segunda-feira, 29 de agosto de 2016

DISTRITO FEDERAL

Liliane Roriz é notificada sobre processo de cassação de mandato

Deputada foi condenada por improbidade; recurso dela aguarda julgamento.
ONG de Brasília entende que distrital do PTB quebrou decoro parlamentar.


A deputada Liliane Roriz (PTB) durante sessão na Câmara Legislativa do DF (Foto: Câmara Legislativa/Divulgação)A deputada distrital Liliane Roriz (PTB) (Foto: Câmara Legislativa/Divulgação)
A deputada distrital Liliane Roriz (PTB) foi notificada nesta segunda-feira (29) da abertura do processo de cassação do mandato dela na Câmara Legislativa. Ela estava em casa no momento da notificação. A representação contra ela começou a tramitar em 22 de agosto, pouco depois de divulgar áudios em que denuncia desvios de verba pública que supostamente beneficiaram um grupo de deputados.
O pedido de cassação de Liliane, por quebra de decoro parlamentar, foi formulado pela ONG Adote um Distrital. Em julho do ano passado, ela foi condenada pelo Tribunal de Justiça do DF por improbidade administrativa. O julgamento do recurso foi suspenso no último dia 17, por falta de quórum.

Para Liliane Roriz, o caso é uma "injustiça muito grande" com a família dela. "Alegam que esses fatos aconteceram em 1996, muito antes do meu primeiro mandato."
Na Câmara, o processo do caso de Liliane – que terá dez dias para se defender – será apreciado pela Corregedoria. Caso seja aceito pelo departamento em até 15 dias, o caso vai para a Comissão de Ética e depois para a Comissão de Constituição e Justiça. Depois de todas as análises, o pedido é levado para votação no plenário.
Na representação, a Adote um Distrital pede que o mandato seja cassado mesmo antes de uma decisão final da Justiça. Para o grupo, as decisões anteriores e os documentos do processo são suficientes para colocar sob suspeita a legitimidade do cargo de Liliane.
Documento da Mesa Diretora da Câmara do DF com recebimento de representação da ONG Adote um Distrital pedindo cassação do mandato da deputada Liliane por quebra de decoro parlamentar (Foto: Reprodução)Documento da Mesa Diretora da Câmara do DF com recebimento de representação da ONG "Adote um Distrital" pedindo cassação do mandato da deputada Liliane por quebra de decoro parlamentar
(Foto: Reprodução)
"A Câmara não precisa esperar a decisão definitiva do Judiciário para agir. No caso do Raad [Massouh (PPL), distrital cassado em 2013], por exemplo, a posição do Conselho de Ética foi tomada em meio ao julgamento", afirmou o diretor-executivo do Adote um Distrital, Diogo Ramalho, na época da formalização do pedido.
Condenação
A ação por improbidade contra Liliane Roriz foi movida pelo Ministério Público. São citados no processo o ex-governador do DF e pai de Liliane, Joaquim Roriz, as irmãs Jaqueline e Weslliane e o sobrinho Rodrigo Roriz.
Os envolvidos foram condenados em primeira instância por facilitar dois empréstimos do BRB, no valor total de R$ 6.742.438,84, para empresários da construção civil em troca de 12 apartamentos em Águas Claras.

O julgamento do recurso teve início em julho, mas foi suspenso depois que um dos desembargadores pediu vista do processo. A interrupção aconteceu quando o relator havia decidido acatar o recurso dos membros da família Roriz – por entender que não havia provas suficientes para condenação por improbidade administrativa.
Weslian Roriz faz campanha ao lado do marido Joaquim Roriz (Foto: Divulgação / Assessoria)Joaquim Roriz ao lado da mulher, Weslian, da filha Jaqueline e do amigo Jofran Frejat durante campanha (Foto: Assessoria/Divulgação)
O processo foi retomado no último dia 17, na mesma data em que Liliane renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara do DF por “motivo de foro íntimo”. O julgamento foi novamente interrompido por falta de quórum, quando dois de três desembargadores da 5ª Turma Cível do TJ haviam decidido por manter a pena. O resultado pode ser mudado porque o colegiado tem mais três membros.

Dos cinco desembargadores presentes na sessão, dois estavam impedidos de votar – um deles por ter atuado no primeiro julgamento, em julho do ano passado. A outra magistrada deixou a turma e só estava na sessão para votar processos antigos. A retomada do julgamento não tem data para ocorrer.

Quando o recurso começou a ser julgado, o advogado da família Roriz, Eri Varela, negou as acusações e disse que a condenação em primeira instância foi uma "injustiça". "O direito é bom. Não há a possibilidade de fazer-se justiça quando não há nenhuma prova, nenhuma, que possa ser útil à verdade." Os envolvidos disseram que não iriam se pronunciar. Eles sempre negaram irregularidades.
Se a condenação for mantida, todos os cinco perdem os direitos políticos por dez anos.  Mesmo cabendo recurso, a Lei da Ficha Limpa tem efeito imediato em caso de condenação por um colegiado (grupo de juízes). Joaquim Roriz e Jaqueline já são considerados "fichas sujas" por outras condenações.

