Intolerância
à lactose: saiba
mais sobre a rejeição ao açúcar
do leite
Intolerantes à lactose devem ficar longe de qualquer produto que leve leite (Foto: Shutterstock) |
Você já deve ter ouvido falar de intolerância à
lactose, termo sobre o qual pouco se comentava nos últimos anos e que,
agora, é cada vez mais abordado. Seus sintomas aparecem quando uma
enzima denominada lactase não consegue digerir o açúcar presente nos
alimentos, que é a lactose.
Por isso, para quem apresenta o problema, a recomendação é ficar longe do leite de cabra e de vaca, do queijo fresco, manteiga, requeijão, creme de leite, iogurtes, bolachas, bolos e pudins.
Por isso, para quem apresenta o problema, a recomendação é ficar longe do leite de cabra e de vaca, do queijo fresco, manteiga, requeijão, creme de leite, iogurtes, bolachas, bolos e pudins.
Segundo a gastroenterologista Adriana Guimarães
Amaral, os sintomas podem aparecer logo em seguida à alimentação, como
fortes cólicas abdominais, gases, vômito ou até ter diarreia.
A médica alerta para que as pessoas não confundam
intolerância à lactose com alergia ao leite de vaca. "A lactose é o
açúcar do leite dos mamíferos, bastante diferente da rejeição ao leite
dos bovinos. São coisas distintas", esclarece.
De acordo com a especialista, não há um fator
determinante para o surgimento da doença, pois diversos fatores podem
contribuir para o desenvolvimento da intolerância. Ela explica que há
casos hereditários, quando muitas pessoas de uma mesma família
apresentam o problema, mas que isso não é regra.
"Algumas raças, por exemplo, têm maior tendência à
intolerância, como os asiáticos. Muitos mamíferos também podem se
apresentar intolerantes à lactose, depois do desmame, em maior ou menor
grau", afirma.
Exames
Exames
O diagnóstico da intolerância à lactose é clínico,
conforme o que o paciente relata ao médico. De acordo com Adriana, na
maioria das vezes, não é necessário fazer nenhum tipo de exame, mas
existem dois testes mais comuns.
O primeiro é quando a pessoa faz coletas de sangue periódicas durante o dia após a ingestão de um preparado de lactose.
Já o segundo é o teste respiratório do hidrogênio
expirado, em que a pessoa assopra vagarosamente num aparelho portátil. O
hidrogênio é medido e analisado para o diagnóstico de condições que
originam sintomas gastrointestinais.
Soluções momentâneas
Para
os que sofrem ao deixar de ingerir queijos, leite, iogurtes, bolos e
bolachas, há paliativos que ajudam a driblar a doença em algumas
ocasiões.
Remédios à base de lactase (a enzima que ajuda a digerir o açúcar presente no leite), na forma de comprimidos ou sachê, são vendidos em qualquer farmácia e permitem que a pessoa consuma os alimentos normalmente, sem apresentar sintomas.
Segundo a médica, tanto o comprimido como o sachê devem ser ingeridos no mesmo momento da refeição. No caso do sachê, seu conteúdo deve ser colocado sobre o alimento e a refeição precisa ser consumida imediatamente.
Remédios à base de lactase (a enzima que ajuda a digerir o açúcar presente no leite), na forma de comprimidos ou sachê, são vendidos em qualquer farmácia e permitem que a pessoa consuma os alimentos normalmente, sem apresentar sintomas.
Segundo a médica, tanto o comprimido como o sachê devem ser ingeridos no mesmo momento da refeição. No caso do sachê, seu conteúdo deve ser colocado sobre o alimento e a refeição precisa ser consumida imediatamente.
Alternativas
Aqueles que definitivamente não querem nem chegar perto de produtos que tenham leite em sua composição têm alternativas. A nutricionista Vanessa Fontes Losano dá algumas sugestões. ''Há o leite de arroz e de amêndoas. Outro também bastante comum no mercado, com um preço mais acessível, é o de soja", ensina.
Aqueles que definitivamente não querem nem chegar perto de produtos que tenham leite em sua composição têm alternativas. A nutricionista Vanessa Fontes Losano dá algumas sugestões. ''Há o leite de arroz e de amêndoas. Outro também bastante comum no mercado, com um preço mais acessível, é o de soja", ensina.
Vanessa dá destaque
aos queijos curados, pois eles possuem um percentual de lactose baixo,
sendo convenientes para quem tem um grau pequeno de intolerância. "Tem
lactose, mas para aqueles que possuem a intolerância de forma mais leve,
dá para consumir uma vez ou outra", indica.
A indústria ajuda
A indústria ajuda
Atenta
ao aumento de casos da doença, a indústria desenvolveu produtos que não
contêm lactose e, hoje, as prateleiras dos supermercados apresentam
várias marcas de iogurtes, queijos, bolos e até leite sem esse
componente. O único porém, nesse caso, é o preço: eles são mais caros do
que os produtos convencionais.
No caso do leite, por exemplo, a diferença de preço entre o tipo convencional e o leite sem lactose é de R$ 0,80. Já entre o comum e o de soja, é um pouco maior, de R$ 1,40.
A aposentada Erika Maria Pinto conhece bem essas variações. Aos 54 anos, após sentir os sintomas, ela descobriu a intolerância à lactose. Antes, consumia queijos, iogurtes e leite normalmente. "Agora é uma luta para achar certos alimentos que tenho vontade de comer. Quando encontro, é muito mais caro. Cheguei a pagar R$ 20 por um biscoito wafer", relata.
No caso do leite, por exemplo, a diferença de preço entre o tipo convencional e o leite sem lactose é de R$ 0,80. Já entre o comum e o de soja, é um pouco maior, de R$ 1,40.
A aposentada Erika Maria Pinto conhece bem essas variações. Aos 54 anos, após sentir os sintomas, ela descobriu a intolerância à lactose. Antes, consumia queijos, iogurtes e leite normalmente. "Agora é uma luta para achar certos alimentos que tenho vontade de comer. Quando encontro, é muito mais caro. Cheguei a pagar R$ 20 por um biscoito wafer", relata.
Enquanto leites, queijos e iogurtes são mais fáceis
de se ver no mercado, segundo Erika, uma simples bolacha doce ou de água
e sal é difícil de achar. "Provavelmente exista em outros países, mas,
por aqui, nunca encontrei. Quando acho um chocolate ou sorvete de massa
sem lactose compro na hora e já anoto a marca", conta.
Nas embalagens
Para os que não têm condições de comprar um produto zero lactose, o alerta é ficar sempre atento aos rótulos dos alimentos.
Segundo norma do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), informação sobre a presença de leite nos produtos deve estar bem expressa e apresentada como “Alérgicos: contém leite”. Dessa forma, qualquer pessoa poderá identificar o ingrediente que não deve consumir.
Segundo norma do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), informação sobre a presença de leite nos produtos deve estar bem expressa e apresentada como “Alérgicos: contém leite”. Dessa forma, qualquer pessoa poderá identificar o ingrediente que não deve consumir.
A
informação destacada nas embalagens dos alimentos é um direito básico
garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). O mesmo vale para
alimentos que contenham ovo, peixe, amendoim e soja.
A TRIBUNA.COM.BR
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