quarta-feira, 12 de julho de 2017

POLITICA






Migração: nova lei assegura direitos e combate a discriminação

Paulo Sérgio Vasco | 27/06/2017, 10h10
O Brasil já conta com uma nova Lei de Migração, que garante direitos e protege os estrangeiros contra discriminação. A norma (Lei 13.445/2017) substitui o Estatuto do Estrangeiro, herdado do regime militar. A elaboração da legislação, que tem como princípios a igualdade de direitos e o combate à xenofobia e à discriminação, vinha sendo defendida desde a redemocratização do Brasil. O texto entra em vigor em 24 de novembro.

Avanços

screenshot-www12.senado.leg.br 2017-06-27 08-58-08.jpegPublicada com 18 vetos em 25 de maio, a nova lei é decorrente de substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto do senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que teve como relator Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Segundo o consultor legislativo Tarciso Dal Maso Jardim, a nova lei considera o migrante como um sujeito de direitos no sentido mais amplo possível, incluindo o brasileiro que sai para o exterior, e acolhe todos os tratados ratificados e absorvidos pelo regime constitucional brasileiro.
— Temos o imigrante, que vem para o Brasil para aqui se fixar; temos o emigrante, que é o brasileiro que sai para o exterior, e a lei traz benefícios para seu retorno; temos o residente fronteiriço; os apátridas, pessoas que não têm nacionalidade; alguns grupos vulneráveis e, por fim, o visitante, que é o estrangeiro que vem ao Brasil a negócios ou a turismo.
Para o consultor, um dos grandes valores da Lei de Migração é o direito à defesa e à segurança jurídica, visto que as legislações precedentes autorizavam a retirada compulsória do país, caso o estrangeiro fosse considerado nocivo, inconveniente ou se ofendesse a tranquilidade e a moralidade.
Tarciso ressalta ainda que a lei não é criminalizante e que o único tipo penal nela previsto coíbe os “coiotes”, que lucram com o fenômeno da imigração ilegal, sem prejudicar o migrante propriamente dito que, se cometer irregularidades, terá que pagar multa ou ser deportado.
— Há uma baixa população de estrangeiros no Brasil, 1 milhão e pouco, inferior a 1% da população brasileira. A população migrante no Brasil é de baixíssima criminalidade.
A Lei de Migração representa grande avanço com relação ao Estatuto do Estrangeiro, avalia a professora de Migração e Refúgio da Universidade de Brasília (UnB) Carolina Claro. Primeiro, explica, saem do primeiro plano as perspectivas de segurança e interesse nacionais e entram as óticas dos direitos humanos dos migrantes e da igualdade entre brasileiros e imigrantes. Em segundo lugar, a lei estabelece princípios e diretrizes que guiarão uma futura política migratória brasileira e também prevê proteção para apátridas, asilados e brasileiros emigrados.
A professora observa que, apesar dos vetos presidenciais, a lei inova ao ampliar os tipos de visto temporário para incluir, entre outros, o tratamento de saúde, a acolhida humanitária de imigrantes e a reunião familiar, temas recorrentes nos fluxos migratórios do século 21 que chegaram a ser regulados por resoluções do Conselho Nacional de Migração. Ela ressalta que a nova norma impede repatriação, deportação e expulsão coletivas, todas vedadas pelo direito internacional.
Outros pontos que ela destaca são a garantia de igualdade de tratamento entre brasileiros e imigrantes e o capítulo específico para proteção dos brasileiros no exterior.
A lei inova também ao aperfeiçoar o procedimento de repatriação, prevendo a participação da Defensoria Pública da União na defesa do migrante ao longo do processo. A mesma lógica foi adotada quanto à deportação, embora essa ainda possa ser imediata em alguns casos, explica o defensor público Gustavo Zortea.
O defensor público observa que a norma amplia as causas impeditivas de expulsão do imigrante e impede que ele, no processo de extradição, permaneça na prisão até a decisão final da Justiça. Outro ponto que destaca é a isenção do pagamento das taxas de regularização aos migrantes mais carentes.
— A nova lei vem para adequar a questão migratória à Constituição de 1988.