A investigação do caso começou em 2007 com a Operação Aquarela, que apurou fraudes e lavagem de dinheiro envolvendo o BRB. Na época, o então presidente do banco foi flagrado pela Polícia Civil negociando por telefone com Joaquim Roriz a partilha de R$ 2,2 milhões que teriam sido sacados de uma agência do banco. O episódio culminou com a renúncia de Roriz ao mandato de senador e a prisão do gestor do BRB.
Fonte: G1

PARANÁ

Réu na Lava Jato diz em audiência com Moro que foi coagido pela PF

Declaração foi dada em interrogatório nesta segunda (29), em Curitiba.
PF informou que não foi notificada pela Justiça e que não vai se pronunciar.


Paulo César Roxo Ramos foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (29) (Foto: Reprodução)Paulo César Roxo Ramos foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (29) (Foto: Reprodução)
Réu na 28ª fase da Operação Lava Jato, Paulo César Roxo Ramos – que era assessor do ex-senador Gim Argello (PTB) – disse que foi coagido por um delegado federal durante um depoimento prestado à Polícia Federal (PF) em abril deste ano. Ramos foi interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, nesta segunda-feira (29), em Curitiba.
O acusado responde por corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação. Ele chegou a ser preso temporariamente em abril, quando a 28ª etapa da operação, batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada.
"Eu fui coagido, chantageado, intimidado ostensivamente de maneira pouco usual, acima do que é aceitável, entendo eu, pelo código de conduta da carreira do servidor público. O tempo todo sendo dito que se eu não colaborasse, não falasse o que o delegado queria ouvir, que a minha prisão seria convertida em definitiva – várias vezes isso, não foi (sic) uma ou duas. O tempo todo dizendo que eu precisava colaborar, que eu precisava isso".
Ramos não citou o nome do delegado federal.
Procurada pela reportagem, a PF informou que ainda não foi oficialmente notificada pela Justiça sobre o conteúdo do interrogatório de Ramos e que, por enquanto, não vai se manifestar sobre o assunto. 
O réu ainda disse que, apenas no fim do depoimento prestado à PF, foi avisado que o alvará de soltura dele já tinha sido concedido. Segundo o acusado, com uma mão o delegado lhe deu o alvará de soltura e com a outra lhe entregou o depoimento para assinar. "Eu praticamente não li esse depoimento", afirmou.
Por essas razões, conforme Ramos alegou ao juiz Sérgio Moro, há divergências entre o que ele disse anteriormente. À PF, o réu disse que o valor de 200 mil euros que transportou do delator Júlio Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, para o ex-senador era "por fora". De acordo com o relato feito à PF, Ramos afirmou que, ao entregar o dinheiro a Gim Argello, pediu para que ele não o colocasse novamente naquela situação, por se tratar de uma "ação por fora, não oficial".
Já a Sérgio Moro, o acusado disse nesta segunda que pediu para o ex-senador não colocá-lo naquela situação, que era de risco, por causa da integridade física dele ao transportar aquela quantia em espécie: "Eu reclamei da situação do transporte, da minha integridade física".
"Eu nunca entendi que fosse por fora. Eu não tinha consciência disso em nenhum momento e nunca me foi dito que ela não era por fora. Acredito que ela deva ter sido contabilizada. Não sei. Não faço essa área, não cuido dessa área", relatou Ramos. Ele era coordenador de comunicação da campanha pela coligação do ex-senador.
O réu também disse não ter conferido o envelope entregue por Júlio Camargo e que não sabia que Gim Argello teria pedido dinheiro aos executivos de empreiteiras para que não fossem convocados para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional, em 2014, que investigou o esquema de corrupção na Petrobras.
Na sexta (26), Gim Argello foi ouvido por Sérgio Moro. O ex-senador negou que tenha pedido propina para empreiteiros investigados na operação para que eles não fossem convocados CPMI) da Petrobras.
Para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que Gim Argello pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. A vantagem indevida era para evitar que os empreiteiros fossem chamados para depor na CPMI.
Os recursos, ainda conforme divulgado pelo MPF, foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha.
Fonte: G1

EDUCAÇÃO

Presidente mexicano plagiou monografia de licenciatura

Henrique Peña Nieto cursou Direito na Universidade Pan-Americana. 
Instituição constatou 28% de conteúdo plagiado em trabalho de 25 anos.


