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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

BRASIL

Indígenas bloqueiam trecho 


da BR-316 no Maranhão


Foto
Flauberth Liderança Indígena


Índios Guajajaras bloquearam totalmente um trecho da BR-316 na manhã desta quarta-feira (16), entre o município de Bom Jardim e Santa Inês, a 250 km de São Luís. A mobilização aconteceu em virtude da pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), acerca dos direitos de terras indígenas e quilombolas em todo o país.
Com troncos de árvores e até um poste, os manifestantes bloquearam o trecho e logo uma longa fila de veículos se formou na BR. Em seus cartazes, os indígenas pedem respeito e reconhecimento de que as terras pertencem ao seu povo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não há previsão de quando os indígenas irão liberar a pista.
Manifestantes utilizaram poste para bloquear trecho da BR-316.  (Foto: Divulgação/PRF)
Manifestantes utilizaram poste para bloquear trecho da BR-316. (Foto: Divulgação/PRF)
 
Manifestantes pedem o reconhecimento de que as terras pertecem aos índigenas. (Foto: Divulgação/PRF)
Manifestantes pedem o reconhecimento de que as terras pertecem aos índigenas. (Foto: Divulgação/PRF) 

No ínicio da tarde desta quarta, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou dois pedidos do governo de Mato Grosso para receber uma indenização da União pela desapropriação de terras do estado para demarcação de terras indígenas que integram o Parque Nacional do Xingu e as reservas Nambikwára e Parecis.
Na mesma decisão, a Corte também decidiu que o estado deverá pagar à União R$ 100 mil pelos custos de defesa arcados pelo governo no processo. Em comemoração, indígenas dançaram em frente Supremo Tribunal Federal, em Brasília, por volta das 12h desta quarta-feira (20) a decisão favorável à demarcação de terras em Mato Grosso. 

G1 MA
 


 


quinta-feira, 20 de julho de 2017

INDÍGENAS

Demarcações indígenas seguirão regras usadas em reserva em RR, decide governo

Resultado de imagem para Demarcações indígenas seguirão regras usadas em reserva em RR 
Foto: Reprodução


Advocacia Geral da União (AGU) informou nesta quarta-feira (19) que o presidente Michel Temer aprovou parecer para estipular que as novas demarcações de terras indígenas deverão seguir as regras validadas pelo Supremo Tribunal Federal na demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
A TV Globo procurou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
Em 2009, após uma série de conflitos entre índios e fazendeiros, o STF determinou a saída imediata dos produtores e de não índios que ocupavam a reserva.
Na ocasião, a Corte fixou 19 regras sobre a demarcação de terras indígenas no país (saiba quais são as regras).
Três anos depois, a AGU publicou uma portaria para regulamentar a demarcação de reservas com base na decisão do Supremo, mas suspendeu a aplicação das regras até a avaliação dos recursos pelo próprio tribunal.
Em 2013, o Supremo, então, julgou sete recursos apresentados contra a decisão de 2009, mas manteve o entendimento e estipulou que a decisão não tinha efeito vinculante para o Judiciário, ou seja, não precisava ser automaticamente aplicada por outros tribunais.
A decisão do Supremo sobre Raposa Serra do Sol, contudo, não pos fim aos conflitos em demarcações pelo país.
O parecer aprovado por Temer
Segundo a AGU, o parecer aprovado por Temer determina que toda a administração pública federal deve observar e dar cumprimento à decisão do STF de 2009.
O parecer define, ainda, que o entendimento deverá ser aplicado a "todos os processos de demarcação em andamento, de forma a contribuir para a pacificação dos conflitos fundiários entre indígenas e produtores rurais, bem como diminuir a tensão social existente no campo, que coloca em risco a vida, a integridade física e a dignidade humana de todos os envolvidos."
Conforme a Advocacia Geral da União, a medida "alinha-se com os demais procedimentos adotados" pelo governo "no sentido da redução da judicialização e da litigiosidade".
As regras
Em 2009, o STF estabeleceu 19 condições a serem verificadas, entre as quais:
O usufruto dos índios não abrange o aproveitamento de recursos hídricos e potenciais energéticos, que dependerá sempre da autorização do Congresso Nacional;

O usufruto dos índios não abrange a pesquisa e a lavra das riquezas minerais, que dependerá sempre de autorização do Congresso Nacional, assegurando aos índios participação nos resultados da lavra;

O usufruto dos índios não abrange a garimpagem nem a faiscação, devendo se for o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira;

O usufruto dos índios não impede a instalação pela União Federal de equipamentos públicos, redes de comunicação, estradas e vias de transporte, além de construções necessárias à prestação de serviços públicos pela União, especialmente os de saúde e de educação;

O ingresso, trânsito e a permanência de não-índios não pode ser objeto de cobrança de quaisquer tarifas ou quantias de qualquer natureza por parte das comunidades indígenas;

É vedada, nas terras indígenas, qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça, pesca ou coleta de frutas, assim como de atividade agropecuária extrativa;

Os direitos dos índios relacionados as suas terras são imprescritíveis e estas são inalienáveis e indisponíveis.
A AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou nesta quarta-feira (19) que o presidente Michel Temer assinou um parecer "para determinar que toda a administração federal" adote uma tese cara à bancada ruralista no Congresso sobre os processos de demarcação de terras indígenas. A medida deve paralisar 748 processos hoje em andamento no país, segundo estimativa da AGU.
O novo parecer assinado por Temer, chamado de "vinculante", passa a considerar que indígenas têm direito à terra "desde que a área pretendida estivesse ocupada pelos indígenas na data da promulgação da Constituição Federal", em outubro de 1988. Esse entendimento jurídico, chamado de "marco temporal", foi abordado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2009 durante o processo de demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol e é apoiado atualmente por alguns ministros do STF, mas ainda não passou por decisão do plenário na atual composição do tribunal.



Fonte: G1 + Folha de S. Paulo