Vetos

Para Zortea, alguns vetos desfiguraram a norma, como o à previsão de anistia migratória e o ao processo de regularização mais simples a imigrantes que entraram no Brasil até 6 de julho de 2016 e que fizessem o pedido de regularização até um ano após a vigência da lei. Também foram vetadas a livre circulação de indígenas e populações tradicionais entre fronteiras, em terras tradicionalmente ocupadas, e a extensão da regularização da permanência no país a parentes e agregados dos migrantes.
Na justificativa dos vetos, o presidente Michel Temer alegou que alguns dispositivos poderiam comprometer a segurança e os direitos indígenas e estimular o tráfico internacional de pessoas, sobretudo menores de idade. O exercício de cargo público por estrangeiro também foi vetado. Segundo Temer, isso seria uma “afronta à Constituição e ao interesse nacional”.
— Há preocupação excessiva com terrorismo e segurança. Possibilidades existem, mas não deveriam nortear o tratamento dado a todos os migrantes — afirma Zortea.


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Migração: nova lei assegura direitos e combate a discriminação

Paulo Sérgio Vasco | 27/06/2017, 10h10
O Brasil já conta com uma nova Lei de Migração, que garante direitos e protege os estrangeiros contra discriminação. A norma (Lei 13.445/2017) substitui o Estatuto do Estrangeiro, herdado do regime militar. A elaboração da legislação, que tem como princípios a igualdade de direitos e o combate à xenofobia e à discriminação, vinha sendo defendida desde a redemocratização do Brasil. O texto entra em vigor em 24 de novembro.

Avanços

screenshot-www12.senado.leg.br 2017-06-27 08-58-08.jpegPublicada com 18 vetos em 25 de maio, a nova lei é decorrente de substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto do senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que teve como relator Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Segundo o consultor legislativo Tarciso Dal Maso Jardim, a nova lei considera o migrante como um sujeito de direitos no sentido mais amplo possível, incluindo o brasileiro que sai para o exterior, e acolhe todos os tratados ratificados e absorvidos pelo regime constitucional brasileiro.
— Temos o imigrante, que vem para o Brasil para aqui se fixar; temos o emigrante, que é o brasileiro que sai para o exterior, e a lei traz benefícios para seu retorno; temos o residente fronteiriço; os apátridas, pessoas que não têm nacionalidade; alguns grupos vulneráveis e, por fim, o visitante, que é o estrangeiro que vem ao Brasil a negócios ou a turismo.
Para o consultor, um dos grandes valores da Lei de Migração é o direito à defesa e à segurança jurídica, visto que as legislações precedentes autorizavam a retirada compulsória do país, caso o estrangeiro fosse considerado nocivo, inconveniente ou se ofendesse a tranquilidade e a moralidade.
Tarciso ressalta ainda que a lei não é criminalizante e que o único tipo penal nela previsto coíbe os “coiotes”, que lucram com o fenômeno da imigração ilegal, sem prejudicar o migrante propriamente dito que, se cometer irregularidades, terá que pagar multa ou ser deportado.
— Há uma baixa população de estrangeiros no Brasil, 1 milhão e pouco, inferior a 1% da população brasileira. A população migrante no Brasil é de baixíssima criminalidade.
A Lei de Migração representa grande avanço com relação ao Estatuto do Estrangeiro, avalia a professora de Migração e Refúgio da Universidade de Brasília (UnB) Carolina Claro. Primeiro, explica, saem do primeiro plano as perspectivas de segurança e interesse nacionais e entram as óticas dos direitos humanos dos migrantes e da igualdade entre brasileiros e imigrantes. Em segundo lugar, a lei estabelece princípios e diretrizes que guiarão uma futura política migratória brasileira e também prevê proteção para apátridas, asilados e brasileiros emigrados.
A professora observa que, apesar dos vetos presidenciais, a lei inova ao ampliar os tipos de visto temporário para incluir, entre outros, o tratamento de saúde, a acolhida humanitária de imigrantes e a reunião familiar, temas recorrentes nos fluxos migratórios do século 21 que chegaram a ser regulados por resoluções do Conselho Nacional de Migração. Ela ressalta que a nova norma impede repatriação, deportação e expulsão coletivas, todas vedadas pelo direito internacional.
Outros pontos que ela destaca são a garantia de igualdade de tratamento entre brasileiros e imigrantes e o capítulo específico para proteção dos brasileiros no exterior.
A lei inova também ao aperfeiçoar o procedimento de repatriação, prevendo a participação da Defensoria Pública da União na defesa do migrante ao longo do processo. A mesma lógica foi adotada quanto à deportação, embora essa ainda possa ser imediata em alguns casos, explica o defensor público Gustavo Zortea.
O defensor público observa que a norma amplia as causas impeditivas de expulsão do imigrante e impede que ele, no processo de extradição, permaneça na prisão até a decisão final da Justiça. Outro ponto que destaca é a isenção do pagamento das taxas de regularização aos migrantes mais carentes.
— A nova lei vem para adequar a questão migratória à Constituição de 1988.