O presidente do México, Enrique Peña Nieto, discursa no Palácio Nacional, na Cidade do México, na sexta-feira (26) (Foto: Reuters/Henry Romero)O presidente do México, Enrique Peña Nieto, discursa no Palácio Nacional, na Cidade do México, na sexta-feira (26) (Foto: Reuters/Henry Romero)
A universidade mexicana em que o presidente Enrique Peña Nieto cursou sua faculdade reconheceu, nesta segunda-feira (29), a existência de plágio acadêmico em seu trabalho de conclusão de Licenciatura em Direito.
Em nota, a Universidade Pan-Americana (UP) declarou que "cinco formas de tratamento das ideias de terceiros foram encontradas", incluindo "reproduções textuais de fragmentos sem citação em nota de rodapé, ou na bibliografia".
A revisão da monografia de Enrique Peña Nieto ocorreu depois que o site Aristegui Noticias revelou que o documento apresentado há 25 anos usava 28% de conteúdo totalmente plagiado e citado de forma inadequada.
A instituição afirmou, porém, estar "diante de um ato consumado, sobre o qual é impossível proceder em qualquer sentido", além de indicar que o regulamento geral "não é aplicável a ex-alunos".
Por se tratar de um "caso sem precedentes e por não existirem disposições nos corpos regulatórios aplicáveis a esse procedimento de titulação", a UP indica que solicitou uma consulta técnica à Universidade Nacional Autônoma do México (Unam).
Fonte: G1

CIÊNCIA

Terra vive nova época geológica, defendem cientistas

Para grupo de especialistas, impacto da ação humana sobre o planeta pôs fim ao Holoceno e marca início de nova época, chamada Antropoceno. Recomendação, apresentada em congresso de geologia, aguarda aprovação oficial.




A ação do homem sobre a Terra é tão impactante que justificaria a declaração de uma nova época geológica, segundo acredita um grupo internacional de cientistas. A recomendação foi apresentada nesta segunda-feira (29) ao Congresso Internacional de Geologia, que ocorre na África do Sul.
Para os especialistas, a época denominada Antropoceno, ou "Nova Idade do Homem", teria se iniciado em meados do século 20, entre as décadas de 40 e 50, quando houve dispersão de material radioativo após testes com bombas nucleares, o que causou impacto significativo no planeta.
Segundo os cientistas, porém, há uma série de outros sinais que podem servir de justificativa para a declaração de uma nova época, como a poluição por plástico, a fuligem do ar e até mesmo as ossadas deixadas pela proliferação global de galinhas domésticas, criadas para alimentar a população.
Especialistas se referem ao período desde os anos 50 como a "Grande Aceleração", e uma olhada nos gráficos que mostram as mudanças químicas e socioeconômicas na Terra a partir dessa data deixa evidente o porquê de tal denominação.
As concentrações de dióxido de carbono, metano e ozônio estratosférico no ar, as temperaturas da superfície terrestre, a acidificação dos oceanos, a captura de peixes marinhos, as perdas de floresta tropical, o crescimento populacional, a construção de grandes barragens, o turismo internacional – todos esses indicadores decolaram a partir de meados do século 20.
Para os cientistas, um dos principais culpados é o aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis. "Muitas dessas mudanças são duradouras geologicamente, e algumas são praticamente irreversíveis", justifica o estudo apresentado na Cidade do Cabo.
Para que o Antropoceno seja de fato declarado realidade, a recomendação do grupo de cientistas – denominado Working Group on the Anthropocene (WGA) – precisa ser aprovada oficialmente, o que pode levar pelo menos dois anos, já que exige a ratificação de vários organismos acadêmicos.
Os geólogos dividem a história da Terra em distintas épocas. Atualmente, segundo o consenso vigente, vive-se o Holoceno, que teve início há quase 12 mil anos com o fim da última era glacial.
O termo Antropoceno foi introduzido nos anos 2000 pelo biólogo americano Eugene Stoermer e pelo meteorologista holandês Paul Crutzen. Desde então, a denominação é constantemente utilizada no meio acadêmico e defendida por muitos grupos de cientistas, apesar de não oficial.
Fonte: G1

MUNDO

Polícia prende 2 pessoas por saquear casas afetadas pelo terremoto na Itália

Homem e mulher levaram roupas, objetos e dinheiro de casas abandonadas.
Terremoto de 6,2 de magnitude atingiu centro do país no dia 24 de agosto.


Equipes investigam escombros de um imóvel no centro da Itália (Foto: AP Photo)Imagem de arquivo mostra equipes investigando escombros de um imóvel no centro da Itália (Foto: AP Photo)
A polícia italiana deteve nesta segunda-feira (29) duas pessoas que tinham roubado objetos de valor do interior de edifícios que ficaram em ruínas após o terremoto do dia 24 de agosto em Amatrice, a cidade mais afetada pelo terremoto da semana passada.
O Ministério do Interior indicou em comunicado que os detidos são um homem e uma mulher que haviam levado roupas, objetos e dinheiro de imóveis abandonados e parcialmente destruídos da devastada Amatrice, na província italiana de Rieti.
A imprensa italiana aponta que os dois supostos ladrões são dois romenos que circulavam por Amatrice com um carro de marca alemã. A polícia desenvolve sem interrupção trabalhos de vigilância em torno das casas que ficaram em ruínas após o terremoto de 6,2 de magnitude que atingiu o centro do país no dia 24 de agosto, deixando 392 de mortos.
Nos últimos dias, os soldados mobilizados em Amatrice e no resto de localidades afetadas trabalham para extrair os objetos pessoais dos sobreviventes, para que estes recuperem, na medida do possível, seus pertences antes que as casas sejam demolidas.
Os sobreviventes permanecem em acampamentos temporários, à espera de serem realocados a casas provisórias que os permitam refazer suas vidas.
Fonte: G1

