domingo, 31 de março de 2019

Venezuela registra protestos e apagões afetam cerca de 90% do país

MUNDO
Dos 23 estados, 20 ficaram sem fornecimento de energia. Abastecimento de água também está prejudicado.



Manifestantes a favor de Juan Guaidó se reuniram na Venezuela — Foto: Manaure Quintero/Reuters
A tensão aumenta nas ruas de Caracas com os protestos convocados pelo governo de Nicolás Maduro e pela oposição liderada por Juan Guaidó, em meio aos apagões que deixam a Venezuela intermitentemente no escuro desde o começo de março.
As forças de segurança da Venezuela dispersaram com gases lacrimogêneos parte das manifestações opositoras em Caracas e impediram concentrações em alguns pontos no oeste da capital venezuelana.
A queda de energia mais recente ocorreu ontem por volta das 19h10 no horário local (20h10 de Brasília), afetando Caracas e pelo menos 20 dos 23 estados do país, vários dos quais permaneceram sem luz na tarde deste sábado.
Os grandes apagões que tiveram início em 7 de março também afetaram o fornecimento de água, transporte e serviços de telefonia e internet. O mais recente, interrompeu as atividades entre segunda e quinta-feira.
Mulher usa a luz de velas enquanto trabalha em um bar durante um blecaute na Venezuela — Foto: Carlos Garcia Rawlins/ReutersMulher usa a luz de velas enquanto trabalha em um bar durante um blecaute na Venezuela — Foto: Carlos Garcia Rawlins/ReutersMulher usa a luz de velas enquanto trabalha em um bar durante um blecaute na Venezuela — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
"Não temos água"
"Aqui a luz cai toda hora, não temos água, não temos internet, o serviço de água está péssimo há um ano e com essas quedas de energia piorou muito mais, aqui temos idosos, crianças, precisamos dos serviços", afirmou uma mulher opositora que se reuniu com seus vizinhos em Caracas para protestar em meio a panelaços.
"Vamos organizar na operação liberdade e no próximo dia 6 de abril todos nós vamos às ruas da Venezuela", disse em uma concentração em Los Teques, perto de Caracas, o líder parlamentar Juan Guaidó, reconhecido presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, liderados pelos Estados Unidos.
Moradores do oeste de Caracas, uma fortaleza tradicional de chavismo, concentraram-se em pequenos grupos em esquinas.
"Recuso-me a deixar a Venezuela porque tenho certeza de que há muito pelo que lutar. Continuaremos lutando na rua", disse uma opositora que se identificou como Andrea.
"Ficamos sem eletricidade por mais de 12 dias em março em Caracas, e mesmo no resto do país, em Zulia (um estado fronteiriço no oeste do país) eles não conseguiram recuperar a luz, e isso é imperdoável. Milhares de famílias ficaram sem comida devido à falta de refrigeração ", acrescentou.
Juan Guaidó liderou manifestação em San Antonio, na Venezuela — Foto: Ivan Alvarado/ReutersJuan Guaidó liderou manifestação em San Antonio, na Venezuela — Foto: Ivan Alvarado/ReutersJuan Guaidó liderou manifestação em San Antonio, na Venezuela — Foto: Ivan Alvarado/Reuters

Apelo à paz


Maduro também pediu "uma grande mobilização" para "dizer não ao terrorismo imperial". Ele também pediu aos "coletivos" - grupos de Chávez que a oposição afirma estarem armados - "tolerância zero com as guarimbas", como chama os protestos violentos.

"Eles incitam o ódio, nós pedimos o amor, eles incitam a guerra e nós fazemos um apelo diário à paz", disse Jesús Camargo, coordenador de movimentos sociais.
O governo Maduro atribui a crise a "ataques" da oposição, apoiada pelos Estados Unidos, contra a usina hidrelétrica de Guri (estado de Bolívar, sul), que gera 80% da energia consumida pelo país.
As falhas elétricas são comuns na Venezuela há uma década e os especialistas acreditam que elas são o resultado de uma falta de investimento em infraestrutura e corrupção, mas até agora Caracas tem estado relativamente intocada pelos apagões generalizados.