Vetos

Para Zortea, alguns vetos desfiguraram a norma, como o à previsão de anistia migratória e o ao processo de regularização mais simples a imigrantes que entraram no Brasil até 6 de julho de 2016 e que fizessem o pedido de regularização até um ano após a vigência da lei. Também foram vetadas a livre circulação de indígenas e populações tradicionais entre fronteiras, em terras tradicionalmente ocupadas, e a extensão da regularização da permanência no país a parentes e agregados dos migrantes.
Na justificativa dos vetos, o presidente Michel Temer alegou que alguns dispositivos poderiam comprometer a segurança e os direitos indígenas e estimular o tráfico internacional de pessoas, sobretudo menores de idade. O exercício de cargo público por estrangeiro também foi vetado. Segundo Temer, isso seria uma “afronta à Constituição e ao interesse nacional”.
— Há preocupação excessiva com terrorismo e segurança. Possibilidades existem, mas não deveriam nortear o tratamento dado a todos os migrantes — afirma Zortea.

SAÚDE


Automedicação pode ter 


graves consequências


Quem nunca tomou um remédio sem prescrição médica para curar uma dor de cabeça ou febre? Quem nunca pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? Quem nunca pesquisou sobre um sintoma na internet e, logo em seguida, se medicou, sem consultar um profissional?
O Brasil é recordista em automedicação. A pesquisa O Comportamento da Dor do Paulista, realizada em 2014 pelo Instituto de Pesquisa Hibou, identificou que o brasileiro da Região Sudeste é o que mais se automedica de forma indiscriminada e sem medo das consequências. Apenas 8% dos entrevistados nunca se automedicaram. Segundo o estudo, as dores que mais afetam os cidadãos são as de cabeça (42%), a lombar (41%), a cervical (28%) e nas pernas (26%).
Os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil desde 1994, segundo o Conselho Federal de Farmácia. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, a automedicação levou para o hospital mais de 60 mil pessoas de 2010 a 2015.
Outra preocupação refere-se à combinação inadequada dos produtos. Nesse caso, o uso de um remédio pode anular ou potencializar o efeito do outro ou, em situações mais graves, a ingestão incorreta ou irracional dos medicamentos também pode levar à morte. É o que explica o otorrinolaringologista de Brasília Jessé Lima Júnior.
— O que mais preocupa é a ingestão dos antibióticos. O uso deles pode aumentar muito a resistência bacteriana, e a gente sempre ouve muito sobre as superbactérias, que acabam resultando em muita complicação dentro e fora dos hospitais — ressaltou.
O médico também lembra que, embora a internet tenha facilitado o acesso às informações, nem sempre o que está ali é confiável. Ele cita o caso de pacientes que chegam ao seu consultório com ideias prévias e, muitas vezes, errôneas sobre os seus sintomas, inclusive indicando tratamentos.
— Isso se agrava quando se tratam de problemas de saúde que requerem medicamentos de uso controlado — alertou.