ECONOMIA

Calendário Pirelli 2017 trará atrizes de Hollywood

Lista inclui Nicole Kidman, Uma Thurman, Kate Winslet e Penelope Cruz.
Edição 2016 trouxe 'mulheres notáveis' no lugar de modelos.


Nicole Kidman está entre as atrizes clicadas para o calendário Pirelli 2017 (Foto: Divulgação)Nicole Kidman está entre as atrizes clicadas para o calendário Pirelli 2017 (Foto: Divulgação)
Pelo segundo ano consecutivo, o tradicional calendário Pirelli decidiu deixar as supermodelos em segundo plano. A edição 2017 terá como protagonistas atrizes de Hollywood, entre elas Nicole Kidman, Uma Thurman, Kate Winslet, Penelope Cruz, Helen Mirren, entre outras.
Os nomes da 44ª edição do calendário foram divulgados nesta segunda-feira pela empresa italiana. A Pirelli também divulgou algumas fotos de divulgação dos ensaios fotográficos.
Coube ao alemão Peter Lindbergh, de 72 anos, a responsabilidade de fotografar as estrelas. Essa é a terceira fez que ele participa do projeto, depois das fotos feitas em 1996 e 2002.
As outras atrizes que posaram para o calendário foram Juliane Moore, Penélope Cruz, Rooney Mara, Charlotte Rampling, Alicia Vikander, Zhang Ziyi, Robin Wright, Jessica Chastain, Lupita Nyong'o e Lea Seydoux.
Além disso, Anastasia Ignatoya, professora de Ciências Políticas na Universidade de Moscou, também foi fotografada.
As imagens do calendário Pirelli foram produzidas entre maio e julho deste ano, em diversos estúdios de Nova York, Los Angeles, Berlim e Londres, segundo a agência EFE.
Na edição 2016, foram retratadas "13 mulheres de notáveis conquistas profissionais, sociais, culturais, esportivas e artísticas" clicadas pela fotógrafa e retratista americana Annie Leibovitz. O calendário trouxe fotos da comediante Amy Schumer, da tenista Serena Williams e da artista Yoko Ono, entre outras.
Kate Winslet está entre as clicadas pelo fotógrafo Peter Lindbergh para o calendário Pirelli (Foto: Divulgação)Kate Winslet está entre as clicadas pelo fotógrafo Peter Lindbergh para o calendário Pirelli (Foto: Divulgação)

Uma Thurman está entre as atrizes clicadas para o calendário Pirelli 2017 (Foto: Divulgação)Uma Thurman está entre as atrizes clicadas para o calendário Pirelli 2017 (Foto: Divulgação)

Calendário Pirelli 2017 trará atrizes de Hollywood (Foto: Divulgação)Calendário Pirelli 2017 trará atrizes de Hollywood (Foto: Divulgação)




Fonte: G1

PARANÁ

Ex-presidente da Queiroz Galvão sai da cadeia e vai para prisão domiciliar

Ildefonso Colares Filho foi diagnosticado com câncer e fará tratamento em SP.
Executivo estava detido desde o início de agosto, na 33ª fase da Lava Jato.




Ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho chega a Curitiba (Foto: Reprodução/RPC)Ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho foi solto no domingo (28) (Foto: Reprodução/RPC)
O ex-presidente da construtora Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho passou a cumprir prisão domiciliar após uma decisão judicial. O executivo foi preso em agosto deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a 33ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Resta Um".
A decisão para que ele deixasse a cadeia foi tomada no sábado (27), por um juiz plantonista. Ele deixou a cadeia no domingo (28). Nesta segunda-feira (29), o juiz federal Sérgio Moro ratificou a medida.
De acordo com a decisão de Moro, Ildefonso Colares Filho recebeu um diagnóstico de câncer. O juiz disse no despacho que o médico que avaliou o executivo necessita de uma cirurgia de urgência. O procedimento deverá ser realizado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Ainda conforme Moro, Ildefonso Colares Filho vai ter que usar tornozeleira eletrônica, mesmo no período em que estiver internado. O juiz também determinou que ele entregue o passaporte. Já os advogados do executivo terão que informar ao magistrado como está o processo de tratamento, para que a prisão domiciliar seja reavaliada.
A 33ª fase
Nesta fase, as investigações da Operação Lava Jato se voltaram para a Queiroz Galvão.  A empresa é suspeita de formar cartel para fraudar contratos na Petrobras; pagar propina por meio de doação eleitoral e via caixa 2; corromper funcionários público e políticos; interferir na CPI da Petrobras e manter funcionários no exterior, longe da ação da Justiça brasileira.
A 33ª etapa foi batizada de "Resta Um" porque, segundo a Polícia Federal, a Queiroz Galvão era a última empreiteira que faltava na investigação sobre formação de cartel na Petrobras.