Ajuda humanitária

Em meio à crise, a Cruz Vermelha anunciou na sexta-feira (29) que distribuirá ajuda humanitária na Venezuela em 15 dias, uma questão central na disputa pelo poder entre Maduro e Guaidó.
A decisão marca uma guinada na política de Maduro, que, apesar de estar aberto à cooperação internacional sem "interferência", nega que o país petroleiro sofra uma "crise humanitária", como denuncia Guaidó.
A Venezuela enfrenta uma forte escassez de medicamentos, já que o governo, seu principal importador, não tem liquidez devido ao colapso da produção de petróleo - que é responsável por 96% das receitas do Estado - e à sua expulsão dos mercados financeiros após as sanções americanas.
Em 23 de fevereiro, os carregamentos de alimentos e suprimentos médicos administrados por Guaidó e enviados por Washington para a Colômbia e o Brasil foram bloqueados pelo governo socialista em meio a tumultos que deixaram cerca de sete mortos e dezenas de feridos.


Intervenção militar
Maduro argumentou que esses carregamentos eram o preâmbulo de uma intervenção militar.
Guaidó reivindicou a entrega da Cruz Vermelha como uma conquista, afirmando que "é o resultado da pressão" feita por ele desde que se autoproclamou presidente em 23 de janeiro.
O governo de Maduro ainda anunciou que um avião chinês com 65 toneladas de medicamentos e suprimentos médicos chegou à Venezuela na sexta-feira.
A China é um dos maiores aliados de Maduro, junto com a Rússia, que há uma semana enviou uma missão militar a Caracas.
Maduro liga a escassez com as sanções dos Estados Unidos para sufocá-lo economicamente e forçá-lo a entregar o poder a Guaidó.
Fonte: RFI

Polícia prende donos de prédio incendiado em Bangladesh

MUNDO
Foi constatado que o edifício não tinha saídas de emergência. Fogo matou 26 pessoas e deixou outras 73 feridas.

Bombeiros trabalham para conter incêndio em prédio comercial em Daca, em Bangladesh, nesta quinta-feira (28) — Foto: Mahmud Hossain Opu/ AP
Dois dos proprietários do prédio incendiado na última quinta-feira em Daca, capital de Bangladesh, foram detidos pela polícia, informaram neste domingo (31) as autoridades locais. Foi constatado que o edifício que ardeu durante várias horas, matando 26 pessoas e deixando outras 73 feridas, não tinha saídas de emergência.
Tasvir Ul Islam, um dos proprietários do arranha-céu, foi detido na noite de sábado, enquanto S.M.H.I. Faruque foi detido na madrugada deste domingo, disse à Agência EFE o detetive-chefe da polícia de Daca, Mashiur Rahman.
"O edifício tinha falhas de engenharia e tinha algumas áreas ilegais. Também carecia de medidas de segurança contra incêndios. Os proprietários foram acusados de negligência", declarou.
O chefe policial comentou ainda que as autoridades estão buscando o construtor do edifício, o terceiro acusado no caso.

Bombeiros trabalham onde incêndio destruiu prédios em Bangladesh — Foto: Munir Uz Zaman / AFP Photo
O incêndio

O incêndio aconteceu na tarde de quinta-feira (28) em um dos andares inferiores do edifício, situado na área de Banani, zona comercial da capital bengalesa. Muitas pessoas ficaram presas em seu interior durante o incêndio.
As autoridades de Bangladesh prometeram tomar severas medidas contra as violações de segurança nos edifícios, e o governo qualificou as mortes como "assassinatos".
Bangladesh esteve durante anos sob escrutínio devido às suas precárias condições de segurança industrial.
Dados dos Serviços de Bombeiros de Bangladesh mostram que, entre 2004 e 2018, 1.970 pessoas morreram no país asiático em 89.923 incêndios.
Apenas neste ano, houve três grandes incêndios com vítimas mortais no país. O último deles, em 20 de fevereiro, arrasou sete edifícios na área velha da capital e deixou 70 mortos e dezenas de feridos.