Carência

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou vendidos de forma inadequada. Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a remédios essenciais e metade dos pacientes tomam medicamentos de forma inadequada.
Jessé Lima ressalta que medicamentos anteriormente prescritos podem não ser mais efetivos para uma reincidência da doença, a menos que o profissional já tenha orientado dessa forma.
— É o médico a única pessoa com as condições adequadas para avaliar as necessidades de um paciente, seu histórico de saúde, possíveis interações medicamentosas e possibilidades de alergias, prescrevendo um tratamento adequado. Qualquer atitude fora disso gera um risco considerável — disse.

Farmacinha

Como muitos brasileiros, a copeira Maria de Fátima Silva tem uma farmacinha com medicamentos em casa. Mas, segundo ela, abastecida apenas com remédios básicos, como analgésicos e antitérmicos, e fitoterápicos. Ela diz ter consciência dos perigos de se medicar por conta própria.
— É complicado se medicar, principalmente com remédios controlados, como muitas pessoas fazem quando têm dificuldades para dormir.
Guardar tantos remédios em casa já não é uma atitude razoável, na opinião do procurador da Justiça Antônio Duarte. Ele ressalta que, além do risco de ingerir medicamentos fora do prazo de validade, os consumidores, muitas vezes, deixam de armazenar esses itens adequadamente.
— A exposição ao sol, vento ou qualquer intempérie pode prejudicar a durabilidade da medicação. Então, seria muito melhor para a população poder comprar apenas a quantidade que necessita. Evitaria que os pacientes mantivessem em casa sobras de medicamentos utilizados em tratamentos anteriores — declarou.

Venda fracionada

A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) apresentou projeto que torna obrigatória a venda fracionada de medicamentos. O PLS 98/2017, em análise no Senado, tem o objetivo de evitar desperdícios, aumentar o acesso da população a medicamentos e contribuir para a economia financeira, o bem-estar e a segurança dos consumidores.
Entre as vantagens do fracionamento apontadas pelo Conselho Federal de Farmácia estão também a maior adesão dos pacientes no cumprimento do tratamento indicado e menor acúmulo de produtos tóxicos nos ambientes domésticos.
De acordo com a proposta, as farmácias e drogarias ficarão obrigadas a vender o número de comprimidos, cápsulas ou o volume dos produtos conforme o receituário indicado. Rose observa que essa prática já é adotada em países da Europa e nos Estados Unidos.
— Medicamentos fracionados são fabricados em embalagens especiais e vendidos na medida exata que o consumidor precisa. Não basta apenas determinar que as fábricas e indústrias façam isso. É preciso criar condições para se fazer.
Ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT-PE) lembra que, quando esteve à frente da pasta, assinou resolução em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinando a venda fracionada dos medicamentos. O senador salientou, no entanto, que há resistência dos laboratórios em aderir à medida, especialmente pela diminuição dos lucros.
— Os donos de farmácias fazem lobby contra a iniciativa e apresentam argumentos falsos, como o de que precisam de ambiente adequado para a manipulação — disse Humberto.

Consciência

Os especialistas lembram que alguns analgésicos livres de prescrição médica podem ser guardados em casa, desde que em local arejado e livre do alcance das crianças. Menores de 5 anos representam cerca de 35% dos casos de intoxicação.
Se, por um lado, a automedicação é um problema cultural, quem se automedica o faz, muitas vezes, pela dificuldade de acesso a serviços públicos de saúde. É o que observa o assessor da Diretoria do Conselho Federal de Farmácia, Tarcísio Palhano. A recomendação é que o cidadão não permaneça sofrendo com dores. Ele aconselha, no entanto, que as pessoas evitem tornar o uso de analgésicos por conta própria uma prática de vida.
— Vemos pessoas madrugando em filas, em postos e em hospitais para conseguir uma ficha de atendimento para dali a seis meses. Então, como chegar para essa pessoa e  impedir que se automedique? É natural que o faça, desde que esporadicamente e de modo consciente — frisou.
O estudo do Instituto Hibou mostra que 74% da população tem em mente que a automedicação é prejudicial à saúde e que evitar o consumo de medicamentos pode ser benéfico para a boa saúde no futuro.