Esta é a segunda prisão de Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes em decorrência da Lava Jato.
Em novembro de 2014, eles foram detidos na 7ª fase e soltos dias depois por determinação da Justiça.
Em nota, a Construtora Queiroz Galvão informou que está "cooperando com as autoridades e franqueando acesso às informações solicitadas". A reportagem tenta contato com a defesa dos demais envolvido
Novas provas
"Há indícios, que incluem a palavra de colaboradores e um vídeo, de que 10 milhões de reais em propina foram pagos pela Queiroz Galvão com o objetivo de evitar que as apurações da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que já haviam sido praticados até então", segundo o Ministério Público Federal (MPF).

"Temos um novo contrato, num valor bastante alto, um contrato de R$ 1,2 milhão, que está sob análise pericial para demonstrar que foi usado para pagamento de propina", disse a delegada da Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues.

Além disso, segundo a delegada, foi decisivo para as investigações o vídeo que mostra a negociação entre operadores e o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), para esvaziar a CPI sobre suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

"Embora houvesse relatos da reunião, só recentemente o vídeo foi compartilhado pelo Supremo Tribunal Federal e passível de ser usado nas investigações. Ele mostra de forma muito clara a atuação das pessoas, num encontro de lobistas com operadores financeiros, agentes públicos e parlamentares. No nosso entender, demonstra uma atuação direta dos investigados para obstruir as investigações", disse Renata.

Segundo a delegada, o vídeo foi entregue às autoridades pelo dono da sala comercial em que ocorreu a reunião. Ele seria amigo do operador Fernando Baiano.
Fonte: G1

POLÍTICA

Lewandowski evita beber água para fazer menos intervalos na sessão

Presidente do STF não pode se ausentar enquanto a sessão está aberta.
Lewandowski não tem almoçado no Senado e prefere ir ao prédio do STF.


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, durante sessão no Senado neste sábado (27) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, durante sessão no Senado no último sábado (27) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
A sessão final de julgamento do impeachment está próxima de completar 50 horas corridas. Durante esse tempo, a presença mais constante no plenário é a do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O ministro preside o processo de impeachment e não pode se ausentar da sessão.
Essa obrigação legal – a Constituição não prevê nenhum substituto para o presidente do processo de impeachment – faz com que o ministro tenha que interromper a sessão para, por exemplo, poder ir ao banheiro e comer.
As pausas, porém, são raras. As notas taquigráficas disponíveis no portal do Senado registram menos de 20 paradas, entre almoços, jantares e pequenas pausas de cinco minutos na sessão.
Para garantir a continuidade da sessão, um assessor próximo à Lewandowski afirmou que o ministro tem evitado tomar muita água.
O ministro também não come nas pequenas pausas, geralmente com duração de cinco minutos.
“Mas ele não tem o hábito de comer sempre, não mudou a rotina nesse sentido”, disse o assessor.
Nas pausas que faz para o almoço e jantar, o ministro não usa o gabinete que o Senado disponibilizou para ele e para a equipe. Lewandowski tem ido de carro ao prédio do STF e almoçado no gabinete da presidência da Suprema Corte. O almoço, segundo esse assessor, geralmente inclui salada, frango grelhado, arroz integral e frutas como sobremesa.
Nesta segunda, durante intervalo para o jantar, Lewandowski foi alvo de uma brincadeira da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB). Enquanto conversava com outros colegas, a parlamentar provocou risos ao afirmar, em tom de brincadeira, que o ministro "pensa que está no Supremo".
"Ele volta na hora mesmo, não se atrasa", disse, por volta das 19h, quando Lewandowski já retornava do intervalo para o plenário do Senado.
Bate-bocas
Durante os dois primeiros dias de julgamento, o ministro presenciou alguns bate-bocas no plenário do Senado. Segundo assessores as cenas não impressionaram o magistrado. “Ele foi juiz de vara criminal, já viu de tudo”, disse o assessor.
Nesta segunda, durante interrogatório de Dilma, Lewandowski interviu em poucos momentos. Em um deles, o presidente do STF pediu que a presidente afastada evitasse, em suas respostas, falar sobre o governo do presidente em exercício Michel Temer e falasse apenas sobre a sua gestão.

Fonte: G1

POLÍTICA

Planalto divulga nota para dizer que governo não reduzirá direitos

Nota foi divulgada nesta segunda durante depoimento de Dilma no Senado.
Governo de Temer foi alvo de críticas da petista e de aliados no plenário.