Bangladesh é um país pobre da Ásia do Sul, com 160 milhões de habitantes.

Incêndio atinge prédio em Bangladesh — Foto: Diana Yukari

Explosão em fábrica deixa mortos na China

MUNDO
O incidente é o segundo deste mês, segundo a agência de notícias Reuters. Pelo menos sete pessoas morreram e cinco ficaram feridas, uma delas em estado grave.
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FOTO: REPRODUÇÃO AFP
Sete pessoas morreram e cinco ficaram feridas em uma explosão em uma fábrica na província de Jiangsu, no centro-leste da China, neste domingo (31), segundo informaram as autoridades do país. O incidente é o segundo deste mês, segundo a agência de notícias Reuters.
Um contêiner de sucata explodiu no pátio externo de uma usina de metal na cidade de Kunshan, fazendo com que a fábrica pegasse fogo, afirmou governo local em sua conta oficial do Weibo, uma rede social chinesa.
"A causa do incidente está sendo investigada", afirmou o governo local sobre a explosão. Uma das cinco pessoas feridas está em estado grave.
A empresa dona da fábrica, Kunshan Waffer Technology Corp, sediada em Taiwan, já havia sido multada no mês passado pelo escritório de proteção ambiental de Kunshan, por violar regras de poluição da água, segundo o jornal estatal "Beijing News". A corporação não estava disponível para comentar o assunto à Reuters.

Segunda explosão do mês

No último dia 21, uma explosão em um parque de produtos químicos na cidade de Yancheng, também na província de Jiangsu, matou 78 pessoas e chamou a atenção do país — que tem um histórico de acidentes de trabalho — para a segurança em pequenas empresas químicas.
Em resposta, o governo chinês afirmou, na semana passada, que vai lançar uma campanha nacional, durante um mês, de inspeção de produtos químicos perigosos, minas e segurança contra incêndio. Acrescentou, ainda, que as autoridades precisam aprender lições com o desastre de Yancheng.
Além das campanhas do tipo, voltadas para acabar com violações e punir funcionários, a China também vem reprimindo as importações de sucata de metal, como parte de uma campanha ambiental contra "lixo estrangeiro". A medida, adotada com o propósito de reduzir as importações de resíduos sólidos até 2020, restringe o fornecimento de matéria-prima a produtores de metal do país.

FONTE: G1

Putin perde influência em eleição presidencial na Ucrânia

MUNDO
Não há candidato próximo do Kremlin com chance na votação deste domingo (31)

Cartaz com imagem de Vladimir Putin, em protesto em Kiev, na Ucrânia - Sergei Supinsky - 29.mar.2019/AFP



O primeiro turno da eleição presidencial ucraniana, que será disputado neste domingo (31), não deverá apontar um vencedor imediato. Um perdedor, contudo, já está definido: o presidente russo, Vladimir Putin. Obviamente, o relacionamento com a Rússia é ainda o principal tema para quem estiver à frente do governo em Kiev, mas a influência direta do Kremlin sobre o processo político em si é quase nula.Diferentemente das eleições anteriores ao turbulento 2014, não há candidato próximo do Kremlin com chance. O nome mais perto disso, Iuri Boiko, não deve passar do quarto lugar.

A situação é decorrente das ações do próprio Putin, que acabaram por isolar grupos políticos pró-Rússia no país.Há cinco anos, seu protegido na Presidência ucraniana, Viktor Ianukovitch, foi apeado do poder. Ato contínuo, Moscou anexou a península de maioria russa étnica da Crimeia e fomentou separatistas na região leste ucraniana.Geopoliticamente, a Rússia não tolera a noção de que a Ucrânia faça parte das estruturas ocidentais militares (a Otan) e político-econômicas (União Europeia).