Descarte

O Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos do mundo, mas existe pouca legislação referente ao correto descarte de remédios vencidos ou sem uso. Jogar medicamentos indiscriminadamente contamina a água, o solo, os animais e prejudica a saúde pública. O descarte de remédios deve ser feito em pontos de coleta específicos, como os presentes em algumas farmácias, para serem encaminhados à destinação final adequada.
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Lei de Cotas em concurso é julgada constitucional, mas ainda motiva ações

Marilia Coêlho | 11/07/2017, 09h30

politica





Comissão que analisa MP do registro civil elege presidente e vice

   
Da Redação | 11/07/2017, 15h56 - ATUALIZADO EM 11/07/2017, 19h33
A comissão que analisa a Medida Provisória (MP) 776/2017 já tem presidente. O eleito foi o deputado Fausto Pinato (PP-SP). O vice-presidente é o senador Dalírio Beber (PSDB-SC) e os relatores são a senadora Regina Sousa (PT-PI) e o deputado Alex Canziani (PTB-PR);
O texto determina que a certidão de nascimento poderá indicar como naturalidade do filho o município onde ocorreu o parto ou o de residência da mãe na data do nascimento, desde que localizado no Brasil. A MP foi editada pelo governo com a justificativa de que algumas cidades do país não têm maternidade, o que obriga as grávidas a se deslocarem para outros municípios para dar à luz. Nesses casos, o bebê é registrado como tendo nascido na cidade do parto, e não na dos pais, onde ele tem os laços afetivos.
O mesmo benefício é concedido pela MP para a criança em processo de adoção e ainda sem registro. O declarante (geralmente um dos pais adotivos ou ambos) poderá optar pelo município de residência do adotante na data do registro, além do local do parto e do local onde mora a mãe biológica.
O plano de trabalho da comissão só deve ser definido em agosto, após o recesso parlamentar. Editada em abril, a MP já trancará a pauta das duas casas do Congresso quando for enviada para a análise dos plenários.
Com informações da Agência Câmara
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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CPI da Previdência realiza audiência com a participação de diretor do IBGE

   
Da Redação | 11/07/2017, 15h57 - ATUALIZADO EM 11/07/2017, 18h05
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência realiza audiência pública na quinta-feira (13) com a presença do diretor de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Dutra Crespo. Ele deverá falar sobre as estimativas populacionais adotadas pelo governo para definir o déficit da Previdência Social.
Na mesma reunião, será apresentado o balanço dos trabalhos da CPI neste semestre. A comissão foi instalada em abril e está autorizada a funcionar até o início de setembro, e tem o senador Paulo Paim como presidente e o senador Hélio José (PMDB-DF) como relator.
Os senadores devem ainda apreciar quatro requerimentos de informações a órgãos públicos. Nos pedidos são solicitados dados relativos ao setor empresarial, acessos a bases de dados e informações sobre depósitos judiciais e extrajudiciais.
A CPI da Previdência foi criada para investigar a contabilidade da Previdência Social a fim de verificar a sustentabilidade do seguro, verificando receitas e despesas do sistema, além de possíveis desvios de recursos e as dívidas de grandes empresas com a Previdência. A reunião está marcada para as 9h, na sala 19 da Ala Alexandre Costa, no Anexo II do Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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CDR aprova desoneração de serviços de infraestrutura em municípios de baixo IDH