Em nota divulgada na noite desta segunda-feira (29), o Palácio do Planalto afirmou que o governo do presidente em exercício Michel Temer não reduzirá direitos sociais, previdenciários e trabalhistas.
A nota foi divulgada durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado no julgamento que ela enfrenta no processo de impeachment.
A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que a nota é uma resposta aos 'ataques' de senadores e da presidente afastada ao governo Temer durante a sessão de julgamento do impeachment e não se refere à ninguém especificamente.
"O debate no Senado Federal sobre o processo de impeachment gerou falsas acusações de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas pelo Governo Federal aos cidadãos brasileiros", diz a nota.
"Não é verdade que se debata a estipulação de idade mínima de 70 ou 75 anos aos aposentados; não será extinto o auxílio-doença; não será regulamentado o trabalho escravo; não há privatização do pré-sal e não se cogita revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essas e outras inverdades foram atribuídas de forma irresponsável e leviana ao governo interino", afirma o governo.
Nesta segunda, em meio ao depoimento, Dilma criticou, entre outros pontos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, apresentada pela equipe econômica de Temer. Outros senadores contrários ao impeachment de Dilma também criticaram o governo do peemedebista e apontaram supostas tentativas de reduzir direitos.
"Quem paga o pato, ou seja, quem fornece os recursos para que o país saia da crise? Alguns acreditam que sejam apenas os trabalhadores, os mais pobres, a classe média, os profissionais liberais, os pequenos empresários. Isso não é possível. Diante da crise, não se pode implantar um programa ultraliberal em economia e um programa ultraconservador que tira direitos pessoais e coletivos e adota uma pauta extremamente reacionária, é a palavra, contra as mulheres, os negros, a população LGBT", disse Dilma, durante seu depoimento.
Nota
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto nesta segunda:
NOTA À IMPRENSA
O debate no Senado Federal sobre o processo de impeachment gerou falsas acusações de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas pelo Governo Federal aos cidadãos brasileiros.
Não é verdade que se debata a estipulação de idade mínima de 70 ou 75 anos aos aposentados; não será extinto o auxílio-doença; não será regulamentado o trabalho escravo; não há privatização do pré-sal e não se cogita revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essas e outras inverdades foram atribuídas de forma irresponsável e leviana ao governo interino.
Todas as propostas do governo Michel Temer são para assegurar a geração de emprego, garantir a viabilidade do sistema previdenciário e buscar o equilíbrio das contas públicas. E todas elas respeitarão os direitos e garantias constitucionais.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
Fonte: G1

DISTRITO FEDERAL

Grupo marcha até a Esplanada para prestar apoio a Dilma

Presidente afastada responde a perguntas de senadores nesta segunda.
Ato fechou três faixas do Eixo Monumental; pela manhã, grupo levou rosas.


Manifestantes contrários ao afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff marcharam no fim da tarde desta segunda (29) da Torre de TV até a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para prestar apoio ao mandato da petista. Durante o trajeto, três faixas da via S1 do Eixo Monumental  (sentido Congresso Nacional) foram fechadas.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 800 pessoas participaram da caminhada. Os organizadores dizem que são 5 mil manifestantes. Entre os presentes havia pessoas que estiveram na Esplanada dos Ministérios durante a manhã para acompanhar a sessão de julgamento de Dilma.

Os manifestantes chegaram à Esplanada por volta das 18h. Eles tiveram de fazer um desvio até a via N1 do Eixo Monumental, local destinado ao grupo pró-Dilma. Entre os participantes estavam dezenas com bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e de outros movimentos sociais.

Uma banda acompanha o grupo contrário ao afastamento definitivo da presidente Dilma. Eles acompanham os gritos a favor da petista e contrários ao governo do presidente em exercício, Michel Temer.
Manifesntantes contrários ao impeachment da presidente Dilma chegam à Esplanada dos Ministérios (Foto: Mateus Vidigal/G1)Manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma chegam à Esplanada dos Ministérios
(Foto: Mateus Vidigal/G1)
Os manifestantes entoaram frases como "Fora Temer" e "Ai, ai, ai, ai, ai, ai. Se empurrar o Temer cai". Pouco antes das 19h, os participantes cantaram o Hino Nacional, acompanhados pela banda.

Parte do grupo se concentrou no asfalto da via N1 do Eixo Monumental e no gramado da Esplanada. O restante permaneceu nas arquibancadas montadas para o desfile de 7 de Setembro.

A professora aposentada Adriana Souza diz ter medo do cenário político caso Dilma Rousseff seja afastada definitivamente da presidência. "Acho que as pessoas estão preocupadas com a democracia. Ela foi eleita com a maioria dos votos e isto aqui é um ato que mostra isso." A professora se queixou da falta de um telão na Esplanada para acompanhar a sessão.
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Ao lado do Palácio da Justiça, manifestantes contrários a impeachment tocavam marchas como forma de protesto em uma das arquibancadas montadas para o desfile de 7 de setembro (Foto: Mateus Vidigal/G1)Ao lado do Palácio da Justiça, manifestantes contrários a impeachment tocavam marchas como forma de protesto em uma das arquibancadas montadas para o desfile de 7 de setembro (Foto: Mateus Vidigal/G1)
Os apoiadores da presidente afastada levaram rosas, faixas e cartazes no protesto pela manhã. Em algumas das faixas, estava escrito "Mulheres pela Democracia" e "Luto por Justiça".