Ambas as ações foram condenadas no exterior, e no caso da insurreição que já matou 10 mil pessoas no leste o resultado não saiu bem como a Rússia desejava.Seu objetivo inicial, o de evitar estabilidade política na Ucrânia e integração ao Ocidente, foi atingido. Mas a Rússia paga o preço de sanções ocidentais até hoje, e viu a oposição a si na Ucrânia se galvanizar.Além disso, o separatismo acabou não atingindo grandes cidades fora da região do Donbass.


 Mesmo a relação de Moscou com os rebeldes é conflituosa, e não há hoje nem a perspectiva de que Putin de fato busque absorvê-los nem que Kiev consiga reintegrá-los ao país.Os dois movimentos retiraram na prática cerca de 12% do eleitorado ucraniano, que só poderiam votar com um intrincado processo de registro separado, feito para não funcionar. Sobraram 34,5 milhões que estão aptos a ir às urnas neste domingo.Mais importante, limitaram a cerca de 25% o potencial de voto de russos étnicos, segundo estimativas do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev. 

Nas duas eleições anteriores a 2014, alternaram-se candidatos pró-Ocidente e pró-Moscou. Agora, os três candidatos disputando vaga no segundo turno podem ser considerados hostis a Putin.O favorito para chegar na frente, segundo não exatamente muito confiáveis pesquisas de opinião, é o comediante Volodimir Zelenski, que vive numa série de TV um professor comum que vira presidente após ter um discurso anticorrupção viralizado na rede por seus alunos.
Ele surfa uma onda semelhante à que levou populistas e “outsiders” ao poder do Brasil aos EUA, de rejeição à política tradicional.Esta está representada pelos dois concorrentes pela vaga na rodada final, o presidente Petro Porochenko e a ex-primeira-ministra Iulia Timochenko.Segundo a Folha ouviu de observadores da cena política local, Zelenski poderia se mostrar um nome mais palatável para o Kremlin por não ser muito convicto de suas credenciais pró-Ocidente.Contra isso há a associação que é feita entre ele e o bilionário Ihor Kolomoiski, francamente hostil à Rússia.Há também a aposta do cientista político russo Konstantin Frolov, de que a imprevisibilidade de Zelenski faz dos dois velhos adversários de Putin uma opção mais interessante para Moscou.Porochenko é um rival mais duro do russo, mas usa a autonomia das chamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk no leste pró-Moscou como peça de apoio retórico à sua Presidência.

Já Timochenko tem um histórico de relação ambígua com Putin, no período em que ela foi chefe de governo do país. Em 2009, assegurou um acordo energético com a Rússia benéfico à Ucrânia.Discursos hostis não acabarão com o fato de que os rivais têm passado cultural e linguístico comum e muitos pontos de ligação.Moscou deixa US$ 3 bilhões anuais nos cofres ucranianos para passar seu gás rumo à Europa. O problema para quem vencer a eleição é que isso irá acabar em 2020, com a abertura de um gasoduto alternativo pelo mar do Norte.As minorias russas ainda são significativas no país (eram 17% antes de 2014; não há números novos) e há um dado curioso: os ucranianos gostam da Rússia. Segundo pesquisa do independente Centro Levada de Moscou, 57% dos ucranianos veem os vizinhos com bons olhos, contra 37% que os desaprovam. Na contramão, 55% dos russos veem os rivais de forma desfavorável, contra 34% que os aprovam.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