   
Da Redação | 12/07/2017, 10h50 - ATUALIZADO EM 12/07/2017, 10h52
A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou, nesta quarta-feira (12), projeto para desonerar a prestação de serviços de saneamento básico, telecomunicações e energia elétrica para municípios com baixo índice de desenvolvimento humano. O PLS 348/2014 exclui do cálculo do PIS/Pasep e da Cofins as receitas decorrentes dessas atividades.
Para o relator, senador Humberto Costa (PT-PE), o projeto contribui para a redução das desigualdades regionais – pauta que, segundo lembra, é um dos objetivos fundamentais que a Constituição define para o país. Humberto observa que a desoneração tende a reduzir tarifas, expandir a oferta de serviços, incentivar investimentos nos setores e ampliar a disponibilidade de renda para as populações dos municípios de menor desenvolvimento humano.
Segundo o texto aprovado, as empresas serão beneficiadas pela isenção quando prestarem serviços a municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou inferior a 80% do valor médio nacional desse indicador.
Em 2015, ano da mais recente aferição da Organização das Nações Unidas (ONU), o IDH do Brasil ficou em 0,754 – valor enquadrado na categoria “alto”. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, aproximadamente 1,5 mil municípios possuem IDH menor ou igual a 80% do índice nacional e, portanto, enquadram-se na regra de permissão de infraestrutura desonerada, prevista na proposta.
O projeto determina que o benefício da isenção deverá ser encerrado para um município no exercício financeiro imediatamente depois da divulgação de novos dados oficiais que atestem que ele superou o IDH médio brasileiro. Atualmente, as informações de IDH municipal são atualizadas a cada 10 anos.
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incide sobre a receita bruta das empresas e se destina a abastecer a previdência social, a saúde e a assistência social. Já o Programa Interação Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são contribuições  que financiam benefícios como o abono salarial e o seguro-desemprego. Eles também incidem sobre a receita bruta das empresas,
O autor do projeto é o ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O texto segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa. Caso o projeto também seja aprovado na CAE, e não haja recurso para análise em Plenário, deverá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MUNDO

Iceberg gigante desintegrou-se 

na Antártida


Resultado de imagem para Iceberg gigante desintegrou-se na Antártida

Os investigadores garantem que continuarão a seguir não só o impacto deste “corte” no Larsen C como também o percurso que o icebergue fará ao longo do tempo Foto: Reprodução

O fenômeno ocorreu entre segunda e quarta-feira e foi registrado pelo satélite da NASA Aqua MODIS. Com um tamanho de aproximadamente cinco mil quilómetros quadrados e um peso de um bilhão de toneladas, este iceberg não terá, para já, qualquer impacto na subida do nível do mar.

“Este iceberg é um dos maiores alguma vez registrados e é complicado prever qual será o seu futuro. Mantém-se intacto, mas muito provavelmente partir-se-á em vários blocos. Alguns desses blocos de gelo permanecerão no mar durante décadas, enquanto outros seguirão caminho para norte, em direção a águas mais quentes”, disse Adrian Luckman, professor na Universidade de Swansea e investigador no projecto MIDAS.

De acordo com Luckman, este evento já estava a ser seguido durante meses e foi considerado surpreendente o tempo que o iceberg levou até se libertar por completo da plataforma de gelo. Os investigadores garantem que continuarão a seguir não só o impacto deste “corte” no Larsen C como também o percurso que o iceberg fará ao longo do tempo.

O desenvolvimento da fenda na plataforma de gelo que deu origem à ruptura do iceberg foi acompanhado ao longo deste ano, através do satélite da Agência Espacial Europeia Sentinela-1, que faz parte do Componente Espacial Europeu Copérnico. Este satélite tem a capacidade de captar imagens durante todo o ano, principalmente no período da escuridão polar que se dá todos os invernos naquela região.

Este iceberg, que tem duas vezes o tamanho do Lago Erie, um dos maiores da América do Norte, não terá qualquer impacto na subida do nível do mar, porque, segundo os especialistas, já se encontrava a flutuar antes de se separar da plataforma Larsen C, que se encontra perto da Península Antártica.

Os investigadores do projeto MIDAS têm controlado a grande fenda na Larson C durantes vários anos, sendo que Janeiro, Maio e Junho deste ano foram os meses em que a brecha mais aumentou. O icebergue chegou a estar preso por um “fio” de apenas 4,5 quilómetros.