Foram 350 manifestantes, segundo a PM. De acordo com os organizadores, cerca de 2 mil pessoas se juntaram a favor do mandato de Dilma.
Até a chegada de Dilma ao Senado, os manifestantes esperavam que ela fosse falar com apoiadores do lado de fora do Congresso. No entanto, ela entrou diretamente pela chapelaria da Casa, acenando para o público.
A arquiteta Daniela Fragoso veio de São Paulo para acompanhar o depoimento e participar de outros atos pró-Dilma. "Tenho que mostrar insatisfação por terem roubado meu voto. Luto por democracia e sempre fui petista", disse.
Manifestantes contrários ao impeachment reunidos em frente ao Congresso Nacional (Foto: Beatriz Pataro/G1)Manifestantes contrários ao impeachment reunidos em frente ao Congresso Nacional (Foto: Beatriz Pataro/G1)
Enquanto Dilma discursava no Senado, manifestantes tentavam ouvir a fala da presidente em rádios portáteis ou por celulares. Ao contrário da sessão do impeachment na Câmara dos Deputados, não foram instalados telões para que possam acompanhar o processo.
A funcionária pública Elite Dutra não veio preparada para ouvir o depoimento, pois imaginava que algum carro de som seria colocado no local. "Estamos passando de roda em toda para ouvir", disse. Ela veio do interior de Minas Gerais acompanhar o ato dos manifestantes em frente ao Congresso. "Estar aqui é imensurável. É colocar a mão na massa. Torcer de longe não é a mesma coisa", comentou.
Apoiadores de Dilma Rousseff escutam discurso da presidente afastada em rádio portátil (Foto: Beatriz Pataro/G1)Apoiadores de Dilma Rousseff escutam discurso da presidente afastada em rádio portátil (Foto: Beatriz Pataro/G1)
Trânsito
Por causa da sessão desta segunda, o governo do Distrito Federal bloqueou as vias N1 e S1 do Eixo Monumental no trecho entre a rodoviária do Plano Piloto e o Congresso Nacional. As interdições causaram congestionamento pela manhã. Na via S1, motoristas chegaram a enfrentar fila de até cinco quilômetros de extensão. Servidores que trabalham na região tiveram de deixar os carros nos anexos para acessar a Esplanada.
A expectativa do governo do DF é de que o bloqueio aconteça até o final do processo de impeachment. O GDF espera que um público entre 20 mil e 30 mil pessoas esteja no local durante o processo.
Trânsito congestionado no Eixo Monumental por causa dos bloqueios na via devido ao julgamento do impeachment (Foto: TV Globo/Reprodução)Trânsito congestionado no Eixo Monumental por causa dos bloqueios na via devido ao julgamento do impeachment (Foto: TV Globo/Reprodução)
“A todo instante nós estaremos monitorando a real possibilidade de manter esse trânsito interditado, visando sempre a garantia da incolumidade das pessoas que estarão nesse local. Contudo, o nosso planejamento é para que a N1 e a S1 permaneçam interditadas até o final do processo de impeachment, que esperamos que acabe na madrugada de 30 para 31 [de agosto]”, afirma o secretário-adjunto de Segurança do DF, Márcio Pereira da Silva para a Rádio Senado.
Efetivo
O efetivo empregado na segurança da cidade será de 380 homens nesta segunda-feira e 1.332 policiais na terça-feira. Caso o julgamento se estenda até quarta (31), o mesmo efetivo de 1.332 policiais será utilizado. No dia posterior ao término do processo, 290 militares ainda farão a segurança da Esplanada dos Ministérios.
Além da Polícia Militar, um efetivo de cem bombeiros e cem agentes de trânsito será  empregados todos os dias. A 5ª Delegacia de Polícia, que cuida da área central, também terá reforço.
"Tenho plena confiança na capacidade investigativa da Policia Civil. Em nenhum momento deixamos de contar com a Polícia Civil, tivemos todos os procedimentos assegurados. Brasília continua segura como sempre foi", disse. A categoria está em operação-padrão por salários melhores – nesta quarta, chefes de seção entregaram cartas de exoneração ao governo.

Grupos separados
O esquema de segurança foi definido na última quinta, após reunião com lideranças dos dois grupos. Segundo a pasta, a disposição dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios será a mesma utilizada durante a votação da Câmara dos Deputados, que ocorreu no dia 17 de abril.
Mapa mostra divisão de grupos contra e favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff durante votação do processo (Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF/Divulgação)Mapa mostra divisão de grupos contra e favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff durante votação do processo (Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF/Divulgação)
O grupo a favor do impedimento definitivo de Dilma fica no lado da cúpula do Senado (do lado norte da Esplanada dos Ministérios); o contrário, ficará do lado da Câmara dos Deputados (lado sul). A divisão dos manifestantes é feita a partir da rodoviária do Plano Piloto.
De acordo com a secretária de Segurança Pública, Marcia de Alencar, a retomada da utilização do "muro do impeachment" é para garantir a "livre manifestação com a preservação das pessoas e do patrimônio".