Mundo apaga suas luzes pela Hora do Planeta

MUNDO
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FOTO: REPRODUÇÃO


A Torre Eiffel parisiense, a Acrópole de Atenas, o Kremlin em Moscou e a Ópera de Sydney apagaram suas luzes durante uma hora neste sábado (30), na chamada Hora do Planeta, para aumentar a conscientização sobre as mudanças climáticas e seu impacto na biodiversidade.
Para a 13ª edição da Hora do Planeta, organizada pela ONG WWF, milhões de pessoas em 180 países vão apagar suas luzes às 20h30 para refletir o impacto do gasto energético sobre as mudanças climáticas e seu papel fundamental na natureza.
"Somos a primeira geração a ter consciência que estamos destruindo o mundo. E podemos ser os últimos capazes de fazer algo a respeito", diz a chamada da WWF.
"Nós temos as soluções, só precisamos que nossas vozes sejam ouvidas".
O presidente da WWF-Austrália, Dermot O'Gorman, disse à AFP que "a Hora do Planeta continua a ser o maior movimento de base no mundo para que as pessoas adotem medidas contra as mudanças climáticas".
"Trata-se de incitar os indivíduos a realizar ações pessoais e, desta forma, se unir a centenas de milhões de pessoas em todo o mundo para demonstrar que não precisamos apenas de ações urgentes em relação às mudanças climáticas, mas também devemos proteger nosso planeta", acrescentou.
Dezenas de empresas em todo o mundo se comprometeram a aderir a essa iniciativa de desligar as luzes por uma hora.

AFP

EUA querem quadruplicar devolução de imigrantes ao México


MUNDO

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FOTO: REPRODUÇÃO TIME

As autoridades de fronteira dos Estados Unidos têm como objetivo quadruplicar o número de solicitantes de asilo que são devolvidos a cada dia ao México, em meio a esforços do presidente Donald Trump para evitar o crescente número de cidadãos centro-americanos que chegam ao país. A informação foi revelada por um funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato à Associated Press.

Este seria o projeto mais recente para aliviar um sistema de imigração que se encontra com dificuldades internas. Centenas de agentes que antes inspecionavam cargas e veículos na entrada do país foram deslocados para ajudar a transportar os imigrantes.
A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, pediu voluntários a agências migratórias dentro de seu departamento e enviou uma carta ao Congresso no fim da semana passada solicitando recursos e maior autoridades para deportar famílias mais rapidamente, além de se reunir com autoridades do México e da América Central.
Estes esforços ocorrem ao mesmo tempo em que Trump ameaça fechar completamente a fronteira com o México, uma medida que teria repercussões econômicas graves para ambos os países. No fim da tarde deste sábado, o presidente americano voltou a tocar no assunto via Twitter e a pedir que o governo do mexicano seja mais eficiente em suas políticas imigratórias.
O governo Trump também anunciou que estava suspendendo a ajuda a países centro-americanos, de onde partem os maiores contingentes de imigrantes.
Cerca de 60 pessoas em busca de asilo são devolvidas a cada dia ao México por meio dos portos internacionais de San Ysidro, Calexico e El Paso, de acordo com a fonte. Só são permitidos a eles voltar aos Estados Unidos na data em que têm de comparecer ao tribunal de imigração. 


Fonte: Associated Press.

Milícias chegam a 26 bairros do Rio e a outras 14 cidades do estado

BRASIL
Somente no município do Rio, estão sob o jugo de milicianos, direta ou indiretamente, cerca de 2,2 milhões de pessoas

