Mostrando postagens com marcador HIV. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador HIV. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de dezembro de 2018

SUS distribuirá autotestes de HIV a partir de 2019

SAÚDE
Resultado de imagem para AUTOTESTE HIV
FOTO: REPRODUÇÃO

A partir de janeiro de 2019, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer, gratuitamente, o autoteste para diagnóstico do HIV. A informação foi confirmada em novembro deste ano pelo Ministério da Saúde. Atualmente, o autoteste é apenas comercializado em farmácias privadas.Com a distribuição na rede pública, os cidadãos poderão retirar o autoteste nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), coletar a própria amostra (fluido oral ou sangue) e conferir o resultado. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o teste vai aumentar a autonomia do indivíduo, descentralizar serviços e criar demanda de testes de HIV entre aqueles não alcançados pelos serviços ou que precisam ser testados com mais frequência devido à exposição contínua ao risco.Isso significa que mais pessoas terão acesso ao diagnóstico, aumentando o alcance da oferta de tratamento gratuito pelo SUS. Consequentemente, poderá reduzir a taxa de transmissão e controlar situações de epidemia, uma vez que pessoas em tratamento podem chegar a ter carga viral indetectável e, assim, não transmitir o HIV.“Em vez de ficar infectado por anos e manter a cascata de transmissão, se o paciente sabe o diagnóstico de forma precoce, ele vai começar a terapia antirretroviral e, se alcançar uma carga viral indetectável por seis meses, ela se torna incapaz de transmitir o HIV”, explica a infectologista Roberta Schiavon, membro do Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia.Serão 400 mil autotestes distribuídos nas unidades de saúde que, atualmente, já oferecem o teste rápido. 

O projeto-piloto de distribuição gratuita do autoteste já foi realizado em cidades de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Paraná.

Controle epidemiológico

A decisão de distribuir autotestes foi uma resposta aos números: entre 2013 e 2017, houve uma queda expressiva de 16% dos óbitos por Aids no Brasil. No entanto, o País foi um dos únicos do mundo que, nos últimos anos, registrou aumento na incidência da doença.O problema maior é com a população de jovens Homens que fazem Sexo com Homens (HSH).
 Dados do Ministério da Saúde apontam que 73% das novas infecções de HIV ocorrem em pessoas do sexo masculino. Nesse universo, mais de 70% dos casos está na faixa etária entre 15 a 39 anos.


Como funciona?


O autoteste funciona de duas maneiras: com punção digital (feito com uma gota de sangue) e fluido oral (com material colhido na mucosa da boca). Uma das principais vantagens é a conveniência e comodidade para quem procura saber se está infectado com o vírus. “O cidadão terá acesso ao diagnóstico no momento em que puder ou desejar fazer o autoteste”, explica Sérgio D’Ávila, gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Apoio completo


Apesar de todas as facilidades e benefícios do autoteste, nos casos em que o resultado é positivo, o momento da descoberta pode ser muito difícil emocional e psicologicamente. “O autoteste é uma ferramenta bastante interessante, com uma boa sensibilidade e especificidade. Ele vem com uma bula que explica exatamente como deve ser feita a coleta do material. Apesar disso, não é fácil se autodescobrir infectado”, explica Roberta Schiavon.

Tanto nas caixinhas que já são comercializadas quanto naquelas que serão distribuídas pelo SUS no próximo ano, haverá um número de telefone gratuito, por meio do qual a pessoa receberá apoio. Esse atendimento vai estar disponível 24h por dia. “O paciente vai receber, além do apoio emocional, orientação sobre o que fazer e para onde ir para fazer o teste confirmatório”, explica Roberta.Após o resultado positivo, o paciente deve ligar imediatamente para o número disponível na embalagem do autoteste. Se estiver impossibilitado de fazer a ligação, deve procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou o Centro de Referência em DST/Aids mais próximo para fazer o teste confirmatório, que é indispensável, e começar a terapia antirretroviral o mais rápido possível.

FONTE: AGÊNCIA  BRASIL

terça-feira, 17 de abril de 2018

ONGs que lidam com HIV/Aids se reúnem no DF para discutir prevenção entre jovens

SAÚDE
Evento acontece na terça e na quarta, no Setor Hoteleiro Sul. Comprimido que reduz contágio é um dos focos do debate.
Um estudante exibe seu rosto e pintado à mão com mensagens durante uma campanha de conscientização sobre o HIV/AIDS no Dia Mundial da AIDS em Chandigarh, na Índia (Foto: Ajay Verma/Reuters)
Organizações não governamentais ligadas ao acolhimento e à orientação de pacientes com HIV e Aids se reúnem em Brasília, nesta semana, para um evento sobre o vírus e as formas de evitar a disseminação da infecção.
Empresas, especialistas e ONGs de todo o Brasil devem comparecer aos debates, entre terça (17) e quarta-feira (18). O primeiro Encontro Nacional de ONGs que trabalham com HIV/Aids é organizado pelo Fundo PositHiVo.
A abertura do evento, nesta quarta, terá a presença da diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken. Em novembro, ela falou ao G1 sobre os avanços no controle do HIV em todo o país.

Prevenção e contágio

 Pílula do medicamento Truvada, usado na profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV (Foto: Paul Sakuma/AP) Pílula do medicamento Truvada, usado na profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV (Foto: Paul Sakuma/AP)Pílula do medicamento Truvada, usado na profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV (Foto: Paul Sakuma/AP)
No centro da discussão, segundo os organizadores, estão as estatísticas que apontam o crescimento do HIV entre jovens no país. O assunto está relacionado à disseminação do vírus entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e ao descuido com o preservativo.
Também estão previstos debates sobre a profilaxia pré-exposição, ou PrEP. A adoção do protocolo foi anunciada pelo Ministério da Saúde em maio de 2017, e os comprimidos chegaram à rede pública do DF em janeiro.
A PrEP envolve o uso diário do Truvada – comprimidos dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabina – por pessoas que não têm o vírus mas, por algum motivo, se expõem a situações de maior risco. O público alvo inclui profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (formados por um soropositivo e um soronegativo), pessoas trans e homens que fazem sexo com homens.

Direito à saúde

Outro desafio a ser enfrentado pelas ONGs e especialistas diz respeito às populações de baixa renda, ou que moram em áreas de periferia. Estudos mostram que o acesso dessas pessoas aos métodos de prevenção é menor.
A pauta do encontro inclui a apresentação de estratégias para atender a grupos nesta condição – moradores de favelas, populações ribeirinhas ou em regiões de fronteira, por exemplo.

I Encontro Nacional de ONGs que trabalham com HIV/Aids

Data: 17 e 18 de abril
Horário: 9h às 18h
Local: Hotel Grand Bittar - Setor Hoteleiro Sul Qd. 5 Bloco A (Asa Sul)
Entrada restrita a convidados

FONTE: G1 DF