recomendado a partir dos 18 anos.
O ideal é conversar com um profissional para checar qual o acompanhamento mais adequado no seu caso. Se alguma alteração for observada, o passo seguinte será a realização de exames específicos para cada tipo de suspeita: ultrassomtestes de sangue, de fezes, biópsias.
De olho no diagnóstico precoce, os médicos costumam solicitar exames em consultas de rotina, a partir de determinada idade. Exemplo: acima dos 50 anos, homens e mulheres devem fazer exame para detecção de sangue de fezes, o que pode indicar câncer de intestino.
O toque retal é indicado anualmente para homens a partir dos 50 anos – ou antes, em certas situações –, assim como o teste de sangue para medir o PSA, substância produzida pela próstata e que, em níveis elevados, sugere que a glândula sexual masculina está sob ameaça.
E por aí vai.

O tratamento

A decisão sobre a estratégia de combate do câncer é complexa e envolve sua localização, o estágio da doença e as características moleculares dela. O próprio estado geral de saúde do paciente é importante, uma vez que certas medicações e os procedimentos podem provocar efeitos colaterais e abalar o organismo.
Muitas vezes, a terapêutica envolve a combinação de diferentes estratégias:
Quimioterapia
O paciente recebe remédios, em geral injetáveis, dotados de alta toxicidade. Eles vagam pela circulação e atacam praticamente toda célula que se reproduz de forma rápida e desordenada.
Mas, por essa mesma característica, o tratamento afeta também unidades saudáveis do corpo, gerando efeitos adversos como falha na imunidade, queda de cabelo, náusea, perda de apetite e de peso. Verdade que, hoje, as drogas são menos tóxicas do que antes e existem alternativas à disposição para controlar as reações indesejadas.
A quimioterapia é feita em sessões distribuídas num período de tempo após o qual o paciente é reavaliado. A depender do resultado, novas rodadas podem ser indicadas.
Radioterapia
O método se vale de raios de alta energia capazes de matar as células que formam o tumor, reduzindo seu tamanho e evitando sua disseminação. Como é quase impossível focar esses raios apenas na área doente, eles acabam prejudicando células sadias.
Atualmente, as máquinas emitem raios que contornam o tecido saudável sem atingi-lo em cheio. Com isso, lesões em órgãos próximos ao tumor são minimizadas ao mesmo tempo que a potência da radiação sobe, tornando o tratamento ainda mais letal contra a doença.
Reações como lesões na pele, náusea e perda de peso também podem acontecer. Assim como na quimioterapia, o tratamento é feito em sessões por um determinado tempo, com reavaliações periódicas.
Esse tipo de intervenção pode ser escolhido para dar cabo de tumores mais localizados. Por exemplo: um câncer em estágio inicial nas mamas ou na próstata. Com o bisturi, o médico extrai a área afetada pela doença.
O paciente é acompanhado meses depois a fim de comprovar que não existem mais resquícios do problema. E talvez tome remédios para destruir eventuais células malignas escondidas. Com o avanço tecnológico, hoje tumores como os de próstata já são extirpados em cirurgias guiadas por robôs.
Também é possível que a cirurgia entre em cena para reduzir os estragos de um tumor já espalhado pelo organismo.
Terapia-alvo
Em resumo, são uma espécie de míssil teleguiado. Em vez de atacar o corpo todo, como a químio, esses remédios miram características únicas do câncer, impedindo que ele se prolifere ou matando-o de fome, assim por dizer.
Como se focam em alterações específicas, muitas vezes é necessário checar, por meio de exames laboratoriais, se o tumor do paciente em questão apresenta essas particularidades ou não. O desenvolvimento desse arsenal terapêutico acelerou muito o que se chama de individualização do tratamento oncológico.
A ideia é fazer com que o próprio sistema imune da pessoa seja capaz de reconhecer e atacar o tumor. O tratamento é feito com moléculas que instigam o nosso próprio sistema imunológico a reconhecer e atacar a doença.
Nos últimos anos, ela tem ganhado cada vez mais importância na oncologia. Hoje, já é usada contra cânceres de pele, rim, pulmão e por aí vai.

FONTE: SAÚDE ABRIL

terça-feira, 1 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO

Governo autoriza abertura de 11 novos cursos de medicina

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O Ministério da Educação (MEC) autorizou hoje (1º) a abertura de 11 novos cursos de medicina que vão ofertar 710 vagas. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, nos próximos dias, mais 25 municípios terão cursos autorizados. A ideia é que, ao final do processo, sejam concluídas 36 autorizações, com a oferta de 2,3 mil vagas.
Os cursos devem iniciar as atividades ainda neste ano, em municípios do Sul e do Sudeste, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o MEC, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste serão contempladas na próxima rodada de autorizações.
Mendonça Filho destacou que um dos desafios mais importantes para a formação de médicos no Brasil é garantir a qualidade e a oferta de vagas para os municípios mais distantes do país. “Há sempre uma demanda dos estados para que a formação médica se interiorize, que possamos ter médicos formados nas mais distantes regiões do Brasil. Temos uma grande e importante tradição na formação médica brasileira, nos grandes centros urbanos, faculdades reconhecidas, mas boa parte do Brasil mais distante se ressente do acesso à saúde e da formação de médicos", disse o ministro.
Para autorizar a abertura, o MEC consultou o Ministério da Saúde para identificar quais municípios estavam aptos a receber os novos cursos de medicina. Entre os critérios levados em consideração estão a necessidade da região, a infraestrutura da instituição de ensino e a relação do número de médicos por habitante. O município deve ter um hospital com mais de 80 leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) e com potencial para hospital de ensino.
Instituições
O diretor de graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Araras (SP), Guilherme Succi, disse que a instituição já está pronta para oferecer o novo curso, que deve começar ainda em agosto. "A cidade está ansiando muito por esse início, e tenho certeza que será um benefício enorme para toda a região”, destacou. Segundo o coordenador José Francisco Chagas, o curso será voltado para a medicina clínica e de família. A instituição também vai oferecer moradia e alimentação para os alunos.
A faculdade Clarentiano, em Rio Claro (SP), deve fazer o processo seletivo em dezembro. O diretor da instituição, padre Luiz Botteon, diz que a infraestrutura está pronta e os professores, contratados. Segundo ele, a faculdade vai assumir o serviço médico nas 18 unidades básicas de saúde e nos três hospitais da cidade.
Confira onde os cursos foram autorizados:
Paraná
Faculdade Integrada de Campo Mourão – 50 vagas
Faculdade de Pato Branco – 50 vagas