Rio das Pedras, comunidade da Zona Oeste do Rio (Arquivo) Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Assim como a Hidra de Lerna, monstro da mitologia grega quase invencível porque suas cabeças, quando decepadas, se reconstituíam, as milícias parecem se regenerar depois de cada golpe imposto por investigadores e promotores. Há 20 anos, existia apenas um grupo paramilitar no estado, em Rio das Pedras. Hoje, centenas de prisões depois, com uma CPI das Milícias no meio, as quadrilhas atuam em um território cada vez maior: estão presentes em 14 cidades do estado e fincaram raízes em 26 bairros da capital. Somente no município do Rio, estão sob o jugo de milicianos, direta ou indiretamente, cerca de 2,2 milhões de pessoas.
Sem abandonar antigas modalidades criminosas, como a exploração de transporte clandestino, a venda pirata de sinais de TV a cabo e a cobrança de taxas de segurança, as milícias passaram a investir em novas atividades, dificultando, assim, as ações do poder público. Investigações do Ministério Público estadual e da Secretaria de Polícia Civil apontam que os grupos paramilitares atuam, por exemplo, na extração de areia para obras e em agiotagem, grilagem e contrabando de cigarros. Aos negócios em terra, como o controle quase total da ocupação do solo em várias áreas da cidade, somam-se frentes abertas na Baía de Guanabara, onde já se tem notícias de extorsão de dinheiro de pescadores.
Agora, a expansão desses grupos conta com pontuais associações a traficantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP), que, em algumas regiões, passaram a ser mais ameaçados pelos rivais do Comando Vermelho (CV). Nessa guerra, a Cidade de Deus, em Jacarepaguá, virou uma área estratégica para a execução de um plano ambicioso: avançar sobre a Zona Norte, a partir da tomada de comunidades de Madureira.
— A milícia está investindo na Cidade de Deus. Se dominá-la, fechará uma espécie de cinturão na Zona Oeste. Ao mesmo tempo, ela resiste a tentativas do tráfico de retomar a Praça Seca e a Covanca. A partir dali, Madureira é o primeiro alvo. Pelas informações de que disponho, a ideia é avançar em direção à Zona Norte — alerta o promotor Luiz Antônio Ayres, um dos maiores especialistas em milícia do estado e que há duas décadas atua na Zona Oeste. — Se conseguirem o que desejam, os paramilitares terão o controle das comunidades do lado esquerdo da Avenida Brasil, no sentido da Rio-Santos. Na minha opinião, há um plano muito claro de invasão de territórios baseado em ações coordenadas, sem tiro a esmo, que exigem paciência.

O GLOBO

Judô do Brasil fica sem medalhas no 2º dia do Grand Prix

ESPORTES


O judô do Brasil passou em branco no segundo dia do Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia. Maior esperança do time brasileiro neste sábado, Maria Portela acabou se...


Justiça autoriza privatização do estádio do Pacaembu

ESPORTES 

Justiça autoriza privatização do estádio do Pacaembu
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
A 13ª Vara da Fazenda Pública Central do Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou o prosseguimento de licitação para privatização do estádio do Pacaembu, na capital paulista. A decisão foi divulgada na última sexta-feira (29) e reconsidera a liminar anterior, tomada pela própria juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, que suspendeu a liminar anterior. A magistrada reviu sua posição e afirmou que não limitação para que a gestão de Bruno Covas (PSDB) possa transferir o potencial construtivo da licitação

"Após análise cautelosa dos argumentos apresentados pelas partes, esta magistrada procedeu a uma nova reflexão. [...] De fato, a transferência do direito de construir tem por fundamento expresso a preservação do imóvel que for considerado de interesse histórico, ambiental, social e cultural", afirmou a magistrada na decisão.

As construções de edifícios na cidade de São Paulo são gratuitas até o limite definido pelo Coeficiente Básico de cada zona de uso. Mas existe a possibilidade de se construir acima do permitido pelo coeficiente básico até o limite do coeficiente máximo mediante a outorga onerosa do direito de construir. No caso do Pacaembu, o edital previa que seria transferido potencial construtivo ao vencedor da licitação. A prefeitura paulistana respondeu que os recursos transferidos ao vencedor devem ser utilizados para a conservação das estruturas tombadas do estádio e requalificação da Praça Charles Miller.

O Consórcio Patrimônio SP foi o vencedor da licitação do Pacaembu que vale por 35 anos no valor total de R$ 111 milhões. O consórcio é formado pelas empresas Progen, de engenharia, e Savona Fundos de Investimentos. O anúncio foi feito pela prefeitura no último dia 8 de fevereiro.