Segundo o secretário-adjunto, Márcio Pereira da Silva, está combinado com os movimentos pró e contra o impeachment que ao final do julgamento o grupo “derrotado” deve se retirar da Esplanada.
Os manifestantes que forem até as proximidades do Congresso Nacional estão sujeitos a revistas da Polícia Militar. Estão proibidos paus de selfie, bastões, mastros de bandeiras, máscaras, bolas de gude e qualquer outro material que pode ser usados em ações agressivas.
"Muro do impeachment", como ficou conhecida a separação por grades na Esplanada dos Ministérios, voltou a ser erguida para o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Roussef (Foto: Mateus Vidigal/G1)"Muro do impeachment", como ficou conhecida a separação por grades na Esplanada dos Ministérios, voltou a ser erguida para o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Roussef (Foto: Mateus Vidigal/G1)
Muro
O governo do Distrito Federal reergueu o "muro" montado na Esplanada dos Ministérios para dividir manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A A reconstrução da estrutura teve início na última segunda-feira (22).
As grades de segurança não foram necessárias na última fase de votação do relatório da comissão especial, que ocorreu no Plenário do Senado no último dia 9, quando um público muito aquém do esperado pelo governo compareceu às proximidades do Congresso Nacional.
Naquele momento, a pasta estimava que 5 mil pessoas fossem à Esplanada. Apenas um grupo de 50 manifestantes favoráveis ao impeachment protestou ao lado da cúpula do Senado na ocasião. O muro foi utilizado pela primeira vez no dia 17 de abril, quando a votação para o processo do impeachment de Dilma ocorreu na Câmara dos Deputados.
Grades de metal isolam o perímetro do Congresso Nacional; manifestantes não poderão se aproximar no edifício pelo gramado (Foto: Mateus Vidigal/G1)Grades de metal isolam o perímetro do Congresso Nacional (Foto: Mateus Vidigal/G1)
Semana decisiva
A sessão desta segunda-feira faz parte da fase final do processo, na qual a presidente poderá usar a palavra por 30 minutos – período que poderá ser prorrogado – e, em seguida, responder a perguntas dos senadores, da acusação e da defesa.
Até a última atualização desta reportagem, 46 estavam inscritos para fazer perguntas, pelo tempo de 5 minutos cada. Dilma terá o tempo que for necessário para responder as questões.
Senadores que apoiam Dilma se reuniram para acertar as perguntas que farão na sessão. Uma das presentes, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) informou que ainda tentará convencer os opositores de Dilma a altenar a participação com os apoiadores, para balancear de maneira mais uniforme o interrogatório.
Plenário do Senado, em Brasília, durante sessão que julga se a presidente afastada Dilma Rousseff vai a julgamento no processo de impeachment (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)Plenário do Senado, em Brasília (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Fonte: G1

MUNDO

Cessar-fogo entra em vigor na Colômbia sem violações

No Twitter, presidente Juan Manuel Santos diz que começa uma nova História no país



BOGOTÁ — Depois de quatro anos de negociações, um cessar-fogo definitivo entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo entrou em vigor na meia-noite desta segunda-feira, encerrando o conflito armado mais longo da América Latina. Até o momento, não foi registrada nenhuma violação. É esperado que o acordo de paz final seja assinado no próximo mês.
“Este 29 de agosto começa uma nova História para a Colômbia. Silenciamos os fuzis. Acabou a guerra com as Farc”, comemorou o presidente Juan Manuel Santos no Twitter, um minuto após a entrada em vigor do cessar-fogo.
O líder das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido pelo nome de guerra Timochenko, deu a ordem para o fim dos disparos. Desde julho de 2015, o grupo guerrilheiro já mantinha uma trégua unilateral, nem sempre respeitada.
— Nunca mais os pais enterrarão seus filhos e filhas mortos na guerra — disse Timochenko a jornalistas no domingo. — Todas as rivalidades e rancores permanecerão no passado.
O Congresso deverá aprovar nos próximos dias a realização de um referendo para a população decidir se apoia ou rechaça o acordo de paz definitivo, anunciado na última quarta-feira pelo governo e pelas Farc. A consulta popular foi previamente marcada para 2 de outubro.
Respaldado pela comunidade internacional, o pacto põe fim a um conflito que deixou cerca de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. Este é o quarto processo de paz com as Farc, depois de tentativas fracassadas em 1984, 1991 e 1999.
Alegando danos à pátria e impunidade, a oposição impulsiona uma campanha pelo "não" no plebiscito.
Fonte: O Globo