Segundo Martin O’Leary, glaciologista na Universidade de Swansea e membro da equipa no projeto MIDAS, “apesar de ser um evento natural e nós não estarmos a par de qualquer ligação com as mudanças climáticas por parte do Homem, isto coloca a plataforma de gelo numa posição muito vulnerável. É o maior retrocesso de sempre por parte da frente glacial gravado na história”.

 

Fonte: RTP


agronegocio





Senadores protocolam representação no Conselho de Ética contra colegas que ocuparam a Mesa

   
Da Redação | 11/07/2017, 18h08 - ATUALIZADO EM 12/07/2017, 08h45



O senador José Medeiros (PSD-MT) protocolou no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nesta terça-feira (11) um pedido de denúncia contra as senadoras que ocuparam a Mesa do Plenário para tentar impedir a votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017). Medeiros conseguiu o apoio de outros 13 colegas, que também assinaram a representação: Ana Amélia (PP-RS), Cidinho Santos (PR-MT), Gladson Cameli (PP-AC), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Elmano Ferrer (PMDB-PI), Wilder Morais (PP-GO), Cristovam Buarque (PPS-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), Romario (Pode-RJ), Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
— O Senado ficou extremamente constrangido, com vergonha alheia, porque os pilares da democracia foram externamente abalados hoje. Aqui, as pessoas podem falar o que quiserem, tem a tribuna, tem imunidade, mas com a força do argumento, não com o argumento da força — afirmou o senador à Agência Senado pouco depois de protocolar o requerimento no Conselho.
No documento, Medeiros solicita a instauração de procedimento disciplinar “para verificação de prática de ato incompatível com a ética e o decoro parlamentar”. Ele relata que a sessão deliberativa desta terça (11) foi aberta às 11h pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN) mas, uma hora depois, ela e outras senadoras de oposição — como Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Regina Sousa (PT-PI) — se recusaram a ceder as cadeiras aos membros da Mesa, o que fez o presidente do Senado, Eunício Oliveira, suspender a reunião.
“A conduta perpetrada extrapola a postura que se espera em ambiente democrático, vez que viola e subtrai o direito dos demais parlamentares ao regular funcionamento da Casa e à continuidade dos debates dos projetos da Ordem do Dia”, escreveu Medeiros na representação.
Para Medeiros, os senadores e senadoras que participaram do ato cometeram abuso das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional pela Constituição. Ele chama a conduta dos colegas de “autoritária, ilegal e abusiva” e sugere que imagens da TV Senado e de outros veículos sejam usadas para identificar os senadores e senadoras que participaram do ato e que se abra procedimento disciplinar contra eles.
— Você não pode chegar e desalojar um presidente do Senado, da cadeira a fórceps. É a primeira vez que ocorre na história do Senado. Nós não podemos ficar quietos, porque o exemplo que passa para o restante do país, para câmaras de vereadores, câmaras estaduais, é que quando eu não tiver voto, eu ocupo a presidência. Os senadores precisam se chamados aqui, ter uma sanção exemplar apara que isso não volte a acontecer — disse Medeiros.

"Gesto antiparlamentar"

Para Cristovam Buarque, a atitude da oposição foi “um gesto antiparlamentar, antidemocrático”. Ele disse só ter visto esse tipo de ato em assembleias estudantis. O senador acrescentou que, no Parlamento, os impasses devem ser resolvidos com conversas, diálogos, discursos e negociações.
Alvaro Dias também não aprovou a atitude das senadoras. Para ele, foi um “lamentável espetáculo de arrogância, de prepotência, de truculência, de ausência de inteligência”.
— O contraponto sempre é salutar, a possibilidade de contestar, de protestar e de tentar aprimorar com sugestões a legislação é saudável. Agora, isso que se faz aqui hoje é violência, é prepotência, é ausência de educação política. Isso faz muito mal a esta instituição, uma instituição já desgastada, que agora sofre o impacto da descompostura de senadores que não estão preparados para o exercício da democracia — afirmou Alvaro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