O processo de licitação também havia sido barrado pelo Tribunal de Contas do Município que decidiu liberar menos de 24 horas antes da abertura dos envelopes. O projeto estava suspenso desde agosto de 2018.

BN

Troféu do Interior: Ponte arranca empate aos 51 minutos

ESPORTES

A Macaca tomou a virada em duas bobeadas, mas empatou aos 51 minutos com gol de Vinícius

Ponte Preta e Oeste se enfrentaram nesta tarde (Foto: Jefferson Vieira/Oeste FC)
A Ponte Preta conseguiu se recuperar com um gol de pênalti aos 51 minutos e empatou com o Oeste, na tarde deste sábado (30), pelo jogo de ida da semifinal do Troféu do Interior. A partida foi disputada na Arena Barueri e terminou 2 a 2. 
O clube saiu na frente ainda na primeira etapa e manteve um relativo controle da partida, mas no segundo tempo, em duas bobeadas seguidas, tomou a virada. Então, aos 51 minutos, empatou com Vinicius. 

Agora, no jogo de volta, um empate leva a partida para os pênaltis e quem ganhar está na final da competição. 

O time de Campinas é o atual campeão do Troféu do Interior. A partida da volta acontece no próximo domingo, às 19h, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. 

O JOGO 

A Ponte Preta saiu na frente do placar aos 31 minutos do primeiro tempo. Abner escapou pela esquerda e cruzou rasteiro para Júlio César. O atacante só teve o trabalho de escorar e mandra a bola para o fundo das redes. 

A virada do Oeste começou aos 14 minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio de Mazinho e confusão na área, a bola sobrou para o lateral Bonilha, que bateu de voleio e fez o gol. 

Logo em seguida, aos 15 minutos, na saída de bola, a Ponte Preta perdeu a bola e Fábio recebeu lançamento longo. O atacante conseguiu chegar antes do goleiro Ygor para desviar com um leve toque para o gol vazio. 

O EMPATE 

Aos 48 minutos, Tiago Real é derrubado por Rodrigo Souza e o árbitro marca pênalti. Após muita confusão, a cobrança é autorizada aos 51 minutos. 

Na cobrança de Hugo Cabral, o goleiro Luis Carlos defende e, no rebote, Vinicius enche o pé para empatar o jogo. 

Os jogadores do Oeste chegam a fazer pressão reclamando de invasão de área de Vinícius, mas o árbitro confirma o gol. 
A Cidade ON

Abel Braga tem alta e promete comandar o Flamengo na quarta-feira

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O técnico do Flamengo, Abel Braga, recebeu alta na tarde deste sábado do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após ter uma arritm...

Publicado
 
Lucas Merçon / Fluminense
O técnico do Flamengo, Abel Braga, recebeu alta na tarde deste sábado do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após ter uma arritmia cardíaca e passar mal durante o clássico com o Fluminense, o treinador foi internado na madrugada de quinta-feira e passou por uma ablação, procedimento realizado por meio de cateteres, sem a necessidade de abertura do tórax para acesso ao coração. O técnico do Flamengo, Abel Braga, recebeu alta na tarde deste sábado do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após ter uma arritmia cardíaca e passar mal durante o clássico com o Fluminense, o treinador foi internado na madrugada de quinta-feira e passou por uma ablação, procedimento realizado por meio de cateteres, sem a necessidade de abertura do tórax para acesso ao coração. 

disse que voltará a trabalhar na segunda-feira e comandará a equipe na quarta-feira, diante do Peñarol, pela fase de grupos da Copa Libertadores. No entanto, ficará de fora da final da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca, contra o Vasco, neste domingo, no Maracanã. 

"Não tive permissão para ir ao Maracanã, mas na segunda-feira já estou dando treino. Quarta-feira (diante do Peñarol), vai ser muito bom estar lá, vendo o Maracanã sem lugar vazio, todo ocupado por rubro-negros", afirmou Abel Braga em entrevista ao canal SporTV após deixar o Hospital Pró-Cardíaco.