Rio de Janeiro
Universidade Estácio de Sá (Angra dos Reis) – 55 vagas

Rio Grande do Sul
Universidade Feevale (Novo Hamburgo) – 60 vagas
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos (São Leopoldo) – 65 vagas

São Paulo
Faculdade São Leopoldo Mandic (Araras) – 55 vagas
Uninove Guarulhos – 100 vagas
Uninove Mauá – 50 vagas
Uninove Osasco – 70 vagas
Uninove São Bernardo do Campo – 100 vagas
Faculdade Clarentiano (Rio Claro) – 55 vagas

 AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 19 de julho de 2017

SAÚDE

Hospital declara que 1º transplante infantil duplo de mãos foi bem-sucedido nos EUA

Zion Harvey, de apenas 8 anos, sorri em coletiva de imprensa com as mãos enfaixadas. Cirurgiões da Filadélfia, nos EUA, fizeram nele um transplante duplo de mãos. Acredita-se que Zion seja o paciente mais jovem a se submeter ao procedimento (Foto: Matt Rourke/AP)
Zion Harvey, de apenas 8 anos, sorri em coletiva de imprensa com as mãos enfaixadas. Cirurgiões da Filadélfia, nos EUA, fizeram nele um transplante duplo de mãos. Acredita-se que Zion seja o paciente mais jovem a se submeter ao procedimento (Foto: Matt Rourke/AP)
Zion Harvey, o garoto de 8 anos que teve as mãos amputadas por causa de uma infecção, é um caso de sucesso na medicina, de acordo com novo artigo publicado pela revista científica "The Lancet". Ele é a primeira criança a ter um transplante duplo de mãos e antebraços bem-sucedido.
O texto é assinado por médicos do Hospital Infantil da Filadélfia. A cirurgia ocorreu há dois anos, em julho de 2015.
"Aos 18 meses [após o transplante], a criança tinha excedido suas habilidades de adaptação anteriores. A partir dos 18 meses, ele é capaz de escrever, se alimentar, tomar banho e se vestir de maneira mais independente e eficiente do que conseguia antes do transplante", escreveu a equipe do hospital.
O transplante de órgãos é arriscado porque o corpo do receptor pode rejeitar o novo membro. Além disso, os medicamentos para a recuperação trazem uma série de riscos à saúde. De acordo com o hospital, os episódios de rejeição passaram a ocorrer logo no primeiro ano, mas foram todos revertidos.
A cirurgia durou 10h e 40 minutos. Foram quatro equipes do hospital envolvidas. Desde 1998, quando ocorreu o primeiro transplante de uma mão em adultos, mais de 100 pessoas já receberam novas mãos. Em 2000, uma menina da Malásia recebeu uma nova mão e um braço de sua irmã gêmea que morreu durante o nascimento -- Zion é o primeiro a receber os dois membros.
Fonte: G1
Z

terça-feira, 18 de julho de 2017

MUNDO

Aos 105 anos, morre médico mais velho do mundo em atividade

Shigeaki Hinohara, o médico mais longevo em atividade
Hinohara teve uma carreira de 76 anos e defendeu a medicina preventiva (Kyodo/Reuters)


O japonês Shigeaki Hinohara, que já foi considerado o médico em atividade mais longevo do mundo, morreu nesta terça-feira, aos 105 anos em um hospital de Tóquio, capital do Japão.
Hinohara, especialista em alimentação e longevidade, que exerceu a medicina de maneira ativa até após os 100 anos de idade, faleceu de insuficiência respiratória crônica às 6h33 (hora local). Ele nasceu no dia 4 de outubro de 1911, na província de Yamaguchi, no oeste do Japão, e em 1937 se graduou em Medicina na Universidade Imperial de Kioto.
No ano de 1941, Shigeaki Hinohara começou a trabalhar no St. Luke Internacional, onde desenvolveu sua carreira profissional de 76 anos, em que advogou pela medicina preventiva. Já na década de 1950, ele também estudou na Universidade Emory, em Atlanta (Estados Unidos).
Hinohara foi um dos médicos pessoais da imperatriz Michiko e escreveu mais de 150 livros, entre eles “Ikikata jozu” (“Saber viver”), uma guia para uma vida longa e saudável, que vendeu mais de 1,2 milhões de cópias.
Ele também foi o criador do chamado “Novo movimento de idosos”, que promove hábitos saudáveis na terceira idade e os encoraja a não ter medo dos desafios e planejar metas para os dez anos seguintes, uma filosofia que pregava em suas palestras por todo mundo.Em 2005, o governo japonês o condecorou com a Ordem da Cultura, conferida pelo imperador do país asiático.
O funeral de Shigeaki Hinohara acontecerá no próximo dia 29, em Tóquio, informou o Hospital St. Luke Internacional, onde trabalhou até os 100 anos.

(Com EFE)