CIÊNCIAS

Consumir café aumenta longevidade, apontam pesquisas

 

http://www.jb.com.br/media/fotos/2017/07/11/627w/de-acordo-com-os-estudos-beber-350-ml-de-cafe-por-dia-diminui-os-riscos-_jlHTWMS.jpg
De acordo com os estudos, beber 350 ml de café por dia diminui os riscos de se morrer mais cedo Foto: Reprodução JB

 

Vida longa aos amantes de café. De acordo com dois novos estudos realizados sobre os benefícios da bebida, quem bebe ao menos uma xícara de café por dia vive mais do que quem não consome o produto, independentemente do método de preparação ou da escolha entre normal ou descafeinado.
De acordo com os estudos, beber 350 ml de café por dia diminui os riscos de se morrer mais cedo em 12% em 16 anos, enquanto três xícaras da bebida a cada 24 horas podem reduzir o risco em 18% no mesmo período.
"Nossos resultados sugerem que um consumo moderado de café, até três xícaras por dia, não é ruim para a sua saúde, e que incorporar café na sua dieta pode ter benefícios para a saúde", afirmou o doutor Marc Gunter, Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A primeira pesquisa, a mais ampla realizada sobre o assunto, foi conduzida por especialistas da Iarc e do Imperial College de Londres em mais de 1,5 milhão de pessoas com mais de 35 anos de 10 países europeus, entre eles a Itália.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira, dia 10, na revista científica "Annals of Internal Medicine", foram analisados em detalhes o consumo de café dos participantes, que faziam parte do estudo Epic (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), os modos e técnicas de preparação da bebida de cada um deles e a presença maior ou menor de cafeína em todos os casos.
Os participantes foram monitorados por um tempo médio de 16 anos e todos os que morreram tiveram as causas de suas mortes registradas e levadas em consideração. Durante esse período, 42 mil dos indivíduos participantes da pesquisa acabaram falecendo.
Após considerar o modo de vida dessas pessoas, seus hábitos alimentares e de fumo, os pesquisadores descobriram que o grupo que bebia cotidianamente café estava associado a um risco menor de morte por qualquer causa, principalmente por doenças dos sistemas circulatório e digestivo.
"Nós descobrimos que um consumo maior de café estava associado com um risco menor de morte por qualquer causa, especificamente por doenças no sistema circulatório e digestivo", disse Gunter.
Já a segunda pesquisa, também divulgada na "Annals of Internal Medicine" nesta segunda, foi conduzida pela norte-americana Southern California University (USC) com uma amostra de 215 mil pessoas, entre elas uma grande proporção de negros, latinos e asiáticos que moram nos Estados Unidos.
Resultados desse estudo demonstraram que ao beber uma xícara de café por dia, os riscos de morte diminuem 12% e que essa porcentagem aumenta para 18% se o número de taças aumentar para três.

Fonte: Agência Ansa

 

agronegocio





USDA reduz pra 62% soja em boas ou excelentes condições nos EUA


O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo reporte semanal de acompanhamento de safras confirmando a baixa esperada pelo mercado no índice das lavouras de soja em boas ou excelentes condições. O número veio em 62%, contra 64% da semana anterior. O mercado esperava uma revisão de 2 a 3 pontos percentuais. São ainda 27% das plantações em situação regular e 11% em condições ruins ou muito ruins. 
Para o milho, a baixa foi a mesma e o índice caiu de 67% para 65% na semana para as lavouras do cereal que estão em boa forma. 25% da safra está em condições regulares e 10% em estado ruim ou muito ruim. 
No trigo de primavera, uma das culturas que mais preocupa nesta temporada, o USDA trouxe uma nova correção de o índice de plantações em boas ou excelentes condições caiu de 37% para 35%, 26% em situação regular e 39% em condições ruins ou muito ruins. Para o grão, o mercado também esperava essa queda. 
Ainda de acordo com os dados do USDA, 19% das plantações de milho estão na fase de embonecamento, contra 30% do ano passado e 27% da média dos últimos cinco anos. Além disso, há também 34% da soja em fase de florescimento, contra 32% de média e 37% de 2016 e 7% das lavouras já formando vagens. 
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Por: Carla Mendes

Fonte: Notícias Agrícolas